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RECURSO ESPECIAL A requerente firmou com o Banco requerido contrato de câmbio motivado por exportação. O título foi levado a protesto e a requerente propôs ação ordinária precedida de Medida Cautelar Inominada de Sustação de Protesto. Através do presente recurso especial vem argüir que houve violação aos Princípios Constitucionais da Isonomia e Legalidade, pois foi escolhido o foro do credor em vez do foro do devedor, como determina a lei, sob argumento de se tratar de operação tipicamente bancária.
RECURSO ESPECIAL A requerente firmou com o Banco requerido contrato de câmbio motivado por exportação. O título foi levado a protesto e a requerente propôs ação ordinária precedida de Medida Cautelar Inominada de Sustação de Protesto. Através do presente recurso especial vem argüir que houve violação aos Princípios Constitucionais da Isonomia e Legalidade, pois foi escolhido o foro do credor em vez do foro do devedor, como determina a lei, sob argumento de se tratar de operação tipicamente bancária.
RECURSO ESPECIAL A requerente firmou com o Banco requerido contrato de câmbio motivado por exportação. O título foi levado a protesto e a requerente propôs ação ordinária precedida de Medida Cautelar Inominada de Sustação de Protesto. Através do presente recurso especial vem argüir que houve violação aos Princípios Constitucionais da Isonomia e Legalidade, pois foi escolhido o foro do credor em vez do foro do devedor, como determina a lei, sob argumento de se tratar de operação tipicamente bancária.
RECURSO ESPECIAL A requerente firmou com o Banco requerido
contrato de cmbio motivado por exportao. O ttulo foi levado a protesto
e a requerente props ao ordinria precedida de Medida Cautelar Inominada de Sustao de Protesto. Atravs do presente recurso especial vem argir que houve violao aos Princpios Constitucionais da Isonomia e Legalidade, pois foi escolhido o foro do credor em vez do foro do devedor , como determina a lei, sob argumento de se tratar de operao tipicamente bancria. EXMO. SR. DR. JUIZ PRESIDENTE DO EGRGIO TRIBUNAL DE ALADA DO ESTADO DO ....
.... .........................................pessoa jurdica de direito privado com
sede na Rua .... n ...., na Cidade de ...., GCG/MF n ...., por seus advogados adiante assinados, "ut" instrumento de procurao, com escritrio na Rua .... n ...., na Cidade de ...., onde recebe intimaes, vem mui respeitosamente presena de Vossa Excelncia interpor RECURSO ESPECIAL, contra o Acrdo n .... proferido pela Colenda .... Cmara Cvel dessa Egrgio Tribunal de Alada, nos autos de uma Ao Ordinria movida contra o BANCO ............................., pessoa jurdica de direito privado, com agncia em ...., na Rua .... n ...., inscrita perante o CGC/MF n ...., de ora em diante apenas ...., pelos fundamentos de fato e de direito expostos em seguida. I. Exposio dos fatos incontroversos. 1. Uma sntese evolutiva. A ...., no exerccio de sua atividade empresarial, realizou contrato de cmbio com o Banco .... O contrato de cmbio, motivado por exportao, recebeu o n ...., tendo sido firmado na Cidade de ...., em data de .... de .... de ...., atravs do qual a .... negociava com o Banco .... a quantidade de USD$ .... (....). Aps alguns termos aditivos contratuais, que resultaram em alteraes, restaram, assim, exportaes no montante de US$ ...., sem apresentao dos documentos probatrios. Isso porque haviam sido pactuadas exportaes que atingiam a US$ .... Desse total, foram comprovadas exportaes de US$ .... e US$ .... Em .... de ..., o Banco .... remeteu correspondncia autora, dando conta de existir saldo a embarcar no contrato n ...., que montava quela importncia acima indicada. Pretendia compor a questo atravs de negociao que abrangesse hipoteca, etc.
Porm, em .... de ...., a autora recebeu correspondncia do .... Ofcio de
Protestos de Ttulos de ...., notificando-a de que o Banco .... remetera a protesto o contrato de cmbio n ...., pretendendo o recebimento da importncia de R$ .... A autora props, ento, Ao Declaratria precedida de Medida Cautelar Inominada de Sustao de Protesto, cuja liminar foi deferida e implicou na sustao dos protestos pretendidos. A Ao Ordinria visa desconstituir a exigibilidade de crditos unilateralmente lanados pelo Banco .... revelia e sem o conhecimento da ...., inclusive discutindo a constitucionalidade do tratamento desigual conferido quela instituio financeira; controvertendo as razes que teriam motivado a eleio unilateral para a competncia do cartrio onde seriam lavrados os protestos - contrariando dispositivos constantes do Cdigo Civil Brasileiro. O d. Juzo singular teve por bem julgar improcedente o pedido cautelar, bem como o principal. Irresignada com a veneranda deciso, a autora interps recurso de apelao, tendo a Colenda .... Cmara do Egrgio Tribunal de Alada deste Estado negado provimento ao apelo. Necessitada de esclarecimentos acerca do teor do v. acrdo, foram opostos, pela ...., embargos de declarao visando suprir omisso pertinente ao desvio da constitucionalidade, consubstanciada em tratamento desigual conferido ao Banco .... - ofensa ao princpio da isonomia - porquanto elegeu-se unilateralmente e "contra legem" o foro do credor para o cumprimento da pretensa obrigao. Os embargados foram rejeitados e a questo emerge sem elucidao. Essa a lide. II. DO DIREITO 1. A contrariedade ao artigo 950 da Lei Federal 3.071/16 (Cdigo Civil Brasileiro). A violao dos Princpios Constitucionais da Isonomia e da Legalidade (art. 5, "caput", II da CF). Ao contrrio do entendido pelo v. acrdo recorrido, a inconstitucionalidade repousa exatamente na possibilidade de se eleger foro distinto daquele previsto pela Lei Federal n 3.071/16 (Cdigo Civil), especificamente em seu artigo 950, tendo em vista a questo que exsurge da avena, se evidenciando, neste caso, flagrante violao dos Princpios Constitucionais da isonomia e da legalidade. O r. acrdo repeliu o argumento de incompetncia do foro de .... para o protesto sob fundamento de que se trata de operao tipicamente bancria. Sendo assim, afasta a incompetncia de foro, entendendo que a competncia se vincula natureza da obrigao subjacente. Entender que o pagamento deveria ser efetuado na sede do credor, pois o
contrrio estar-se-ia contrariando a prtica bancria, incorrer em
absoluta deslealdade constitucional. H, explicitamente evidenciada, grave ofensa ao princpio constitucional da isonomia, decorrente da pretenso de se conferir um critrio especial de determinao de competncia quando o credor for um Banco. Tal atitude consagra o entendimento de que o ...., por ser um banco, obteria um privilgio que no decorre do contrato ou da lei, mas, em ltima anlise, da sua condio econmica forte, visivelmente superior a da recorrente. Constata-se, portanto, visvel violao ao Princpio da Isonomia, por dar tratamento diferenciado ao Banco ....; tratamento este que vai de encontro ao dispositivo de Lei Federal. Cabe ainda, cabe destacar que o raciocnio do r. acrdo prova demais. Conclui que o pagamento deveria ser realizado em .... Ora, se assim fosse, ter-se-ia que a Ao de Cobrana tambm deveria processar-se por .... No entanto, e com todo respeito, ningum ousaria negar que a ao judicial, no caso, subordinar- se-ia ao foro do domiclio do devedor. Vale salientar, ento, que o caso em tela trata-se de grave afronta aos princpios constitucionais e evidente contrariedade de Lei Federal, no implicando em interpretao razovel do disposto invocado, mas sim sua melhor interpretao. O consagrado constitucionalista JOS AFONSO DA SILVA ensina que: "O executor da lei est, necessariamente, obrigado a aplic-la de acordo com os critrios constantes da prpria lei. Se esta, para valer, est adstrita a se conformar ao princpio da igualdade resultar obrigatrio para o executor da lei pelo simples fato de que a lei o obriga a execut-la com fidelidade ou respeito aos critrios por ela mesma estabelecidos." Ainda nessa esteira, PINTO FERREIRA, em seu Curso de Direito Constitucional, traz o raciocnio do eminente jurista alemo Nawiasky: "Nawiasky, seguindo o pensamento de Hatschek, pretende que o preceito da igualdade no se esgota com a aplicao uniforme da norma jurdica, mas que afeta diretamente ao legislador, proibindo a este concesso de privilgios de classe." 2. O desacerto do r. acrdo, porque presume indeterminabilidade dos Princpios Conseqentes contrariedade a Lei Federal. No se h de supor que a "prtica bancria" a que se refere o r. acrdo possa constituir atenuao do princpio constitucional, possibilitando, desta feita, a disponibilidade pelo aplicador de um excesso de discricionariedade; vale dizer, o executor do direito poderia laborar em contrariedade a um princpio constitucional quando estivesse alicerado em situaes fticas (aquelas em que o cotidiano comercial se ocupa de sedimentar, ainda que fruto da situao privilegiada dos detentores do poder econmico) que, erroneamente, legitimariam tal ato. H, sem qualquer dvida, sob esse argumento, distoro da finalidade funcional
dos princpios norteadores da prtica jurdica. O raciocnio supra tende a
absorver o sentido dos princpios impregnando-os de certa indeterminabilidade. E, nesse passo, vale lio de JJ GOMES CANOTILHO: "Qualquer que seja a indeterminabilidade dos princpios jurdicos, isso no significa que eles sejam impredictveis. Os princpios no permitem opes livres aos rgos ou agentes concretizadores da constituio (impredictibilidade dos princpios); permitem, sim, projees ou irradiaes normativas com um certo grau de discricionariedade (indeterminabilidade), mas sempre limitadas pela juridicidade objectiva dos princpios. Como diz DW ORKIN, o direito - e, desde logo, o direito constitucional - descobre-se, mas no se inventa." Sendo assim, pensa-se ter demonstrado suficientemente o desacerto do r. acrdo porque contraria dispositivo previsto no artigo 5 "caput", inciso II, e desrespeito Lei Federal 3.071/16 (Cdigo Civil), em seu artigo 950. III. A concluso. DO PEDIDO Diante do exposto e do muito que ser suprido por V. Exa., requer a aplicao do disposto nos artigos 541 "usque" 546 do C. Pr. Civil, admitindo-se, a final, este recurso especial, para que o Superior Tribunal de Justia reforme a deciso recorrida. Nestes Termos, J. aos autos n .... Pede Deferimento ...., .... de .... de .... .................. Advogado AOB/...