Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Atendendo aos sentimentos de pudor e interioridade inerentes pessoa, o enfermeiro assume o dever de:
a) Respeitar a intimidade da pessoa e proteg-la de ingerncia na sua vida privada e na da sua
famlia;
b) Salvaguardar sempre, no exerccio das suas funes e na superviso das tarefas que delega, a
privacidade e a intimidade da pessoa.
PARTE I
83
Varia bastante o entendimento de cada pessoa sobre a reserva da vida privada que lhe devida e que deve ser respeitada. O
conceito de vida privada no se encontra definido legalmente, sendo, por esta razo, a sua definio feita casuisticamente.
Todavia, considera-se que, no geral, inclui a vida ntima, nomeadamente a afetiva, sexual e familiar. As doenas, as convices
polticas ou religiosas e o patrimnio esto tambm abrangidos pela reserva da vida privada.
evidente a relao desta alnea com a humanizao e a personalizao dos cuidados, bem como o respeito pelos direitos
humanos e pelos enquadramentos jurdicos especficos, como o decorrente da Conveno de Proteo de Dados Pessoais
Informatizados.
Na alnea b), Salvaguardar sempre, no exerccio das suas funes e na superviso das tarefas que delega, a privacidade e a
intimidade da pessoa, est patente o dever de proteger, seja em realizao ou em dele- gao, a esfera da privacidade e
intimidade. possvel cruzar este dever com o Artigo 11. da Carta dos Direitos e Deveres dos Doentes, quando se refere que
qualquer ato de diagnstico ou teraputica s pode ser efetuado na presena dos profissionais indispensveis sua execuo,
salvo se o doente consentir ou pedir a presena de outros elementos.
Proteger a pessoa das invases sua intimidade tanto pode concretizar-se na utilizao de cortinas e biom- bos como em
assegurar que a pessoa est adequadamente coberta para circular dentro e fora do servio, ou ainda ter em conta o tom e a altura
da voz com que se realizam os dilogos. A presena de estagirios tem de ser consentida pela pessoa. Assim, encontramos
relao clara com o Artigo 89. do Cdigo Deontolgi- co, relativo aos deveres de humanizao dos cuidados de Enfermagem.
PARTE I
84