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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA
ELATÓRI
Índice
Parte I ‐ Missão
Missão
Parte II – Avaliação da Reforma
Avaliação
Parte III – Propostas
Propostas ‐ Contributos
Parte IV – Anexos
Legislação
Contributos dos Elementos da Comissão
1
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA
Parte I
Missão
Por Despacho do Ministro da Administração Interna de 17 de Novembro de 2009 foi
criada a Comissão.
Na génese da criação desta Comissão esteve a necessidade de uma avaliação sumária à
alteração orgânica da Guarda Nacional Republicana, nomeadamente aferindo as
principais consequências operadas na missão desta força de segurança.
Até ao final do mês de Fevereiro a Comissão trabalhou na elaboração de um relatório
que expressando as principais conclusões sobre a análise feita à actividade de
fiscalização da UNT integrará um conjunto de propostas com vista ao aperfeiçoamento
da fiscalização de trânsito.
Composição da Comissão
A comissão, presidida pelo Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Administração
Interna, integrou ainda mais seis elementos: dois representantes da Guarda Nacional
Republicana, um representante da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, dois
representantes de associações da sociedade civil e o oficial de ligação da GNR junto do
Ministério da Administração Interna.
Presidente – S.E. Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna;
Autoridade Nacional Segurança Rodoviária – Presidente ‐ Engenheiro Paulo Marques;
Oficial de Ligação GNR/Gabinete MAI‐ Tenente‐Coronel Oscar Rocha;
GNR – Coronel José Mário Porteira de Almeida, Comandante do Comando Territorial
de Setúbal;
2
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA
GNR – Coronel Vítor Alberto Dias Rosa, Comandante do Comando Territorial de
Coimbra;
ANTROP – Director do Gabinete Técnico – Dr. Pedro Neto,
A Comissão contou ainda com a colaboração da Dra. Maria de Lourdes Sardinha –
Assessora do SEAAI e da Dra. Helena Dias – Adjunta do SEAAI.
Datas das Reuniões da Comissão:
26 de Novembro de 2009;
17 de Dezembro de 2009;
20 de Janeiro de 2010;
4 de Março de 2010.
Temas discutidos pela Comissão:
1. Integração de Estruturas e Serviços de Apoio;
2. Extinção da BT, Reestruturação Orgânica da Guarda Nacional Republicana;
3. Âmbito territorial da Fiscalização;
4. Valências dos Comandos Territoriais;
5. Resultados Operacionais e eventuais constrangimentos/ Redução das Contra‐
Ordenações;
6. Afectação dos Recursos Humanos;
7. Resultados da Sinistralidade Rodoviária
8. Conclusões.
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Parte II
Avaliação da Reforma
Tendo presente que o relatório ora em apreço tem como objectivo expressar as
principais conclusões e sistematizar um conjunto de propostas da comissão sobre a
análise feita à actividade de fiscalização da Unidade Nacional Trânsito, considera‐se
por bem referir as principais contingências que a reestruturação operada na Guarda
Nacional Republicana suscitou, designadamente e no que ao cumprimento da missão
de segurança, controlo do tráfego e fiscalização rodoviária diz respeito.
A Guarda Nacional Republicana é uma força de segurança de natureza militar na
dependência do Ministro da Administração Interna.
Entre outras, é atribuição da Guarda Nacional Republicana “velar pelo cumprimento
das leis e regulamentos relativos à viação terrestre e aos transportes rodoviários, e
promover e garantir a segurança rodoviária, designadamente, através da fiscalização,
do ordenamento e da disciplina do trânsito”, para além de “manter a vigilância e a
protecção de pontos sensíveis, nomeadamente infra‐estruturas rodoviárias,...”.
É ainda explicitamente atribuição da Guarda Nacional Republicana, nos termos da
Portaria nº 778/2009 de 22 de Julho “garantir a fiscalização, o ordenamento e a
disciplina do trânsito em todas as infra‐estruturas constitutivas dos eixos da Rede
Nacional Fundamental e da Rede Nacional Complementar, em toda a sua extensão,
fora das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto”.
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1. Integração de Estruturas e Serviços de Apoio
A estrutura territorial da Guarda Nacional Republicana antes da entrada em vigor da
Lei nº 63/2007, de 6 de Novembro, assentava na Brigada de Trânsito com comando em
Lisboa articulada em 4 Grupos Regionais de Trânsito sedeados em cada Brigada
Territorial e estes articulavam‐se em Destacamentos de Trânsito, por norma, junto de
cada Grupo Territorial.
2. Extinção da Brigada de Trânsito/Reestruturação
Alteração à Lei Orgânica da Guarda Nacional Republicana
Com a entrada em vigor da Lei nº 63/2007, de 6 de Novembro,1 que aprovou a nova
orgânica da GNR, foi extinta a Brigada de Trânsito e criadas diversas Unidades, entre as
quais a Unidade Nacional de Trânsito.
A Unidade Nacional de Trânsito tem competência exclusiva no âmbito da fiscalização,
ordenamento e disciplina do trânsito bem como na formação contínua dos militares e,
integra dois Destacamentos de Trânsito, um em Lisboa e outro no Porto.
A reforma operada permitiu ainda, alterar as respectivas estruturas orgânicas, opção
que decorreu também, da reestruturação territorial da Guarda Nacional Republicana.
Com esta nova estrutura orgânica da Guarda Nacional Republicana, foram eliminadas
as Brigadas Territoriais, passando os antigos Grupos Territoriais a Comandos
1
‐Lei n.º 63/2007, de 6 de Novembro – Aprova a Nova Orgânica da Guarda nacional republicana.
5
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Territoriais de âmbito distrital, dependentes directamente do Comando‐Geral da
Guarda Nacional Republicana. De igual modo, foram eliminados os Grupos Regionais
de Trânsito, passando os Destacamentos e Postos de Trânsito a integrar os Comandos
Territoriais.
3. Âmbito territorial da Fiscalização
De realçar no entanto que, as características das vias que compõem a totalidade da
rede viária do território nacional variam muito. Assim como varia o tipo de trânsito
que maioritariamente utiliza cada uma dessas vias.
Existem vias que têm funções claramente regionais e/ou locais, que suportam trânsito
que circula exclusivamente dentro dessa zona e existem vias, que passando pelas
mesmas regiões e/ou locais são destinadas a servir de ligação entre as regiões que
atravessam.
Essas vias servem um trânsito com características de circulação substancialmente
diferentes, composto por uma estrutura de parque de veículos também diferente,
praticando velocidades muito mais elevadas, com taxas de ocupação por veículo mais
altas, tanto no que respeita a passageiros como a volume e peso das cargas.
Contudo, o critério de racionalidade subjacente à reforma, não veio impedir que os
2.428 militares que em Dezembro de 2008, constituíam o efectivo da brigada de
trânsito, continuassem na sua actividade normal de controlo e fiscalização por todo o
País. Definiu apenas a sua integração nos respectivos comandos territoriais e integrou
7% destes efectivos na Unidade Nacional de Trânsito, dependente dos dois
destacamentos de trânsito de Lisboa e Porto.
6
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4. Valências dos Comandos Territoriais
É um facto, que a Reforma operada ficou a dever‐se a critérios de racionalidade na
gestão dos recursos afectos à Guarda Nacional Republicana, tendo em vista melhorar a
coordenação da actividade operacional, eliminando situações, em que era possível a
escassos metros de distância, encontrar uma patrulha ou acção de fiscalização de
militares da Brigada de Trânsito e outra de militares do dispositivo territorial.
Desta forma, caminhou‐se no sentido de unificar a responsabilidade efectiva dos
comandos territoriais, uma vez que integram agora a maioria das valências da Guarda
Nacional Republicana na sua esfera de comando e, por outro lado, de eliminar a
duplicação de estruturas e serviços de apoio existentes, por norma no mesmo
aquartelamento, sem que daqui resultasse uma perda de eficiência ou de eficácia.
Da avaliação já realizada, verifica‐se que, as alterações preconizadas quanto à vertente
da fiscalização, ordenamento e disciplina do trânsito demonstram que os resultados
relativos ao ano de 2009 diminuíram em relação ao ano anterior, relativamente ao
número de autos levantados por prática de infracções, para uma melhor ilustração,
apresenta‐se, seguidamente, os respectivos quadros síntese2.
2
‐ Fonte: Autoridade nacional de Segurança Rodoviária.
7
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Comparando oss dados do
os últimos anos (2005
5‐2009), co
onstata‐se q
que em 20
009 o
número de autos levantaados pela Guarda Naacional Rep
publicana ee registado
os no
sistema informáático da Autoridade Nacional Seggurança Rod
doviária (SIG
GA) ficou abaixo
da média
m daqu
ueles anos, ao contrário do que
e aconteceu
u com a Po
olícia Segurança
Públiica e com as Câmaras M
Municipais:
700.000
0
600.000
0
500.000
0
400.000
0 GNR
300.000
0 PSP
CM's
200.000
0
100.000
0
0
2005 2006 2
2007 200
08 2009 Média
8
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No que se refere ao número de autos levantados através do Sistema de Contra‐
Ordenação do Trânsito (SCOT) verifica‐se uma redução substancial a partir de Janeiro
de 2009, conforme se pode verificar no gráfico seguinte:
GNR: Evolução Mensal de Autos
18.000 400.000
16.000 350.000
14.000
300.000
12.000
250.000
10.000
200.000
8.000
150.000
6.000
100.000
4.000
2.000 50.000
0 0
Ago‐07
Fev‐08
Ago‐08
Fev‐09
Ago‐09
Abr‐07
Jun‐07
Out‐07
Dez‐07
Abr‐08
Jun‐08
Out‐08
Dez‐08
Abr‐09
Jun‐09
Out‐09
Dez‐09
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A redução no número global dos autos levantados através do SCOT, a partir de Janeiro
de 2009, traduziu‐se inevitavelmente na diminuição da receita cobrada, conforme
representado no gráfico seguinte:
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6. Afectação de Recursos Humanos:3
Brigada Trânsito Trânsito
31‐12‐2008 31‐08‐2009
Aveiro 124 119
Beja 109 84
Braga 111 101
Bragança 58 51
Castelo Branco 73 79
Coimbra 133 108
Évora 130 113
Faro 137 134
Guarda 72 72
Leiria 202 113
Lisboa 233 267
Comando BT 210
Portalegre 63 60
Porto 159 147
Santarém 140 112
Setúbal 195 146
Viana do Castelo 97 87
Viseu 93 90
Vila Real 89 89
UNT 153
TOTAL 2 428 2 125
Nota – A diferença dos efectivos resulta da extinção do Comando da Brigada Trânsito e dos Grupos
Regionais de Trânsito localizados em: Lisboa, Coimbra, Porto e Évora.
Pese embora os resultados, mas partindo dos pressupostos:
I. Os recursos humanos4 e materiais ao serviço da ex Brigada de
Trânsito (BT) mantiveram‐se na sua totalidade afectos à fiscalização
do trânsito;
3
‐ Fonte: Guarda Nacional Republicana
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II. Não houve redução do número de acções de fiscalização por parte
das brigadas afectas ao trânsito, de acordo com os dados
apresentados pelos representantes da Guarda Nacional Republicana
na Comissão.
É de admitir que se verificou, durante o ano de 2009, uma menor eficiência e eficácia,
por parte da componente de trânsito da Guarda Nacional Republicana, no seu
desempenho ao nível do processo contra–ordenacional, a qual foi compensada por um
aumento na componente territorial. Contudo, o impacto deste menor desempenho
não é imediatamente reflectido na sinistralidade rodoviária.
Daqui se infere que, uma análise da situação actual recomenda determinar com
precisão quais as razões que levaram à redução do desempenho da acção fiscalizadora
da Guarda Nacional Republicana no ano de 2009.
7. Resultados da Sinistralidade Rodoviária
Ainda sobre os resultados, apresenta‐se de seguida a evolução dos dados da
sinistralidade rodoviária5
EVOLUÇÃO DO Nº DE VÍTIMAS DE SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA (2000‐2009)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Mortos 1.629 1.466 1.469 1.356 1.135 1.094 850 854 776 738
Feridos
6.918 5.797 4.770 4.659 4.190 3.762 3.483 3.116 2.606 2.567
Graves
Feridos 51.24 51.81 50.59 47.81 45.48 43.65 43.20 41.23
53.006 42.284
Ligeiros 7 5 9 9 7 4 2 7
5
‐ Fonte: Guarda Nacional Republicana
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VARIAÇÕES DE SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA (2000‐2009 e 2008‐2009)
Nº % Nº %
Mortos 1.629 776 738 ‐891 ‐54,7 ‐38 ‐4,9
Feridos 6.918 2.606 2.567 ‐4.351 ‐62,9 ‐39 ‐1,5
Graves
Feridos 53.006 41.237 42.284 ‐10.722 ‐20,2 +1.047 +2,5
Leves
Decorre das referências efectuadas neste ponto, a necessidade de um aumento de
consciência da importância de boas práticas, como condição indispensável para uma
futura implementação de medidas, ou seja, são as boas práticas sinais indispensáveis
do caminho a percorrer, tendo sempre como pressuposto o resultado da
monitorização da acção fiscalizadora, que deverá ser um processo contínuo, de molde
a melhorar sistematicamente o seu desempenho.
É igualmente indispensável:
Assegurar a recolha e o tratamento a nível nacional de toda a informação relativa ao
processo contra – ordenacional e à sinistralidade rodoviária, numa lógica transversal
com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, no âmbito das suas competências
de coordenação da actividade de fiscalização do trânsito.
Garantir uma formação inicial e contínua de todos os militares com a especialidade de
trânsito, face à especificidade, mutação e complexidade dos diplomas legais que
versam sobre matéria estradal, de forma a garantir níveis de actuação e
procedimentos de elevada qualidade técnica e comportamental.
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Assim, a Unidade Nacional Trânsito, no âmbito das suas competências legais, deve
reforçar o seu papel preponderante ao nível da uniformização de procedimentos
operacionais, através do estudo e realização de Fichas Técnicas procedimentais sobre
fiscalização e prevenção rodoviária, e, ao nível da formação contínua dos militares,
tendo em vista a actualização de conhecimentos resultantes de alterações legais ou de
orientações das entidades competentes, mediante a realização de acções formativas.
8. Conclusões
Do que atrás foi dito elencam‐se de seguida as conclusões resultantes da reforma
operada, nomeadamente:
‐ Criação de uma Unidade especializada (Unidade Nacional Trânsito) na fiscalização do
trânsito, dotada de 150 militares, com comando unificado e 2 destacamentos
sedeados em Lisboa e no Porto, responsável igualmente pela formação contínua na
área da fiscalização do trânsito de todo o dispositivo da Guarda Nacional Republicana e
pela uniformização de procedimentos, com competência para realizar,
excepcionalmente, acções de fiscalização do trânsito em qualquer parte do território
nacional, sem prejuízo das competências das unidades territoriais;
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‐ A fiscalização do trânsito nas estradas da Rede Nacional Fundamental continua a ser
feita pelos mesmos militares com os mesmos meios, apenas deixou de existir um
comando de âmbito nacional e unificado, a favor dos 18 comandos territoriais.
‐ A fiscalização do trânsito nas estradas que não integram a Rede Nacional
Fundamental não sofreu qualquer alteração, continuando a ser feita da mesma forma;
‐ Não obstante a redução de autos de contra‐ordenação, a mesma não teve um
impacto nos resultados da sinistralidade registada, nomeadamente, nas vítimas
resultantes de acidentes de viação;
‐ O processo de extinção da Brigada Trânsito e a consequente reestruturação operada
na Guarda Nacional Republicana é ainda muito recente, não sendo possível tirar
conclusões definitivas, uma vez que qualquer processo de reestruturação implica
perturbações e um inevitável período de transição, em que os níveis de desempenho
sofrem alterações.
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Parte III – Propostas
Ponderadas as eventuais soluções, face ao desenvolvimento da Unidade Nacional de
Trânsito e tendo em vista reforçar a capacidade fiscalizadora da Guarda Nacional
Republicana, serão de considerar várias propostas de ajustamento organizacional, em
alternativa para posterior decisão.
A criação desta Unidade Orgânica Flexível, na dependência da Direcção de Operações,
denominada Divisão de Trânsito e Segurança Rodoviária, assenta nas actuais
competências da Direcção de Operações, de ordenamento e regulação do trânsito e
fiscalização do cumprimento dos regulamentos de transportes terrestres, segurança e
prevenção rodoviária, previstas na alínea v) do artigo 6.º do Decreto Regulamentar n.º
19/2008, de 27 de Novembro,6 as quais, até agora, cometidas à Divisão de Emprego
Operacional.
6
‐Decreto Regulamentar n.º 19/2008, de 27 de Novembro – estabelece o número, as competências, a
estrutura interna e o posto correspondente à chefia dos serviços directamente dependentes do
Comandante‐Geral e dos serviços dos órgãos superiores de comando e direcção da GNR.
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Em detalhe destacamos as referidas competências, assim temos:
Competências comuns:
‐Planear e programar actividades no âmbito do ordenamento e regulação do trânsito,
fiscalização do cumprimento dos regulamentos de transportes terrestres e segurança e
prevenção rodoviária;
‐ Constituir e manter actualizados os processos relativos à sua área funcional;
‐Propor as necessidades de formação no âmbito da sua área funcional e colaborar na
execução de planos de formação e treino;
‐Colaborar na elaboração da proposta de orçamento e do relatório de actividades;
‐Articular‐se com as unidades orgânicas que prossigam actividades complementares;
‐ Propor a aquisição de documentação e informação técnica necessária à prossecução
das suas competências;
‐ Assegurar o desenvolvimento de outras atribuições que, no âmbito das suas
competências, lhe forem superiormente cometidas.
Competências específicas:
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‐ Propor as normas técnicas necessárias ao regular funcionamento da Divisão, assim
como colaborar no desenvolvimento das disposições legais relacionadas com toda a
sua actividade;
‐ Identificar as necessidades de formação e propor a realização de cursos e acções de
formação inicial e contínua, em coordenação com o comando de Doutrina e Formação
e ainda com o Comando de Administração de Recursos Internos e com a Unidade
Nacional de Trânsito, e propor as normas de recrutamento e selecção do efectivo da
estrutura de trânsito e segurança rodoviária;
‐ Identificar as necessidades relativas a aparelhos especiais utilizados no âmbito da
fiscalização rodoviária, e propor, em coordenação com o Comando de Administração
de recursos Internos, a sua aquisição;
‐ Representar a Guarda Nacional Republicana em conselhos, comissões especializadas,
seminários e grupos de trabalho sobre matérias rodoviárias.
A primeira vantagem desta medida centra‐se no facto de ser uma estrutura orgânica
flexível, ao nível dos órgãos superiores de comando e direcção da Guarda, que atende
à especificidade da problemática do ordenamento e regulação do trânsito,
colmatando, desta forma, as necessidades de planeamento, programação,
coordenação e supervisão das actividades de âmbito nacional ou supra‐distrital,
assegurando a necessária coordenação entre os comandos territoriais e a Unidade
Nacional de Trânsito.
A segunda vantagem tem a ver com a uniformização de procedimentos de índole
técnico‐profissional e colaboração na definição das necessidades formativas e nos
planos de formação e treino dos elementos afectos a esta área funcional.
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Caso esta proposta mereça acolhimento, deverá ser harmonizado o Despacho n.º
32021/2008, de 16 de Dezembro de 2008.
Aludindo agora a propostas alternativas:
1 ‐ Extinção da Unidade Nacional de Trânsito.
Esta modalidade de acção carece de uma alteração legislativa promovida pela
Assembleia da República à Lei n.º 63/2007, de 6 de Novembro, a qual aprovou a
Orgânica da Guarda Nacional Republicana, e ainda da Portaria n.º 1450/2008, de 16 de
Dezembro7, a qual definiu a organização interna das unidades e respectivas
subunidades.
A primeira e principal vantagem desta modalidade de acção assenta na eliminação de
duas estruturas autónomas, no dispositivo orgânico da Guarda, com competências e
áreas de actuação semelhantes, nomeadamente os Destacamentos de Trânsito dos
Comandos Territoriais e a Unidade Nacional de Trânsito.
Consideramos que a adopção desta modalidade de acção tem como desvantagem o
facto da sua implementação não depender, na sua totalidade, da acção directa deste
Ministério, uma vez que a alteração legislativa seria da competência da Assembleia da
República.
2 ‐ Transferência de todos os militares que integram os actuais Destacamentos e
Postos de Trânsito para a Unidade Nacional de Trânsito.
Esta modalidade de acção seria equivalente à extinção dos Destacamentos e Postos de
Trânsito, enquanto subunidades dos Comandos Territoriais os quais integrariam a
Unidade Nacional de Trânsito.
7
‐ Portaria n.º 1450/2008, de 16 de Dezembro – Estabelece a organização interna das unidades
territoriais, especializadas, de representação e de intervenção e reserva da GNR e define as respectivas
subunidades.
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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA
A introdução desta medida carece de alteração legislativa da competência da
Assembleia da República, à Lei n.º 63/2007, de 6 de Novembro, que aprovou a
Orgânica da Guarda Nacional Republicana e ainda, da Portaria n. 1450/2008, de 16 de
Dezembro,8 a qual definiu a organização interna das unidades e respectivas
subunidades.
A primeira e principal vantagem desta medida é que, a Unidade Nacional de Trânsito
assume o comando, coordenação e controlo das actividades de trânsito a nível
nacional, assim como a formação específica de trânsito.
Esta modalidade permite, ainda, a adopção de um modelo intermédio, mediante a
manutenção dos Destacamentos e Postos de Trânsito na dependência dos Comandos
Territoriais, ainda que os seus elementos passassem a pertencer à Unidade Nacional
de Trânsito, assegurando, esta última Unidade, o planeamento e coordenação a nível
nacional das acções de fiscalização e prevenção rodoviárias, ficando o comando e o
controlo operacional a cargo dos Comandos Territoriais respectivos, aproveitando‐se
igualmente o “canal” administrativo‐logístico destes últimos, numa óptica de
racionalização das estruturas já existentes.
No entanto consideramos que a adopção desta medida tem quatro principais
desvantagens: a primeira radica no facto da sua implementação não depender, na sua
totalidade, da acção directa deste Ministério, uma vez que se trata de matéria da
competência legislativa da Assembleia da República.
A segunda, caso não seja adoptado um modelo organizativo intermédio, retomam‐se
as dificuldades de coordenação e emprego operacional do dispositivo de trânsito a
nível distrital, para além da perda de unidade de comando, a qual acarreta uma
diluição de responsabilidades da actividade da Guarda em duas entidades sobre a
mesma área de actuação.
8
‐ Portaria n.º 1450/2008, de 16 de Dezembro ‐ estabelece a organização interna das unidades
territoriais, especializadas, de representação e de intervenção e reserva da GNR e define as respectivas
subunidades.
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Parte IV – Anexos
Legislação e Contributos
Legislação
Lei Nº 63/2007 D.R. I Série Nº 213 de 6 de Novembro de 2007 – Lei da Assembleia da
República que aprova a Orgânica da Guarda Nacional Republicana
Decreto Regulamentar Nº 19/2008 D.R. I Série, Nº 231 de 27 de Novembro de 2007 –
Estabelece o número, as competências, a estrutura interna e o posto correspondente à
chefia dos serviços directamente dependentes do comandante‐geral e dos serviços e
órgãos superiores de comando e direcção da GNR
Portaria 340‐A/2007 D.R II Série Nº 64 de 30 de Março de 2007 – Define as áreas da
Responsabilidade da GNR e da PSP
Portaria 778/2009 D.R. I Série Nº 140 de 22 de Julho de 2009 ‐ Define as áreas de
responsabilidade da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança
Pública (PSP), relativas aos itinerários principais e itinerários complementares nas
áreas metropolitanas de Lisboa (AML) e Porto (AMP)
Portaria 1450/2008 D.R. I Série Nº 242 de 16 de Dezembro de 2008 ‐ Estabelece a
organização interna das unidades territoriais, especializadas, de representação e de
intervenção e reserva da Guarda Nacional Republicana (Guarda) e define as
respectivas subunidades
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Despacho Nº 32021/2008 D.R. Série II Nº 242 de 16 de Dezembro de 2008 ‐ Define
as unidades orgânicas flexíveis do Comando da GNR, bem como as correspondentes
atribuições.
Despacho de S.E. o Ministro da Administração Interna de 17 de Novembro de 2009 ‐
Determina a criação de uma comissão para avaliação no âmbito da actividade de
fiscalização de trânsito da GNR e da nova Unidade Nacional de Trânsito.
Decreto‐Lei Nº 2/98 D.R. Nº 2 Série I Nº 2 de 3 de Janeiro de 1998 ‐ Altera o Decreto‐
Lei nº 114/94 de 3 de Maio (Código da Estrada)
Contributos:
Autoridade Nacional Segurança Rodoviária
Guarda Nacional Republicana – Oficial de Ligação junto do Ministério da Administração
Interna
Prevenção Rodoviária Portuguesa Associação Nacional de Transportes Rodoviários
de Pesados de Passageiros ‐ ANTROP
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