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André Luiz Ribas Pereira
Diego Leonardo de Camargo
Felipe Negreli Cardoso
Joelza Aparecida Vernick de Andrade
Mayra Bastos Fernandes
Raissa Micheluzzi Ferreira

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No texto ³A História Antiga Na Sala de Aula´, os autores Pedro Paulo A. Funari


(doutor em História pela USP) e Renata Senna Garrafoni (doutora em História pela
UNICAMP), defrontados com as dificuldades de achar materiais didáticos para o ensino da
História Antiga, procuram facilitar seu estudo e compreensão, bem como tentar tornar
alguns temas mais simples e acessíveis para qualquer nível de especialização. Visam
romper com o modelo tradicional e objetivo de ensino da antiguidade, propondo uma
renovação do mesmo e deixando-o mais crítico e autônomo. Incentivam a análise de
conceitos delimitados sob outro viés e o uso de novos métodos de ensino, priorizando a
utilização das fontes primárias na produção do conhecimento histórico.
Apresentam inicialmente o motivo que os levou à produção desse trabalho e
destacam o objetivo de propor o ensino da História Antiga sob uma nova perspectiva.
Dividem o texto em títulos e subtítulos, o que auxilia a compreensão do leitor, e
acrescentam, ao final do trabalho, em anexo, um catálogo com fontes que podem ser usadas
nos estudos sobre o período denominado História Antiga.
No século XIX ocorrem variadas formas de explicar o estudo do passado. E esse
momento é decisivo para transformar vários elementos em fontes históricas fundamentais
para a construção de identidade nacionais, a partir da História e da Arqueologia, que
também colaboram com a criação dos conceitos de cultura ocidental e oriental. A partir daí,
essas disciplinas passam a ter o status de ciências e tornam-se decisivas para a unificação
de um estudo do passado, o que resultou na elaboração de modelos mais explicativos sobre
a Historia Antiga. Também é nessa época que surgem alguns conceitos usados atualmente,
como o de ³História´ e ³Pré-História´, ³Romanização´ e ³Helenismo´, presentes em livros
didáticos.
Os autores problematizam a postura estática com que os termos ³Helenismo´ e
³Romanização´ são empregados e difundidos. Eles discutem a contextualização, apontando
as circunstâncias em que os termos tiveram suas origens, questionando a maneira
tradicionalista com que são abordados, em que aparece a valorização de determinadas
culturas em detrimento de outras. No caso da Romanização, há a polarização µbárbaros
versus romanos¶ e, no caso do Helenismo, a suposta superioridade grega.
É também no século XIX que a História passa a ser definida como ciência voltada
para o passado a partir de fontes escritas. Em várias civilizações existiram formas diferentes
de escrita como a cuneiforme na Mesopotâmia e hieróglifos no Egito. Mas, há uma reflexão
importante que deve ser feita sobre os diferentes aspectos culturais, políticos e sociais das
civilizações. Tomando como exemplo Mesopotâmia e Roma, vemos que, na civilização
mesopotâmica a escrita era feita em tábuas, voltada à religiosidade, de domínio dos escribas
e apontava uma posição social elevada; já em Roma podia ser tanto oficial, quanto grafites,
pois, era utilizada por muitas pessoas com diferentes ideais e em diferentes lugares, ou seja,
não era privilégio da elite.
Apesar de os registros escritos serem o meio mais utilizado para a escrita da
História, a Arqueologia é também de grande valia para os estudos do passado, pois, é a
busca das origens históricas por meios de objetos, os quais permitem a inserção na História
daqueles que não sabiam escrever, possibilitando uma nova interpretação para as diferentes
questões da sociedade antiga.
No artigo ³Os Livros Escolares e a História Antiga´, de Funari, ele defende, através
de argumentos e citações de estudiosos renomados, a importância de se conhecer as línguas
antigas, pois, a vida em sociedade, sua cultura e sua língua estão intimamente ligadas.
Assim, é impossível entender uma civilização de maneira satisfatória sem conhecer sua
língua. Além disso, vários dos conceitos da sociedade moderna são baseados em noções
oriundas do mundo antigo. É devido, porém, uma disciplina ao estudar e a necessidade de
desenvolver o senso crítico para compreender melhor, não só o passado, mas também a
sociedade em que o indivíduo está inserido.
O autor critica a abordagem feita em muitos livros didáticos quando se trata de
antiguidade. Segundo ele, esses livros, com seus estudos superficiais, podem tanto
despertar o desejo por liberdade e igualdade como também contribuir para a afirmação de
superioridade de uns e inferioridade de outros, de acordo com os interesses µelite versus
massa¶ e aumentar as diferenças culturais entre os mesmos.
A metodologia do ensino torna-se então fundamental. Os documentos escritos e
materiais didáticos que relatam a História Antiga que são utilizados atualmente foram, em
sua maioria, feitos já na Idade Moderna. Por esta razão, deve-se levar em consideração que
esses documentos não traduzem um relato fidedigno do passado, e sim apenas uma das
possibilidades de interpretação dos acontecimentos da época, pois os autores desses relatos
estavam inseridos em um contexto específico e respeitavam outros princípios e valores
defendidos em suas respectivas épocas. Isso interfere na forma de como e quais fatos são
explorados, e de que forma eles foram utilizados para explicar e justificar o que estava
ocorrendo naquele momento da História. Logo, esses registros não devem ser só
consumidos sem nenhuma leitura crítica, mas devem ser interpretados de acordo com a
época que foi escrito. Muitos fatos ocorridos no passado podem ter sido distorcidos ou
ignorados, resultando em um entendimento parcial e falho daquela realidade.

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