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CENTRO DE ESTÁGIO

Prática Processual Civil


24 de Julho de 2009

1º CURSO DE ESTÁGIO DE 2009

TESTE DE PRÁTICA PROCESSUAL CIVIL

24 de Julho de 2009

Imagine que sendo já Advogado(a), é contactado(a) por Zacarias da Silva, divorciado,


residente em Sabacheira, Tomar, que lhe contou a seguinte situação:
Que arrendou em 1992 a Malaquias Rui, solteiro, maior, actualmente a residir na Rua dos
Caloteiros, 26, 1º em S. Brás de Alportel, Faro, um andar, destinado a habitação, pela renda
mensal, de € 850.00, andar, esse situado em Tomar num prédio de “condomínio fechado”
com piscina.
As rendas eram pagas por transferência bancária para uma conta do seu cliente sediada no
Banco “Põe Cá o Dinheiro”, agência de Tomar.
O referido Malaquias deixou de pagar a renda mensal a partir do mês de Abril de 2005,
referente a Maio do mesmo ano. O seu cliente, no entanto, não cuidou de defender
judicialmente os seus direitos, uma vez que esteve a residir, na África do Sul, desde Abril de
2002, tendo regressado a Portugal há cerca de 15 dias.
No final de Maio ultimo, o Malaquias decidiu entregar as chaves do andar ao Zacarias,
enviando-as por correio registado para a morada de uma irmã do seu cliente, acompanhado
de uma carta em que lhe comunicava que prescindia do andar e que o entregava livre e
desocupado de pessoas e bens, o que realmente veio a suceder.
Porém, o seu cliente não se conforma com a dívida das rendas, que é de € 41.650,00.
O Zacarias pretende que o patrocine no Tribunal.
No entanto, o seu cliente “avisou-o” que o Malaquias anda a ter comportamentos que
evidenciam a intenção de não pagar a quantia em causa.
Disse-lhe ainda o seu cliente que o Malaquias está a preparar-se para “fugir” para a
Finlândia, onde tem lá um negócio de cultivo de cocos, altamente lucrativo.
O único bem que o seu cliente conhece e que sabe pertencer ao Malaquias é um terreno
destinado a construção, já urbanizado, com 200 hectares de área, denominado “Bela Vista”
situado em Estói, Faro. O terreno, segundo julga saber o seu cliente, está avaliado em €
450.000,00.

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Em conversa com um amigo, este aconselhou o Zacarias a folhear as páginas dos anúncios
do jornal “Gazeta do Algarve”, não vá o Malaquias colocar à venda o terreno.
Zacarias tem receio que o Malaquias nunca mais lhe pague a quantia em dívida e de ser
confrontado com a inexistência de bens por onde o possa “agarrar”.
***

I – Tendo em conta a situação descrita, supra, e ficcionando apenas o estritamente


necessário, elabore a minuta da peça processual adequada à satisfação do interesse de
Zacarias.
(16 valores)

II – Imaginando agora que num procedimento cautelar de restituição provisória da posse,


que corre termos no 4º Juízo Cível da Comarca de Lisboa, 1ª Secção, com o nº 002 / 09.5
TJLSB o requerido pretende interpor recurso da decisão que decretou a restituição
provisória de posse, e que tal decisão foi recebida por ele no dia 30 de Julho de 2009, por
carta expedida no dia anterior do Tribunal. Diga, justificando as respostas:

1. Em que dia está notificado?


2. Qual o primeiro dia do prazo para o requerido interpor o recurso em causa?
3. Qual o último dia do mesmo prazo?
4. Qual o ultimo dia para apresentar a peça em juízo com multa?

NOTA:
1. Na justificação às respostas das questões do segundo grupo, é suficiente a simples
indicação das normas jurídicas respectivas, desde que, completas;
2. A falta de justificação às respostas do segundo grupo, implica a sua não cotação;
3. As justificações deficientes implicarão desvalorização das mesmas, de acordo com o
critério que irá ser fixado no tópico de correcção do teste.

(4 valores)

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Tópicos de Correcção

QUESTÃO I
A) Correcta Identificação da competência do Tribunal (Juízos Cíveis de Faro ou Juízos de
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Competência Especializada Cível de Faro)

B) Correcta indicação da peça processual (Procedimento Cautelar de Arresto ou Arresto) 0,5

C) Correcta identificação das partes


a) do Requerente: 0,25 0,5
b) do Requerido: 0,25

D) Correcta factualização e articulação dos seguintes items:


1. Correcta Alegação da existência do crédito: 4,5 valores
a) Existência do contrato de arrendamento – 0,75 valores
b) Valor da renda – 0,75 valores
c) Objecto do contrato de arrendamento (coisa) - 0,75 valores
d) Junção do contrato de arrendamento – 0,75 valores
e) Alegação do facto do requerido ter entregue a casa – 0,75 valores
f) Montante do Crédito - €41.650,00 (relativo aos meses de Abril de 2005 a Maio de
2009) – 0,75 valores
2. Correcta Alegação do Justo Receio da Perda da Garantia Patrimonial do
Crédito:
Factualização dos comportamentos que evidenciam a intenção de não pagar: 6 v.
a) Intenção de fugir para a Finlândia – 2 valores (com referência ao “negócio de
cultivo de cocos altamente lucrativo” – 0,5 valores
b) Conhecimento da existência de um único bem do requerido – 2 valores
c) Outros factos (ex. celebração de contrato-promessa de compra e venda do
terreno, colocação de placa identificativa da venda do terreno, colocação de
anúncio no Jornal “Gazeta do Algarve” da venda do terreno, etc) – 2 valores

E) Correcta indicação da Matéria de Direito (arts.406º e 407º, ambos do CPC) – 0,25,


0,5
cada

F) Correcta formulação do pedido:


a) Procedência do Procedimento Cautelar – 0,25 valores 0,5
b) Decretamento do Arresto – 0,25 valores

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G) Correcta Descrição do Bem a Arrestar:


a) Localização do terreno – 0,25 valores
0,75
b) Descrição predial – 0,25 valores
c) Descrição matricial - 0,25 valores

H) Correcta indicação do valor da causa (€41.650,00) 0,5

I) Juntada:
a) Suporte de papel:
- procuração forense, x documentos, cópia dos documentos, duplicado e comprovativo de
pagamento da taxa de justiça – 0,10 valores por cada 0,5
b) Via Citius (desde que expressamente referida):
- procuração forense, x documentos e comprovativo de pagamento da taxa de justiça – 0,16
valores, por cada

J) Indicação de Meios de Prova (Rol de Testemunhas) 0,75

NOTAS:
1 – Se for elaborada peça diferente do procedimento cautelar de ARRESTO, apenas serão
cotados os pontos A, C, H, I e J.
2 – Se for feita referência ao decretamento do Arresto SEM AUDIÊNCIA PRÉVIA DO
REQUERIDO, em qualquer parte da peça, a cotação do ponto F) será de 0,25 valores.
3 – No ponto A), se não for feita qualquer referência à Competência Específica do
Tribunal, serão atribuídos 0,5 valores.
4 – Erros Ortográficos: desvalorização até -2 valores na globalidade da peça.

QUESTÃO II

a) 30 de Julho de 2009 – art. 385º, nº 6 e 238º, nº 1, ambos do CPC 1


b) 31 de Julho de 2009 – art. 279.º, b) do CC ou 153.º, nº 2 do CPC 1
c) 14 de Agosto de 2009 – arts. 691º, nº 2, alínea l) e nº 5, 382º, nº 1 e 144.º, nº 1, todos
1
do CPC
d) 19 de Agosto – art. 145.º, nº 5 do CPC 1
Nota: A falta de justificação das respostas à Questão II implica a sua não cotação; à justificação
deficiente será atribuída cotação proporcional às normas jurídicas invocadas.
Não será atribuída qualquer cotação à justificação – ainda que tecnicamente correcta ou escorreita
– caso haja erro na data indicada.

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