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RAZES DE APELAO
APELANTE: FULANO DE TAL
APELADO: MUNICPIO X
AO:
PROCESSO N:
EGRGIO TRIBUNAL DE JUSTIA DE
COLENDA CMARA
ILUSTRES DESEMBARGADORES
BREVE RELATO DOS FATOS
A Lei n 1234, do Municpio Apelado, vedava a ampliao da rea construda
nos apartamentos do tipo cobertura, localizados na orla da cidade. Com a revogao da
lei, diversos moradores formularam pleitos, perante a Secretaria Municipal de
Urbanismo, e obtiveram autorizao para aumentar a rea construda de suas coberturas.
Diversos outros moradores sequer formularam qualquer espcie de pleito e, mesmo
assim, ampliaram seus apartamentos, dando, aps, cincia Secretaria, que no adotou
contra os moradores qualquer medida punitiva.
O Apelante, antes de adquirir uma cobertura nessa situao, ou seja, sem
autorizao da Secretaria Municipal de Urbanismo para aumento da rea construda,
formulou consulta Administrao Municipal sobre a possibilidade de ampliao da
rea construda, e recebeu, como resposta, a informao de que, na ausncia de lei, o
apelado no pode se opor ampliao da rea. O Apelante, ento, comprou uma
cobertura, na orla, e iniciou as obras de ampliao do apartamento. Entretanto, trs
meses depois, foi surpreendido com uma notificao para desfazer toda a rea acrescida,
sob pena de multa, em razo de novo entendimento manifestado pela rea tcnica da
Administrao Municipal, a ser aplicado apenas aos que adquiriram unidades
residenciais naquele ano e acolhido em deciso administrativa do Secretrio Municipal
de Urbanismo no processo de consulta aberto meses antes.
Houve clara violao ao princpio do devido processo legal, princpio este, que
deveria nortear a conduta do Apelado, que, na qualidade de Administrao Pblica, no
pode, com novo entendimento, que sequer est amparado em lei, forar reduo no
patrimnio do Apelante sem que lhe seja dada a participao em processo
administrativo formal.
Tambm ocorreu violao ao princpio da legalidade, tanto pela ausncia de
norma que imponha ao Apelante restrio sua propriedade quanto pela ausncia de
norma que autorize o Apelado, como Poder Pblico Municipal, a recusar a reforma
procedida pelo Apelante em sua propriedade.