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Lucas Pedrucci
Corpo so
Que me perdoem os professores de matemtica, mas resolver
polinmios pelo algoritmo de Briot-Ruffini no se mostrou das coisas
mais teis na minha vida. bvio que para (quase) tudo h alguma
aplicao prtica e que conhecimento no costuma atrapalhar. O
ponto que poderamos usar melhor nosso tempo aprendendo e
discutindo questes um pouco mais pragmticas, de cuja ignorncia
resultam prejuzos, aflies e conflitos desnecessrios.
Por que no ensinar na escola noes bsicas de direito e oferecer
uma formao inicial em economia e planejamento financeiro?
Introduzir e discutir um mnimo de filosofia, estimulando o estudo da
lgica, do dilogo e da argumentao, com seus
pecados e armadilhas? Descortinar os caminhos da arte, em suas
infinitas formas e contedos?
Da mesma forma, por que no debater conceitos fundamentais de
educao em Sade indo alm dos cuidados pessoais, domsticos
e noes de Suporte Bsico de Vida? Devamos aprender na
escola como organizado o Sistema de Sade e, mais
importante, como utiliz-lo.
Vamos aprender agora, ento
Censuras veementes aos servios mdicos, sejam do subsistema
pblico ou suplementar, j so mais que lugar-comum. Muitas crticas
so pertinentes temos muito a melhorar, em ambos os modelos. No
entanto, alguns improprios esbravejados por acompanhantes
raivosos e discursos repetidos exaustivamente em mesas de bar tm
suas razes na total ignorncia dos objetivos de cada nvel de ateno
e de suas diferentes unidades.
Tentando aclarar um pouco o assunto, ofereo este pequeno Manual
do Usurio dos servios de sade. Dou certa nfase ao glorioso SUS,
por ser o maior alvo de pedradas (muitas vezes injustas), mas a maior
parte dos conceitos tambm se aplica rede suplementar.
SUS
No bem assim
Props-se, atravs da Lei Orgnica da Sade (Lei 8.080 de
19/09/1990), que nosso sistema de sade se pautasse por trs
princpios ticos ou doutrinrios (universalidade, integralidade e
equidade) e trs diretrizes organizacionais (descentralizao,
regionalizao e hierarquizao).
Muita manga poderamos coser com o pano dessas definies, mas,
em resumo, os princpios ticos propem que a assistncia sade:
um direito de todos,