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DECLARAÇÃO DO STAL
1. De forma metódica, o Governo tem nos últimos dias feito chegar à Comunicação
Social alguma informação avulsa sobre a nova tabela salarial da Função Pública,
procurando de forma propagandística fazer passar uma imagem «rosa» do novo
sistema retributivo. Desta forma procura esconder o efectivo lado negro do diploma de
vínculos, carreiras e remunerações e esvaziar o profundo descontentamento que
grassa entre os funcionários da Administração Pública, públicos, fruto da política
imoral e injusta que tem vindo a prosseguir, dos ataques sistemáticos aos seus
direitos e da perda continuada de poder de compra nos últimos anos, desmobilizando-
os relação das lutas já marcadas para os próximos dias.
7. Refira-se ainda que, analisando a «nova tabela salarial única» dos funcionários
públicos divulgada pelo Governo junto da imprensa, se é verdade que com excepção
do Encarregado de Pessoal Operário o salário máximo irá ser no futuro superior ao
actual, a verdade é que se trata de um nível a que larga maioria dos trabalhadores
nunca acederá e, por outro lado, existem carreiras em que o salário será inferior no
futuro e ficará congelado por diversos anos, casos dos Chefes de Secção, dos
Coordenadores da Carreira Técnica Profissional e do Encarregado de Pessoal
Operário. Noutras carreiras ainda o salário mínimo mantém-se, como é o caso das
carreiras de assistente técnico e encarregado geral operacional.
9. Assim a Direcção Nacional do STAL considera que, face à informação que tem vindo
a ser difundida pela imprensa e à legislação entretanto publicada, não restam
quaisquer dúvidas de que o novo sistema retributivo da Administração Pública
prejudica gravemente os trabalhadores e visa fundamentalmente controlar a despesa
pública com pessoal, impondo a degradação dos salários no sector, seguramente
procurando criar condições para o aumento das margens lucrativas dos privados a
quem o Governo tem vindo a entregar avidamente os serviços públicos essenciais e a
generalidade dos serviços do Estado.