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252
−
1
×
100
%
ao
ano
onde: Lj = é o fator diário da operação j Vj = é o valor financeiro da operação
j n = é o número de operações da amostra
Esta apostila é um veículo de comunicação restrito aos bancos, de acordo com o c
ontrato nº FB 089/2004 celebrado entre a Fator Humano Educação e Desenvolvimento
e a FEBRABAN. O seu uso fora das normas do referido contrato estará sujeito às
penalidades previstas por lei.
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Meta para Taxa SELIC A fixação da “Meta para a Taxa SELIC” é um instrumento de p
olítica monetária, pois em função desta taxa básica é que as demais taxas de jur
os na economia são determinadas. Antes de vermos como a taxa de juros é usada co
mo instrumento de política monetária, vejamos uma retrospectiva histórica. A Fig
ura 11 apresenta um histórico das Metas para a Taxa SELIC fixadas pelo COPOM.
Taxa SELIC 50 45 40 35 Taxa SELIC 30 25 20 15 10 5 0 dez-97 dez-98 dez-99 dez-00
dez-01 dez-02 dez-03 jun-98 jun-99 jun-00 jun-01 jun-02 jun-03 mar-98 mar-99 ma
r-00 mar-01 mar-02 mar-03 mar-04 set-98 set-99 set-00 set-01 set-02 set-03
Data da Reunião do COPOM
MÓDULO 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
Figura 11 Histórico das Metas para a Taxa SELIC
A taxa de juros, como instrumento de política monetária, desempenha o papel de f
reio ou acelerador da demanda na economia e, portanto, afeta os preços e a infla
ção. Havendo perspectiva da inflação superar a meta fixada pelo CMN – Conselho M
onetário Nacional, o COPOM eleva a “Taxa SELIC”. A elevação nesta taxa básica, r
eduz a ___________(33) de consumo e de investimento, e com isso, a pressão nos p
reços se arrefece. Quando as projeções de inflação estão abaixo da meta, o COPOM
______ (34) a taxa de juros para estimular a demanda e os investimentos. Podemo
s dizer, de forma simplista, que a Política Monetária atua: " " sobre o nível da
taxa de juros e na oferta de moeda na economia.
Esta apostila é um veículo de comunicação restrito aos bancos, de acordo com o c
ontrato n FB-089/2004 celebrado entre a Fator Humano Educação e Desenvolvimento
e a FEBRABAN. O seu uso fora das normas do referido contrato estará sujeito às
penalidades previstas por lei.
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QUEM
É O EXECUTOR DA
PO L Í T I C A MO N E T Á R I A ?
O Banco Central do Brasil é o executor da política monetária cujo principal obje
tivo é: MA N T E R
A
INFLAÇÃO
SOB
CONTROLE Para exercer a função de guardião da moeda, o _______________(35) dispõ
e de instrumentos de controle, também chamados de instrumentos de política monet
ária. São eles: " " " " Operações de open market; Depósito compulsório; Continge
nciamento de crédito; e Empréstimo ou redesconto de liquidez, sendo que esses do
is últimos, no caso brasileiro, são muito raramente utilizados.
3.1.1.5.
Taxa CDI e TR:
O certificado de Depósito Interbancário é o instrumento pelo qual as instituiçõe
s financeiras trocam recursos entre si. Além de ser instrumento para empréstimos
entre _______________________(36), o CDI de um dia ou “over”, também é usado co
mo “indexador” (taxa de juros) que representa a média das taxas diárias praticad
as por essas instituições financeiras nestas transações. As taxas médias são cal
culadas pela CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação, que registra estas operaçõ
es. A taxa divulgada é anual e tem como base 252 dias úteis. Taxa CDI A “Taxa CD
I” é, portanto, uma taxa referência, apurada, pela __________ (37), com base nas
operações de emissão de __________ (38) pré-fixados, pactuadas por __________ (
39) e registradas e liquidadas pelo sistema CETIP, expressa em taxa efetiva anua
l com base em ano de __________ (40) dias úteis, conforme determinação do Banco
Central do Brasil. O cálculo diário da “Taxa CDI”, ou “CDI – CETIP over” como ta
mbém é conhecida, é feito pela CETIP. A fórmula5 de cálculo parece complexa, mas
na verdade o que ela faz é obter, em termos anuais, a média ponderada da taxa d
iária das operações de CDI de um dia.
VRi DI − CETIP = VE i × VE i i =1
5
∑
252
− 1
∑ VE × 100
i i =1
n
Onde: DI CETIP = Taxa CDI anualizada para o dia do cálculo VRi = Valor de Resgat
e da i ésima operação VEi = Valor de Emissão da i ésima operação
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MÓDULO 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
Além da “Taxa CDI” diária, ou over, existe também a taxa acumulada em um período
, ou seja, entre duas datas, que serve para atualizar os valores de contratos re
ferenciados ao CDI. O cálculo do fator do DI-CETIP acumulado é feito capitalizan
do diariamente a taxa diária do CDI over.6 Exemplo Se um investidor aplicar recu
rsos em CDB corrigido, digamos, a 90% do CDI por 90 dias, ao final deste prazo o
montante que ele terá direito a receber será o principal aplicado corrigido pel
o porcentual do CDI diário __________ (41) no período, considerando-se os dias ú
teis entre as datas da aplicação e do resgate. TR A TR é o indexador da cadernet
a de poupança e de alguns títulos, entre os quais estão as Letras Hipotecárias –
LH. A metodologia de cálculo da TR está embasada na taxa média mensal ponderada
ajustada dos CDBs prefixados de 30 instituições financeiras selecionadas, sendo
eliminadas as duas de menor e as duas de maior taxa média. A base de cálculo da
TR é o dia de referência, sendo calculada no dia útil posterior. Sobre a média
das taxas dos CDBs apurada é aplicado um redutor, definido pelo Banco Central, q
ue pode variar mensalmente (uma parte do redutor é fixa e a outra parte do redut
or depende do nível de juros fixado, pelo COPOM, para a taxa SELIC). Portanto, a
TR é um ______________(42), apurado diariamente, que considera a taxa média men
sal ponderada dos __________(43) prefixados emitidos por 30 instituições finance
iras selecionadas e o redutor definido pelo _______________(44).
6
A fórmula de cálculo é
Fator acumulado =
∏ (1 + TDI )
k k =1
n
onde: Fator acumulado = produtório das taxas CDI-CETIP over da data inicial (inc
lusive) até a data final (exclusive) n = número de taxas observadas, ou número d
e dias úteis compreendidos entre a data inicial e final TDIk = taxa CDI over, ex
pressa ao dia, do dia k
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MÓDULO 3 • NOÇ ES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
3.1.2.
COPOM
Metas de Inflação Em 1999, o governo adotou o regime de “Metas de Inflação” que
está vigorando até a presente data. Esse regime foi introduzido pelo Decreto 308
8, que estabeleceu a sistemática de "metas para a inflação" como diretriz para f
ixação do regime de política monetária. As metas são representadas por variações
anuais de índice de preços, atualmente o IPCA, e os respectivos intervalos de t
olerância fixados pelo Conselho Monetário Nacional – CMN, mediante proposta do M
inistro da Fazenda. Ao Banco Central do Brasil compete executar as políticas nec
essárias ao cumprimento das metas fixadas. Em junho de 2003 o Conselho Monetário
fixou as _________(45) de inflação e os respectivos intervalos de tolerância pa
ra os anos de 2004 e 2005. Para o ano 2004 a meta é de 5,5%, com intervalo de to
lerância de 2,5% para mais ou para menos; e para o ano 2005 a meta é de 4,5%, co
m intervalo de tolerância de 2,5% para mais ou para menos. Com base nestes inter
valos o ___________ (46) deverá executar a política monetária para assegurar o c
umprimento da meta de __________(47). COPOM Mensalmente, o COPOM – Comitê de Pol
ítica Monetária realiza uma reunião com o objetivo de acompanhar a economia e ve
rificar a aderência à meta de inflação. Nesta reunião, visando cumprir as metas
fixadas pelo CMN – Conselho Monetário Nacional, é fixada a taxa básica de juros,
a _____________(48), que irá vigorar até a próxima reunião. Um Breve Histórico
do COPOM O COPOM foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabe
lecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros. A criaçã
o do Comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao process
o decisório. As suas decisões passaram a ter como objetivo cumprir as metas para
a inflação definidas pelo _____________ (49). Se as metas não forem atingidas,
cabe ao presidente do Banco Central divulgar, em Carta Aberta ao Ministro da Faz
enda, os motivos do descumprimento, bem como as providências e prazo para o reto
rno da taxa de inflação aos limites estabelecidos. Formalmente, os objetivos do
COPOM são "implementar a política monetária, definir a meta da taxa SELIC e seu
eventual viés, e analisar o “Relatório de Inflação”. A taxa de juros fixada na r
eunião do ___________ (50) é a meta para a taxa SELIC (taxa média dos financiame
ntos diários, com lastro em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Li
quidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias
do Comitê. COMO
O
COPOM
AGE AO PERCEBER UM DESVIO DA META DE INFLAÇÃO?
Se, ao analisar o Relatório de Inflação, o COPOM faz um diagnóstico de que a inf
lação irá superar a meta, a sua decisão provável é __________(51) a Taxa SELIC.
Se, ao contrário, a expectativa de inflação for inferior a meta, o COPOM provave
lmente irá _______________(52) a Taxa SELIC.
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MÓDULO 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
3.2.
Conceitos Básicos de Finanças
Numa economia, as pessoas satisfazem suas necessidades adquirindo bens e serviço
s. Esse processo de troca nas economias modernas se dá pelo uso da moeda. Assim,
o preço estabelecido para cada produto passa a ser o denominador comum de medid
a para o valor dos bens e, a moeda, um meio de troca e de reserva de valor. As p
essoas têm diferentes preferências de consumo ao longo do tempo. Algumas prefere
m consumir bens no presente e outras preferem poupar o que seria gasto no presen
te em troca por um consumo maior em um momento futuro. Prêmio para Desse fato de
preende-se a noção de adiar consumo juro, mostrando a preferência temporal para
consumir ou desejando um prêmio por sua abstinência.
O prêmio pago pelo adiamento do consumo é denominado juros.
Usualmente, a quantia, seja empréstimo ou capital, é representada pelo símbolo P
, que significa Principal ou Capital inicial. O juro é o pagamento pelo uso do c
apital por um determinado período de tempo. O prêmio ou remuneração pelo uso do
_________(53), isto é, os juros, é representado pelo símbolo “J” de Juros.
O conceito de juros pode ser entendido como o __________(54) pago para que o con
sumo seja adiado, ou como o pagamento pelo ___________(55) do capital por um dad
o período.
MÓDULO 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
!
QUESTÃO 2 Responda: Juro é um custo ou uma remuneração? a) Custo b) Remuneração
c) Ambos Responda: Investindo um capital inicial P com um rendimento de juros J
em um período, qual o montante que você espera receber no final do período? a) P
+ J b) P – J c) J
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Taxa de Juros A remuneração pela unidade de capital inicial é representada pela
taxa de juros, símbolo “i”, que precisa, obrigatoriamente, indicar a unidade de
tempo a que está referida, por exemplo, dia, mês, ano, etc. A equação abaixo per
mite calcular a ___________(56) em um período, dado o valor do capital inicial,
isto é, o _____________(57), e o valor final que é o _____________(58).
i=
Montante − Principal Principal
Vejamos um exemplo. Suponha que você tenha feito uma aplicação de R$10.000,00 em
um CDB pré fixado de 90 dias, cujo valor de resgate é R$10.500,00. A taxa de ju
ros desta aplicação é __________(59) em 90 dias. 3.2.1. Taxa de Juros Nominal e
Taxa de Juros Real
A taxa de juros pode ser nominal, como a vista no exemplo acima, ou real, quando
se considera o efeito da inflação. Taxa Nominal A taxa nominal (ou aparente) ap
urada nas operações correntes é calculada pelo cociente entre a diferença positi
va do valor final, menos o valor inicial, dividido pelo valor inicial. No caso d
o exemplo anterior a taxa _________(60) era de 5% para 90 dias. Taxa Real A taxa
real é derivada da taxa nominal, descontando o valor da inflação no período. A
taxa real, portanto, indica qual foi o ganho ou a perda real da operação após se
r descontada ou deduzida a taxa de __________(61). Se a inflação, nos 90 dias do
exemplo anterior, tivesse sido de 2%, a taxa ________(62) de juros teria sido d
e 2,9% no período.
!
QUESTÃO 3 Responda: No ano de 2003, um determinado investimento rendeu 24%. Esse
rendimento foi: a) Nominal b) Real Responda: Um fundo de renda fixa rendeu 22,0
6% ao ano. A inflação medida pelo IGP M foi de 8,36% no mesmo ano. Qual o rendim
ento real? a) 13,70% b) 12,64% c) 17,65%
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penalidades previstas por lei.
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Resumido, quando o tempo transcorrido é maior que o período de capitalização da
taxa, os juros compostos geram um montante __________(70). Ao contrário, quando
o tempo transcorrido é menor que o prazo da capitalização, são os juros ________
__(71) que produzem um montante maior. Os montantes serão iguais quando o tempo
transcorrido coincidir com o período de _________________(72) da taxa. O quadro
abaixo sintetiza estas conclusões.
Fcomposto > Fsimple ⇉ tempo transcorri do > período de capitaliza ção Fcomposto
< Fsimple ⇉ tempo transcorri do < período de capitaliza ção
3.2.3.
Índice de referência ou “benchmark”
Conceito de Benchmark e Índice de Referência Um índice de referência, ou “benchm
ark” como é conhecido no jargão de mercado, é, como o próprio nome indica, uma r
eferência, um padrão a ser perseguido, ou até mesmo superado, e que serve como b
ase para comparar o desempenho de um investimento. No Brasil, existem vários “be
nchmark” que são usados de acordo com a natureza do investimento que se queira a
valiar. Por exemplo, emprega-se o IBOVESPA como benchmark para avaliação de cart
eiras de investimento em ações, e usa-se o rendimento do CDI para aplicações de
renda fixa. O ____________ (73), portanto, é um parâmetro de comparação, que var
ia de acordo com a característica da carteira ou do fundo a ser acompanhado. Em
um fundo de renda variável, com forte concentração em ações, o benchmark adotado
poderia ser o ____________ (74), ou mesmo o IBX, dependendo da carteira, é lógi
co. Já um fundo de ____________ (75), o benchmark poderia ser o CDI ou o IRF que
estão relacionados com juros. Vejamos agora alguns índices de referência e “ben
chmarks” comumente empregados no mercado financeiro brasileiro. 3.2.3.1. CDI
Como vimos anteriormente, o CDI ou DI acumulado em um determinado período é util
izado como indexador de produtos financeiros atrelados a taxa de juros dos Depós
itos Interfinanceiros de um dia. Esse mesmo indexador é utilizado, também, como
parâmetro para avaliação do desempenho das operações de renda fixa, em especial
a de fundos de investimento referenciados ao CDI. Nesta função, o CDI acumulado
desempenha o papel de “benchmark”, isto é, uma meta de rentabilidade que serve p
ara comparar a rentabilidades dos investimentos. A rentabilidade do CDI “over” é
, portanto, utilizada como ____________ (76) de comparação nas aplicações de ren
da fixa, principalmente, daquelas referenciadas ao CDI, como, por exemplo, os fu
ndos de investimento DI.
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MÓDULO 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
Existem, no mercado, fundos de investimento que tem como meta de rentabilidade o
CDI. Esses fundos, em geral fundos de gestão ativa, quando permitido pela legis
lação em vigor, cobram taxa de performance quando sua rentabilidade supera o seu
“benchmark”, que no caso é o __________(77). 3.2.3.2. Taxa de Câmbio
A taxa de câmbio, principalmente a taxa do dólar norte-americano, também serve d
e “benchmark” para alguns investimentos cujo objetivo é proporcionar uma rentabi
lidade vinculada a variação cambial. Como vimos anteriormente, a taxa de câmbio
normalmente usada é a taxa do dólar comercial dado pelo PTAX. 3.2.3.3. IGP-M
Vimos, na seção relativa a inflação, que o IGP-M – Índice Geral de Preços – Merc
ado, é um índice de inflação apurado pela Fundação Getúlio Vargas que é obtido a
través da média ponderada de três índices de preços: o ____________ (78) com pes
o de 60%; o ____________ (79) com peso 30%; e o ____________ (80) com peso de 10
%. O IGP-M é calculado com base na variação de preço do dia 21 ao dia 20 do mês
seguinte, e divulgado no último dia útil do mês. Este índice foi encomendado pel
o mercado com o objetivo de se obter um índice que não pode ser manipulado pelo
governo, e que está disponível antes do primeiro dia útil de cada mês, facilita
a atualização de contratos financeiros que tenham data de aniversário no dia pri
meiro de cada mês. Além de ser um índice de inflação, o IGP-M também é usado com
o “benchmark” para alguns investimentos. Por exemplo, alguns fundos de investime
nto exclusivos destinados aos fundos de pensão utilizam o IGP-M como parâmetro d
e rentabilidade, pois os seus planos têm, em muitos casos, metas atuariais com r
endimento de 6% ao ano mais a variação do IGP-M. Neste caso, uma meta atuarial I
GP-M + 6% pode ser o ____________ (81) a ser superado e a taxa de performance se
r cobrada quando a rentabilidade do fundo de investimento ____________ (82) a es
sa meta. 3.2.3.4. IBOVESPA
MÓDULO 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
As principais bolsas do mundo têm seus próprios índices para o mercado de ações.
O desempenho das bolsas de valores, portanto, é acompanhado pela evolução dos r
espectivos índices, que refletem as expectativas do mercado para aquele setor. P
or exemplo: o índice Nasdaq representa o setor de empresas de tecnologia nos Est
ados Unidos. Através do acompanhamento do desempenho das bolsas de valores, pode
mos seguir os principais ciclos das economias em que essas bolsas estão inserida
s. Como o desempenho das ações reflete o desempenho das empresas e este, por sua
vez, em conjunto reflete o desempenho da economia, podemos ter nos índices de a
ções um importante indicador econômico. Normalmente, não há grande interesse no
valor do índice per si, o que realmente interessa é a sua evolução percentual no
dia, mês, no ano, etc. A mídia costuma divulgar diariamente em seus boletins a
evolução dos principais índices de ações. No Brasil, existem vários índices de a
ções, mas o mais conhecido e amplamente utilizado é o IBOVESPA. O IBOVESPA é um
Índice do Mercado de Ações. Vejamos agora alguns detalhes muito importantes. O I
BOVESPA foi criado em 1968 a partir de uma carteira teórica de ações, a qual pro
cura refletir, até hoje, o desempenho
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das ações mais negociadas no mercado. Ou seja, o principal critério de seleção d
o IBOVESPA é a ____________ (83): quanto maior a liquidez de uma ação, maior ser
á a sua representatividade no ____________ (84).
IBOVESPA Representa a evolução das cotações das ações mais negociadas na Bolsa d
e Valores de São Paulo – Bovespa. O índice IBOVESPA é calculado em tempo real, c
onsiderando os preços dos últimos negócios no mercado à vista com as ações que c
ompõem o índice. O valor do índice é apresentado em pontos e é determinado pelo
produto da quantidade de cada ação que compõe a carteira teórica multiplicada pe
lo seu respectivo preço de mercado.
IBOVESPA Critério de inclusão no índice Nos 12 últimos meses a ação deve: " apre
sentar participação, em termos de volume, superior a 0,1% do total; " ter sido n
egociada em mais de 80% do total de pregões do período; " fazer parte dos 80% da
s ações mais líquidas, segundo a fórmula de negociabilidade. Periodicidade de re
visão da carteira A reavaliação da carteira é feita de quatro em quatro meses, i
.e. quadrimestralmente, sempre com base nos 12 meses anteriores, onde se identif
icam as alterações na participação relativa de cada ação. A revisões ocorrem nos
meses de janeiro, maio e setembro.
Para avaliar fundos de investimentos em ações, o ____________ (85) é muito empre
gado como “benchmark”. Neste caso, muitos fundos de investimento em ações que se
propõem a superar o IBOVESPA, cobram taxa de performance quando seu desempenho
supera esse ____________ (86). 3.2.4. Marcação a Mercado como valor presente de
um fluxo de pagamentos
A marcação a mercado, como já foi visto, é um método de contabilizar _________ (
87) o valor dos ativos pelo seu valor de mercado, e o principal objetivo da util
ização desse método na valorização de carteiras de fundos de investimento é evit
ar a ____________ (88) de riqueza entre cotistas. No caso de ativos de renda fix
a o valor de mercado, isto é, a marcação a mercado, é feita através do cálculo d
o valor presente do fluxo de pagamentos do ativo, descontados a taxa de juros de
mercado para aquele tipo de ativo naquele momento.
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MÓDULO 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo é o mais importante indicador do merca
do acionário brasileiro, tanto por sua tradição quanto pela representatividade.
Além do IBOVESPA ser um índice do mercado acionário, ele também é muito utilizad
o como “benchmark” para avaliar fundos de ações, embora não seja o único utiliza
do com esse propósito.
Os ativos de renda fixa, como as LTNs e os CDBs pré-fixados, têm fluxos de pagam
entos futuros fixos e pré determinados. Esses ativos, portanto, são negociados n
o mercado por preços que dependem do comportamento das taxas de juros. Por exemp
lo, quando as taxas de juros sobem, o preço desses ativos de renda fixa caem, po
is o cálculo dos valores presentes de seus pagamentos futuros é feito com taxas
de juros mais elevadas. Vejamos um exemplo de uma LTN com um valor de resgate de
R$10.000,00 em seis meses, cujo valor de negociação, considerando a taxa atual
de mercado de 16% ao ano, seja R$ 9.284,777. Supondo que a taxa de juros de merc
ado se eleve para 17% ao ano, o preço de negociação dessa LTN vai ____________ (
89), e caso a taxa de mercado caia para 15% o preço de negociação da LTN vai ___
_________ (90). A Tabela 2 apresenta os valores de negociação da LTN em função d
a taxa de juros de mercado, ou seja, o valor de mercado do título. Quando o valo
r de mercado é utilizado para valorar o título da carteira, dizemos que estamos
marcando a mercado. Valor de negociação da LTN com vencimento em seis meses e va
lor de resgate de R$10.000,00 Taxa de 15% Taxa de 16% Taxa de 17%
PV =
10.000,00
(1 + 0,15) 12
6
= 9.325,05
PV =
10.000,00
(1 + 0,16 ) 12
6
= 9.284,77
PV =
10.000,00
(1 + 0,17 ) 12
6
= 9.245,00
Valor Marcado a Mercado R$ 9.325,05
Valor Marcado a Mercado R$ 9.284,77
Valor Marcado a Mercado R$ 9.245,00
Tabela 2 Preço de Mercado de uma LTN em função da taxa de mercado
Genericamente, o valor de mercado, isto é , o valor presente calculado a taxa de
mercado, pode ser obtido através da seguinte equação:
Valor Presente = VP =
∑ (1 + it)t
t =1
n
CF
ou
VP = CFt CF1 CF2 CFn + +Λ +Λ 2 t (1 + i ) (1 + i ) (1 + i ) (1 + i ) n
Onde:
7
Valor de negociação = R$10.000/(1,16)6/12=R$9.284,77
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MÓDU O 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
Da mesma forma como calculamos o valor de um título com apenas um fluxo de caixa
, podemos também calcular o valor de mercado de uma carteira composta por vários
títulos, ou seja, uma carteira com uma série de fluxos de caixa futuros. Esse c
álculo é feito através do valor presente (PV) dos fluxos de caixa (CF), que é ig
ual ao somatório dos valores presente de cada um desses fluxos, ou simplesmente
a soma de cada pagamento ou recebimento trazido para uma mesma data presente.
PV = valor presente CFt = fluxo de caixa no período t i = taxa de juros ou taxa
de desconto 3.2.5. Prazo Médio
Prazo Médio O prazo médio de um título, com um único recebimento, como uma TN,
é o próprio prazo de vencimento do título. No caso de um título com uma série de
recebimentos, ou ainda, uma carteira com vários títulos, o prazo médio é a médi
a ponderada dos prazos de cada um dos fluxos ponderados pelos respectivos valore
s. Vejamos um exemplo com uma carteira com três títulos conforme detalhado na Ta
bela 3: Exemplo de uma carteira com três títulos Título A B C Carteira Prazo de
Vencimento 34 dias 58 dias 91 dias Valor de Resgate 1.000,00 2.000,00 5.000,00 8
.000,00 Prazo Médio 4,258 14,509 56,8810 75,6311
Tabela 3 Prazo médio ponderado de uma carteira de títulos
Prazo médio=
t =1 n
∑ t × CFt
t =1
n
∑CFt
onde:
CFt = o valor do fluxo de caixa no vencimento t = prazo em que ocorre o fluxo de
caixa
8 9
34 x (1.000/8.000) = 4,25 58 x (2.000/8.000) = 14,50 10 91 x (5.000/8.000) = 56,
88 11 Prazo médio ponderado da carteira = 4,25 + 14,50 + 56,88 = 75,63 dias
Esta apostila é um veículo de comunicação restrito aos bancos, de acordo com o c
ontrato nº FB-089/2004 celebrado entre a Fator Humano Educação e Desenvolvimento
e a FEBRABAN. O seu uso fora das normas do referido contrato estará sujeito às
penalidades previstas por lei.
- 29 -
MÓDU O 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
No exemplo acima, o prazo médio da carteira foi calculado ponderando-se o ______
(91) de vencimento de cada título (fluxo de caixa) pelo correspondente valor de
resgate (fluxo de caixa no vencimento), conforme a equação:
No cálculo, do exemplo que acabamos de ver, todos os prazos são ponderados pelo
valor de resgate futuro, sejam eles distantes ou próximos. Sabemos, entretanto,
que um Real distante no tempo vale menos que um Real mais próximo. Considerando
o valor do dinheiro no tempo, podemos recalcular o prazo médio da carteira ponde
rando os prazos pelos valores presentes de cada um dos fluxos correspondentes. V
ejamos, como fica, no exemplo anterior, o prazo médio da carteira ao considerarm
os as taxas de juros de mercado de cada um desses títulos. Digamos que as taxas
de mercado sejam 1,42%, 1,55% e 1,70% ao mês para os vencimentos em 34, 58 e 91
dias respectivamente. De posse destes dados podemos fazer os cálculos cujos resu
ltados são apresentados na Tabela 4.
Prazo de Título Vencimento em dias A B C Carteira 34 58 91
Valor de Resgate em R$ 1.000 2.000 5.000
Taxas de Juros em % a.m. 1,42 1,55 1,70
Valor Presente em R$ 984,1512 1.941,4014 4.750,7616 7.676,31
Prazo médio ponderado em dias 4,3613 14,6715 56,3217 75,3518
Tabela 4 Prazo ponderado de uma carteira, considerando o valor do dinheiro no te
mpo
MÓDU O 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
Comparando o prazo médio da Tabela 3 com o da Tabela 4, vemos que o segundo, 75,
35 dias, embora muito próximo do primeiro, 75,63 dias , é menor. Isso se deve ao
fato de os valores mais distantes terem um peso menor, pois seus valores presen
te são tanto
12 13 14 15 16 17 18
VP = 1.000/(1,0142)34/30 = 984,15 34 x (984,15/7.676,31) = 4,36 VP = 2.000/(1,01
55)58/30 = 1.941,40 58 x (1.941,40/7.676,31) = 14,67 VP = 5.000/(1,0017)91/30 =
4.750,76 91 x (4.750,76/7.676,31) = 56,32 Prazo médio ponderado pelo valor prese
nte = 4,36 + 14,67 + 56,32 = 75,35 dias
Esta apostila é um veículo de comunicação restrito aos bancos, de acordo com o c
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e a FEBRABAN. O seu uso fora das normas do referido contrato estará sujeito às
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menores quanto mais ___________(92) estiverem da data presente. O prazo médio, c
alculado desta forma é também chamado de duração ou “duration”, conceito muito u
tilizado por gestores de carteira. Generalizando, a fórmula para calcular a dura
ção, isto é, o prazo médio que considera o valor do dinheiro no tempo, temos:
Duração =
t =1 n
∑ t × (1 + it )t
t t =1
n
CF
∑ (1 + it )t
t
CF
onde: CFt = Fluxo de caixa futuro no prazo t it = taxa de juros para o prazo t t
= prazo em relação a data presente
3.2.6.
Volatilidade
O conceito de volatilidade deriva da qualidade de ser volátil, e, no mercado fin
anceiro, esse conceito está relacionado com a possibilidade de alterações nas co
ndições de preço e de rentabilidade dos ativos. Em outras palavras, um ativo com
alta ___________(93) é um ativo cujo preço pode ter grandes variações. Variação
de preço e conseqüentemente de rentabilidade confunde-se com risco e, por essa
razão, o termo volatilidade, no mercado financeiro, está vinculado a ___________
_(94). Mas qual é a definição de Risco? Risco, no sentido mais básico, pode ser
definido como a probabilidade do retorno real ser diferente do esperado, isto é,
como incerteza em função da variabilidade do retorno.
MÓDULO 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
Exemplo: Uma aplicação de $1.000 em LTN, que paga $1020 no resgate em 30 dias ao
seu portador, isto é, um ganho de $20, não tem risco, porque não há variabilida
de associada ao retorno. Já um investimento em ações ordinárias de uma empresa,
que no mesmo período pode gerar um ganho entre $0 e $40, é muito arriscado devid
o à alta ________________(95) do retorno. Quanto mais certo for o retorno de um
ativo, ____________ (96) a variabilidade e, portanto, menor o ____________ (97).
É fácil compreender o conceito de risco, e de volatilidade, quando analisamos o
comportamento dos preços das ações na bolsa de valores, que diariamente experim
entam oscilações em seus preços para baixo e para cima. Outros ativos financeiro
s, além das ações, também apresentam variações de preços. Por exemplo, os título
s da dívida externa e a cotação do dólar.
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Volatilidade Considerando a enorme variedade de ativos do mercado e que esses ap
resentam diferentes graus de risco, vemos que é necessário quantificar de alguma
forma o risco envolvido. A volatilidade é uma maneira de quantificar o risco de
___________(98) de preços, também chamado de risco de mercado. Como é medida a
volatilidade, isto é o risco de mercado, de uma ativo? Em finanças foi convencio
nado que o risco de um ativo é medido pelo desvio-padrão dos retornos desse ativ
o. A volatilidade, ou desvio-padrão dos retornos, é um parâmetro estatístico que
mede o ____________ (99) de um ativo. A volatilidade pode ser estimada, por exe
mplo, através de dados amostrais de retornos de um ativo, isto é, usando os reto
rnos observados historicamente para aquele ativo em um determinado período de te
mpo passado. Resumindo, podemos afirmar que o Risco de Mercado está associado às
____________ (100) nos preços dos ativos financeiros, ou seja, a volatilidade.
O risco de mercado decorre, portanto, de mudanças nos preços dos ativos e passiv
os financeiros e é avaliado pela ____________ (101), ou desvio-padrão dos retorn
os dos ativo e passivos que compõem as carteiras de investimento. Agora que já a
bordamos o tema da volatilidade, isto é, do risco de mercado, podemos fazer a pe
rgunta: “Porque os ativos financeiros apresentam volatilidade?” Embora não exist
a uma causa única, podemos reunir as diversas causas no que denominamos “Fatores
de Risco de Mercado”. Generalizando o conceito de risco de mercado para todos o
s produtos do mercado financeiro dizemos que os preços dos ativos financeiros sã
o afetados por Fatores de Risco de mercado.
Quais são os fatores de risco de mercado?
MÓDULO 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
Os fatores " " " "
de risco básicos de mercado são: taxa de juros; taxa de câmbio; preço das ações;
e preço das commodities.
Para se quantificar o risco de uma carteira de investimento é necessário conhece
r os “Fatores de Risco” de mercado, as respectivas “volatilidades” e o tamanho d
as posições nos diversos ativos que compõem a carteira. O tamanho de uma posição
, isto é, o ____________ (102) de recursos investidos, além dos fatores de risco
de mercado, é informação necessária na determinação do risco de uma posição. Po
demos dizer que o risco de mercado de uma carteira de investimentos em produtos
financeiros é uma função do ____________ (103) da exposição e da ____________ (1
04) dos fatores de risco. Quanto maiores as exposição e volatilidade de uma posi
ção tanto maior o ____________ (105).
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- 32 -
3.2.7.
Rentabilidade
Muitas vezes, seja como indivíduos ou profissionais, nos deparamos com alternati
vas de investimentos como, por exemplo, investir em ações do Banco do Brasil ou
aplicar em ações da Petrobrás. Para nos decidirmos por uma das alternativas, exp
lícita ou implicitamente, comparamos os ganhos esperados, normalmente avaliados
pelo retorno. O retorno, ou rentabilidade, é o ganho ou perda total obtido sobre
o investimento em um dado período. Retorno e Rentabilidade O retorno de um inve
stimento pode se dar de duas formas: 1) um fluxo de caixa recebido em um período
, tal como lucro, dividendos, ou juros; e 2) uma mudança no valor do investiment
o em um período, que, quando positiva, é chamada de ganho de capital.
No mundo real, o retorno sobre um investimento é uma combinação das duas formas.
Calculando o retorno O retorno sobre um investimento é normalmente medido em te
rmos percentuais, ou seja, como uma taxa de retorno, em vez de um montante em di
nheiro. A Figura 13 apresenta de forma esquemática os cálculos do retorno do inv
estimento e da taxa de retorno. A equação ao lado expressa o cálculo do retorno
de um investimento em período de tempo.
kt =
(Pt − Pt −1 ) + C t Pt −1
Retorno do Investimento e Taxa de Retorno
Retorno do Investimento Taxa de Retorno
=
Fluxo de Rendimentos Retorno do Investimentos
+
Ganho de Capital Valor do Investimento
=
/
Figura 13 Esquema do cálculo do retorno e da taxa de retorno
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MÓDULO 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
onde: kt = taxa de durante o período t Pt = preço (valor) do investimento no fim
do período t Pt 1 = preço (valor) no início do período, ou seja, tempo t – 1 Ct
= fluxo de caixa recebido do investimento no período de t –1 a t
Exemplo: Roberto possui investimentos em ações de duas companhias, BMI e CMG, e
deseja determinar o retorno de seus investimentos. Na BMI ele investiu no início
do ano $20.000 e atualmente, um ano após, seu investimento vale $21.500. No fin
al do ano ele recebeu $800 de dividendos. Na CMG, ele investiu na mesma data, $1
2.000 e hoje vale $11.800. No fim do ano ele recebeu de dividendos $1.700. Usand
o a equação para cálculo da taxa de retorno para cada um dos investimentos temos
: BMI CMG kB = ($800 + $21.500 $20.000) / $20.000 = ___________(106) kC = ($1.
700 + $11.800 $12.000) / $12.000 = _________(107)
Embora o valor de mercado da CMG tenha caído durante o ano, a distribuição de di
videndos permitiu que ele tivesse um retorno _________(108) ao obtido pela BMI.
Ou seja, o impacto combinado do dividendo e da mudança de valor, medido pela tax
a de retorno, é o que realmente importa. 3.2.8. Mercado Primário e Secundário
O conceito de mercado primário e secundário, no caso de títulos e valores mobili
ários, está intimamente relacionado às fases em que ocorrem a colocação e a nego
ciação destes no mercado financeiro e de capitais. Mercado Primário O que é Merc
ado Primário? O mercado primário é aquele onde ocorre a colocação inicial dos tí
tulos ou valores mobiliários, por parte de seus emissores, no mercado na busca d
e recursos junto aos possíveis investidores. O esquema ao lado apresenta uma col
ocação de ações no mercado ___________(109). Este mesmo esquema, apresentado par
a ações, serve para todo e qualquer título e emissor, como por exemplo a colocaç
ão dos título públicos por parte do Tesouro Nacional, através dos leilões primár
ios de oferta desses títulos. A principal característica da emissão no mercado p
rimário é a captação de ____________(110). Em troca dos títulos emitidos, o emis
sor, que pode ser uma empresa, uma instituição ou o governo, recebe os _________
____(111) pela venda dos títulos. Qual a função do mercado primário? A função do
mercado primário é ____________ (112) para o emissor mediante a emissão de novo
s títulos ou valores mobiliários (ações e debêntures), que podem ser adquiridos
por investidores, ou distribuídos em oferta pública.
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MÓDULO 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
Qual é a vantagem de uma emissão no mercado primário? A emissão no mercado primá
rio apresenta a possibilidade do emissor __________ (113) recursos necessários à
s suas atividades. Mercado Secundário O mercado secundário é aquele em que são n
egociados os títulos e valores mobiliários previamente emitidos e que estão em p
oder de investidores. Em outras palavras, tendo ocorrido uma colocação inicial,
por exemplo, de ações de uma empresa no mercado primário, as ações já emitidas p
assam a ser negociadas no chamado mercado secundário, onde os investidores inici
ais vendem as ações à outros investidores. A titularidade das ações é repassada
de um para outro mediante o pagamento do preço de mercado, sem que haja fluxo de
recursos para a empresa que emitiu as ações. O esquema ao lado apresenta os flu
xos de recursos em uma operação com ações no mercado secundário.
Qual a função do Mercado Secundário? A função do mercado secundário é garantir a
liquidez dos títulos adquiridos no mercado primário e as operações neste mercad
o representam transferências de recursos e títulos entre investidores. Onde func
iona o mercado secundário? Neste mercado, os títulos ou valores apenas trocam de
mãos segundo as decisões de compra ou venda dos _______________(114). O mercado
secundário funciona principalmente nas Bolsas e nos mercados de balcão. A funçã
o do Mercado ___________ (115) é prover recursos para o emissor e a função do Me
rcado ___________ (116) é proporcionar liquidez aos títulos e valores mobiliário
s distribuídos no mercado. No mercado secundário os títulos e valores mobiliário
s __________________ (117) entre os investidores, não havendo captação de recurs
os para a empresa.
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Gabarito das Questões
Questão 1 – alternativa b) Questão 2 – 2.1. alternativa c) Questão 3 – 3.1. alte
rnativa a) 2.2. alternativa a) 3.2. alternativa b)
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Gabarito de espaços a serem preenchidos
1 2
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produção per capita econômico 3 monetários 4 venda 5 PIB 6 produzido 7 produzido
8 consumo agregado 9 variação 10 estoques 11 R$349 bilhões 12 R$1.515 bilhões 1
3 inflação 14 deflacionado 15 padrão 16 crescimento populacional 17 PIB per capi
ta 18 per capita 19 PIB nominal 20 PIB real 21 PIB real per capita 22 variação d
os preços 23 IPCA 24 IGP M 25 câmbio 26 reais 27 aumento 28 aumentar 29 inflacio
nária 30 indexa 31 indexador 32 básica 33 demanda 34 reduz 35 Banco Central 36 i
nstituições financeiras 37 CETIP 38 Depósitos Interfinanceiros 39 um dia útil 40
252 41 acumulado 42 indexador 43 CDBs 44 Banco Central 45 metas 46 Banco Centra
l 47 inflação 48 Meta para a Taxa SELIC 49 Conselho Monetário Nacional
50 51 52 53 54 55 56 57
COPOM elevar reduzir capital
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taxa de juros principal 58 montante 59 5% 60 nominal 61 inflação 62 real 63 capi
tal inicial 64 juros 65 capital 66 juros 67 2% 68 mais 69 mais 70 maior 71 simpl
es 72 capitalização 73 “Benchmark” 74 IBOVESPA 75 renda fixa 76 “benchmark” 77 C
DI 78 IPA 79 IPC 80 INCC 81 “benchmark” 82 ultrapassar 83 liquidez 84 IBOVESPA 8
5 IBOVESPA 86 “benchmark”. 87 diariamente 88 transferência 89 cair 90 subir 91 p
razo 92 distantes 93 volatilidade 94 risco 95 variabilidade 96 menor 97 risco 98
variação 99 risco de mercado 100 oscilações
prêmio uso
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117
volatilidade volume tamanho volatilidade risco de mercado 11,5% 12,5% superior p
rimário recursos recursos captar recursos captar investidores Primário Secundári
o apenas trocam de mãos
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MÓDULO 3 • NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS • VERSÃO 4/Março/2005
Versão 4/Março, 2005
Módulo 4
Princípios de Investimento
Exame de Certificação Profissional ANBID – Série 10
Programa Auto-Instrutivo Preparatório ao
Programa Auto-Instrutivo Preparatório ao Exame de Certificação Profissional ANBI
D – Série 10 __________________________________________
Copyright ® 2004 by Febraban – Fator Humano Todos os direitos reservados conform
e contrato entre Febraban e Fator Humano. É proibida a duplicação ou reprodução
deste volume, ou parte do mesmo, sob qualquer meio, sem autorização expressa das
empresas envolvidas.
Francisco José Becker Dias
Supervisão Técnica e Homologação
Desenvolvimento
Eduardo Fortuna
Edição
Luis Camilo Jouclas
Banco de Questões
Antonio Saporito
Tecnologia
JDM Learning Solutions
Projeto
MÓDULO 4 • PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTO • VERSÃO 4/Março/2005
José Maria de Aguiar Urbano
Fone (11) 3045.6580 Fax (11) 3045.6580 www.fatorhumano.net
fatorhumano@fatorhumano.net
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penalidades previstas por lei.
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Índice 4. Princípios de Investimento ...........................................
................................ 4 Conceitos ...................................
.............................................................. 4 4.1. Principais
Fatores de Análise de Investimentos ...................................... 6 4.
1.1. Rentabilidade .............................................................
......................... 6 4.1.2. Liquidez.....................................
......................................................... 8 4.1.3. Risco........
................................................................................
........ 10 4.2. Principais Riscos do Investidor................................
.............................. 11 4.2.1. Risco de Mercado ......................
......................................................... 13 4.2.2. Risco de Cré
dito............................................................................
..... 21 Inadimplência .........................................................
................................... 21 Solvência ...............................
................................................................... 21 Mensuraçã
o do risco de crédito ..........................................................
.......... 21 Rating de crédito e agências classificadoras .....................
.............................. 21 Spread de crédito e probabilidade de inadimplê
ncia......................................... 22 Impacto na formação de preços .
.................................................................. 22 Risco de C
ontraparte......................................................................
.......... 23 Risco de Liquidação ..............................................
................................... 24 Risco Operacional .......................
............................................................. 24 4.2.3. Risco de
Liquidez ......................................................................
......... 25 Risco de Liquidez - Negociabilidade ...............................
................................ 25 Risco de Liquidez - mercado ................
........................................................ 25 Efeito do risco de l
iquidez sobre a precificação................................................ 26
Formas de controle do risco de liquidez ........................................
.............. 26 Planejamento das Necessidades de Caixa........................
............................ 26 4.3. Fatores determinantes da seleção de produto
s ..................................... 28 4.3.1. Horizonte de Investimento ....
.............................................................. 28 4.3.2. Risco v
ersus Retorno ..................................................................
........ 30 4.3.3. Diversificação: vantagens e limites de redução do risco incor
rido .............. 33 Vantagens................................................
................................................. 33 Limites de redução do risco
incorrido ............................................................ 36 Gabar
ito dos Exercícios .............................................................
....................... 39 Gabarito das Questões................................
...................................................... 40 Gabarito dos espaços a
serem preenchidos ...................................................... 41
MÓDULO 4 • PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTO • VERSÃO 4/Março/2005
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penalidades previstas por lei.
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4.
Princípios de Investimento
CONCEITOS Muitas vezes, seja como indivíduos ou profissionais, nos deparamos com
alternativas de investimentos, como, por exemplo, investir em ações do Banco do
Brasil ou aplicar em ações da Petrobrás. Para nos decidirmos por uma das altern
ativas, explícita ou implicitamente, comparamos os ganhos esperados, normalmente
avaliados pelo retorno do investimento. O que é o retorno de um investimento? O
retorno é o ganho ou perda total obtido sobre o investimento em um dado período
. O retorno de um investimento pode se dar de duas formas: 1) um fluxo de caixa
recebido em um período, tal como lucro, dividendos, ou juros; 2) uma mudança no
valor do investimento em um período, que, quando positiva, é chamada de ganho de
capital.
Composição do Retorno Total de um Investimento
Rendimentos
Juros Dividendos Lucros
Ganho de Capital
Valorização de Ativos como Títulos Ações
Retorno Total do Investimento
Figura 1 Componentes do Retorno Total de um Investimento
No mundo real, o retorno obtido em um investimento é uma combinação das duas for
mas, isto é, os ____________(1) recebidos, na forma de lucros, dividendos ou jur
os, mais o _________(2) de capital. Em outras palavras, o retorno pode ser consi
derado uma forma de remuneração do investimento.
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penalidades previstas por lei.
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MÓDULO 4 • PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTO • VERSÃO 4/Março/2005
Como o Retorno de um Investimento é Medido? O retorno sobre um investimento é us
ualmente medido em termos percentuais, ou seja, como uma taxa de retorno, em vez
de um montante em dinheiro. A ________(3) de retorno em um período é calculada,
percentualmente, somando-se todos os fluxos recebidos (lucros, dividendos ou ju
ros) com o ganho de capital e dividindo-se pelo valor __________(4) no início do
período. A Figura 2 mostra, de forma esquemática, o retorno do investimento e a
taxa de retorno sobre o investimento.
Retorno do Investimento e Taxa de Retorno
Retorno do Investimento Taxa de Retorno
=
Fluxo de Rendimentos Retorno do Investimentos
+
Ganho de Capital Valor do Investimento
=
/
Figura 2 Retorno do Investimento e Taxa de Retorno
A decisão de investimento O processo de decisão sobre um investimento envolve vá
rias fases, iniciando pela análise das alternativas de investimento, passando pe
la avaliação e comparação, e, por fim, chegando à decisão. O processo de _______
____(5) de investimento visa selecionar a alternativa de investimento que melhor
atende aos objetivos do ____________(6). A Figura 3 apresenta, de forma esquemá
tica, o processo decisório em um investimento. Por meio da análise, busca-se det
erminar as características do investimento. Na fase de avaliação, as característ
icas são avaliadas por critérios, tais como retorno, liquidez e risco. Em função
da avaliação, o investidor seleciona a alternativa que melhor atender aos seus
objetivos.
Processo de decisão de investimento Alternativas de Investimento A1; A2; ...; e
An
MÓDULO 4 • PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTO • VERSÃO 4/Março/2005
! Retorno ! Liquidez ! Risco
Critérios
Avaliação
Figura 3 Esquema de Decisão de Investimento
escolha da alternativa de investimento
Decisão
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penalidades previstas por lei.
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4.1.
Principais Fatores de Análise de Investimentos
Como visto no esquema do processo de decisão de investimento, além do retorno, q
ue é o parâmetro mais difundido, o investidor considera outros fatores, como, po
r exemplo, o risco e a liquidez. Em outras palavras, o investidor avalia, ao dec
idir sobre um investimento, o ______________(7) esperado, isto é, o quanto ele e
spera ganhar, o __________(8), ou seja, o retorno esperado não é certo, e por fi
m a __________(9), o grau de dificuldade de converter os ganhos em dinheiro. Vej
amos, agora, os principais fatores considerados na análise de investimento. 4.1.
1. Rentabilidade
O fator rentabilidade, medido pelo __________(10) do investimento, é, talvez, o
mais difundido entre todos. Essa popularidade vem da facilidade de medir e quant
ificar o retorno, o que não é tão simples quando tratamos de liquidez e de risco
. O retorno, como visto anteriormente, é usualmente medido por uma relação entre
o ____________(11), obtido durante um intervalo de tempo e o valor ___________(
12). A taxa de retorno, expressa em percentual, refere-se a um intervalo de ____
______(13), seja um dia, um mês, um ano, ou outro intervalo que seja interessant
e avaliar em particular. Taxa de Retorno Repetindo, a fórmula da taxa de retorno
em um intervalo de tempo é calculada pela equação abaixo:
kt =
onde: kt Pt Pt-1 Ct = = = =
(Pt − Pt −1) + Ct Pt −1
taxa de durante o período t preço (valor) do investimento no fim do período t pr
eço (valor) no início do período, ou seja, tempo t – 1 fluxo de caixa recebido d
o investimento no período de t –1 a t
CPJ4 kCPJ = ($0,80 + $21,50 $20,00) / $20,00 = 11,5% ao ano CMG4 kCMG = ($1,70
+ $11,80 $12,00) / $12,00 = 12,5% ao ano Embora o valor de mercado da CMG4 te
nha caído durante o ano, a distribuição de dividendos permitiu que o retorno fos
se superior ao obtido pela CPJ4. Ou seja, o impacto combinado do dividendo e da
mudança de valor, medido pela taxa de retorno, que é o que realmente importa foi
de 12,5%. E por esse critério, a ação de melhor retorno foi ___________(14).
Esta apostila é um veículo de comunicação restrita aos bancos, de acordo com o c
ontrato nº FB 089/2004 celebrado entre a Fator Humano Educação e Desenvolvimento
e a FEBRABAN. O seu uso fora das normas do referido contrato estará sujeito às
penalidades previstas por lei.
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MÓDULO 4 • PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTO • VERSÃO 4/Março/2005
Exemplo Vejamos qual foi o retorno obtido nas ações, CPJ4 e CMG4, sabendo que, n
o início do ano, as cotações eram $20,00 e $12,00 respectivamente. Sabemos que,
após um ano, CPJ4 e CMG4 valem $21,50 e $11,80 e que os dividendos no fim do ano
foram de $0,80 e $1,70 respectivamente. Usando a equação para cálculo da taxa d
e retorno para cada um dos investimentos, temos:
Na análise de investimentos, é importante, para efeito de comparação, que o perí
odo ao qual o retorno se refere seja expresso na ___________(15), base para toda
s as alternativas consideradas. Caso contrário, as ___________(16) de retorno nã
o seriam comparáveis. No exemplo, os retornos das ações apresentam se com taxas
de retorno ______________(17). COM BASE NOS CÁLCULOS DAS TAXAS DE RETORNO DAS AÇ
ÕES CPJ4 E CMG4, DO EXEMPLO CMG4 SABENDO QUE FOI ESTA
AÇÃO QUE OBTEVE O MAIOR RENDIMENTO?
ANTERIOR, PODERÍAMOS RECOMENDAR O INVESTIMENTO EM
Provavelmente, você respondeu não, pois o retorno calculado refere se ao ano que
passou e não é, portanto, uma garantia de que este se repita no futuro. Tão pou
co podemos afirmar que o retorno da ação CPJ4 não irá superar o retorno de CMG4
no próximo ano só porque isso ocorreu no passado. Na tomada de decisão de invest
imento, a informação relevante sobre o retorno é o seu comportamento no ________
___(18) e não no _______________(19). Vejamos agora alguns conceitos sobre taxa
de retorno relacionados à questão temporal, isto é passado, presente e futuro.
Retorno Observado Se, há um ano atrás, tivéssemos investido em cada uma das duas
alternativas do exemplo anterior, isto é CPJ4 e CMG4, poderíamos calcular, para
cada uma delas, o retorno que teríamos obtido. O retorno obtido dessa forma é c
hamado de retorno observado. O retorno ____________(20), no entanto, não seria d
e muita utilidade. A menos que estivéssemos esperando, para o próximo ano, uma r
epetição do que ocorreu no passado. Ou seja, estaríamos estimando que o investim
ento no futuro iria repetir o mesmo comportamento observado no __________(21). I
sso, no entanto, não ocorre na maioria das situações. Retorno Esperado Para pode
rmos decidir, entre investir em CPJ4 ou CMG4, teremos que olhar para frente e el
aborar algum tipo de previsão que, incorpore as nossas expectativas do que acred
itamos irá acontecer no futuro em termos de resultados esperados para esses inve
stimentos. A estimativa do que irá ocorrer com o retorno, dessas alternativas de
investimento, no __________(22) é o retorno esperado.
Na decisão sobre um investimento, ou seja, se vamos ou não fazer o investimento,
o retorno observado não é relevante, o que realmente importa é saber o quanto i
rá render, ou seja, o retorno esperado é a informação __________(23) para o proc
esso decisório. A diferença entre retorno esperado e observado é mostrada no esq
uema da Figura 4.
Esta apostila é um veículo de comunicação restrita aos bancos, de acordo com o c
ontrato nº FB 089/2004 celebrado entre a Fator Humano Educação e Desenvolvimento
e a FEBRABAN. O seu uso fora das normas do referido contrato estará sujeito às
penalidades previstas por lei.
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