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NEM PRETO
NEM BRANCO,
MUITO PELO
CONTRRIO
COR E RAA
NA SOCIABILIDADE
BRASILEIRA
Lilia Moritz Schwarcz
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warrakloureiro
FOTO DE CAPA
Alexandre Boide
NDICE REMISSIVO
Luciano Marchiori
REVISO
cdd -305.800981
[2012]
Todos os direitos desta edio reservados
editora claro enigma
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SUMRIO
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NEM PRETO
NEM BRANCO,
MUITO PELO*
CONTRRIO
COR E RAA
NA SOCIABILIDADE
BRASILEIRA
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Montaigne teria concebido seu texto apoiado nos dilogos que estabeleceu com alguns ndios que se haviam radicado no continente europeu aps a festa em Rouen.12 O fato
que a noo de diferena movimentava a imaginao de
lado a lado e, enquanto os europeus indagavam pela alma
dos indgenas e os traziam Europa para deleite da civilizao, os nativos do Brasil afundavam os brancos em lagos a
fim de entender se possuam corpo ou no.13
Essa imagem, e a estranheza diante do homem brasileiro, continuaria forte enquanto representao, e seria in
clusive potencializada quando, em pleno sculo xviii, J.-J.
Rousseau defende a ideia do bom selvagem. Tal qual uma
idealizao por contraposio, o nativo americano (e em especial sul-americano) surgia no Discurso sobre a origem e o
fundamento da desigualdade entre homens (1775) como um
modelo melhor para pensar a civilizao ocidental do que
sua prpria natureza. O bom selvagem representava, alis,
um exemplo de humanidade ainda no conspurcada, pura
em sua essncia e positividade.
O importante que no sculo xviii a questo da diferena
entre os homens retomada tendo como referncia o homem
americano. Mais uma vez, porm, as posies no foram unvocas. De um lado, afirmava-se um tipo de postura que advogava o voluntarismo iluminista e a ideia de perfectibilidade
humana a capacidade que qualquer ser humano tem de
chegar virtude ou mesmo de neg-la , sem dvida um dos
maiores legados dos ideais da Revoluo Francesa. Ao mesmo
tempo, Humboldt com suas viagens no s restitua o sentimento de natureza e sua viso positiva da flora americana
como opunha-se s teses mais detratoras, que negavam aos
indgenas a capacidade de civilizao.
De outro lado, nesse mesmo contexto, tomam fora correntes mais pessimistas, que anunciam uma viso negativa
acerca desses povos e de seu territrio. Em 1749 chegam a
pblico os trs primeiros volumes da Histoire naturelle do
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