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A pergunta de Al Ries fica no ar. Pouca gente saberia responder que foi Bert
Hinkler, embora ele tenha tido uma performance melhor que a de Lindbergh. Com
esse exemplo, o consultor procura demonstrar que a liderança tem mais
importância que a qualidade na memória das pessoas. A manutenção da liderança
de determinado produto, diz ele, ocorre porque o nome acaba tornando-se
genérico. A maioria das pessoas pede para tirar uma "xerox" e não uma cópia. A
lâmina de barbear virou "gilete" há muito tempo.
Categorias
O conselho do consultor, nesse caso, é objetivo: "Se você não pode ser o primeiro
em uma categoria, crie uma nova categoria na qual você possa ser o primeiro". Al
Ries afirma que buscar esse diferencial não é tão difícil quanto parece e observa
que muitos empresários do segmento de computadores ficaram ricos seguindo esse
princípio, segundo ele, simples.
Como exemplo, Al Ries cita a empresa Digital. Conhecida como "a segunda
empresa de computadores no mundo", foi a primeira em minicomputadores; a
Tardem foi a primeira em computadores tolerantes a falhas; a Cray Pesquisas fez o
primeiro supercomputador; a Dell entrou no mercado já saturado de computadores
pessoais como a primeira empresa a vendê-los por telefone.
A Apple, gigante mundial dos computadores, começou com 91 mil dólares, relata Al
Ries, avaliando que seu nome fácil ajudou a empresa a se fixar na mente dos
clientes potenciais. À época do lançamento do Apple II, seus concorrentes diretos
atendiam pelos nomes de IMSAI 8080, MITS Altair 8800 e Radio Schack TRS-80. A
síntese de Al Ries é de que marketing não é uma batalha de produtos, mas uma
batalha de percepções.
Para provar que marketing não é uma batalha de produtos, Al Ries observa que a
fabricante japonesa Honda vende os mesmos carros no Japão e nos Estados
Unidos, porém sua performance é bem mais fraca no Japão, onde a empresa é
percebida pelos clientes como fabricante de motocicletas, enquanto nos Estados
Unidos ela disputa com sucesso o mercado de automóveis.
Uma empresa pode ser muito bem-sucedida se puder cravar uma palavra na mente
do cliente, sugere Al Ries. De preferência, uma palavra simples. E apenas uma, não
duas ou três. Essa é a "lei do foco", define ele. Além disso, é preciso ter consciência
de que nada é eterno e, muitas vezes, as palavras precisam ser mudadas. Para Al
Ries, a essência do marketing está na concentração do foco. Esse é o caminho para
que um produto fique gravado na memória do cliente potencial.
AS LEIS DO MARKETING
1. A LEI DA LIDERANÇA
2. A LEI DA CATEGORIA
Se não puder ser o primeiro em uma categoria, estabeleça uma nova categoria em
que seja o primeiro.
3. A LEI DA MENTE
4. A LEI DA PERCEPÇÃO
5. A LEI DO FOCO
6. A LEI DA EXCLUSIVIDADE
Duas empresas não podem representar a mesma palavra na mente das pessoas.
7. A LEI DA ESCADA
8. A LEI DA DUALIDADE
Com o passar do tempo, todo mercado transforma-se em uma corrida com dois
concorrentes.
9. A LEI DO OPOSTO
A idéia que não tiver fundos suficientes não decolará. Nem mesmo a melhor idéia
do mundo pode ir muito longe sem o dinheiro para decolar. O Marketing é um jogo
disputado na mente do cliente em perspectiva. É preciso dinheiro para entrar na
mente. E, então, é preciso dinheiro para se manter. É possível progredir mais com
uma idéia medíocre e um milhão de dólares do que só com uma grande idéia.