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da CM
L
o caminho é de luta!
Gr eve na CML - Actualização do R.I.P.
Maio/Junho 2010
Pág. 6
Maio/Junho
Pág. 9
Editorial
Depois
de 5 de Fevereiro
e da greve nacional
de 4 de Março:
A luta continua!
A
pós a Jornada Nacional de Luta de 5 de Feverei- Os trabalhadores do Município de Lisboa, conscientes
ro, em que milhares de trabalhadores do sector que os resultados da sua luta poderão não ter resultados
público, mostraram a sua indignação contra a po- imediatos, mas que virão com o futuro, não temos dúvi-
lítica deste Governo, nomeadamente, na intenção de con- das, sabem que vale a pena lutar em defesa de:
gelar os salários, em manter um sistema de avaliação n Salários e pensões dignas, contra o seu congela-
(SIADAP), injusto e castrador, no aniquilamento do direito mento;
à valorização profissional além da penalização dos traba- n Estabilidade de emprego, contra a destruição do vín-
lhadores que se aposentam, a Frente Comum dos Sindi- culo de nomeação;
catos da Administração Pública, onde se insere o STML, n Um sistema de avaliação justo, contra o actual siste-
decidiram promover uma Greve Nacional da Administra- ma de quotas, injusto e irracional;
ção Pública no passado dia 4 de Março. n Contra a destruição de carreiras profissionais;
O STML realça a adesão maciça dos trabalhadores do n Contra a polivalência e a colocação em mobilidade
Município de Lisboa que participaram nesta grande Jor- especial.
nada de Luta, os quais mais uma vez deram uma respos- Por outro lado, os trabalhadores do Município de Lis-
ta contundente ao actual Governo que, com o apoio do boa, também têm que lutar contra as políticas do exe-
PSD e CDS, perseguem o objectivo de concretizarem cutivo de maioria PS, exigindo:
uma profunda e inconstitucional regressão social, atra- 1. O fim da privatização / Concessão de serviços;
vés da retirada de direitos e da privatização de serviços 2. A aplicação da opção gestionária;
públicos. 3. A inclusão dos trabalhadores ex-precários e com
Na forte adesão à greve dos trabalhadores do Municí- pena disciplinar no âmbito do SIADAP;
pio de Lisboa, salientamos os trabalhadores da Limpeza 4. Efectivas condições de Higiene e Segurança no Tra-
Urbana, do Edifício Municipal do Campo Grande, do Ser- balho;
viço de Metrologia, do Departamento de Reparação e 5. A implementação de horários de trabalhos;
Manutenção Mecânica, do Departamento de Moderni- 6. O cumprimento dos direitos dos Bombeiros Sapa-
zação Administrativa e Gestão de Informação, do Depar- dores.
tamento do Desporto, do Regimento de Sapadores Bom- São algumas das razões pelas quais iremos continuar
beiros e de muitos trabalhadores de outros serviços. a lutar de forma persistente e inflexível. n
Director: Delfino Serras n Corpo Redactorial: Luís Dias, Vítor Reis, Mário Rosa, Mário Souto, Francisco Raposo,
o trabalhador
da CML
Frederico Bernardino n Propriedade: Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa n Administração e
d Redacção: Rua de São Lázaro, 66 - 1º Dtº 1150-333 Lisboa - Telfs. 218 885 430 / 5 / 8 - Fax 218 885 429 - Email:
stml@stml.pt n Internet: www.stml.pt n Produção e Apoio Redactorial: António Amaral n Impressão: MX3 Artes
http://www.stml.pt
Gráficas, Lda n Periodicidade: Bimestral n NIF: 500850194 n Distribuição: Gratuita aos sócios do STML n Tiragem:
4.500 exs. n Depósito Legal: 17274/87 n
2 O TRABALHADOR DA CML
SIADAP
A mentira
continua…
É
com enorme apreensão que mentira. serviços do STML.
temos constatado, ao longo Deste modo, o STML recomenda Porque continuamos a entender
das últimas semanas, a simu- a todos os trabalhadores do Municí- que o SIADAP não serve senão a
lação perpetrada pelos dirigentes pio de Lisboa as maiores precau- quem pretende atacar os trabalha-
municipais no sentido de conduzi- ções na assinatura das fichas de dores e os serviços públicos, e como
rem a aplicação do Sistema Integra- avaliação que lhes são colocadas são cada vez mais os trabalhadores
do de Avaliação de Desempenho pelos dirigentes dos serviços. De que entendem o porquê da nossa
(SIADAP) nos serviços do Município modo algum, o trabalhador deve oposição de sempre a este sistema
de Lisboa. Sabendo de antemão – e assinar com uma data que não opaco e injusto de avaliação de de-
ao contrário da lamentável negação seja a real. Só deste modo pode- sempenho na Administração Pública
dos factos provinda da Direcção Mu- mos expor a mentira em que se tor- e Local, estamos a promover três
nicipal de Recursos Humanos (DM- nou esta metodologia de aplicação petições (uma para cada carreira) a
RH) no que toca à aplicação do SIA- do SIADAP na CML. remeter ao Presidente da Assem-
DAP relativo a 2008 – que este sis- Sublinhamos ainda que o STML bleia da República (AR). O objectivo
tema de avaliação não serve os tra- reserva a todos os associados um concreto destas petições é a revo-
balhadores nem os serviços públi- plano de apoio na contestação ao gação imediata da aplicação do SIA-
cos, o que começa a assumir con- sistema de avaliação, o que inclui DAP e forçar a AR a legislar sobre
tornos de farsa e de mentira desca- uma minuta de requerimento ao pressupostos de avaliação de de-
rada é a imposição das fichas de Presidente da CML, abrangendo os sempenho claros, transparentes,
avaliação aos trabalhadores com trabalhadores excluídos da Opção exequíveis e justos para todos os
largos meses e até mais de um ano Gestionária de 2009, devendo para trabalhadores da Administração
de atraso. isso cada trabalhador contactar os Pública e Local. n
É sintomático que nenhuma estru-
tura da Câmara de Lisboa (CML)
tem neste momento condições para
fazer cumprir na íntegra este siste-
ma de avaliação de desempenho. E
isso é de tal modo evidente que,
quando à data deveríamos estar a
iniciar o processo de 2010, muitos
dos trabalhadores nem sequer ini-
ciaram o processo relativo a 2009.
Esta violação sistemática dos pra-
zos, que levou a própria CML a não
assumir a aplicação do SIADAP em
2008 perante a Direcção Geral das
Autarquias Locais (DGAL) – confor-
me o STML denunciou em anterio-
res edições do nosso jornal -, revela
que os actuais responsáveis pelo
Pelouro dos Recursos Humanos
(sublinhando a responsabilidade da
estrutura dirigente da DMRH) prefe-
rem continuar a impingir aos traba-
lhadores da CML uma despudorada
O TRABALHADOR DA CML 3
Uma reorganização de serviços
muito pouco transparente
C
onforme aqui escrevemos na
nossa última edição, está for-
malmente constituída uma
equipa de missão para conduzir o
processo de reorganização dos ser-
viços da Câmara Municipal de Lis-
boa. Aquilo que se constata, para já,
é que a CML tem mantido no maior
dos secretismos todo este processo,
apesar das saídas e entradas de
chefias intermédias nalguns servi-
ços municipais ao longo dos últimos
meses. Não obstante, o que parece
envolver este processo são os cons-
tantes boatos acerca da manuten-
ção ou da extinção deste ou daquele
serviço. O que não parece de modo
algum muito proveitoso para a pres-
tação dos serviços públicos nem pa-
ra os trabalhadores que neles de-
senvolvem a sua actividade.
Numa conjuntura tão preocupante
para a classe trabalhadora portu-
guesa, por via de um mau Orçamen-
to do Estado para 2010, pelo desas-
troso Programa de Estabilidade e
Crescimento (PEC) e por todo um
quadro legal de ataque aos vínculos que da parte do executivo surjam pessoal (figura que se substitui ao
e às carreiras da Administração Pú- esclarecimentos sobre algumas das antigo quadro) e aos seus efeitos na
blica, é com enorme apreensão que questões nucleares que estão inti-
antevemos esta reorganização dos mamente ligadas ao processo, so- vida dos trabalhadores da Autarquia
serviços municipais. De facto, urge bretudo a constituição do mapa de lisboeta. n
Actualizações Salariais
para 2010 na EGEAC
Pelo cumprimento do AE
Clausula 27.ª ponto 2 do AE: " A rados com o índice de preços
grelha remuneratória consta do ao consumidor no mesmo pe-
anexo II, sendo actualizada anual- ríodo (2005/2009), conclui-se apresentar ao Conselho de Admi-
mente de acordo com os valores de que alguns trabalhadores da nistração esta mesma proposta.
actualização salarial definidos pela EGEAC-EEM viram reduzido o seu Tendo conhecimento da intenção
Empresa na sequência de nego- poder de compra em 1,9%. Tendo do Conselho de Administração em
ciação a encetar com o STML." em conta que a previsão da inflação congelar os aumentos saláriais pa-
Foi apresentada pelo STML aos para 2010 será de 1%, o STML apre- ra 2010, o STML alerta todos os tra-
trabalhadores da EGEAC-EEM, de sentou uma proposta de 3% com o balhadores para a necessidade de
10 a 12 de Março, em plenários rea- aumento mínimo de 35,00 € (até se manterem informados e, princi-
lizados na sede e em todos os equi- ao nível 6/3). palmente, unidos em torno da pro-
pamentos, uma proposta de actuali- Esta proposta, apresentada pelo posta já referida. A união faz a for-
zação salarial para 2010. STML, obteve a concordância da ça!
Considerando os aumentos sala- esmagadora maioria dos trabalha- Lutamos e exigimos
riais desde 2005 até 2009, compa- dores. Neste sentido, o STML irá pelos nossos direitos! n
4 O TRABALHADOR DA CML
Recursos
Humanos
Reuniões com
a vereadora
não produzem
A
resultados!
pós um silêncio prolongado estamos infelizmente no mesmo subsistentes, ficaram de ser vistas
por parte da vereadora dos ponto de partida, ou seja, os proble- numa futura reunião.
Recursos Humanos em rela- mas continuam por resolver, princi- A conclusão fácil que se tira destas
ção aos pedidos de reunião efectua- palmente por falta de vontade políti- reuniões é a falta de vontade política
dos pelo STML, os dirigentes do sin- ca do actual executivo camarário. em responder aos anseios dos tra-
dicato foram recebidos duas vezes Várias desculpas foram servidas a balhadores por parte da maioria "so-
num espaço de duas semanas. frio como justificações, nomeada- cialista" de António Costa.
A primeira reunião foi consequên- mente:
Utiliza-se a mesma táctica do go-
cia da concentração levada a efeito 1. A falta de legislação (regulamen-
verno, ou seja, faz-se o simulacro de
pelos trabalhadores na Praça do Mu- tação por parte do Governo do sub-
nicípio nos dias 23 de Fevereiro (noi- sídio de R.I.P.); negociações, sabendo à partida que
te) e 24 do mesmo mês em torno da 2. Falta de orçamento municipal nenhuma medida será efectivada
reivindicação da actualização do (opção gestionária para 2010); em função dos interesses dos traba-
Subsídio de Insalubridade, Pe- 3. Falta de conhecimento (propos- lhadores. Mas para quem está de fo-
nosidade e Risco. Relembramos ta para as categorias de chefias do ra fica com a impressão positiva de
que este subsídio não é actualizado pessoal operacional); ver a CML e António Costa afirmar
há já 8 anos! 4. Falta de vontade em corrigir as que se negoceia com os sindicatos e
No momento da entrega da mo- injustiças criadas pela exclusão da que, desta forma, se cumpre o que
ção, aprovada por unanimidade so- deliberação 1248/CML/2009 (traba- está definido legalmente num espí-
bre o referido subsídio, os dirigentes lhadores que foram objecto de san- rito pleno de democracia e muito (ou
do STML foram recebidos pela ve- ção disciplinar, ex-vínculos precários nada) entendimento.
readora. e trabalhadores abrangidos pelos O caminho para os trabalhadores
Nesse mesmo dia, após interven- concursos a decorrer após 1 de Ja- é o da luta. O STML sempre esteve
ção do STML na sessão de Câmara, neiro de 2009); e estará aberto à discussão, de for-
foi afirmado pelo presidente do Mu- 5. Ou ainda a falta de explicações
ma real, verdadeira e principalmente
nicípio e pela vereadora, vontade em para a aplicação (?) do SIADAP na
dialogar com o sindicato. CML em 2008 e 2009. consequente, de propostas que vi-
A segunda reunião ocorreu no dia Ficaram ainda por esclarecer o pa- sem a resolução dos problemas dos
8 de Março. Resultados práticos das gamento de feriados e descanso trabalhadores do município. Contu-
duas reuniões: zero! compensatório no R.S.B., bem como do, uma certeza, à falta de respostas
Verificámos em teoria muita vonta- a diminuição de vagas no mapa de não ficará indiferente.
de do executivo em dialogar, nego- pessoal para 2010. Estas questões, A luta continua até à resolução dos
ciar e até resolver os problemas dos bem como as categorias de chefias problemas dos trabalhadores do mu-
trabalhadores, contudo, na prática, do pessoal operacional e carreiras nicípio de Lisboa. n
Frente Comum dos Sindicatos profissionais do Estado culminando numa acção nacio-
nal de dirigentes, delegados e activistas sindicais no dia
da Administração Pública 20 de Abril em frente à Assembleia da à Assembleia da
T
forma da administração pública" dos governos PS, que
ambém aqui se realizam simulacros de negociação. nos precarizou o vínculo de trabalho, nos impõe um sis-
tema de avaliação injusto e arbitrário, nos retirou a pers-
O Governo continua a insistir no caminho do conge-
pectiva de uma carreira profissional e criou um sem nú-
lamento de salários e pensões. Continua a pautar o seu mero de mecanismos visando unicamente a redução do
caminho sem a mínima consideração pelos interesses e número de trabalhadores e, simultaneamente, atacando
aspirações dos trabalhadores. a existência dos próprios serviços públicos.
À Frente Comum, da qual o STML faz parte, não resta Por todas as razões expostas, perspectiva-se para o
outra alternativa se não aprofundar a luta. Neste sentido, fim do mês de Maio, uma Jornada de Luta Nacional da
realizaram-se, na semana de 12 a 20 de Abril, diversas Administração Pública.
acções descentralizadas envolvendo os vários sectores Temos que resistir, temos que lutar! n
O TRABALHADOR DA CML 5
Subsídio de Penosidade,
Insalubridade e Risco
N
ão abdicamos do direito que reunir com o STML, reuniu, na oca-
temos! Santana congelou, sião, com uma delegação que lhe
Carmona e Costa fazem-se entregou a moção, mas mostrou-se
esquecidos, mas os trabalhadores inflexível quanto à justa reivindica-
não abdicam do seu direito. ção dos trabalhadores.
O STML tem-se batido, ao longo No mesmo dia, o presidente do
do tempo, pela actualização do Sub- STML, intervindo em sessão pública
sídio de Penosidade, Insalubridade da Câmara, criticou a forma de "ne-
e Risco criado pela CML, regula- gociar" inflexível e em posterior reu-
mentado pela Assembleia Municipal
nião, a vereadora admitiu "pedir pa-
e que foi congelado pela Adminis-
receres".
tração de Santana Lopes, e assim
deixado até agora. Ora, os trabalhadores, face a esta
Promovemos abaixo-assinados e "evolução" não viram outra forma se
outras acções, no passado dia 23 e não endurecer a acção em defesa
24 de Fevereiro, os trabalhadores dos seus direitos.
afectados estiveram concentrados Daí a greve de 5 e 6 de Junho. A
junto aos Paços de Concelho. "bola está agora do lado da CML".
A vereadora dos Recursos Hu- Há 8 anos que esperamos para
manos, que deste que tomou posse, ver a resolução deste problema, a
não teria encontrado tempo para nossa determinação mantêm-se. n
Privatização à vista
nos cemitérios de Lisboa
O ataque aos serviços com 85 assinaturas, promovido e
públicos por parte do actual dinamizado pelos trabalhadores
executivo camarário continua! coveiros da autarquia e que con-
Agora é a vez dos cemitérios tou com o apoio do STML.
de Lisboa. A exigência por detrás desta ini-
ciativa é a abertura de procedi-
O Departamento de Ambiente e mento concursal de ingresso pa-
Espaços Verdes da CML está a ra esta categoria. O executivo
aplicar uma já velha receita no que responde e esta reivindicação do
respeita á gestão e manutenção STML e dos trabalhadores com a
de espaços e equipamentos mu- entrega de grande parte das
nicipais. áreas cemiteriais ao cuidado de
Á semelhança do que aconte- uma empresa (imagine-se) de jar-
ceu com os jardins da cidade, o dinagem.
actual executivo e, em particular, o Retiram-se funções que até
vereador Sá Fernandes, alienou agora eram da única e exclusiva
ao desbarato a uma conhecida responsabilidade dos coveiros,
empresa privada a manutenção e abrindo assim caminho à priva-
o desempenho de alguns trabalhos que antes eram tização dos cemitérios e colocando em risco os postos de
desempenhados pelos coveiros de Lisboa. trabalho. Também por aqui se consuma o ataque aos
Com a justificação de não existirem trabalhadores em serviços públicos, primeiro, esvaziando e desinvestindo
número suficiente para efectuar o serviço inerente ao tra- e posteriormente entregando ao sector privado serviços
tamento dos jardins da cidade, a divisão de jardins en- de interesse público.
tregou a manutenção dos mesmos (na sua esmagadora No passado dia 31 de Março, o STML interveio em ses-
maioria), a várias empresas da especialidade. são pública de câmara denunciando e questionado esta
Nos cemitérios, verifica-se a falta de coveiros além de situação perante o executivo da CML. As respostas
um elevado número de trabalhadores em situação de foram as mesmas do costume...cheias de nada!
serviços moderados, facto provocado pela natureza ár-
dua, penosa e insalubre da profissão que desempe- O STML combaterá estas políticas, sempre em
nham. defesa dos interesses dos trabalhadores, dos seus
Como denunciámos na última edição deste jornal, foi direitos e dos serviços públicos enquanto conquis-
entregue ao executivo camarário um Abaixo-Assinado tas do 25 de Abril. A luta é nossa e é intransigente. n
6 O TRABALHADOR DA CML
Canil-Gatil
Menos que os Animais?
U
m dos resultados do chama- Os trabalhadores e o STML recla-
do "Orçamento Participativo" mam que a concepção das novas
foi a atribuição de verbas pa- instalações tenha em mente a sepa-
ra a melhoria e alargamento do Canil ração das instalações dos animais
-Gatil. Contudo, tanto quanto os tra- das instalações dos tratadores e
balhadores sabem, está previsto que apanhadores de animais.
os vestiários e balneários continuam Exigem, também, o seu direito de
adjacentes aos canis e não em ala informação e consulta sobre novas
própria e separada. instalações, nomeadamente, através
Na actual situação, quando exis- pas dos trabalhadores. da consulta dos Representantes dos
tem entupimentos nos esgotos da Para além disso, os trabalhadores Trabalhadores para a Segurança Hi-
zona dos canis, as águas sujas res- trabalham na captura de animais, giene e Saúde.
surgem no chão dos balneários, em- muitas vezes cães perigosos, sem Exigem, finalmente, que lhes se-
bora a CML insista que os sistemas Equipamento de Protecção Indivi- jam fornecidos Equipamentos de
de esgotos são independentes. O dual, além de carências verificas ao Protecção Individual e ferramentas
cheiro, esse, é mais ou menos uma nível das ferramentas adequadas adequadas.
constante que se entranha nas rou- para esta tarefa. A Luta Continua! n
assim...
avaria na caldeira do posto.
O
Sucessivamente alertados pelos trabalhadores e os seus
delegados sindicais, os serviços responsáveis da autarquia,
iam-se desculpando com a "falta de verbas", que a culpa era
do "serviço X", que "não podiam fazer nada" e pediam aos s trabalhadores do DOIS, situado actual-
trabalhadores paciência. mente na Av. Almirante Reis, estão em vias
A paciência esgotou-se e no passado dia 15 de Março. Os de serem transferidos para as instalações
trabalhadores realizaram um plenário, com a participação na Quinta de Bela Flor, com muito menos acessibi-
de elementos da Direcção do STML e do Secretariado da lidades e, tanto quanto sabem, com muito menos
Comissão Sindical da Limpeza Urbana, exigindo a reso- área disponível do que as actuais instalações, já de
lução do problema e anunciando a sua intenção de paralisar si, pequenas para as necessidades deste serviço.
em defesa do seu direito à higiene pessoal. O processo de transferência estava a ser feito
Como por "milagre", no próprio dia, a caldeira foi arran- sem que os trabalhadores e os seus representantes
jada... fossem informados de tal, o que motivou reuniões
Como nós dissemos "Quem luta sempre alcança...!" n dos trabalhadores promovidas pelo STML, de onde
surgiu a ideia de um abaixo-assinado que posterior-
mente foi entregue ao vereador do Pelouro.
O vereador comprometeu-se a fornecer ao STML
e aos Representantes dos Trabalhadores para a Se-
gurança Higiene e Saúde todos os elementos ne-
cessários para a apreciação dos trabalhadores e
justificou a transferência com o facto do edifício da
Almirante Reis ser alugado e as novas instalações
serem municipais.
No mesmo Departamento também a Brigada dos
Calceteiros da Rua do Saco estão em processo de
transferência e o STML acompanha, em ligação
com os trabalhadores, este processo.
Continuaremos atentos e principalmente interven-
tivos. Sempre em defesa dos direitos e aspirações
dos trabalhadores da autarquia. n
O TRABALHADOR DA CML 7
Em Abril, dia 25
Venham mais cinco!
O
Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lis-
boa vai assinalar mais uma vez o 25 de Abril,
através da participação no desfile que anualmen-
te se faz, com início no Marquês de Pombal, por volta das
15h00.
O STML / CGTP-IN, um Sindicato de Abril, tem pautado
o seu percurso por estar com os Trabalhadores, em todos
os momentos na persecução daquilo que são os seus an-
seios e luta por melhores condições de trabalho, pela de-
fesa dos seus direitos e por melhores salários.
Estamos confiantes que o 25 de Abril de 2010 terá mi-
lhares de homens e mulheres que darão corpo e voz aos
valores e princípios que estiveram na origem do Abril de
pação do maior número de pessoas no "Desfile do 25 de
1974 e permitiu a libertação de um povo: O POVO POR-
Abril", uma vez que, será este um importante momento
TUGUÊS!
para a reivindicação de todos os motivos que têm unido
Contudo, as correntes quebradas há 36 anos, têm hoje os trabalhadores portugueses, nomeadamente, o com-
outras subtilezas e outras formas. A opressão que hoje bate às políticas de direita.
verificamos aos trabalhadores portugueses através da
O Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa
prepotência de um poder político que não faz avançar o
marcará presença e gostaria de ter consigo o maior nú-
País e agudiza a situação social e económica, obrigam-
mero de Trabalhadores da autarquia capital, uma vez
nos a estar intervenientes, de forma constante e intensa,
que, os trabalhadores da Câmara de Lisboa têm hoje
na luta por melhores condições de vida e de trabalho.
muitas razões para denunciar e lutar: SIADAP, congela-
Num ano, onde se vislumbra a continuidade de perda mento de Salários, Subsídio de Penosidade, Risco e In-
de poder compra para os trabalhadores da administração salubridade, Condições de Trabalho, são alguns exem-
pública, mas também, o prolongar da idade para as refor- plos.
mas e outras atrocidades para quem faz avançar o País Lutamos em Abril, pelos valores e princípios
(Os Trabalhadores) é importante recordar e trazer para
de Abril: Liberdade, democracia, igualdade, justiça!
os dias de hoje, os princípios e a determinação daqueles
que, em 1974 destruíram os alicerces de uma ditadura Junta-te ao STML nas comemorações
fascista que durou 48 anos e conseguiram alterar o rumo do 25 de Abril e «Venham mais cinco». n
do País, para um trajecto de liberdade e de condições de
vida mais favoráveis para quem trabalha. v
A revolução de Abril permitiu a conquista de novos di-
reitos, nomeadamente, a fixação do salário mínimo na- Relembramos ainda...
cional (Maio/74); o aumento generalizado de salários; a
garantia de emprego; a consagração de férias, subsídio Na noite do dia 23 de Abril, o pátio do STML terá uma
de Férias e de Natal; a diminuição das diferenças salari- grande iniciativa onde pretendemos assinalar o 25 de
ais entre homens e mulheres, entre muitas outras con- Abril. A animação musical estará a cargo do duo "Piloto
quistas. Automático" que tão bem animou a iniciativa do STML no
Dia da Mulher no Cinema São Jorge. Exibiremos, igual-
36 anos depois, vivemos um momento de intensa ofen-
mente, os dois filmes que o STML produziu, concreta-
siva aos nossos direitos, às funções sociais do Estado,
mente, do 30.º aniversário do sindicato e do centenário
ao Portugal de Abril. Os homens do grande capital, der- da Proclamação do Dia Internacional da Mulher. Será um
rotados em Abril de 1974, estão hoje, e sempre com a momento de convívio, de alegria, de amizade, onde os
cumplicidade dos seus lacaios no Governo, do PS (D) valores de Abril serão reafirmados como os valores que
com ou sem o CDS, a querer agora impor o PEC, o ins- nos norteiam enquanto homens e mulheres que lutam por
trumento mais retrogrado e mais destrutivo desde a con- uma sociedade mais justa, democrática, solidária e hu-
quista da liberdade em 1974. mana.
Por este motivo e para recordar Abril e defender as con- Estão convidados todos os trabalhadores da Câmara
quistas que Abril permitiu, torna-se importante a partici- Municipal de Lisboa. n
8 O TRABALHA
120 Anos do 1.º de Maio
Dia Internacional
do Trabalhador
Sempre em luta!
"A história do Primeiro de Maio mostra, portanto, que se vatizados, se-
trata de um dia de luto e de luta, mas não só pela rá que dá lu-
redução da jornada de trabalho, mais também pela cro entregar
O
conquista de todas as outras reivindicações de quem uma carta numa
produz a riqueza da sociedade." localidade a 600 km de distância e onde vive uma dezena
de habitantes? Claro que não! Por isso, afirmamos que
Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por nestas privatizações está implícito a negação de direitos
um Congresso Socialista realizado em Paris. A constitucionais, como a entrega ou o envio de correspon-
data foi escolhida em homenagem à greve geral, dência, no exemplo referido.
que aconteceu no dia 1 de Maio de 1886, em Chicago. Mi- Verificamos igualmente o desinvestimento em áreas so-
lhares de trabalhadores foram às ruas protestar contra as ciais e fundamentais para o povo português, como na área
condições de trabalho desumanas a que eram submeti- da saúde e da educação. Também por aqui se limita os di-
dos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para reitos constitucionais.
8 horas diárias. Mas a repressão ao movimento foi dura: O 1.º de Maio de 2010 terá por isso mesmo um signifi-
houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos cado mais profundo e, como tal, não temos dúvidas, será
entre os operários e a polícia. um momento de uma grandiosa jornada de luta por parte
Após o 25 de Abril de 1974 conseguimos em Portugal a dos trabalhadores portugueses e dos trabalhadores da
conquista de novos direitos, reprimidos e censurados du- Câmara Municipal de Lisboa em particular.
rante 48 anos de ditadura fascista. A revolução de Abril, Para os trabalhadores do sector público e concretamen-
através do seu carácter libertador e democrático, abre todo te, na CML, as ofensivas têm sido variadas e penosas.
um novo campo onde o trabalhador, homens e mulheres, Desde o vínculo em regime de trabalho em funções públi-
são vistos como um dos actores principais no desenvolvi- cas, generalizando a precariedade, os mapas de pessoal,
mento e progresso social e económico do Portugal de Abril. um instrumento que valoriza a redução de efectivos em-
Lá fora como aqui, impõem-nos falácias, como as des- purrando milhares de trabalhadores para o regime de mo-
culpas da crise, do défice, para apelarem ao sacrifício dos bilidade especial e depois, caso não sejam colocados
trabalhadores perante um cenário para o qual não contri- noutro serviço, para o desemprego. O famigerado SIA-
buíram e em função de quê? Da manutenção dos escan- DAP, cuja injustiça, arbitrariedade e carácter limitador faz
dalosos lucros, das benesses e privilégios de uma mino- parte da sua génese.
ria, de um grupo restrito de banqueiros, de grandes ges- Se conjugarmos estas medidas ao já anunciado objecti-
tores e administradores. vo da redução de funcionários públicos (pela entrada de 1
Em Portugal, o governo PS de Sócrates, sempre aplau- trabalhador deverão sair 3), percebemos a ideia geral da
dido de pé pelos senhores para quem realmente trabalha, "reforma da administração pública" que continua a servir
o mesmo é dizer, os homens do capital, os Belmiros de de bandeira ao actual governo PS. Não podemos continuar
Azevedo deste país, lança sobre o povo português, a clas- passivos face às políticas e medidas efectivamente imple-
se trabalhadora, o mais feroz ataque desde o 25 de Abril. mentadas que nos hipotecam o futuro profissional, pessoal
Primeiro, com a Lei do Orçamento do Estado 2010 e, agora, e familiar e inclusive o próprio futuro do país através da
com o PEC - Programa de Estabilidade e Crescimento "venda" da sua soberania e independência económica fa-
2010-2013. Ambos com a complacência e acordo dos par- ce aos interesses das multinacionais conjugado com as
tidos de direita, o PSD e o CDS. decisões arbitrárias e prejudiciais provenientes de Bru-
O PEC, além de atacar os trabalhadores no activo, tam- xelas.
bém ataca aqueles que foram despedidos e que sofrem Combater estas políticas, que real e efectivamente esti-
agora as consequências mais nefastas das políticas de veram na origem da crise e do défice e que, além de bene-
direita. ficiar uma ínfima minoria que inclusive açambarca a maior
Este PEC é também negativo para a economia nacional parte da riqueza produzida neste país, deve ser uma prio-
ao colocar em hasta pública um número considerável de ridade de todos os que sofrem com estas injustiças e se
empresas do Estado fundamentais ao desenvolvimento sentem cada vez mais indignados com o rumo que este
da economia portuguesa. A GALP, a REN, a TAP, os CTT governo e os partidos de direita insistem em levar avante.
ou parte da CGD, estarão à venda e por preços da "china"! Lutamos pelos nossos direitos, por salários dignos, pela
Mais uma vez os senhores dos grandes grupos econó- defesa dos serviços públicos.
micos aplaudem estas medidas e preparam a "carteira Lutamos pelo nosso futuro e dos nossos filhos.
dos trocos" no sentido de adquirir importantes e lucrativas No 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, lá esta-
empresas. remos às 14h30 no Martim Moniz, rumo à Alameda. Razões
Questionamos nós: se os CTT forem efectivamente pri- não faltam para protestar! Unidos temos mais força! n
ADOR DA CML 9
Jornada de Luta Nacional
da Juventude Trabalhadora
C
om o lema "GERAÇÃO COM
DIREITOS, GARANTIA DE
FUTURO", teve lugar no dia
26 de Março, em Lisboa, a grande
manifestação nacional de jovens tra-
balhadores.
Os jovens trabalhadores da CML
marcaram presença em número si-
gnificativo, juntando-se na Praça do
Município aos outros milhares de jo-
vens que vieram de todo o país, se-
guindo depois até São Bento, sede
da Assembleia da República.
Reivindicámos e lutamos por:
+ O fim da precariedade na CML;
+ A revogação do SIADAP;
+ O direito à progressão na car-
reira;
+ A inclusão na opção gestionária
de 2009 de todos os trabalhadores
do ex-quadro privado;
+ Na defesa do posto de trabalho,
dos serviços públicos enquanto con-
quista de Abril; Considerando que estes proble- posta imediata, neste sentido, só
+ Contra o congelamento dos sa- mas não afectam só os jovens tra- nos resta apelar à união de todos os
lários; balhadores da CML, mas milhares trabalhadores na luta organizada
+ Contra o PEC, autêntico pro- de jovens trabalhadores, seja do em torno do seu sindicato, o STML.
grama de instabilidade e retrocesso sector público, seja do sector pri- A luta continua! Unidos vence-
social. vado, os mesmos não terão res- remos! n
Visita
jovens trabalhadores da CML
Esperamos que a próxima iniciativa a agendar tenha
à Tapada de Mafra
uma maior participação de jovens trabalhadores da
CML, de forma a cimentar a aproximação destes ao
seu sindicato, o STML. n
10 O TRABALHADOR DA CML
8 de Março
Trabalhadoras deixadas
Esta situação agrava-se pelo facto das cozinheiras, de-
pois de produzirem os almoços e procederem à limpeza
do refeitório, não puderem utilizar o balneário.
A
zinheiras!), é pertinente relembrar que, de todos os re-
s trabalhadoras cozinheiras do refeitório de Alcântara feitórios municipais, o de Alcântara é o que serve o maior
laboram em condições precárias há mais de um ano! número de refeições diárias.
A falta de água quente é apenas um dos problemas que Somos da opinião que estas trabalhadoras devem ter
actualmente se verifica neste local de trabalho. É lamen- toda a atenção do actual executivo e serem tratadas com
tável que para disporem de água aquecida tenham que a dignidade que merecem.
colocar recipientes ao lume nos fogões do refeitório o Os problemas que se verificam neste importante local
que implica transportar, de um lado para o outro, sempre de trabalho devem ser resolvidos com a máxima urgên-
que necessário, esses mesmos recipientes, alguns de cia. É com este propósito que o STML intervém junto do
largas dimensões. executivo da CML.
A penosidade deste trabalho é óbvia para o STML, Lutamos até à efectiva resolução do problema. n
O TRABALHADOR DA CML 11
PEC – Programa de Estabilidade
e Crescimento 2010-2013
= Programa de instabilidade,
regressão e destruição!
1. Congelamento de salários e que nos venderam! Não podemos co, direito consagrado na Constitui-
pensões até 2013! deixar de relembrar que os subsí- ção da República.
2. Congelamento das prestações dios do Estado são pagos pelos pró- Desta forma, destrói-se o estado
sociais como o subsidio de de- prios trabalhadores quando estão social, conquista de Abril, para dar
semprego, abono de família, sub- na condição de trabalhador activo. lugar ao Estado assistencialista, on-
sídio de baixas médicas, entre ou- Perguntamos nós: os cerca de 700 de o sector privado explora áreas de
tros. mil desempregados que existem interesse público, indispensáveis à
3. Agravamento da carga fiscal pa- neste país, são-no porque querem? população, ao País e, por esse mes-
ra aqueles que ganham entre 500 Sabendo nós que mais de 50% des- mo motivo, gerador de exorbitantes
e 800 euros! O mesmo é dizer: tes 700 mil desempregados já não lucros.
aumento de impostos para a es- recebem o subsídio de desemprego, A privatização de empresas estra-
magadora maioria da população que medida efectiva, real e positiva tégicas do Estado não é novidade
activa! vai provocar esta medida do PEC? neste país. Desde há 33 anos, com
4. Privatização, na totalidade ou Sabendo nós que a média que se os sucessivos governos do PS, PSD
em parte, de empresas estraté- paga dos subsídios de desemprego e CDS, temos verificado a alienação
gicas do Estado como a GALP, a é de 520 euros e que 75% das ofer- ao "preço da uva" de empresas e au-
REN, a TAP, os CTT ou uma parte tas de trabalho existentes nos Cen- tênticos sectores económicos, que
da CGD. tros de Emprego são de trabalhos são verdadeiras alavancas da nossa
O governo PS, mais uma vez, não precários em regime temporário economia. Por este caminho, é a
cumpre o que prometeu nas elei- além de que os valores praticados própria soberania nacional que está
ções legislativas de Setembro de de salários rondam o salário mínimo em causa. Quem não se lembra do
2009. O PEC terá a cumplicidade do nacional, ou seja, 475 euros. Fala- que aconteceu com a Lisnave, a So-
PSD e do CDS, tal como aconteceu mos mais concretamente, das ofer- refame, a Siderurgia Nacional, entre
aquando da aprovação do Orça- tas de emprego dos famigerados muitas outras.
mento de Estado. A direita une-se call center, por exemplo...sabendo É por isso que afirmamos que rein-
quando os seus interesses estão em que depois de 1 semana de traba- dustrializar o Pais é fundamental e
jogo e este PEC é realmente um ca- lho, ou 1 mês, volta-se para o de- deve ser uma das soluções para com-
derno de encargos onde a defesa semprego e nesse momento já não bater a crise, o desemprego, a de-
dos interesses dos grandes grupos há direito ao subsidio! Relembramos pendência pela mercados externos.
económicos está bem presente. De o "preço da reincidência", ou seja, Mas não! Este governo opta por
tal forma é verdade o que afirma- ao aceitar-se um emprego ao valor seguir pelo caminho da traição e
mos, que as organizações patronais inferior do anterior, isso terá conse- vende ao desbarato o que ainda so-
foram as primeiras a regozijar pe- quências na situação de desempre- bra da economia nacional, primeiro
rante este plano, o PEC. go seguinte, que passa a ser subsí- aos grandes grupos económicos
diada com uma percentagem me- portugueses e depois aos grandes
O que é o PEC? nor, calculada sobre o último salário. interesses transnacionais.
O PEC é um caderno de encargos É efectivamente um jogo viciado on- Como se pode verificar, ao invés
que lança para a penumbra da ex- de as regras só beneficiam quem das promessas feitas há 1 ano, não
ploração milhares de homens e mu- explora os trabalhadores, isto é, as só não se alterou a política que es-
lheres. As medidas que preconiza, entidades patronais. teve na origem das causas dos pro-
congelam salários e pensões dos O ataque sem precedentes às fun- blemas económicos e financeiros,
trabalhadores do sector público e, ções sociais do Estado, com uma como se prevê acentuar no sentido
por inerência, os do sector privado. das medidas imediatas, ou seja, a de favorecer a posição dos mais po-
Congela e diminui as prestações so- diminuição de funcionários públicos derosos.
ciais como o subsídio de desempre- (a entrada de 1 corresponde à saída Importa ainda enfatizar que o
go, abonos de família, etc. Afirma a de 3), ou a destruição do sistema combate à fraude e evasão fiscal,
ministra do Trabalho, ex-dirigente nacional de saúde, como o conti- aos paraísos fiscais (offshore), au-
sindical da UGT, que estas medidas nuar da política de desinvestimento tênticas lavandarias de "dinheiro su-
servem para valorizar a procura de aliado à diminuição do número de jo", continua a ser desprezado, des-
emprego daqueles que vivem à cus- médicos de família, por reforma de valorizando desta forma, um campo
ta dos subsídios do Estado (???...) e cerca de 600 médicos, poderá dei- de acção que podia real e efectiva-
que servirá para combater o desem- xar 1 milhão e 500 mil pessoas sem mente, inverter a actual crise econó-
prego, o maior flagelo da crise social o direito ao acompanhamento médi- mica e social que verificamos no
12 O TRABALHADOR DA CML
o défice, para o qual não contribuí-
ram em nada. Assim se vê os inte-
resses que estes senhores que nos
(des) governam defendem.
Contudo e apesar do cenário negro
que este "caderno de encargos" au-
gura, é preciso não esquecer que é
necessário a constituição de leis pa-
ra o concretizar. Por isso afirmamos
que a luta contra o PEC é uma ne-
cessidade nacional, pelo verdadeiro
interesse de Portugal, do seu povo,
da classe trabalhadora, seja do sec-
tor público, seja do sector privado.
No combate ao desemprego, à pre-
cariedade, no direito ao salário e
pensões dignas, na defesa dos ser-
viços públicos, os trabalhadores da
Câmara Municipal de Lisboa devem
estar conscientes e mobilizados para
a árdua luta que temos pela frente.
Só com a luta organizada, podere-
mos travar as intenções daqueles
que nos querem roubar, primeiro os
nosso País. Mas entrar por este ca- plicidade do PSD e CDS, prefere in- direitos, depois os salários e final-
minho seria mexer com os interes- tensificar a pressão sobre os traba- mente, enviarem-nos para o desem-
ses dos "homens do capital"... lhadores, sobre as populações, obri- prego com a extinção do posto de
O governo PS, sempre com a cum- gando estes a suportar a crise e/ou trabalho. n
Atentos e participativos!
O s aposentados da CML conti-
nuam atentos e participam acti-
vamente em todas as lutas, mesmo
Em Janeiro fomos ao Museu Na-
cional de Etnologia, percorrendo as
Galerias da Amazónia com os seus
que elas incidam especialmente em interessantíssimos e variados ar-
problemas dos trabalhadores no tefactos que nos ajudaram a conhe-
activo, é o serviço público que está cer, entre outros, a vida dos índios
em risco. Wauja. Noutra galeria a exposição e
Foi assim na manifestação da projecção de filme sobre as "Pin-
Frente Comum dos Sindicatos da turas Cantadas" das mulheres de
Administração Pública, que o nosso Naya, que tão bem expressam a
STML integra, em 5 de Fevereiro. E, vida quotidiana e a discriminação
assim será, enquanto os trabalha- das mulheres.
dores da administração pública, Em Fevereiro foi a vez de visitar o
aposentados ou no activo, não fo- Museu/Igreja de S. Roque. A guia sa da Misericórdia de Lisboa o Mu-
rem tratados com o respeito que me- que nos acompanhou por mais de seu de Monumento (assim desi-
recem! hora e meia, deu-nos a conhecer a gnado segundo um novo conceito)
Mas como nem só de luta se ali- origem da igreja mandada construir tem um valiosíssimo espólio de
menta o espírito, prosseguem as pelos jesuítas, substituindo a ermi- obras de arte sacra.
nossas reuniões mensais (onde tro- da, cujo nome adoptou, e cujo adro Por todas estas razões – as lúdi-
camos notícias, experiências e opi- servira de cemitério às vítimas da cas e as lutas – mantém-te infor-
niões) e as actividades culturais. peste. Administrada pela Santa Ca- mado e vem participar connosco! n
14 O TRABALHADOR DA CML
RSB
GOVERNO NÃO RESPEITA "filme" que na altura os bombeiros e o STML recusaram.
QUARTO DE BILHETE
prazo de 180 dias para revisão das carreiras de regime
especial e dos corpos especiais.
NA CP É UM DIREITO
Dois anos passaram e a carreira continua por negociar.
Numa altura em que quase todas as carreiras foram alvo
de revisão, é inaceitável o comportamento do governo
para com este sector profissional. O STML continua a Por determinação do Conselho de Administração da
desconhecer qualquer processo de intenções para dar CP – Comboios de Portugal, aos Bombeiros Sapadores
início a um processo negocial. de Lisboa foi retirado um direito de décadas: o quarto de
Merecemos mais respeito. Por isso vamos continuar a bilhete no transporte ferroviário.
insistir junto do Governo. Se este não responder positiva- A argumentação é falaciosa. Se é verdade que o De-
mente, vamos propor aos Bombeiros Sapadores um pla- creto-Lei n.º 241/2007, de 21 de Junho, não refere o di-
no de luta. n reito ao transporte, também não é menos verdade que
não o elimina, pura e simplesmente omite um direito que
COMISSÕES DE GERÊNCIA
estava a ser aplicado aos Bombeiros Sapadores.
O STML tem conhecimento que o Senhor Presidente
Recolha de sangue
No dia 23 de Abril, entre as 9H30 e as 12H30, na
sede do STML, realiza-se uma recolha de sangue.
Esta iniciativa é realizada em parceria com o
Instituto Português do Sangue. O STML apela a
todos que, voluntária e benevolentemente, efec-
tuem a sua dádiva de sangue de forma a contribuir
para o bem-estar de todos.
DAR SANGUE É DAR VIDA! n
16 n O TRABALHADOR DA CML