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O documento discute os critérios da verdade segundo Kant. Ele define verdade como a concordância do conhecimento com as leis universais e necessárias do entendimento estabelecidas pela lógica. Kant apresenta três critérios formais: 1) o princípio da não-contradição, 2) o princípio da razão suficiente e de seus modos (modus ponens e modus tollens) e 3) o princípio do terceiro excluído. O erro ocorre quando a sensibilidade influencia o entendimento de forma desapercebida, levando a j
O documento discute os critérios da verdade segundo Kant. Ele define verdade como a concordância do conhecimento com as leis universais e necessárias do entendimento estabelecidas pela lógica. Kant apresenta três critérios formais: 1) o princípio da não-contradição, 2) o princípio da razão suficiente e de seus modos (modus ponens e modus tollens) e 3) o princípio do terceiro excluído. O erro ocorre quando a sensibilidade influencia o entendimento de forma desapercebida, levando a j
O documento discute os critérios da verdade segundo Kant. Ele define verdade como a concordância do conhecimento com as leis universais e necessárias do entendimento estabelecidas pela lógica. Kant apresenta três critérios formais: 1) o princípio da não-contradição, 2) o princípio da razão suficiente e de seus modos (modus ponens e modus tollens) e 3) o princípio do terceiro excluído. O erro ocorre quando a sensibilidade influencia o entendimento de forma desapercebida, levando a j
I O pensamento obedece regras (para aplicar regras ou
submeter os sentidos a regras). Quais as regras do prprio pensamento direcionado, no para objetos particulares, mas para todos os objetos em geral regras que tornam o entendimento possvel e no dependem da experincia (so a priori, se abstraem da matria do pensamento)? A Lgica d as regras universais e necessrias do entendimento. a cincia da forma do nosso pensamento. Cincia do uso correto do pensamento. Cap. V Conhecimento perfeito segundo a categoria da Relao: Conhecimento verdadeiro (fundamento da unidade). A verdade uma das perfeies do conhecimento. Cap. VII O que a verdade? .Definio clssica de verdade Definio nominal (verbal): Concordncia (adequao) do conhecimento ao seu objeto (Ak 50 A70). uma definio cclica, redundante (dialelo): concordncia do meu conhecimento objeto com o meu conhecimento do objeto. .Deve existir um outro critrio que seja seguro, universal e til de Verdade. 1. Conhecimento - 1.1 Matria do conhecimento. No pode nos fornecer um critrio universal para a verdade. uma contradio pensar um critrio material e universal para a verdade. Se universal deve valer para todos os objetos em geral, mas se for material dever se referir a objetos particulares, deixando de ser universal. 1.2 Forma do conhecimento. Existem critrios formais e universais da verdade. S a Lgica se refere a todo pensamento em geral, abstraindo dos objetos enquanto matria do pensamento. A forma do conhecimento se abstrai de todo contedo material podendo valer universalmente. A verdade que surge daqui exclusivamente relacionada com a forma do conhecimento em geral, com a concordncia do conhecimento consigo prprio (...), com leis universais do entendimento e da razo (A 72), isto , com as leis da lgica. A Lgica fornece os critrios sem os quais no h verdade possvel. .Ao invs da questo pela adequao do conhecimento ao objeto (verdade nominal), deve-se perguntar se o conhecimento concorda consigo prprio. Devemos nos perguntar se o nosso conhecimento est de acordo com as
regras universais e necessrias do entendimento (CAP. I).
Avaliar se o nosso conhecimento est de acordo com as leis da Lgica formal. 2. Kant enuncia inicialmente dois critrios formais da lgica Para ser verdadeiro tem que ser possvel e real: 2. 1 - Princpio da no-contradio: Duas afirmaes contraditrias no podem ser verdadeiras ao mesmo tempo (ou A B ou A no B). Esse princpio avalia se o conhecimento logicamente possvel, se no h uma contradio nele. Para que o conhecimento seja verdadeiro ele deve ser possvel e, portanto, no-contraditrio. Se for contraditrio ser impossvel que ele seja verdadeiro. um critrio negativo (necessrio, mas no suficiente): se um conhecimento contraditrio, logo ele no ser verdadeiro, mas o simples fato de no haver contradio, no torna algo necessariamente verdadeiro. 2.2 Princpio da Razo suficiente: Tudo o que existe tem uma razo suficiente para ser como e no de outra maneira. Esse princpio determina a realidade lgica de um conhecimento, isto , se ele logicamente fundado. H sub-critrios para identificar se fundado logicamente: 2.2.1 Modus Tollens (apaggico): se h uma consequncia falsa, a razo (primeira premissa) tambm ser falsa. negativo (h uma negao da consequncia). Ex: Se desligo o interruptor (razo ou primeira premissa), a lmpada se apaga (consequncia). A lmpada no se apagou (negao da consequncia), logo eu no desliguei o interruptor (negao da razo ou primeira premissa). Se P Q / Q / logo P. Se uma consequncia negada, a razo negada. 2.2.2 Modus Ponens: se a razo (primeira premissa) verdadeira, a consequncia sempre verdadeira. positivo (h uma afirmao da primeira razo ou primeira premissa). Ex: Se eu correr (razo ou primeira premissa), deixo de estar parado (consequncia). Eu estou correndo (afirmao da razo ou primeira premissa), logo no estou parado (afirmao da consequncia). Se P Q / P / logo Q. .Por fim, Kant acrescenta mais um critrio de verdade: 2. 3 Princpio do terceiro excludo: sobre algo, podemos afirmar ou sua verdade ou a verdade da
sua negao. No h uma terceira opo. Para
qualquer proposio, ou ela verdadeira ou sua negao verdadeira. Ex: Scrates alto. Podemos inferir que Scrates alto ou que Scrates no alto. Para qualquer afirmao P, verdade que P e no P. . O que o erro? Existem, como vimos, critrios, para identificar se algo verdadeiro, mas como entender a ocorrncia do erro? Se as leis da Lgica so necessrias e universais, como erramos? O erro no pode estar no entendimento pois ele obedece as leis da Lgica que so necessrias e do o critrio de verdade do pensamento. Tampouco o erro est na sensibilidade simplesmente, pois no h conhecimento propriamente dito na sensibilidade embora ela seja a fonte e fornea a matria do pensamento. Segundo Kant, o erro est na influncia desapercebida da sensibilidade sobre o entendimento(Ak 54) e na propenso humana a julgar aquilo que est alm do seu horizonte. Tomar a aparncia da verdade pela verdade, confundir o meramente subjetivo com o objetivo, o verdadeiro com o falso. No entanto, nenhum erro total: ele pode ser exato, quando verdadeiro, ou vago, quando possui erros.