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Ofício DGV n.

º 25 664/2005, de 06DEC
(Notas GEP n.ºs 1344/2005, de 11OUT e n.º 1732/2005, de 22DEC/Nota n.º 13 006/2005, de 19DEC, da 3.ª
REP/CG/GNR)

Seguro de responsabilidade civil obrigatório - Esclarecimentos

A Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública colocou a esta Direcção-Geral várias questões
respeitantes ao seguro de responsabilidade civil obrigatório.
Por se entender tratar-se de matéria também do maior interesse para esse Comando-Geral informa-se
que a interpretação da Direcção-Geral de viação em relação às questões colocadas é a seguinte:
1. FALTA DE SEGURO DE REBOQUE:
O veículo tractor e seu reboque constituem um veículo único, nos termos do n.º 2 do art.º 111.º do
Código da Estrada sendo, consequentemente a coima de € 500 a 2 500, prevista no art.º 150.º do
mesmo Código aplicável quando:
Ø O veículo tractor não possua seguro;
Ø O seguro do veículo tractor não cubra a circulação do reboque e este não esteja coberto por
um outro contrato de seguro.
2. OBRIGATORIEDADE DA EXISTÊNCIA DE SEGURO PARA VEICULO ESTACIONADO
A posição da Direcção-Geral de Viação sobre esta matéria tem sido, desde sempre, a de considerar
que o trânsito de um veículo engloba também o seu estacionamento e, por consequência, a de que os
veículos estacionados que não se encontrem cobertos por um contrato de seguro violam também a
norma do seguro obrigatório.
Porém, analisando mais aprofundadamente a questão, verifica-se que, em certas disposições do
Código, nomeadamente no seu art.º 66.°, se distingue o trânsito do estacionamento e da paragem.
A admitir-se esta distinção, parece defensável que o veículo estacionado na via pública que não
possua seguro não infringe o disposto no art.º 150.º, desde que não se desloque.
Todavia, a exigência de seguro de responsabilidade civil automóvel visa, conforme resulta do disposto
no art.º 1.° do Decreto-Lei n.º 522/85, de 31 de Dezembro, garantir a responsabilidade civil
emergente de danos patrimoniais e não patrimoniais decorrentes de lesões corporais ou materiais
causadas a terceiros por um veículo terrestre a motor, seus reboques ou semi-reboques.
Ora, nos termos da lei civil, a responsabilidade civil pode resultar da prática de facto ilícito (art.º 483.º
do Código Civil) ou, independentemente de culpa, nos casas especificados na lei.
No caso da responsabilidade emergente de acidentes de viação, dispõe o art.º 503.º daquele Código:
“Aquele que tiver a direcção efectiva de qualquer veículo de circulação terrestre e o utilizar no seu
próprio interesse, ainda que por intermédio de comissário, responde pelos danos provenientes dos
riscos próprios do veículo, mesmo que este não se encontre em circulação”.
Deste modo, visando a obrigatoriedade de seguro garantir a responsabilidade civil decorrente da
prática de factos ilícitos ou do risco do próprio veículo e verificando-se essa responsabilidade mesmo
que o veículo não esteja em circulação, conclui-se que um veículo estacionado na via pública deve
estar coberto por seguro de responsabilidade civil e que, consequentemente, as autoridades
fiscalizadoras do trânsito podem exigir a prova desse seguro ao condutor ou proprietário do veículo.
Sem prejuízo do que fica dito, parece vantajoso, porque clarificador, que numa futura alteração do
Código da Estrada, seja revista a redacção do n.º 1 do art.º 150.º, substituindo-se a expressão
“circular” por “utilizar”.
3. POSSIBILIDADE DE APREENSÃO IMEDIATA DE VEÍCULO SEM SEGURO:
Embora a lei - art.º 85.º do Código da Estrada e art.º 32.º do Diploma do Seguro Obrigatório -
preveja que, na falta de seguro, deva ser concedido o prazo de oito dias para apresentação do
documento e só passado este prazo, caso não seja feita a prova da existência de contrato de seguro,
se possa proceder à apreensão do veículo, afigura-se que, quando o proprietário declare, no decurso
da acção de fiscalização, não ter seguro, pode ser, de imediato, apreendido o veículo, por razões de
economia processual e face ao disposto na alínea f) do n.º 1 do art.º 162.º do Código da Estrada.
De facto, ainda que o proprietário venha posteriormente a constatar que tinha um contrato de seguro
válido, pode sempre apresentar o documento, sendo, de imediato levantada a apreensão e instaurado
o competente procedimento contra-ordenacional, por falta do documento ao tempo da acção de
fiscalização.

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