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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS


INSTITUTO ADOLFO LUTZ
DIRETORIA ADMINISTRATIVA

Ref.: PROCESSO: 0001 0701 000._____/2010


INTERESSADO: CASA DO LABORATORIO COMERCIAL DO RIO
PRETO
ASSUNTO: APLICAÇÃO DE MULTA

Oficio nº .2010

Senhor Diretor,

Considerando a interposição de
recursos apresentada pela empresa Casa dos Laboratórios Comercial Rio
Preto Ltda- Me, com data de 30 de março de 2010, temos a seguinte
posicionamento sobre a possível aplicação de multa por atraso de entrega
dos bem permanentes adquiridos pelo Instituto Adolfo Lutz.

A empresa Casa dos Laboratórios


Comercial Rio Preto Ltda- Me,, foi vencedora do Pregão e Eletrônico nº
42.09 do processo nº 242.09, cujo o objeto era o fornecimento de
equipamentos laboratoriais no valor de R$ 40 022,00, o prazo de entrega
constantes no edital era de15 (quinze) dias, após a retirada da
2009NE1204 emitida em 18.09.2009 e data limite de entrega do
equipamento era em 05.11.09.

Em 04.11.09, a empresa Casa dos


Laboratórios Comercial Rio Preto Ltda- Me,, se manifestou formalmente
solicitando a prorrogação de forma tempestiva e ainda informou que a
entrega dos equipamentos seria efetuada de forma parcial, sendo para o
dia 06.11.09, a primeira entrega e a segunda para o da 30.11.09,

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A administração, autorizou a
prorrogação por meio do Oficio DG nº 620.09, considerando a justificativa
apresentada pela empresa, e ficou aguardando a entrega dos
equipamentos, em _____________, ocorreu a primeira entrega , do qual a
empresa foi isentada da aplicação de multa por esta Administração , e
ficamos aguardando a entrega final se concretizar em 30.11.09.

Ocorre que, no dia fixado pela


empresa para concluir a entrega, não se concretizou, somente em
02.03.2010, a mesma se manifesta formalmente , informando que a
entrega do final dos equipamentos estava prevista para o dia 05.03.2010,
e vem alegando que o motivo principal do atraso se deu por Força Maior.

Esta Administração, em 25.03.10,


exarou o Oficio nº 151.10, para notificar a empresa Casa dos Laboratórios
Comercial Rio Preto Ltda- Me,

Analisando as simples alegações da


empresa e os ditames legais pertinentes a contração e aquisições são
efetuadas nas esferas públicas, é oportuno deixar claro que, quando o
Instituto Adolfo Lutz, decidiu efetuar a aquisição dos equipamentos foi
porque necessitava de desenvolver suas atividades focado na melhoria da
saúde publica da população.

Na ocasião do certame, havia outras


empresas participantes e a empresa Casa dos Laboratórios Comercial Rio
Preto Ltda- Me, venceu por ter ofertado o menor preço, porém a licitação
não se pauta somente no critério de menor preço, as empresas tem que
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cumprir os demais critérios, que o prazo de entrega, documentação,


qualidade dos equipamentos e outros, tem que ter certeza que irá atingir
na totalidade todos os critérios.

A licitação destina-se a garantir a observância do princípio


constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais
vantajosa para a Administração e deve ser processada ejulgada
em conformidade como os princípios elencados no art.3º da Lei
8.666/93.
Sabe-se que a Administração não pode, em hipótese alguma,
fazer exigências que frustem o caráter competitivo do certame,
mas sim garantir ampla participação na disputa licitatória,
possibilitando que compareça o maior número possível de
interessados, desde que tenham qualificação técnica e
econômica para garantir o cumprimento das obrigações. Isso
também possibilita que a proposta mais vantajosa para a
Administração seja encontrada em um universo mais amplo.
O art. 55 da Lei 8.666/93 (Lei de
Licitações), estabelece as cláusulas necessárias que deve
conter todo contrato administrativo, entre elas destaca-se a do
inciso IV:
“Art. 55...
...
IV- os prazos de início de etapas de
execução, de conclusão, de entrega, de
observação e de recebimento definitivo,
conforme o caso;”

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O art. 57, § 1º, II, por sua vez, dispõe:

“§ 1º Os prazos de início de etapas


de execução, de conclusão e de
entrega admitem prorrogação,
mantidas as demais cláusulas do
contrato e assegurada a manutenção
de seu equilíbrio econômico—
financeiro, desde que ocorra algum
dos seguintes motivos,devidamente
autuados em processo:
...
II - superveniência de fato
excepcional ou imprevisível, estranho
à vontade das partes, que altere
fundamentalmente as condições de
execução do contrato;”

Na situação em questão está bem


delineado que a empresa Casa dos Laboratórios Comercial Rio Preto
Ltda- Me, só atendeu naquele momento, o critério do menor preço e
apresentação de documentos, pois se somarmos atualmente todos os
gastos com telefonia, tendo em vista que ficamos por diversas vezes
cobrando, insistentemente uma posição sobre a entrega e sempre foi
infrutífera, teve um custo para Administração.

A empresa Casa dos Laboratórios


Comercial Rio Preto Ltda- Me, alega que o atrasou ocorreu em virtude de
ser um representante comercial e depende de terceiros, que (mudaram de
instalação) para fabricar os equipamentos solicitados pela esta instituição,
e ainda justifica que é por motivo de “força maior”, o não cumprimento dos
prazos propostos pela esta Administração.

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Talvez a empresa Casa dos


Laboratórios Comercial Rio Preto Ltda- Me, desconheça os diplomas
legais que regem o assunto e que a administração tem o dever de
respeitar os princípios constitucionais entre eles o da moralidade
administrativa, o nosso ordenamento jurídico , já prevê fatos
supervenientes ou motivo de “Força Maior”como a empresa menciona.

É oportuno mencionar que segundo


HELY LOPES MEIRELLES (1996, p. 204), os fatos supervenientes ou
motivo de “Força Maior” estão abrangidos pela Teoria da imprevisão:

Quando sobrevêm eventos


extraordinários, imprevistos ou
imprevisíveis, onerosos, retardadores
ou impeditivos da execução do
ajustado, a parte atingida fica liberada
dos encargos originários e o contrato
há que ser revisto ou rescindido, pela
aplicação da teoria da imprevisão
provinda da cláusula rebus sic
stantibus, nos seus desdobramentos de
força maior, caso fortuito, fato do
príncipe, fato da administração e
interferências imprevistas.

Para a Prof.ª Dr. ª MARIA SYLVIA


ZANELLA DI PIETRO (2003, p. 255), porém, a teoria da imprevisão seria
aplicável tão-somente na chamada álea econômica.

A teoria da imprevisão consiste no


reconhecimento de que a ocorrência de eventos novos, imprevistos e
imprevisíveis pelas partes, autoriza a revisão do contrato, para seu
ajustamento às circunstâncias supervenientes..

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Ressalte-se que, se não fosse


aplicada tal teoria, a própria Administração poderia sofrer sérias
conseqüências: os concorrentes, sabendo dos riscos a que estariam
sujeitos, incluiriam isso no custo de suas propostas, elevando-as
consideravelmente. Isso, obviamente, na hipótese de haver algum
interessado em contratar com a Administração.

Força maior é um evento humano,


imprevisível e inevitável, que impede absolutamente a execução do
contrato (MEIRELLES, 1996, p. 206).(GN)

A conseqüência da força maior é a


liberação de ambas as partes do cumprimento do contrato (DI
PIETRO, 2003, p. 263), ensejando sua rescisão, conforme art. 78, XVII, da
Lei Federal nº 8.666.93 e demais alterações.

Caso fortuito é o evento da natureza,


imprevisto e inevitável, que impede absolutamente a execução do contrato
(MEIRELLES, 1996, p. 207

Corroborando mais o assunto,


visando exemplificar para não pairar duvidas que por ventura
ainda persistam, trazemos a baila os ensinamentos do jurista
Prof. Dr.Orlando de Almeida Secco:

“ a força maior evidencia um


acontecimento resultante do ato
alheio (fato de outrem) que
sugere os meios de que se
dispõe para evita-lo, isto é, além
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das próprias forças que o


indivíduo possua para se
contrapor, sendo exemplos:
guerra, greve, revolução,
invasão de território,
sentença judicial específica
que impeça o cumprimento
da obrigação assumida,
desapropriação etc.” Ou seja,
todos os atos ou ações humanas
que se tornem obstáculos a
outrem, impedindo-os de agir ou
cumprir com seus direitos ou
deveres”. (GN) - Introdução ao
Estudo do Direito, Rio de Janeiro,
Freitas Bastos, 1981, p. 125

Sobre o termo caso fortuito, bem


antigo, segundo o jurisconsulto romano Domicio Ulpiano assim o
conceituou:

“Fortuitus casus est, qui nullo


humano consilio praevideri
potest”. Traduzida a frase o
conceito seria: caso fortuito é
aquele que não pode ser prevsito
por nenhum meio humano. Em
outras palavras seria todo
acontecimento de ordem natural
que gera efeitos no mundo
jurídico. Podemos dar como
exemplo as erupções
vulcânicas, os terremotos,
estiagem, in undação por
meio de chuvas abundantes (
e não por represas
construídas artificialmente ),
quedas de raio, aluvião etc.
(GN)

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Assim estando os termos bem


definidos e exemplificados, torna-se inaceitáveis as justificativas
arrazoadas pela a empresa Casa dos Laboratórios Comercial Rio Preto
Ltda- Me., uma vez que quando participou do certame concordou com
todos os termos nele explicitados e estava previsto no instrumento
editalicio que o não fiel cumprimento das clausulas estipuladas a empresa
estaria estava sujeita, às sanções aplicáveis, previstas em lei .

A administração se pautou na
Resolução SS-26 de 09/02/1999, para aplicação da multa, é possível
observar no bojo do art. 2º menciona que os atrasos injustificados na
entrega do material, relativamente aos prazos previstos, sujeitarão o
fornecedor a multas calculadas progressiva.

Caso a empresa Casa dos


Laboratórios Comercial Rio Preto Ltda- Me., pretenda que esta
administração isente de multa terá que justificar sobre quais os motivos
que realmente, provocaram o atraso da entrega dos equipamentos.

A conduta praticada por esta


Administração não é isolada e nem pessoal e sim focada estritamente no
disposto nos princípios esculpidos na Constituição Federal e no Estatuto
de Licitações que transcrevemos a seguir:

Art. 82. Os agentes administrativos que


praticarem atos em desacordo com os
preceitos desta Lei ou visando a frustrar os
objetivos da licitação sujeitam-se às sanções
previstas nesta Lei e nos regulamentos

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próprios, sem prejuízo das responsabilidades


civil e criminal que seu ato ensejar.

Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda


que simplesmente tentados, sujeitam os
seus autores, quando servidores públicos,
além das sanções penais, à perda do cargo,
emprego, função ou mandato eletivo.

Fica mantida a decisão do Oficio


nº151,2010, e respeitando o amplo direito de defesa constante no inciso
LV do art. 5º da nossa Lei : "Aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e
a ampla defesa, com meios e recursos a ela inerentes;", e ainda
considerando art.109 alínea f, a empresa tem 05 dias, para interpor
recursos.

DRA MARTA LOPES SALOMÃO


DIRETOR GERAL

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