Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
A DIMENSÃO DA ARTETERAPIA:
Contribuições da psicologia transpessoal
CURITIBA, PR
2010
INTITUTO TÉCNOLOGICO E EDUCACIONAL
A DIMENSÃO DA ARTETERAPIA:
Contribuições da psicologia transpessoal
CURITIBA, PR
2010
SILMARA REGINA BRAZ
A DIMENSÃO DA ARTETERAPIA:
Contribuições da psicologia transpessoal
TERMO DE APROVAÇÃO.
COMISSÃO EXAMINADORA:
_________________________________________
_________________________________________
_________________________________________
NOTA;______________
CURITIBA, PR
____/____de 2010
RESUMO
levando a arteterapia com base transpessoal para o contexto social, bem como
psicológico e emocional.
de ser amado e de ser importante para alguém; é desses anseios que se originam
calor e carinho ao seu próprio eu. Quando tal ponte é destruída ele se perde e o
Nesse contexto, a arteterapia pode oferecer a ajuda necessária para que a nossa
pessoa a focalizar seu mundo interno, adentrando um canal mais intuitivo e mágico,
onde nos surpreendemos com nossas próprias imagens e com os significados nela
propõe May (1975, p. 79): “A criatividade ocorre num ato de encontro, e deve ser
compreendida como tendo por centro esse encontro”, que, como será visto neste
HIPÓTESE.
Uma hipótese levantada é de que o ser humano está se dando conta dos seus
INTRODUÇÃO
arteterapeuta , que com ele constrói uma experiência que facilita a ampliação da
trabalho, o ângulo pelo qual vê os elementos. Não é a técnica que interessa, mas
o espírito.
8
antes de mais nada, a arte deve ser sentida e não pensada. Assim também é a
que está ainda por desenvolver. Essas capacidades potenciais estão relacionadas
los num fazer terapêutico que possa ser ao mesmo tempo lúdico, simbólico, criativo
Apresentação
no mundo.
Por ser uma técnica de atuação sutil e por combinar elementos expressivos e
indivíduo.
outras coisas.
onde através dos elementos (cor, forma, volume, disposição espacial, etc.) na
re-conecte-se com as leis que são inerentes a sua natureza, como isso, traz um
pela crise da modernidade, em meio às mudanças que marcaram essa época. Após
duas guerras mundiais, uma das principais mudanças foi a queda do mito de que a
razão e a ciência seriam a resposta para tudo. Por volta de 1950 – a chamada era
convicção de que a expressão livre na arte é uma forma simbólica de linguagem nas
crianças, básica a toda educação, cresceu através dos anos. Concluí que esta
psicoterápico.” Naumburg não foi a primeira a utilizar o termo arteterapia, mas ficou
sempre ficou clara sua crença na importância da atividade criativa e expressiva para
de Arteterapia (AATA).
Rio de Janeiro uma nova utilização da arte, agora como instrumento facilitador da
13
Inconsciente". Na década de 1980, essa abordagem foi trazida ao Brasil por Selma
pensamentos correm soltos, penetram em caminhos que muitas vezes não o fariam
assim a arteterapia tem como foco o uso das práticas artísticas como função
14
capacidade latente para projetar seus conflitos internos sob forma artística, porém, a
As diversas formas de arte têm uma qualidade que nasce delas, o poder de
CAPITULO2
PSICOLOGIA TRANPESSOAL
16
Fundamentos:
consciência, tendo como meta o desenvolvimento integral do ser humano, nas suas
independente dos nossos cinco sentidos físicos, sendo usada por eles, apenas, para
devera superar para que o individuo possa se tornar livre e confiar no aspecto
17
humanas que estão alem da esfera do ego que irão auxiliar para que ocorra essa
por ser conceituada como o estudo cientifico e a aplicação dos diferentes níveis de
Ser. Ela favorece ao indivíduo a vivência da plena luz, de onde emerge o ser
Pela sutil e cuidadosa análise de seus próprios sonhos, tal como antes fizera
Freud, bem como dos sonhos de seus pacientes e dos delírios de pacientes
psicóticos, Jung descobriu que os sonhos têm, algumas vezes, imagens e motivos
que se repetem e que podem ser encontrados não só nas diversas partes do mundo,
como também em diferentes períodos da história. Assim, ele chegou à conclusão de
que, além do inconsciente individual, há um inconsciente coletivo ou racial, comum a
toda a humanidade, manifestação da criatividade universal.
A estrutura da psique humana é compreendida por Jung como um vasto
oceano (inconsciente) no qual emerge uma pequena ilha (consciente). Jung abriu
ainda, de que o homem, por intuição, sempre esteve consciente deste centro regulador,
que opera pelo inconsciente coletivo (cunhado na interferência da cultura religiosa sobre
que pode curar-se, atesta Silveira (1984, p. 80): “toda imagem arquetípica não é um
símbolo por si só. Em todo símbolo está presente a imagem arquetípica como fator
essencial, mas, para construí-lo, a esta imagem devem ainda ajuntar-se outros
forma, se reúnem os opostos (inconsciente e consciente) numa síntese que vai além
símbolo não é nem racional nem irracional, porém as duas coisas ao mesmo tempo.
Se é de uma parte acessível à razão, de outra parte, ela lhe escapa para vir fazer
mesmos. Sua suposição básica era que o elemento espiritual é uma parte orgânica
Capiuto 3
transpessoal?
alguma forma construi-se uma ponte como base no caminho entre a arte terapia e
facilitar o acesso aos conteúdos internos dos sujeitos, trazendo a luz elementos que
ainda estavam inconscientes trazendo dor ou conflito. Vimos também que a arte
núcleo central que é aqui apreciado como uma manifestação divina garantida a
22
totalidade da psique e a essência de cada um. Por sua vez a arteterapia seria o
catalizador fornecendo suportes materiais para que essa enegia psíquica libere
inconsciente e consciente.
de nós e da profunda conexão entre nós e coletivo ao nosso redor. Outro diferencial
"(...) quanto mais conscientes nos tornamos de nós mesmos através do auto-
amplo de interesses objetivos. Essa consciência ampliada não é mais aquele novelo
tornar-se-á uma função de relação com o mundo dos objetos, colocando o indivíduo
biológicas ou sociais".
contribuições que outras linhas psicoterápicas oferecem, porém vai além dos limites
destas abordagens, pois tem uma concepção de consciência que não se prende às
funções do ego vigil. Isto não significa que ela não trabalhe com resolução de
ao trabalhar com indivíduos que têm estas necessidades, tem como objetivo ulterior,
Cap 2
- ALÉM DO EGO
enfrentar-mos certas situações, não é nós conhecermos esta situação, nós olhamos
errado, nós olhamos de maneira altamente objetiva para a situação, falta nós
olharmos de maneira objetiva para o âmbito subjetivo, ou seja para nós vermos a
o homem hoje mais do que nunca tem uma tendência para as coisas
conteúdos expressos através das diversas artes libertam a pessoa, pois, trazendo
ao consciente suas limitações, seus conflitos, suas capacidades, trabalham seu auto
26
O ego sente-se tolhido nos seus desejos e culpa o exterior pela sua
CAPITULO 4
nosso pensar, sentir ou agir, com mais força e energia este material retornará. Seja
inconsciente, atraímos; para que o que foi reprimido aflore e então possamos
Mas é o barulho interno que incomoda e somente cada indivíduo é responsável por
templo de Delfos, na antiga Grécia: conhece a ti mesmo. A grande maioria dos seres
colocá-las em ação".
conhecermos esta situação, nós olhamos errado, nos olhamos de maneira altamente
objetiva para a situação, falta nós olharmos de maneira objetiva para o ambito
28
subjetivo, ou seja para nós vermos a nossa subjetividade. Nessa visão, maturidade
juventude.
seu mundo interno, adentrando um canal mais intuitivo e mágico, onde nos
encontrados.
devido ser um novo campo do conhecimento. Acredita-se que aja muita relação
integração e auto conhecimento do ser humano. Não foi através da mente, através
seu corpo. Existe claramente uma inteligência a reger este processo que é de longe
maior do que a mente. Como pode uma única célula humana, que de largura mede
um milionésimo de polegada, conter dentro do seu DNA instruções que dariam para
encher 1000 livros de 600 páginas cada um? Quanto mais aprendemos sobre o
nas profundezas, no interior das aparências. Jung nos alertou dizendo que "o
homem não possui poderes criadores, mas é, antes, possuído por eles." É o fogo
divino que forja a imagem e a faz concreta nas mãos do paciente num processo
não mais no centro de uma sociedade. Ouvimos dizer que a Física quântica trouxe
Deus para a ciência, Jung trouxe Deus para a Psicologia e eu acrescentaria que a
Arte sempre esteve com Deus, ela é inspiração divina. a Arte, tem a capacidade de
religar, reconectar com a essência divina. Se, como diz Fayga Ostrower, "é ao nível
Creio que este é o ponto básico de encontro entre as duas abordagens. Tanto a
Superior.
clínicas, escolas e instituições. Não para levar as pessoas a serem artistas do pincel
ou do lápis, mas para que possam ser artistas do manter-se vivos e bem. O que
O mais importante não é saber o que nos faz adoecer mas sim o que nos
julgamentos do que com curiosidade sobre si mesmo. O ego sente-se tolhido nos
seus desejos e culpa o exterior pela sua frustração. Precisamos procurar nas
o homem hoje mais do que nunca tem uma tendência para as coisas
conteúdos expressos através das diversas artes libertam a pessoa, pois, trazendo
31
ao consciente suas limitações, seus conflitos, suas capacidades, trabalham seu auto
símbolo vem do inconsciente e, através das técnicas expressivas, ela é trazida para
expressam por analogias, por metáforas. Dessa forma, o processo simbólico precisa
fosse um pintor, um artista, o qual, a cada dia, decidisse pintar um quadro repleto de
isto é, deixam aflorar todo seu contexto social, suas percepções sobe o mundo, sua
mesmo Arte Terapia, será considerá-la como um processo terapêutico que ocorre
dando acesso a conteúdos internos não explicados pela linguagem verbal. Criar é
expressar a existência humana. Para Andrade (2000), “é condição ‘sine qua non’
que a arte esteja no centro do trabalho para este ser considerado como arte terapia.
artísticas
– arte plástica, música, dança teatro, escrita, entre outros. Cada modalidade
observados e trabalhados, dentro dos limites de cada um, colaborando para que
sejam encontradas soluções criativas para problemas e para que esses sejam
Rhyne (2000) defende que esse tipo de autodescoberta pela arte pode e
outros. Pensa-se que o trabalho terapêutico se utiliza dos recursos da arte pode
promover o desenvolvimento emocional dos indivíduos que com ele têm contato,
terapêutico
em
cada momento do processo. A arteterapia utiliza esses elementos de tal forma que
eles
que têm
verbais,
já que nelas os pacientes têm amplo domínio da linguagem racional verbal e maior
A Arteterapia não objetiva uma avaliação estética das produções realizadas, mas a
seus núcleos
Por ser uma técnica de atuação sutil e por combinar elementos expressivos e
criativos, a
individualmente
hiperatividade,
35
CONCLUSOES:
O ser humano é o único ser capaz de interagir consigo e com os outros seres,
afetando o
mundo e sendo afetado por ele; tem anseios profundos de ser amado e de ser
importante -
importante para alguém.
Existe uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito-observado; o
sujeitoobservador
faz parte do processo de conhecimento e interpreta os fenômenos de acordo com
seus
valores e crenças, dando-lhes um significado.
Confirmaram-se as hipóteses de que os indivíduos disfuncionais podem ser
ajudados a se
tornarem funcionais por meio da análise dos processos cognitivos, pela melhora das
estratégias
do conhecimento e da aprendizagem e, pelo ensino de estratégias cognitivas
eficazes, que
substituam as mal adaptadas, negativas ou ineficazes. A outra hipótese diz respeito
às alunasparticipantes,
pois, como declararam sentiram-se estimuladas e gratificadas com a experiência.
Quanto aos objetivos pôde-se demonstrar que a intervenção de enfermagem se
enriqueceu ao aplicar a arteterapia, na avaliação e na administração do ócio dos
pacientes. O
testemunho dos alunos do Curso de Graduação de Enfermagem evidenciou quanto
a técnica
auto-expressiva aplicada aos pacientes hospitalizados foi humanizadora e quanto
serviu de
terapia não só para o paciente como para si próprios. Eles concluíram, ainda, que a
arteterapia
pode ser empregada, como atividade prática da disciplina Administração do
Processo de
36
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
SILVEIRA, Nise da. Jung: vida e obra. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. 190
p.
41-49,
[2005].
200 p.
JAFFÉ, Aniela. O simbolismo nas artes plásticas. JUNG, Carl G. (Org). O homem e
seus
símbolos. 7. ed. Tradução de Maria Lúcia Pinho. Rio de Janeiro: Nova fronteira,
1964. cap.
4, p. 230-271.
(Memória da