Publicado no site da Agência FAPESP por Alex Sander Alcântara http://www.agencia.fapesp.br/materia/11844/especiais/sob-o-impacto-da- luz.htm
Por Maria Luiza e Natalia
2º B
A energia elétrica é um dos maiores feitos criados pelo homem. Esta
energia nos proporcionou luz em tempo integral e o desenvolvimento dessa tecnologia junto com a economia cresceram de mãos dadas. Somos totalmente dependentes da energia elétrica e da luz artificial. Quando há um blecaute no nosso fornecimento nos vemos desamparados e muitas vezes sem ação. Esta fonte de energia se tornou fundamental para a nossa sobrevivência e convívio. A luz artificial prejudica insetos, plantas, animais e mesmo os seres humanos. O foco do livro de Alessandro Barghini, “Antes que os vaga-lumes desapareçam” é justamente as causas do uso excessivo de luz artificial nos seres vivos. Muitos insetos que têm hábitos noturnos são expressivamente prejudicados pela poluição luminosa. Estes seres que na maioria têm hábitos noturnos voam e têm seus percursos desviados ao serem atraídos pela luminescência das lâmpadas espalhadas pela cidade, e acabam introduzindo- se em ambiente antrópicos e proliferando doenças mais efetiva e rapidamente. As milhares de fontes de luz artificial também prejudicam pássaros, que passam madrugadas inteiras cantando por pensarem estar no período diurno. Um bom exemplo de animais prejudicados pela luz artificial são as tartarugas marinhas. Na Bahia, é proibida a exposição de luz perto das praias, que é o lugar de desova das tartarugas marinhas e onde os ovos eclodem. Quando há a interferência de luz, os filhotes recém-nascidos não vão em direção ao mar e a acabam morrendo na praia. A reprodução dos vaga-lumes também é afetada, já que o macho não encontra a luz da fêmea e conseqüentemente não acasalam. Não apenas animais e insetos são prejudicados, mas a alta intensidade de luz sensibiliza a melanopssina, proteína presente no cérebro humano responsável pelo metabolismo, e acaba alterando o comportamento das pessoas e também induz a insônia e outros problemas psicológicos. Alem de todos esses problemas, há o desperdício constante de luz. Graças às péssimas luminárias presentes em locais públicos e residências vemos boa parte da luz direcionada para o alto provocando a ofuscação do brilho das estrelas, que não podem ser vistas por causa da grande camada de massa cinza (poluição) que as encobre, ou seja, pagamos muito e nem sequer conseguimos desfrutar de uma noite estrelada. Mesmo todos os fatores negativos, a luz artificial também é adotada no tratamento de doenças humanas e muitas vezes capazes de curar completamente o organismo. A luz artificial em si não é prejudicial, ela só deve ser devidamente manuseada de modo que não cause problemas tanto ambientais quanto sociais.