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O documento resume um trecho do livro de Marcel Mauss sobre casos de morte sugerida pela coletividade em sociedades australianas e maoris. Mauss analisa como crenças sociais sobre feitiçaria e pecado podem levar indivíduos absolutamente saudáveis a acreditarem que vão morrer e, de fato, morrerem. Ele cita exemplos como jovens que comem caça proibida e morrem gritando como o animal ou ameaçados de morte pela tribo. O processo de cura também é demonstrativo, com indivíduos curados
O documento resume um trecho do livro de Marcel Mauss sobre casos de morte sugerida pela coletividade em sociedades australianas e maoris. Mauss analisa como crenças sociais sobre feitiçaria e pecado podem levar indivíduos absolutamente saudáveis a acreditarem que vão morrer e, de fato, morrerem. Ele cita exemplos como jovens que comem caça proibida e morrem gritando como o animal ou ameaçados de morte pela tribo. O processo de cura também é demonstrativo, com indivíduos curados
O documento resume um trecho do livro de Marcel Mauss sobre casos de morte sugerida pela coletividade em sociedades australianas e maoris. Mauss analisa como crenças sociais sobre feitiçaria e pecado podem levar indivíduos absolutamente saudáveis a acreditarem que vão morrer e, de fato, morrerem. Ele cita exemplos como jovens que comem caça proibida e morrem gritando como o animal ou ameaçados de morte pela tribo. O processo de cura também é demonstrativo, com indivíduos curados
Definio da sugesto coletiva da ideia de morte de Marcel Mauss
Fernanda Stroher Barbosa
O trecho explorado compe como quarta parte o livro Sociologia e Antropologia
de Marcel Mauss, destinada a tratar dos efeitos fsicos observados a partir da morte sugerida pela coletividade. A inteno definir as especificidades de tais casos, reunindo os relatos de diversos casos presentes em bibliografias antropolgicas, detendo-se com mais ateno aos episdios australianos, neozelandeses e polinsios. O texto provoca questes como a relao entre morte e educao, abordando a morte no s em seu sentido existencial, mas tambm social. Alm disso, como o corpo arranja-se atravs de estruturas e crenas sociais, finalmente, como o pecado e a feitiaria, entendidos como subverso moral, causam um perigo tal a identidade social do sujeito, que este acaba por falecer. Marcel Maus foi um reconhecido socilogo e antroplogo francs, considerado um dos criadores da etnologia francesa, inserido no grupo de Durkheim, princpio da Escola Sociolgica Francesa, e acreditava que os objetos da cincia social so as representaes coletivas autnomas e inconscientes para os indivduos que as possuem. As representaes coletivas exploradas em nosso texto dizem respeito crena na iminncia da morte em situaes de ruptura de comunho, de subverso por meio de magia ou pecado, levando os indivduos a, de fato, perecer. Para estudar tais casos, Mauss principia diferenciando-os do suicdio ou de casos de doenas ou sintomas fsicos preexistentes as crenas de feitiaria ou pecado. Dessa forma, o texto especifica como casos em que o sujeito, sendo absolutamente saudvel em termos emocionais e fsicos, em determinado momento, passa a acreditar-se enfeitiado ou em pecado e morre em seguida. Ao justificar a escolha das sociedades australiana e Maori, em virtude de sua proximidade e diferenas, Mauss detm-se em reunir os indcios que se referem aos afetos e corpos dos indgenas. Narrados como impulsos, medos e reaes violentas e devastadoras, pressionados pelo grupo e pela educao, notvel em corpos de espantosa resistncia fsica. Entre os australianos, esse tipo de morte mais rara, e geralmente ligada a crimes contra o totem, como seu consumo, ou a alimentos interditados por classes de idade. Por exemplo, seu um jovem come caa proibida, ele adoece, definha e morre, soltando gritos do animal, pois seu esprito entrou no indivduo e o matou. Ou, um jovem come uma caa sem permisso, configura roubo, os velhos o descobrem e o ameaam. Ele morre em trs semanas.
Resumo apresentado na disciplina de Antropologia da Educao na Universidade Federal de
Santa Maria
Mauss afirma que o processo de cura to demonstrativo quanto s mortes: se a
cerimnia de exorcismo ou contrafeitio funcionam, o indivduo fica curado to infalivelmente quanto morre no contrrio. Nesse sentido, a medicina europeia de nada serve, no inspira confiana, pois no da mesma categoria que o feitio ou pecado. Trata-se de manifestar e restabelecer a comunho com o sagrado, fazendo com que os indivduos se sintam em paz com o mundo. So mentalidades pautadas pela crena na eficcia das palavras, no perigo dos atos sinistros e numa mstica de paz da alma.
Resumo apresentado na disciplina de Antropologia da Educao na Universidade Federal de