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mas mobilizao dos prprios sentidos, uma vez que ouvir os companheiros,
a ns mesmos e estar atentos s contribuies da cincia, um novo modo de
intervir e possivelmente de mudar as condies e os processos de trabalho.
Os espaos coletivos de anlise so elementos fundamentais para que se
construa o conhecimento de trabalhadores e pesquisadores e, no mesmo
movimento, atuar na formao de profissionais comprometidos com a proposta
de inveno. A constituio dessas comunidades de pesquisa no se efetiva
sem investimento nos modos de subjetivao engendrados nos processos de
formao6, que precisa se efetivar numa contnua construo/reconstruo dos
saberes dos trabalhadores e dos pesquisadores dos centros de pesquisa, o que
exige expanso, de forma a alcanar sempre novos grupos.
Exercita-se, assim, o ouvir, o entender, o discordar, o debate e a crtica, pois,
como j afirmamos em trabalhos anteriores,
Instrues ao Ssia:
Origem
ormulado inicialmente pelo mdico e psiclogo italiano Ivar Oddone, em
1970, o mtodo
de instruo ao ssia era utilizado em seminrios de formao operria
junto aos
trabalhadores da FIAT, em Turim. Preocupado em recuperar e discutir a
experincia concreta
dos operrios, ele props a instruo ao ssia que visava trazer tona a
forma como cada
trabalhador realizava sua atividade. Tratava-se de desenvolver uma
psicologia do trabalho na
qual o trabalhador estivesse no papel central, pois, at aquele momento,
essa disciplina
prescindia de tal abordagem1. Oddone solicitava que os trabalhadores
instrussem um euauxiliar,
um ssia. A demanda era formulada da seguinte maneira:
F
Se existisse outra pessoa perfeitamente idntica a voc, do ponto de vista fsico,
como voc
diria a ela para se comportar na fbrica, em relao tarefa, aos colegas,
hierarquia e
organizao informal, de forma que ningum percebesse que no se trata de voc
mesmo?
(Oddone, Re & Briante, 1981, p. 57, traduo livre).