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RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE

2005
Relatório de Sustentabilidade 2005
Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

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Âmbito / Objectivos

O presente Relatório constitui o primeiro trabalho elaborado pela REFER no âmbito da


Sustentabilidade.
Este documento apresenta o desempenho económico, social e ambiental da REFER para o ano de
2005 recorrendo sempre que possível a comparações com os anos de 2004 e 2003.
A elaboração do presente relatório tem como principais objectivos:
• A divulgação interna de um relatório de sustentabilidade,
• A apresentação do Relatório de Sustentabilidade à Tutela,
• A avaliação do desempenho sustentável da Refer, numa perspectiva de futuro.
De acordo com o Despacho nº 26 811/2004, apresentado no DR II Série de 24 de Dezembro de 2004,
as empresas tuteladas pelo sector de transportes devem passar a integrar nos relatórios de
actividades e contas anuais, informações relativas aos aspectos sociais e ambientais da sua
actividade, a iniciar em 2005, em documento autónomo.
Em Fevereiro de 2005, foi enviado à Tutela, uma proposta estrutura para o Relatório de
Sustentabilidade e respectivos indicadores de carácter económico, social e ambiental, de acordo
com o solicitado no diploma legal acima referido.
A estrutura apresentada foi aprovada pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e
Comunicações, Auditoria Ambiental, pelo ofício nº 58-17/03/2005.

Estrutura do GRI

O presente relatório segue as orientações da Global Reporting Initiative (GRI) para a elaboração dos
relatórios de sustentabilidade, abarcando os contributos das Direcções envolvidas, bem como as
sugestões do parecer da Auditoria Ambiental incluídas no ofício acima referido.

A GRI é uma instituição independente, fundada em 1997, na qual participam ONG’s (Organizações
Não Governamentais), consultores, universidades e outras partes interessadas a nível mundial e cuja
missão é desenvolver linhas de orientação para a elaboração de relatórios de sustentabilidade.

O envolvimento das organizações na GRI é voluntário e tem em vista a informação às diversas partes
interessadas sobre os aspectos sociais, económicos e ambientais das suas actividades. Até à data,
cerca de 500 organizações de áreas distintas (química, farmacêutica, telecomunicações, transportes,
energia, autoridades públicas, entre outras) publicaram relatórios adoptando as linhas orientadoras
da GRI, algumas das quais em Portugal.

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Existem duas abordagens na adopção das Directrizes da GRI:

• Adopção Formal 1
– os relatórios seguem rigorosamente as orientações da GRI,
abrangendo todas as regras e princípios definidos nas suas Directrizes;

• Adopção Informal – os relatórios baseiam-se nas linhas orientadoras da GRI, mas não
cumprem todo o seu conteúdo; esta opção permite que seja adoptada a abordagem
mais adequada à actual situação de cada organização, possibilitando a evolução
progressiva para a Adopção Formal das Directrizes da GRI.

Considerou-se que esta última constitui a melhor opção na elaboração do primeiro Relatório de
Sustentabilidade da REFER.

Justificação dos Indicadores

A prossecução das actividades associadas à REFER origina uma série de impactes sobre os sistemas
económicos, ambientais e sociais nos quais a empresa opera. O conhecimento desses impactes é
fundamental para avaliar o desempenho de uma empresa em termos das três áreas da
sustentabilidade: económica, social e ambiental.

Deste modo, o leque de indicadores seleccionados ilustra o relacionamento estabelecido entre a


gestora da infra-estrutura ferroviária portuguesa e as diversas entidades que coexistem no seu
ambiente empresarial (ou seja, os Stakeholders).

Breve Resumo das Políticas Adoptadas para as três áreas de Sustentabilidade

Política Económica

No sentido de garantir a sustentabilidade económica da Empresa, a REFER apresentou à Tutela uma


proposta de Contrato Programa a celebrar com o Estado, que tendo presente a legislação nacional
e comunitária aplicável às actividades da Empresa, garanta a sua performance operacional e o seu
equilíbrio financeiro no médio e longo prazo.

Este instrumento contratual deverá estabelecer, com base em princípios transparentes de


relacionamento na autonomização financeira e contabilística, as obrigações por parte da Empresa
no desenvolvimento das suas actividades e, por parte do Estado, o compromisso em assegurar o
apoio financeiro através de dotações anuais pré-estabelecidas, contemplando o Investimento e a
Gestão de Infra-estruturas.

Paralelamente, a REFER está a desenvolver um conjunto de acções, tendo em vista, por um lado, a

1
Garantir que o relatório é consistente com os princípios da Parte B das Directrizes e que dizem respeito à Transparência,
Inclusão, Auditabilidade, Abrangência, Relevância e Contexto de sustentabilidade.

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racionalização dos custos operacionais, nomeadamente com a “Contratualização Global”


(Outsourcing) de algumas actividades de conservação e, por outro lado, um nível de serviço de
melhor qualidade aos operadores, designadamente, com a implementação de um sistema de
monitorização de desempenho.

Política Social

Neste domínio, as politicas adoptadas têm como objectivo:

• criar as condições para o desenvolvimento de novas práticas de gestão suportadas em


processos facilitadores da eficiência organizacional, actuando nomeadamente ao nível da
Qualidade, Sistemas de Informação e de Gestão de Recursos Humanos;

• proporcionar elevados níveis de apoio à comunidade, quer através de regalias extras aos
seus colaboradores e seus familiares, quer através do desenvolvimento de projectos
portadores de valor acrescentado à sociedade.

Política Ambiental

Desde a criação da REFER, que o ambiente tem sido encarado como uma oportunidade pelos
sucessivos Conselhos de Administração, uma vez que se reconhece que o transporte ferroviário
constitui uma mais valia para o ambiente, ao fornecer uma alternativa de mobilidade de pessoas e
bens, garantindo maior eficiência energética e menores emissões atmosféricas, quando comparado
com outros modos.

A Política de Ambiente da REFER tem em conta esta vertente, destacando-se como elemento
aglutinador dos princípios nela enunciados, o objectivo de implementar um Sistema de Gestão
Ambiental (SGA) segundo a norma ISO 14001 e consequente promoção da melhoria contínua do
desempenho ambiental da Rede Ferroviária.

Principais Aspectos Económicos, Sociais e Ambientais

Ao longo deste relatório serão apresentadas várias medidas realizadas ou em preparação, durante o
ano de 2005, que caracterizam o nosso desempenho económico, ambiental e social.
Ao nível económico destaca-se:
• A realização de avultados investimentos na modernização da Rede Ferroviária Nacional,
tendo em vista a revitalização do transporte ferroviário;
• A redução dos custos com pessoal, resultante da politica de ajustamento do efectivo às
necessidades da REFER;
• A racionalização dos custos operacionais, através da “Contratualização Global”
(Outsourcing) de algumas actividades de conservação;
• A publicação pelo INTF do Regulamento n.º 21/2005, a 11 Março de 2005 no Diário da
República – II Série, que vem introduzir uma maior pormenorização quanto às regras e
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critérios a observar, definir novos conceitos, designadamente, o de “Custos Directamente


Imputáveis” e exigir transparência na afectação dos custos aos serviços.
Na vertente social, há a salientar:
• O rejuvenescimento do efectivo da empresa e consequente melhoria do nível de
qualificação profissional;
• A valorização profissional do efectivo, nomeadamente através de acções de formação;
• A atribuição de regalias de carácter social aos trabalhadores e seus familiares (transporte,
seguro, subsídios escolares, bolsas de estudo);
• O desenvolvimento do Plano de supressão e reconversão de passagens de nível e a
realização de campanhas de sensibilização para a segurança;
• A dinamização de projectos de Responsabilidade Social, nomeadamente, o Projecto
Ecopistas e o Projecto dos Quiosques Multimédia.

Ao nível ambiental, é importante referir:


• A Política de Ambiente traçada no quadro de um Sistema de Gestão Ambiental em
desenvolvimento;
• A elaboração de Estudos Ambientais em articulação com os projectos da REFER que
produzam novos impactes no Ordenamento do Território e a monitorização dos efeitos na
fase de exploração;
• A implementação da Gestão Ambiental, nas obras de investimento e nas prestações de
serviço na área da conservação;
• A prossecução das orientações resultantes do Plano de Gestão de Resíduos, elaborado em
2003;
• O desenvolvimento de Projectos e Mapas de Ruído dos quais resultam medidas para
minimização do ruído proveniente da circulação ferroviária.
• O aumento das fontes de alimentação energética oferecidas aos operadores, em
consequência da maior cobertura da rede electrificada;

Os diversos aspectos acima referidos são caracterizados através de indicadores, sempre que os
mesmos se encontrem disponíveis, para os anos de 2003, 2004 e 2005.

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A REFER apresenta este ano o primeiro Relatório de Sustentabilidade.


A nossa empresa reconhece cada vez mais a transversalidade da sua actividade na
sociedade, atendendo às responsabilidades sociais e ambientais assumidas. Enquanto
empresa responsável pela gestão da Rede Ferroviária Nacional, a REFER tem que
assegurar o regular e contínuo fornecimento do serviço público, desenvolvendo de uma forma eficaz
actividades que proporcionem aos operadores uma infra-estrutura de transporte competitiva, gerindo e
desenvolvendo uma rede ferroviária eficiente e segura, no respeito pelo meio ambiente.
A dinamização do transporte ferroviário tem sido a orientação estratégica da empresa nos últimos anos,
quer ao nível do investimento, quer ao nível da gestão e exploração da infra-estrutura.
Tendo em vista a modernização da Rede Ferroviária Nacional, a REFER tem realizado grandes projectos
de construção e renovação da via-férrea e tem instalado sofisticados sistemas de segurança e de
controlo da circulação.

Pretendemos, assim, promover este meio de transporte junto dos utilizadores, proporcionando-lhes a
redução dos tempos de percurso, o aumento da segurança, a melhoria das condições de exploração
e a melhoria das acessibilidades.
Atendendo à crescente necessidade de mobilidade da população, encaramos como nossa
responsabilidade social, criar as melhores condições de transporte.
Paralelamente à dinamização do modo ferroviário, a REFER adoptou uma atitude de compromisso
com os princípios do Desenvolvimento Sustentável, no sentido de reforçar a melhoria do seu
desempenho económico, a valorização dos seus colaboradores, o respeito pelo meio ambiente e o
apoio à comunidade.
A elaboração deste relatório constitui, assim, um excelente instrumento de trabalho, que permitirá
acompanhar a evolução do nosso compromisso. O conhecimento consciente dos nossos progressos e
a identificação rigorosa das metas ainda por alcançar, transmitidos de uma forma clara e transparente,
serão uma força motivadora e mobilizadora na prossecução dos nossos objectivos.
Ao proporcionarmos o conhecimento rigoroso do nosso desempenho económico, social e ambiental
estamos também a sensibilizar os nossos Clientes, Colaboradores, Investidores, Fornecedores e
Comunidade em geral para a nossa realidade, criando uma relação mais forte e de maior confiança.
Temos consciência do longo percurso que nos falta ainda percorrer, ao nível das três vertentes do
desenvolvimento sustentável, no entanto não queremos deixar de referir os grandes esforços que foram
encetados nos últimos anos a nível ambiental e social, sem nunca descurar a matéria de segurança.

Luís Filipe Pardal


O Presidente do Conselho de Administração

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O Desenvolvimento Sustentável, tal como é actualmente definido, surge em 1987 no relatório “O Nosso
Futuro Comum”, também conhecido por Relatório Brundtland, publicado pela Comissão Mundial da
ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED).

Este relatório define Desenvolvimento Sustentável como aquele que permite às gerações presentes
satisfazer as suas necessidades sem pôr em risco a possibilidade das gerações futuras virem a satisfazer
as suas próprias necessidades, aparecendo a sustentabilidade como argumento para a definição de
novas políticas de desenvolvimento.

Se inicialmente o Desenvolvimento Sustentável assentava no binómio desenvolvimento económico e


protecção do ambiente, presentemente integra de forma inequívoca a vertente social.

Sistematizando, o desenvolvimento sustentável passa a assentar em três pilares:

1. o económico – procura da eficácia económica das estratégias de desenvolvimento;

2. o ambiental – aumento da eficiência na acção de desenvolvimento e gestão da rede;

3. o social - articulação dessas estratégias com uma perspectiva de responsabilidade social.

Em termos empresariais os pilares acima definidos passam pela adopção de estratégias que integrem
preocupações de natureza social e ambiental na sua interacção com outras partes interessadas, para
além dos de natureza económica, assumindo-se a empresa como configuradora da coesão e do
desenvolvimento sustentável da comunidade em que se insere.

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Visão Estratégica e Missão

A REFER, consciente de que a sustentabilidade de uma unidade empresarial se avalia pela sua
capacidade de enfrentar os desafios do futuro actuando de forma equilibrada em três áreas nem
sempre facilmente conciliáveis (Economia, Sociedade e Ambiente) e tendo presente o seu papel como
prestador de serviço público, definiu, em 2003, como objectivos estratégicos:

Área Económica: Área Social: Área Ambiental:

Assegurar a sustentabilidade Manter a estratégia de Garantir a integração dos


económico-financeira, introdução concertada de requisitos de protecção
contratualizando novas tecnologias de ambiental ao nível de
responsabilidades e informação associadas à planeamento, concepção e
compromissos, racionalizando modernização dos processos e execução de novos projectos
a estrutura de custos e desenvolvimento de bem como o desenvolvimento
aumentando a contribuição competências dos de uma disciplina de gestão
das actividades extra- colaboradores, numa ambiental alargada toda a
exploração; perspectiva de novas práticas sua actividade, com forte
Optimizar o nível do serviço ao de Gestão orientadas para o incidência para a
cliente assegurando, em modelo de Gestão da conservação e exploração da
simultâneo, elevados níveis de Qualidade. rede.
segurança e fiabilidade da
exploração.

Missão:

Proporcionar ao mercado uma infra-estrutura de transporte competitiva, gerindo e desenvolvendo uma


rede ferroviária eficiente e segura, no respeito pelo meio ambiente.”

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Âmbito / Objectivos .....................................................................................................................................
Estrutura do GRI ...........................................................................................................................................
Justificação dos Indicadores .......................................................................................................................
Breve Resumo das Políticas Adoptadas para as três áreas de Sustentabilidade ..........................................
Principais Aspectos Económicos, Sociais e Ambientais ................................................................................
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Apresentação da Empresa..........................................................................................................................
Breve historial ...............................................................................................................................................
Enquadramento Legal .................................................................................................................................
Áreas de Negócio .......................................................................................................................................
Dimensão da organização ..........................................................................................................................
Organigrama vocacionado para o negócio REFER .....................................................................................
Enquadramento no sector da gestão de infra-estruturas de transportes ......................................................
Grupo REFER ................................................................................................................................................
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Politicas transversais da empresa (Qualidade, Segurança, Ambiente, Social) .............................................
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Desempenho Económico ...........................................................................................................................
Principais Indicadores ..............................................................................................................................
Accionista................................................................................................................................................
Colaboradores ........................................................................................................................................
Fornecedores ..........................................................................................................................................
Clientes ...................................................................................................................................................
Desempenho Social ....................................................................................................................................
Emprego .................................................................................................................................................
Trabalho e Relações Laborais..................................................................................................................
Saúde e Segurança ................................................................................................................................
Formação e Educação...........................................................................................................................
Diversidade e Oportunidade ...................................................................................................................
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Comunidade...........................................................................................................................................
Desempenho Ambiental .............................................................................................................................
Materiais..................................................................................................................................................
Energia ....................................................................................................................................................
Água .......................................................................................................................................................
Biodiversidade .........................................................................................................................................
Emissões, efluentes e resíduos .................................................................................................................
Fornecedores ..........................................................................................................................................
Ruído.......................................................................................................................................................
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Apresentação da Empresa

Na sequência da Directiva Comunitária 440/91 EEC de Junho de 1991, o Governo português decidiu
adoptar um modelo de gestão do sector dos transportes ferroviários integrando 3 entidades: Regulador,
gestor de infra-estruturas e operadores.

Assim em 1997 procedeu-se à divisão da anterior empresa CP Caminhos-de-ferro de Portugal, que


integrava as duas actividades – gestão de infra-estruturas e operação comercial, em duas empresas
distintas: CP Caminhos-de-ferro de Portugal (actualmente Comboios de Portugal, E.P.), que passou a
dedicar-se exclusivamente à exploração dos serviços de passageiros e de mercadorias, e a REFER –
Rede Ferroviária Nacional, E.P. que passou a gerir as infra-estruturas.

O objecto social da REFER, estabelecido no DL-104/97 de 29 de Abril, é a prestação do serviço público


de gestão da infra-estrutura integrante da Rede Ferroviária Nacional (RFN), competindo-lhe, igualmente,
a construção, instalação e renovação das infra-estruturas ferroviárias.

O processo de criação da REFER apenas ficou concluído em 1999, ano em que a Empresa assumiu a
totalidade das funções que lhe tinham sido cometidas.

Breve historial

1997
Fundação da REFER, com a integração das actividades de investimento
provenientes dos Ex-Gabinetes dos Nós Ferroviários de Lisboa e do Porto, da
Ponte 25 de Abril e da própria CP.

1998
Passagem para o âmbito da REFER das actividades de conservação e manutenção assumidas até à
data pela CP.
1999
Conclusão da passagem para a REFER de todas as actividades relacionadas com a gestão e
exploração da Rede Ferroviária Nacional com a integração da actividade de controlo e gestão da
circulação.
A 29 de Julho de 1999 foi inaugurada oficialmente a instalação do caminho-
de-ferro na Ponte 25 de Abril e o Eixo Ferroviário Norte – Sul, elemento
fundamental nas ligações da margem sul do Tejo a Lisboa e que passou a
ser explorada por um operador privado.

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2000
Início da concepção de um sistema de gestão da qualidade (SGQ), em conformidade com a norma
NP EN ISO 9001:2000, a implementar na REFER.
Início dos estudos referentes ao reaproveitamento do património ferroviário desactivado.
2001
Assinatura do primeiro protocolo para a construção de uma Ecopista, tendo por base o traçado do
antigo Ramal de Monção (entre a REFER e as Autarquias de Valença e de Monção).
“Estações com Vida”, arranque da primeira fase do projecto em finais de 2001, abrangendo treze
cidades. Este projecto resulta de uma estratégia conjunta da INVESFER, REFER e Autarquias e tem como
objectivo requalificar o modo ferroviário e sua envolvente, devolvendo-lhe o papel de importante
dinamizador do desenvolvimento social, cultural e económico das comunidades que serve.
2002
Elaboração do primeiro Directório de Rede, onde se estabelecem as
condições de acesso e utilização da infraestrutura ferroviaria nacional, indo ao
encontro do que se previa vir a ser o estatuído no DL-270/2003 de 28 de
Outubro.
2003
Obtenção da Certificação de Qualidade da Zona Operacional de Conservação de Lisboa (ZOC Lisboa,
uma das Áreas de Conservação da REFER), a 11 de Julho de 2003, de acordo com a Norma NP EN
ISSO 9001:2000, concedida pela APCER (Associação Portuguesa de Certificação).
Início do processo de certificação da ZOC Porto.
Concretização do acordo CP/REFER relativo à Taxa de Utilização (TU) das infra-estruturas ferroviárias
referente aos anos de 1999-2002.
Criação das Direcções de Ambiente e de Segurança.
Publicação do Directório de Rede 2004 elaborado de acordo com o estabelecido no DL-270/2003 28
de Outubro.
2004
Realização da viagem inaugural da ligação directa Braga/Faro (via totalmente electrificada) no dia 30
de Maio de 2004.
A intervenção subjacente a esta ligação teve por objectivo tornar este eixo fundamental da rede (Eixo
Atlântico) mais competitivo relativamente aos modos de transporte concorrentes.
Assinatura de um protocolo com a UMIC (Unidade de Missão para a Inovação e o Conhecimento), no
âmbito das iniciativas relacionadas com a promoção da sociedade de informação, do qual decorreu
a instalação de 64 pontos (quiosques multimédia) de banda larga colocados em 31 estações de
caminhos-de-ferro.

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2005
Obtenção da Certificação de Qualidade da Zona Operacional de Conservação do Porto (ZOC Porto,
uma das Áreas de Conservação da REFER), em Junho de 2005, de acordo com a Norma NP EN ISSO
9001:2000, concedida pela APCER (Associação Portuguesa de Certificação).
Electrificação da Linha da Beira – Baixa (Mouriscas A – Castelo Branco).
Concretização do objectivo nacional para a densidade média de passagens de nível de 0,5 PN/km,
em Agosto deste ano.

Enquadramento Legal

29 de Abril1997

INSTITUTO
INSTITUTONACIONAL
NACIONAL
DO TRANSPORTE FERTÁ
FERTÁGUS
DO TRANSPORTE FERTÁGUS 2003
FERROVIÁ
FERROVIÁRIO
FERROVIÁRIO 11de
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29 de Setembro 1998
29 de Setembro 1998

Primeiro Operador 1º Pacote Ferroviário


Separação INTF (Regulador) transposto para a Lei
CP/REFER Independente Portuguesa

Decreto-Lei 104/97 Criado pelo Decreto-Lei Despacho Conjunto Decreto-Lei 270/2003


nº 299-B/98
nº 731/98 Publicado Directório da
Rede

A 29 de Abril de 1997 foi publicado o Decreto-Lei 104/97 que cria a REFER, E.P.
A REFER é uma empresa cujo capital estatutário é 100% do Estado, sendo tutelada conjuntamente
pelos Ministérios das Finanças e das Obras Públicas.
Compete-lhe desenvolver as actividades pertinentes ao seu objecto, de acordo com princípios de
modernização e eficácia de modo a assegurar o regular e contínuo fornecimento do serviço público
da gestão de infra-estrutura integrante da Rede Ferroviária Nacional.
De acordo com o estabelecido, a REFER:
• pode praticar todos os actos de gestão necessários ou convenientes à prossecução do seu
objecto;
• conserva os direitos e assume as responsabilidades atribuídas ao Estado relativamente ao
Domínio Público Ferroviário nas disposições legais e regulamentos aplicáveis.
O Decreto-Lei 299-B/98, publicado a 29 de Setembro de 1998, cria o Instituto Nacional do Transporte
Ferroviário (INTF), que tem por finalidade regular e fiscalizar o sector ferroviário, supervisionar as
actividades desenvolvidas, assim como intervir em matéria de concessões de serviço público.

Em Setembro do mesmo ano, pelo Despacho Conjunto nº 731/98, foi dada a concessão do serviço de
transporte ferroviário de passageiros no Eixo Norte-Sul à Fertagus, primeiro operador privado.

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Em Dezembro de 1999, conforme o Decreto-Lei nº 558/99 de 17 de Dezembro, a REFER é denominada


uma “Entidade Pública Empresarial” e está sujeita à legislação das empresas privadas com excepção
de algumas situações previstas nos estatutos. Os estatutos da REFER só podem ser alterados por
diploma legal.

Em Outubro de 2003, é publicado o Decreto-Lei 270/2003 de 28 de Outubro, que transpõe para o


direito nacional as Directivas nos 2001/12/CE, 2001/13/CE e 2001/14/CE, normalmente designadas por
“Pacote Ferroviário I”, visando abrir o mercado do transporte ferroviário à participação dos agentes
económicos privados, garantindo um conjunto de critérios de capacidade técnica, financeira e de
segurança.

Na sequência do estabelecido neste diploma legal, a REFER preparou e publicou, logo neste ano, a
primeira edição do Directório da Rede, que visa fornecer às empresas de transporte ferroviário a
informação essencial de que necessitam para o acesso e utilização da infra-estrutura ferroviária
nacional, gerida pela REFER e aberta ao transporte ferroviário.

Em Março de 2005 foi publicado o Regulamento 21/2005 do INTF que versa sobre o regime geral de
tarifação dos serviços prestados aos operadores pelo gestor de infra-estrutura.

Áreas de Negócio

A REFER, de acordo com o seu objecto social, actua em duas áreas de negócio que se
complementam:

• Gestão e Exploração da Infra-estrutura, enquanto prestadora do serviço público de gestão


da infra-estrutura integrante da Rede Ferroviária Nacional, que engloba a gestão da
capacidade, conservação e manutenção da infra-estrutura, bem como a gestão dos
respectivos sistemas de comando e controlo e de segurança,

• Investimento na construção, instalação e renovação da infra-estrutura, actividade


desenvolvida por conta do Estado (os bens integram o domínio público ferroviário).
Objectivos
Económicos
Tutela e Sociais

Regulador
Objectivos a atingir

Qualidade de Serviço

Capacidade Qualidade Serviço Rapidez


Cumprimento Disponibilidade Frequência
Prazos Segurança Pontualidade
Fornecedores Qualidade Fiabilidade Conforto
Operadores Cliente Final
e Empreiteiros Mercado
Eficiência
Eficiência
Ciclo de vida Competitividade
Expectável
Custos de Performance

Cadeia de Valor Sector Ferroviário

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Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

A REFER ocupa assim uma posição chave na cadeia de valor do sector ferroviário devendo garantir,
por um lado, a disponibilização de uma rede ferroviária com capacidade e condições de exploração
fiáveis, com qualidade e segurança e, por outro, o cumprimento das metas e objectivos de
modernização da rede traçados pelo Estado.

Gestão e Exploração da Infra-estrutura

No final do ano de 2005, a Rede Ferroviária Nacional tinha uma extensão de 3.612,9 km, dos quais
2.839,33 km com tráfego ferroviário. As características da rede com tráfego ferroviário em 2005 estão
evidenciadas no quadro seguinte. REDE FERROVIÁRIA
(Em Exploração)

Com Tráfego Ferroviário


VA L E N Ç A

V. C A S T E L O BRAGA

GUIM ARÃES

TUA

Electrificada Não RÉGU A


P OCI NHO

TOTAL
PORTO

Electrificada E SP INHO

25.000V 1.500V Sub-Total AV E I R O


VISEU
V. F O R M O S O

GUAR DA
PA M P I L H O S A

COIM BRA
Via Larga 1.411 25 1.436 1.211 2.648 F. F O Z
SERPINS

Via Única 844 - 844 1.196 2.040


C. BRANCO
LEIRIA

TOMAR

E NTRONCAM EN TO
Via Dupla 534 25 559 15 575
MARVÃO
ABRANTES

P O R TA L E G R E
S ETIL
T. V E D R A S

Via Múltipla 33 - 33 33 E LVA S


SINTRA
LI SB OA
V. N O VA S

Via Estreita 0 0 0 192 192


CA SCAIS
ÉVORA

SETÚBAL

Via Única - - - 192 192


B EJ A

SINES

TOTAL 1.411 25 1.436 1.403 2.839 FUNCHEIRA

REDE PRINCIPAL

REDE COMPLEMENTAR
V. R . S . A N T Ó N I O
REDE SECUNDARIA LAGOS TUNES

Constata-se que, no final do ano de 2005, o total das linhas FA R O

electrificadas era de 1.436 km, representando um acréscimo de 63 km comparativamente com o


período homologo do ano anterior.

No âmbito desta actividade, a REFER


Sistemas de Segurança e Controlo de Comando
gere uma rede em exploração com
Convel 1.232 Km
cerca de 2.800 km ao longo de todo
ATS 25 Km
o país, servindo uma população da
Rádio Solo/Comboio 1.492 Km
ordem dos 8,5 milhões de habitantes.
Rádio Solo/Comboio
25 Km
s/ Transmissão de Dados No final de 2005, cerca de 50% das
linhas com tráfego ferroviário geridas pela REFER tinham instalados sofisticados sistemas de segurança
de circulação (convel) e de controlo e comando de circulação (rádio-solo comboio).

Nos últimos 3 anos, a evolução da utilização da Rede Ferroviária Nacional pelos dois operadores,
medida em termos de ck’s (comboio/km), tem vindo a diminuir essencialmente devido à baixa
competitividade do modo ferroviário face aos outros modos de transporte, levando em 2005 a um nível
de utilização da Rede da ordem dos 54%, com cerca de 2000 circulações médias diárias.

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Relatório de Sustentabilidade 2005
Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

Em 2005, a capacidade disponibilizada pela REFER aos operadores foi de 72 milhões de ck’s.

Evolução Anual dos Combóios Quilómetro Realizados

ck's Realizados Ano 2003 Ano 2004 Ano 2005

Operador CP 37.416.242 36.645.874 37.611.098

Operador Fertagus 1.138.259 1.252.975 1.620.450

Total CK's 38.554.501 37.898.849 39.231.548

Circulação Média/dia Ano 2005


A importância do tráfego Suburbano (Lisboa e Porto) é
Número Total 2003
evidente, representando mais de 50% do tráfego médio diário. Suburbanos 1011

Longo Curso/Regionais 442

Mercadorias 248

Marchas 302

Em termos de fiabilidade o tráfego suburbano apresenta índices de pontualidade da ordem dos 90%.

Í ndice de P ont ualidade RE FE R


Evolução 2004/2005
1

0,8

0,6

0,4

0,2

0
Pendulares Internacionais Intercidades Inter-Regionais Regionais Suburbanos

2004 2005

Embora se pretenda atingir índices de pontualidade desta grandeza nos outros serviços, o elevado
número de intervenções de modernização tem influenciado negativamente este indicador.

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Relatório de Sustentabilidade 2005
Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

Í ndice de P ont ualidade RE FE R


Me ta 92%
1

0,8

0,6

0,4

0,2

0
2004 2005

O nível de pontualidade nos últimos dois anos tem-se vindo a aproximar da meta de 92% estabelecida
como objectivo, quer pelas melhorias das condições de exploração, quer pelo peso que o tráfego
suburbano tem no conjunto do total da circulação.

Do conjunto de causas dos atrasos verificadas, apenas 6% foram directamente imputáveis à REFER em
2005.

Causas de I mpont ualidade


Evolução 2003 - 2004

0,8

0,6

0,4

0,2

0
Pendulares Internacionais Intercidades Inter-Regional Regionais Suburbanos

Refer 2004 Outros 2004 Refer 2005 Outros 2005

O efectivo médio afecto às actividades de gestão e exploração da infra-estrutura, em 2005, foi de


3.371 trabalhadores: cerca de 2.202 (mais de 65%) estão afectos às actividades de gestão da
capacidade, da circulação e dos respectivos sistemas de regulação e segurança; os restantes 1.147
estão ligados à actividade de conservação e manutenção das infra-estruturas, garantindo a
disponibilização da Rede Ferroviária Nacional nas melhores condições de fiabilidade.
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Relatório de Sustentabilidade 2005
Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

Nos últimos anos, a REFER tem vindo a realizar grandes investimentos de expansão e modernização da
rede por conta do Estado, com profundas alterações tecnológicas nos itinerários principais, de forma a
tornar o transporte ferroviário mais apelativo, provocando uma reacção favorável no mercado.

Tais investimentos introduziram elevados níveis de complexidade na actividade de conservação e


manutenção, nomeadamente nas áreas de Sinalização, Telecomunicações e Equipamentos Especiais,
obrigando a um acréscimo significativo do recurso à contratualização externa, conforme se constata
no quadro seguinte.

milhares de euros

Fornecimentos e Serviços Externos 2003 2004 2005


Subcontratos 39.812 43.646 54.348

Outros Fornecimentos e Serviços 23.045 26.203 32.310


Total 62.857 69.849 86.658

Esta actividade está a evoluir para uma contratualização global, tal como é referido anteriormente,
atendendo à crescente sofisticação dos sistemas utilizados.

Investimento

Segundo os estatutos da REFER é mencionado que a Empresa deverá


desenvolver a sua actividade segundo princípios de modernização e eficácia,
utilizando para o efeito os meios disponíveis mais adequados à actividade
ferroviária e garantindo as melhores práticas, sendo que o investimento na
construção, instalação e renovação da infra-estrutura é reportado pelo Estado.

Ao longo dos últimos 3 anos o investimento médio anual da REFER na


modernização da infra-estrutura, realizado por conta do Estado, tem rondado os
546 milhões de euros, num total de 1.639 milhões de euros.

Destacam-se as seguintes intervenções:

• Eixo Atlântico (Ligação Braga / Faro) – modernização e electrificação da


infra-estrutura permitindo a ligação directa de comboio entre Braga e Faro em condições de
segurança, conforto e rapidez, concretizando-se um marco fundamental na modernização da
espinha dorsal da Rede Ferroviária Nacional;

• Ligações suburbanas de Lisboa e Porto – intervenções dirigidas fundamentalmente à criação de


condições para o aumento da capacidade, da fiabilidade e segurança das redes
intervencionadas, bem como para a melhoria da complementaridade com os restantes meios
de transporte.

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Relatório de Sustentabilidade 2005
Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

• electrificação da Linha da Beira Baixa, que contempla também uma nova sinalização e
telecomunicações, a supressão de passagens de nível e a remodelação de edifícios e
plataformas de algumas estações e apeadeiros;
Esta acção disponibiliza ao operador uma infra-estrutura ferroviária em rede electrificada numa
extensão de 78 km (Mouriscas – Castelo Branco).
• Conclusão do processo de levantamento de via no âmbito da empreitada do Túnel do Rossio e
simultaneamente remodelação da Estação do Rossio;
Apesar dos constrangimentos provocados ao cliente pelo encerramento daquela infra-estrutura
ferroviária, as questões de segurança de pessoas e bens é seguramente o tema mais importante
da nossa Missão. A reabertura do Túnel está prevista para Setembro 2006, após concluída uma
intervenção profunda e há várias décadas necessária mas sucessivamente adiada.

Está em fase de finalização, o estudo de um sistema de orientação para deficientes visuais no interior
das estações, que lhes permita uma mobilidade independente.

Procedeu-se igualmente à supressão/reclassificação de cerca de 282 Passagens de Nível (PN’s),


conforme tabela anexa.

2003 2004 2005


PN's Suprimidas 282 205 128

PN's Reclassificadas 60 96 154

TOTAL 342 301 282

Em consequência, no universo das Linhas com Tráfego da rede ferroviária, atingiu-se em Dezembro de
2005 a quantidade de 1348 PNs, a que corresponde a densidade média de 0,479 PNs/km, contra os
0,524 PNs/km do final de 2004, com a seguinte distribuição:

Tipo de Passagem de Nível Quantidade

Com Guarda 114


Automatizadas
Com meias barreiras 333 386
Sem meias barreiras 53
Passagens de Nível Públicas Sem Guarda
Tipo D 273 518
5ª Catª 245
Peões 176
Subtotal 1194
Passagens de Nível Particulares 154
TOTAL 1348

Foi levado a efeito, o estudo de caracterização e reconversão da generalidade das 1348 PNs
existentes. O estudo constituirá uma ferramenta essencial para o desenvolvimento dos Planos de
Supressão e Reclassificação de Passagens de Nível dos próximos anos.
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Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

No âmbito da semana temática sobre sinistralidade rodoviária, de iniciativa da Presidência da


República e à qual a REFER se associou, desenvolveram-se, em colaboração com a Direcção de
Comunicação e Imagem e a Direcção de Segurança as seguintes acções:

• Distribuição de brochura informativa sobre segurança nos atravessamentos da via-férrea;

• Campanha televisiva de sensibilização sobre a segurança no atravessamento de


passagens de nível.

A conjugação de todas estas acções tem permitido a diminuição progressiva dos acidentes em
Passagens de Nível, conforme se documenta.

Acident es em P assagens de Nivel - 1990 a 2005

250
225
200
175
Nº de acidentes

150
125
100
75
50
25
0
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

TOTAL 234 218 198 205 182 166 147 144 144 154 119 123 113 105 102 78
Colhidas 35 45 38 34 22 18 18 22 17 25 15 17 18 15 18 19
Colisões 199 173 160 171 160 148 129 122 127 129 104 106 95 90 84 59
Anos

Colisões Colhidas

Dimensão da organização

O efectivo médio, em 2005, foi de 4.024 trabalhadores distribuídos pelo território conforme mapa
anexo.

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Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

P essoal RE FE R por N UT I I

Alentejo Algarve
7% 3% Norte
21%

Lisboa
35%

Centro
34%

milhares de euros
Como se pode constatar pelo quadro, a REFER 2003 2004 2005
criação de emprego é mais significativa na Prestações de Serviços 76.083 69.506 65.283
Valor Acrescentado Bruto 69.318 49.238 45.454
região de Lisboa resultante, na sua maioria,
Activo Líquido 5.677.670 6.046.156 6.504.882
da admissão de quadros superiores Capitais Próprios 2.576.162 2.445.437 2.447.126

destinados a renovar o efectivo dos órgãos Investimento 714.398 494.179 430.792


Efectivo Médio (nº) 4.814 4.362 4.024
centrais.
PIB (preços correntes) 135.821.800 141.123.700 144.882.900
A dimensão da REFER também se pode FBCF (preços correntes) 31.270.000 32.578.400 32.140.200
avaliar pelos indicadores anexos, Inv. REFER/PIB 0,5% 0,4% 0,3%
nomeadamente pelo peso do investimento Inv. REFER/FBCF 2,3% 1,5% 1,3%

anual na Formação Bruta do Capital Fixo


* - O valor apresentado para 2005, pressupõe uma estimativa linear para o 4º trimestre.
(FBCF), (representando 1,3% em 2005).
Fonte: Refer, INE - Contas Nacionais Timestrais - 3º Trimestre 2005 e Estimativa
Linear do 4º Trimestre 2005

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Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

Organigrama vocacionado para o negócio REFER

Administração

Secretário Geral (SG) Planeamento Estratégico (PE)

Comunicação e Imagem (CI) Departamento Plano e Controlo (PL) Staff e


actividades de
natureza
Jurídico e Contencioso (JC) Auditoria e Sistemas de Qualidade (AQ) estratégica que
atravessam a
totalidade da
Relações Internacionais (RI) Segurança (SR) empresa

Ambiente (AM)

Economia e Finanças (EF) Direcção Geral de Direcção Geral de Delegação da Refer no


Engenharia (DGEN) Exploração e Conservação Norte (DN)
(DGEC)
Recursos Humanos (RH)

Aprovisionamentos e Logística (AL)

Sistemas e Tecnologias de
Informação (SI)

Património Imobiliário (PI)

C ore Business
Órgãos Corp orati vos Actividades Relacionadas com o Actividades Relacionadas com o
funci onam para toda a investimen to em mod ernizaçã o Gestã o da capacidade, con trolo e investimen to em mod ernizaçã o
empresa das infra-estrutu ras segurança da circulação das infra-estrutu ras
Conservaçã o e ren ova ção da via

Enquadramento no sector da gestão de infra-estruturas de transportes

A análise, que se apresenta neste Capítulo, baseia-se na comparação dos dados relativos a um
conjunto de empresas que se considerou representativo da actividade de “Gestão de Infra-estruturas de
Transportes” em termos de indicadores económicos.
Ao recolher os dados relativos ao sector em questão, verificou-se que ao nível dos dados disponíveis no
INE, este sector “Transportes, armazenagem e comunicações” CAE 6 (Classificação das Actividades
Económicas) incluía actividades tão distintas como:
• Transportes terrestres, transportes por oleodutos ou gasodutos (pipelines), onde se incluem os
Caminhos-de-ferro;
• Transportes por água;
• Transportes aéreos;
• Actividades Anexas e Auxiliares dos Transportes, Agências de Viagem e de Turismo;
• Correios e Telecomunicações;

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Relatório de Sustentabilidade 2005
Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

A REFER está incluída na CAE – Outras Actividades Auxiliares dos Transportes Terrestres (63210), que inclui
empresas com actividades muito variadas, muitas das quais dificilmente comparáveis com a REFER,
nomeadamente agências de viagem, parques de estacionamento e empresas de armazenagem.
Pelo exposto, optou-se por abandonar esta fonte de informação.
Para esta mesma CAE, a Central de Balanços do Banco de Portugal apresenta anualmente,
indicadores económicos relevantes do ano anterior, para um grupo mais restrito de empresas.
Assim sendo, optou-se por utilizar como termo de comparação com a REFER, os valores apurados pela
Central de Balanços, apresentando-se no quadro seguinte uma síntese dos indicadores seleccionados.
milhares de euros

2003 2004

Valores Agregados Valores Médios Valores Agregados Valores Médios


REFER REFER
(30 Empresas) Agregados (37 Empresas) Agregados

Investimento 1.304.415 43.481 714.399 1.570.759 42.453 484.344

Vendas e Prestações de Serviços 775.494 25.850 76.083 895.484 24.202 69.506

VAB 630.690 21.023 69.318 708.018 19.136 49.238

Custos com Pessoal 6.608 124.850 5.472 120.512

Emprego (nº Pessoas) 7.868 262 4.646 7.670 207 4.258

Da análise do quadro anterior, constata-se que:


• O nível de investimento da REFER é muito superior ao apresentado pelas outras empresas,
484 milhões de euros, para uma média global de 42 milhões de euros;
• O VAB da REFER também apresenta valores bastante superiores aos da média do
agregado;
• O nível de emprego tem uma dimensão que não se enquadra com o restante grupo, 4.258
empregados em 2004, sendo a média global de 207 empregados.
Face às disparidades detectadas, optou-se por restringir a análise a um grupo de empresas, cuja
actividade é a gestão de infra-estruturas de transporte, embora não pertencendo à CAE da REFER.
O Grupo seleccionado integra 5 empresas ligadas ao transporte aéreo, rodoviário e ferroviário (REFER)
possibilitando assim um melhor enquadramento da actividade da empresa.
As empresas seleccionadas foram, para além da REFER, a BRISA – Auto-estradas de Portugal S. A, a
Lusoponte Concessionária para a Travessia do Tejo, S.A., Aeroportos e Navegação Aérea, ANA, E.P.,
Auto-Estradas do Atlântico, Concessões Rodoviárias de Portugal, S.A.
milhares de euros
2003 2004

Valores Agregados Valores Médios Valores Agregados Valores Médios


REFER REFER
(5 Empresas) Agregados (5 Empresas) Agregados

Investimento 940.720 188.144 714.399 873.970 174.794 484.344

Vendas e Prestações de Serviços 888.715 177.743 76.083 934.853 186.971 69.506

VAB 754.610 150.922 69.318 761.517 152.303 49.238

Custos com Pessoal 246.601 49.320 124.850 246.626 49.325 120.512

Emprego (nº Pessoas) 8.310 1.662 4.646 7.834 1.567 4.258

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Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

Também neste grupo, para os dois períodos apresentados, a REFER continua a destacar-se pelo seu
elevado nível de investimento e de emprego.
Os indicadores transmitem de uma forma simples a realidade da REFER: uma empresa de grande
dimensão, com grande preocupação na prestação de um serviço de qualidade, com um elevado
nível de investimento realizado por conta do Estado, e que tem como missão a prestação de um
serviço público (patente num Volume Vendas e Valor Acrescentado Bruto baixos).

Grupo REFER

O Grupo REFER integra um conjunto de empresas criadas no âmbito da


reorganização do Sector Ferroviário, que se iniciou na década de 80 do
século XX ainda antes da criação da REFER e que pela natureza da sua
actividade complementam a actividade da gestão de infra-estruturas
ferroviárias.

TELE- GESTÃO FORMAÇÃO ACTIVIDADES GESTÃO ESPAÇOS


COMUNICAÇÕES IMOBILIÁRIA PROFISSIONAL FERROVIÁRIAS COMERCIAIS

REFER
INVESFER, SA FERNAVE, SA FERBRITAS, SA CP COM, SA
TELECOM, SA

GIL, SA

RAVE, SA

METRO
MONDEGO, SA

Empresas Afiliadas e Principais Actividades

Do Grupo REFER destacam-se as empresas que são detidas em mais de 50% pela Empresa mãe.

O estabelecimento, gestão e exploração de infra-estruturas e sistemas de telecomunicações, a


prestação de serviços de telecomunicações, bem como o exercício de quaisquer actividades que
sejam complementares, subsidiárias ou acessórias daquelas, directamente ou através de constituição
ou participação em sociedades.

Promoção e comercialização de terrenos e edifícios, gestão de empreendimentos


imobiliários, aquisição e venda de bens imóveis, bem como a constituição de direitos
sobre os mesmos bens.

Prestação de serviços de consultoria e assistência técnica, industrial e comercial, no domínio


dos transportes e outros, realização de empreitadas de obras públicas e de construção civil,
exploração industrial e comercial de pedreiras e actividade de gestão da qualidade em
empreendimentos da construção.
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Relatório de Sustentabilidade 2005
Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

Promoção e comercialização das lojas e espaços comerciais existentes ou a criar nas


estações e gares dos caminhos-de-ferro portugueses, existentes ou futuras.

EEssttrruuttuurra
addee G
Goovveerrnna
aççã
ãoo

Áreas de actividade dos membros do CA

O Governo é responsável por definir os objectivos gerais a prosseguir pela REFER e o enquadramento no
qual se deve desenvolver a respectiva actividade de modo a assegurar a sua harmonização com as
politicas globais e sectoriais do país.
O Conselho de Administração é composto por cinco membros: Presidente, Vice – Presidente e três
Vogais.
Os membros do CA são seleccionados pelo Governo, exercem funções por um período de três anos, e
podem ser reeleitos.
Ao Conselho de Administração compete, em geral, o exercício de todos os poderes necessários para
assegurar a gestão e o desenvolvimento da Empresa e a administração do seu património, sem
prejuízo dos poderes da tutela.
Naturalmente, os membros do Conselho de Administração têm de assegurar os deveres e obrigações
legalmente estabelecidas para os gestores públicos, dos quais o mais importante é a ausência de
conflito de interesses.
No final de 2005 as áreas de actividade de cada membro do CA são as que se apresentam a seguir.

ƒ Direcção Geral de Engenharia;


ƒ Secretário-geral;
ƒ Delegação da REFER no Norte;
ƒ Recursos Humanos;
ƒ Qualidade e Ambiente
Presidente do Conselho de
Administração
Luís Filipe Pardal, Eng.

ƒ Economia e Finanças;
ƒ Plano e Controlo;
ƒ Planeamento Estratégico;
ƒ Aprovisionamentos e Logística.
ƒ Património Imobiliário;

Vice-Presidente do Conselho
de Administração
Alfredo Vicente Pereira, Dr.

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ƒ Jurídico e Contencioso;
ƒ Relações Internacionais;
ƒ Fundos Comunitários;
ƒ Auditoria;
ƒ Comunicação e Imagem.

Vogal do Conselho de
Administração
Romeu Costa Reis, Dr.

ƒ Direcção Geral de Exploração e


Conservação;
ƒ Segurança.

Vogal do Conselho de
Administração
Alberto Castanho Ribeiro, Eng.º

ƒ Sistemas e Tecnologia de Informação


ƒ DGEC – Direcção de Gestão e Controlo
ƒ Tarifação de Acesso à Infra-estrutura
ƒ DGEC – Direcção de Gestão de
Contratos Comerciais
ƒ Articulação com o Contrato de
Concessão da Fertágus
ƒ Contratualização com o Estado

Vogal do Conselho de
Administração
Carlos Alberto Fernandes, Eng.º

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Políticas transversais da empresa (Qualidade, Segurança, Ambiente, Social)

Qualidade Segurança Ambiente


Garantir a implementação dos Garantir o cumprimento dos
Garantir a implementação e
requisitos necessários à requisitos de protecção
manutenção de Sistemas da
Segurança, com o objectivo ambiental ao nível do
Qualidade e de monitorização
de eliminar a sinistralidade e os planeamento, concepção e
de desempenho em
prejuízos materiais e pessoais, execução de novos projectos,
conformidade com a
beneficiando os valores da bem como, na exploração e
estratégia e objectivos
comunidade, do Estado, da conservação da rede,
definidos
Empresa e dos seus enquadrado na lógica de um
trabalhadores. Sistema de Gestão Ambiental
e num processo, implícito, de
melhoria contínua.

SUSTENTABILIDADE

Social
Assegurar o alinhamento das actividades de Gestão dos Recursos Humanos com a estratégia
global da empresa. Definir as linhas orientadoras e as ferramentas de gestão de Recursos
Humanos, que permitam atingir bons níveis de satisfação/motivação e de produtividade nos
colaboradores da empresa. Apoiar iniciativas desenvolvidas no âmbito da promoção do
desenvolvimento da comunidade em que se insere.

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D
Deesseem
mppeennhhoo

Desempenho Económico

A REFER, que tem como objecto principal, a prestação do serviço público de gestão da infra-estrutura
ferroviária nacional, procura desempenhar um papel determinante no sentido de inverter a tendência
de utilização do transporte individual através da melhoria do serviço prestado aos utilizadores da
ferrovia, oferecendo-lhes segurança, conforto, rapidez e pontualidade, atributos que são perceptíveis e
valorizados pelo consumidor.
No âmbito da sua actividade a REFER tem dinamizado, por conta do Estado, grandes projectos de
investimento, tendo em vista a modernização e desenvolvimento da Rede Ferroviária Nacional,
• Modernização, porque só assim é possível proporcionar aos operadores condições que lhes
permitirão oferecer um serviço de qualidade aos utilizadores finais;
• Desenvolvimento, porque a Rede Ferroviária Nacional deve cobrir o território nacional
independentemente da importância de cada troço, contribuindo para a coesão e o
desenvolvimento económico e social de todas as regiões do país. De referir que, em 2004,
foi inaugurado o Eixo Atlântico (a ligação directa entre Braga e Faro), percurso que integra a
parte mais significativa do tráfego ferroviário de longo curso.
Em resumo, atendendo às crescentes necessidades de mobilidade da população e em perfeita
sintonia com o mercado europeu, a REFER tem a sua estratégia orientada para a revitalização e
promoção da utilização do comboio como meio de transporte preferencial em condições de
fiabilidade e segurança, e em sintonia com as políticas ambientais.

Principais Indicadores
A REFER nos últimos quatro anos, investiu E volução do Financiament o do I nvest iment o

por conta do Estado um valor superior a 750.000

2 mil milhões de euros na


modernização da Rede Ferroviária 600.000

Nacional, situação que se reflecte no


milhares de euros

450.000
aumento do Total do Activo.
Apesar da difícil situação económica 300.000

do país, que tem tido como


consequência uma redução 150.000

progressiva e muito significativa dos


0
apoios do Estado, a REFER tem mantido 2001 2002 2003 2004

o seu Plano de Investimentos.


PIDDAC Financiamento Comunitário Outras

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Relatório de Sustentabilidade 2005
Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

Efectivamente tem-se verificado uma redução sistemática por parte do financiamento Estatal
(Orçamento de Estado) aos investimentos realizados, que passou de aproximadamente 25% (em 2001)
a cerca de 4,4% do volume anual de investimento, em 2005.
Tal facto traduziu-se num aumento do recurso ao financiamento externo, o que conduziu a uma
degradação da sua situação financeira atingindo o Passivo, no final de 2005, cerca de 4 mil milhões
de euros.
Milhares de euros

2003 2004 2005


Total do Passivo 3.101.508 3.600.719 4.059.366

Capitais Próprios 2.576.162 2.445.437 2.445.249

Total do Activo 5.677.670 6.046.156 6.504.615

Aut.Financeira 0,45 0,40 0,38

2003 2004 2005

38%
45% 40%

55%
60% 62%

Total do Passivo Capitais Próprios Total do Passivo Capitais Próprios Total do Passivo Capitais Próprios

O Passivo da REFER cresceu cerca de 30% ao longo dos últimos 2 anos, sendo de referir que o
aumento do peso do Passivo de Curto Prazo em 2004 se justifica, apenas, porque no final do ano se
encontrava em preparação um empréstimo obrigacionista a 10 anos, da ordem dos 600 milhões de
euros. Se assim não fosse o peso do Passivo de Médio e Longo Prazo (PML) atingiria os 82%.

milhares de euros

Estrutura do Endividamento 2003 2004 2005

Passivo Médio e Longo Prazo 2.219.572 72% 2.343.127 65% 2.920.438 72%
Passivo Curto Prazo 881.936 28% 1.257.592 35% 1.138.929 28%
Total do Passivo 3.101.508 100% 3.600.719 100% 4.059.366 100%

O Capital Próprio da REFER tem vindo a reduzir-se, nos últimos anos, mercê essencialmente de dois
factores:
1. Inexistência de dotações de Capital por parte do Estado;
2. Sucessivos anos com resultados líquidos negativos.

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milhares de euros

2003 2004 2005

Volume de Negócios 105.462 97.852 92.384

Resultado Operacional -66.449 -88.807 -87.713

Resultado Liquido -123.092 -154.157 -156.007

E st rut ura de P roveit os


Apesar do esforço de investimento realizado no
250.000
sentido de dotar a infra-estrutura ferroviária de
melhores condições de fiabilidade e segurança,
200.000
tem-se vindo a verificar uma redução da
procura, com impacte negativo no volume de

milhares de euros
negócios que decresceu nos dois últimos anos 150.000

em análise.
A transposição do Pacote Ferroviário I para a 100.000

ordem jurídica nacional (DL 270/2003) definindo


nomeadamente novas regras de tarifação,
50.000
influenciou negativamente esta rubrica em 2004
e 2005, contribuindo para o seu decréscimo.
0
2003 2004 2005
E st rut ura de Cust os
400.000 Prestação de Serviços Trabalhos para a Própria Empresa
Proveitos Suplementares Subsídios à Exploração
Outros Proveitos Proveitos Financeiros
Proveitos Extraordinários
350.000

300.000 No período de 2003 a 2005, os resultados


operacionais evoluem negativamente, em
250.000
milhares de euros

consequência da quebra no volume de negócios


200.000 e da redução dos investimentos, que se traduziu
num decréscimo da rubrica Trabalhos para a
150.000
Própria Empresa; em 2005, registou-se um
100.000 aumento significativo dos proveitos suplementares
(de cerca de 7 milhões de euros, em 2003 e 2004,
50.000
para 16,7 milhões de euros, em 2005), que não foi

0 suficiente para compensar as quebras referidas.


2003 2004 2005
Decorrente dos elevados níveis de endividamento
Custo Mercadorias Vendidas e Fornecimentos e Serviços já referido verificou-se, em 2004 e 2005, um
Matérias Consumidas Externos
Custos com Pessoal Outros Custos
agravamento dos custos financeiros, o que
Provisões e Amortizações Encargos Financeiros
associado ao agravamento dos resultados
Custos Extraordinários

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Relatório de Sustentabilidade 2005
Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

extraordinários, acentuou o défice da empresa, que neste ano rondou os 156 milhões de euros.

Accionista

O Estado enquanto único accionista da REFER tem um papel primordial no desenvolvimento sustentável
da Empresa, tendo o compromisso de assegurar apoio financeiro à REFER quer através da atribuição
de dotações financeiras anuais, quer na sua vertente de investimento, quer na de gestão da infra-
estrutura.
Nos últimos 3 anos, as prestações financeiras do Estado foram as seguintes:

milhares de euros

Esforço Financeiros do Estado 2003 2004 2005 Conforme se constata,


o esforço financeiro do
Dotações de Capital 0 0 0
Estado tem diminuído
Capítulo 50 do Orçamento de Estado 54.887 20.630 18.054
nos últimos anos,
Indemnizações Compensatórias
29.379 28.345 27.101 situando-se o
(Inclui taxa de uso do Operador Fertágus)
contributo para o
Total 84.266 48.975 45.154
investimento, em 200,
nos 4,4%.
De notar, contudo, que a importância do Estado enquanto accionista passa também pela concessão
de avales a pedidos de empréstimo da REFER, e pelo peso que tem na atribuição da notação de
rating (normalmente indexada à notação da República Portuguesa).

Colaboradores
milhares de euros

Estrutura de custos com Pessoal 2003 2004 2005 A rubrica “Custos com o
Remunerações 95.560 91.726 87.880 Pessoal” é a que apresenta

Encargos Sociais 29.290 28.786 28.279 maior expressão no total

Total Custos com Pessoal 124.850 120.512 116.159 dos custos. Nos últimos
anos assistiu-se a uma
Custos Totais 337.457 342.691 371.025
redução resultante do
Peso Custos com Pessoal 37,00% 35,17% 31,31% processo de reestruturação
organizacional em curso, representando, em 2005, 31.3% dos custos da empresa.

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Fornecedores

milhares de euros

Fornecimentos e Serviços Externos 2003 2004 2005

Subcontratos 39.812 43.646 54.348

Fornecimentos e Serviços 23.045 26.203 32.310

Total 62.857 69.849 86.658

Peso dos SubContratos 63,34% 62,49% 62,72%

Custos Totais 337.457 342.691 371.025

Peso Custos com FSE 18,63% 20,38% 23,36%

A importância da REFER relativamente a este grupo de “stakeholders” pode ser analisada em duas
vertentes:
1. Investimento – em que a Empresa assume uma importância primordial com investimentos
que, como atrás se referiu, representaram, em 2005, cerca de 0,3% do PIB;
2. Actividade de conservação e manutenção da infra-estrutura – que, conforme se verifica no
quadro acima, atingiu neste mesmo ano cerca de 54 milhões de euros (Subcontratos), a
que se deverá acrescer os 32 milhões de euros da actividade corrente da empresa.

E volução Taxa de Uso e Comboios/ Kilómet ro


Clientes
70.000 40.000
O Cliente CP, que em 2005 realizou
cerca de 37,6 milhões de ck’s, é
35.000
60.000
responsável por uma facturação da
ordem dos 55 milhões de euros. 30.000
50.000
A Fertagus, com cerca de 1,6 milhões de
ck’s, teve uma facturação de cerca de 25.000
milhares de euros

milhares de CK's

40.000
3,3 milhões de euros, em 2005. É
importante referir que, para o 20.000

crescimento do nível de actividade da 30.000


15.000
Fertagus nos últimos anos, contribuiu o
alargamento do seu raio de acção, com 20.000
10.000
a inclusão das ligações Roma/Areeiro –
Setúbal, partir de Outubro de 2004. 10.000
5.000
A importância relativa dos dois
operadores e a evolução da Taxa de Uso 0 0
facturada está patente no gráfico anexo. 2003 2004 2005

CP Fertagus * Operador CP Operador Fertagus

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Relatório de Sustentabilidade 2005
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De referir, mais uma vez o impacte que a introdução da nova fórmula de cálculo da Taxa de Uso teve
no total da facturação, situação bem em evidência na variação do valor da facturação CP.
milhares de euros
2003 2004 2005

CP (taxa de uso) 63.111 55.755 54.943

Fertagus (taxa de uso) 1.967 2.438 3.271

Total Facturação Taxa de Uso 65.078 58.193 58.214

Total Proveitos 214.456 182.286 210.725

Peso CP/Total Proveios 29% 31% 26%


milhares de ck's
2003 2004 2005
ck Realizados

Operador CP 37.416 36.646 37.611

Operador Fertagus 1.138 1.253 1.620

Total ck's 38.555 37.899 39.231

Desempenho Social
A política de Recursos Humanos da REFER tem por objectivo fomentar o desenvolvimento profissional e
reforçar as competências técnicas e de gestão, garantindo a satisfação dos seus colaboradores e
alinhando as suas actividades com os objectivos da empresa, para que cada um se sinta parte de
uma instituição viva, moderna e participativa.

Emprego

A tendência de redução do efectivo desde a P e sso al RE FE R


criação da REFER manteve-se nos últimos três 6.000
4.814
anos, resultando essencialmente de rescisões por 4.362
4.024
mútuo acordo, na sequência da reestruturação da 4.000

organização.
2.000
Desde 1999, data em que toda a actividade de
exploração foi assumida pela REFER, até ao final 0
2003 2004 2005
de 2005, a redução do efectivo rondou as 2.500
pessoas.

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Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

Distribuição Territorial

Pese embora a redução verificada em termos de Pessoal REFER por NUT II


pessoal, durante o período compreendido entre 2003 e Alentejo Algarve
7% 3%
2005 não se constataram modificações significativas na Norte
21%
estrutura territorial do efectivo.

A considerável concentração de pessoal nas Lisboa


35%
proximidades de Lisboa é o reflexo natural da
Centro
conjugação de dois factores: a localização da grande
34%
maioria dos órgãos corporativos e de staff junto da sede
da empresa, e o elevado volume de tráfego ferroviário
na Área Metropolitana de Lisboa, com a consequente necessidade de meios humanos.

Estrutura Etária e de Antiguidade

Analisando a estrutura etária do


E st rut ura E t ária - RE FE R
pessoal da REFER, constata-se uma 100%
14% 10% 8%
nítida predominância de
80%
trabalhadores com idades 41% 41%
42%
60%
relativamente avançadas, situando-
40%
29% 30%
se a média etária em torno dos 44 28%
20%
anos. 18% 19%
16% 2% 2%
0%
2003 2004 2005

Inferior ou igual a 25 anos Entre 26 e 35 anos Entre 36 e 45 anos


Entre 46 e 55 anos Entre 56 e 65 anos

O esforço de rejuvenescimento do efectivo tem


60
46 45 44 produzido alguns efeitos, mas sem alterar radicalmente
50
40 a estrutura.
A no s

30 21 20 19
20 Em termos de antiguidade, a situação é algo diferente,
10
espelhando com maior nitidez a rotação de pessoal
0
2003 2004 2005 verificada nos últimos anos. Os colaboradores com
Idade Média Antiguidade Média mais de 25 anos de serviço perderam 13 pontos
percentuais no seu peso, enquanto o pessoal admitido nos últimos 5 anos viu o seu peso duplicar, mesmo
não passando dos 10%.

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E st rut ura de Ant iguidades - RE FE R


100%

35% 29%
80% 42%
14%
60% 13%
10%
20% 25%
40% 18%
9% 7%
12%
20% 15%
14%
13%
5% 9% 10%
0%
2003 2004 2005

Inferior ou igual a 5 anos Entre 6 e 10 anos Entre 11 e 15 anos


Entre 16 e 20 anos Entre 21 e 25 anos Superior a 25 anos

Qualificações Profissionais

O reajustamento do efectivo da Pessoal REFER - Níveis de Qualificação


REFER teve igualmente reflexos 100%
12% 14% 16%
nos níveis de qualificação 80%
9% 10% 10%
profissional e na preparação para
60%
os desafios decorrentes da 48% 47% 48%
inovação tecnológica associada 40%

ao sector ferroviário, verificando-


20%
31% 29% 26%
se um acréscimo do peso relativo
0%
dos Quadros e uma diminuição
2003 2004 2005
de Profissionais Não Qualificados.
Profissionais Não Qualificados Profissionais Qualificados
Encarregados e Chefes de Equipa Quadros

Trabalho e Relações Laborais

Na REFER, a grande maioria (77%) dos trabalhadores está representada por organismos sindicais. Verifica-
se ainda uma adesão generalizada, a nível da empresa, a um Acordo de Negociação Colectiva.

Taxa de Sindicalização Distribuição do Pessoal Sindicalizado


2005

23% Independentes
23%

CGTP
47%

Pessoal 77% UGT


Sindicalizado 30%
Pessoal Não
Sindicalizado

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Saúde e Segurança

A preocupação com as condições de saúde 700 6,00%

e segurança no trabalho tem sido um vector 600 4,93%


4,46%
5,00%

Taxa de Absent ismo


4,15%

N . º Ocorrências
500
fundamental da estratégia da REFER, 3,50% 4,00%
400 3,06%
traduzindo-se em medidas como o controlo 2,61% 3,00%
300
de alcoolemia, o incentivo à melhoria das 221 213 2,00%
200 172
condições de trabalho e acções de 1,00%
100
formação e sensibilização para a
0 0,00%

necessidade de conhecer e respeitar os 2003 2004 2005


Ocorrências
riscos profissionais decorrentes da actividade Taxa de Absentismo (Doença e Ac. Trabalho)
Taxa de Absentismo (Total)
da empresa.

Os impactos destas medidas são ilustrados pela significativa diminuição do absentismo derivado a
doença e a acidentes de trabalho.

Cont rolo da Taxa de Álcoolemia


15.000 60
49
50

N .º Colaboradores
10.000 40
N.º Test es

29
30
20
5.000 20

4.570 5.120 10
4.099

0 0
2003 2004 2005

Testes Efectuados Nº. Colaboradores Detectados

A redução de ocorrências associadas ao consumo excessivo de álcool reforça a validade das medidas
implementadas.

Formação e Educação
70 5.000
A aposta na formação tem sido um aspecto
chave no processo de valorização profissional 60 3.935
4.000
do efectivo. Os resultados mais relevantes 50
N.º Fo r mando s

2.700
N.º H o r as

3.000
prendem-se com a cada vez maior 40

percentagem de Quadros com formação 30


1.605 2.000
23
complementar em gestão, ao que não é 20
14
11 1.000
alheio o facto de a REFER financiar os encargos 10

inerentes às propinas de mestrados e pós- 0 0


2003 2004 2005
graduações.
Horas de Formação por Trabalhador
Formandos

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Quadros com Formação


Complement ar em Gest ão
20%
19%

15%

11%

10%

5%
2%

0%
2003 2004 2005

Em 2005, os encargos com formação ascenderam a aproximadamente 700 mil euros.

Formação Média por N ível de Qualif icação


60
47
50
N. º Horas

40 33
29
30 25
22
20 14
12 10 10
10 6
2 2
0
Quadros Encarregados e Profissionais Profissionais Não
Chefes de Equipa Qualificados Qualificados
2003 2004 2005

Em termos funcionais, constata-se uma maior incidência do tempo de formação sobre as categorias
profissionais mais qualificadas.

Diversidade e Oportunidade
Rácio Homens / Mulheres
Igualdade entre Homens e Mulheres
5,00
4,09 4,23 4,19
A observação do efectivo da REFER permite
4,00 3,66
3,37 3,38
constatar o elevado peso da população
3,00
masculina, ao que não será alheia a
2,00
actividade propriamente dita (mais
1,00
concretamente, o desgaste físico e as
condições de risco subjacentes à área 0,00
2003 2004 2005

Total REFER Cargos de Chefia


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operacional da empresa, na qual está concentrada a maioria dos recursos humanos) e, de algum modo,
a tradição inerente ao sector.

O rácio tem evidenciado uma tendência crescente devido ao número de saídas de Guardas de PN, uma
vez que esta categoria contempla mais de metade da população feminina da REFER.

Benefícios dos Colaboradores

Para além da remuneração propriamente dita, a compensação atribuída aos trabalhadores da REFER é
composta por um considerável leque de regalias de carácter social.

Custo 2005
BENEFÍCIO %
(€)
Concessões de Transporte 2.872.627 67%
Seguros e Comparticipações por Doença 807.646 19%
Apoios ao Agregado Familiar 455.884 11%
Apoios a Actividades Lúdicas 59.930 1%
Outros Apoios 79.931 2%
TOTAL 4.276.018

Do conjunto de benefícios, o mais relevante em termos de valor é o que respeita às concessões de


transporte pagas à CP, totalizando 2,9 milhões de euros em 2005. Este benefício, proporcional ao efectivo
transferido da CP para a REFER aquando da criação desta empresa, corresponde à possibilidade de viajar
gratuitamente nos comboios daquele operador, sendo este direito extensível aos respectivos agregados
familiares.

No que concerne ao leque de benefícios que abrangem a totalidade do efectivo, é de considerar:

• a celebração de contratos de seguro que proporcionam uma comparticipação das despesas


suportadas com medicamentos, despesas médicas e tratamentos;

• o compromisso de adiantar o subsídio pago pela Segurança Social quando um trabalhador se


encontre de baixa por motivo de doença; caso este subsídio não cubra a totalidade da retribuição
perdida, é a REFER quem suporta o encargo com a atribuição do complemento destinado a colmatar
a diferença;

• a atribuição de um subsídio destinado a fazer face aos custos associados a creches e jardins de
infância a trabalhadores com filhos cujas idades estejam compreendidas entre 4 meses e 6 anos;

• a atribuição de bolsa de estudo aos filhos de colaboradores que frequentem pelo menos o 9º ano,
com aproveitamento igual ou superior à média estipulada pela REFER;

• o pagamento de inscrições no INATEL aos colaboradores e a comparticipação de encargos com


campos de férias para filhos;

Há ainda a mencionar algumas vantagens adicionais atribuídas ao pessoal da REFER,


nomeadamente descontos em ginásios, livros, combustíveis e consultas de estomatologia e oftalmologia.

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Relatório de Sustentabilidade 2005
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Em circunstâncias muito particulares, a REFER disponibiliza casas para habitação dos colaboradores
(através do Fundo de Conservação de Casas) e suporta o custo com melhorias nas condições de
habitabilidade das mesmas (através do Fundo de Acção Social, sendo este parcialmente financiado
através da venda de resíduos da actividade ferroviária).

Comunidade

Passagens de Nível e Sinistralidade

A vertente de segurança assume uma importância capital na esfera da relação entre a REFER e a
comunidade na qual está inserida. Neste contexto, foi dada especial atenção às questões relacionadas
com a sinistralidade e, em particular, com as passagens de nível, tendo-se vindo a verificar um
significativo esforço em termos de investimento na supressão e na reconversão (ou adaptação) deste
factor de risco.

Projectos Diversos

No âmbito da relação entre a En ca rg os com Projectos p a ra a Comu n id a d e


2 0 0 .0 0 0
REFER e a comunidade há que
174.015
referir, para além dos gastos em
150 . 0 0 0
patrocínios e donativos, o
surgimento e a maturação de
Euros

10 0 . 0 0 0
projectos directamente 89.547

relacionados com o meio 56.999 58.036


50 . 0 0 0 42.649
ferroviário, capazes de potenciar
o aproveitamento de diversos 9.198
0
recursos disponíveis
2003 2004 2005
(nomeadamente o património
imobiliário, a requalificação Patrocínios e Donativos Investimento em Ecopistas
urbanística e paisagística na envolvente das estações e as redes digitais de dados) e, simultaneamente,
prestar um serviço útil para a população.

A título de exemplo, salientam-se o “Projecto Ecopistas” (aproveitamento de corredores ferroviários


desactivados para fins turísticos, por vezes proporcionando uma acessibilidade alternativa a centros
urbanos) e os “Quiosques Multimédia” com 64 terminais instalados em 31 estações.

Igualmente digno de destaque é o facto de a REFER ter dispendido, nos últimos anos, sensivelmente 600
mil euros em campanhas de promoção do uso do transporte público (e, particularmente, da ferrovia) nas
zonas urbanas e na sensibilização para o respeito das regras de segurança em passagens de nível.

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Quadro Compromisso com Metas a atingir a médio e longo prazo

À luz dos indicadores observados em 2005, verifica-se que a REFER conseguiu alcançar a generalidade
das metas traçadas.

O efectivo médio (4.024 trabalhadores) apresenta-se como adequado às necessidades da empresa em


2005, embora se pretenda baixar esse número para 3.730 em 2006.

As qualificações evidenciadas pelos trabalhadores da empresa têm evoluído de acordo com o ritmo
previsto, sendo expectável que 18% do efectivo seja composto por Quadros e somente 25% sejam
Profissionais Não Qualificados, em 2006.

As médias de idade e antiguidade baixaram 1 ano para além do previsto, continuando a ser intenção da
REFER manter estes valores.

Objectivos Metas para 2006

Redução do número médio de trabalhadores para


Ajustamento do efectivo às necessidades da REFER;
3.730.

Desenvolvimento das qualificações do efectivo Aumentar o peso dos quadros para 18%, reduzindo o
REFER; do pessoal não qualificado para 25%.

Estabilizar as médias de idade e antiguidade em 45 e


Rejuvenescimento do efectivo;
20 anos, respectivamente.

Desempenho Ambiental
A REFER encontra-se em fase de implementação do seu Sistema de Gestão Ambiental, segundo a norma
ISO 14001 o qual tem por base a abordagem por processos estabelecida na fase de planeamento.
Foram definidos 9 processos designados por
Escala de Impactes ambientais da REFER, EP
“processos de realização de Serviço ou chave”,
Sócio-Economia

dada a importância que assumem no controlo Ruído

SGICA
das actividades geradoras de impacte
ambiental. Os Processos chave são Avaliação e Resíduos Avaliação e Monitorização Ambiental Ordenamento
do Território
Monitorização Ambiental, Acompanhamento e Acompanhamento e Auditoria Ambiental
Auditoria Ambiental, Ruído, Resíduos, Materiais,
Fauna e Flora, Paisagem, Arqueologia e Energia, Energia e
Património
(Arqueológico e
Energia/Emissões

Emissões Arquitectónico)
Fauna e Flora

tendo os 2 primeiros carácter transversal. Para


Arqueologia
Paisagem
Materiais
Resíduos
Ruído

cada processo chave foram desenvolvidos


Fauna e
procedimentos gerais, operacionais e instruções Paisagem
Flora

de trabalho.

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Processos de realização de serviço

No âmbito do Sistema de Gestão Ambiental a implementar são evidentes âmbitos e escalas de análise
geográficas distintas quando se procede a uma avaliação dos aspectos ambientais.
Como ferramenta primordial para o desenvolvimento do Sistema de Gestão Ambiental, fornecendo aos
colaboradores os conhecimentos necessários para a correcta execução de actividades com impactes
ambientais associadas, no ano de 2005 foram realizadas acções de formação na vertente ambiental,
abrangendo trabalhadores das diferentes áreas de actividade da empresa.
A conclusão do Manual de Gestão Ambiental, instrumento preferencial para a expansão e consolidação
do Sistema na Organização constitui uma meta para 2006.

Materiais
Os materiais que a REFER utiliza no desenvolvimento da sua actividade, quer em projectos de
investimento, quer na conservação/manutenção e exploração e que representam o maior volume, são o
balastro, o carril e as travessas (de madeira e de betão (monobloco e bibloco)). No período em análise
(2003-2005) o consumo de materiais foi muito significativo, sobretudo em 2003, resultado do elevado
esforço de investimento no âmbito da modernização da infra-estrutura ferroviária. Com excepção do carril
e das travessas de madeira, em que não há produção interna, os restantes materiais são de origem
nacional.

O balastro é obtido em dez pedreiras distribuídas ao longo do país. O carril


é proveniente de Espanha. As travessas de madeira importadas são
submetidas a um acabamento/tratamento no espaço da REFER no
Entroncamento. As travessas bibloco são fabricadas na região do
Entroncamento, Freixianda, enquanto que as monobloco são fabricadas
no Tramagal. O transporte destes materiais, é na sua maior parte,
assegurado pelo serviço ferroviário.

Balastro

510000 Localização das


410000 pedreiras
Balastro (toneladas)

310000

210000

110000

10000
2003 2004 2005

Entrada Cons um o

Consciente de que os materiais que consome provêm de recursos naturais que têm um ciclo de
regeneração lento, a REFER procura, sempre que tecnicamente possível e viável, proceder à sua

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reutilização na actividade ferroviária. Dispõe de uma linha de regeneração de alguns materiais


(destacando-se o carril e as travessas de betão bibloco) instalada no Entroncamento.
Carril

Nos anos de 2003 0 2005, a reutilização de carril 50 0

representou cerca de 15% tendo sido cerca de 400

25% no ano de 2005.

Carril (km)
300

200
A reutilização das travessas de betão nos últimos
três anos, 2003 a 2005, representou cerca de 8, 3
10 0

e 14% respectivamente da quantidade aplicada. 0


Ent rad a Co nsumo Ent rad a Co nsumo Ent rad a Co nsumo

2003 2004 2005


Re ge ne rado Novo

Com o objectivo de evitar o crescimento de vegetação na envolvente das linhas ferroviárias, promovendo
Travessas
4 00 0 00

350 0 0 0

3 00 0 00
Travessas (número)

250 0 0 0

2 00 0 00

150 0 0 0

100 0 00

50 0 0 0

0
ent rad a consumo ent rad a co nsumo ent rad a co nsumo ent rada co nsumo ent rad a co nsumo ent rada consumo

M ad eira B et ão M ad eira B et ão M ad eira B et ão

2 0 03 2 0 04 20 0 5

Re ge ne rada Nova
Produto de deservagem

a segurança da circulação e a redução do risco 3000


Produtos de Deservagem (kg)

de incêndio, são aplicados periodicamente 2 50 0

tratamentos com produtos de deservagem. O 2000

consumo estimado destes produtos no ano de


150 0

10 0 0
2005 rondou os 200g/km de via com tráfego.
50 0

0
2003 2004 2005

Energia
Os combustíveis de origem fóssil representam cerca de 20% Consumo energético - ano de 2005
do consumo energético directo da REFER. São
Propano
essencialmente gasóleo, havendo também consumo de 0,1%
gasolina, gás propano e gás natural. Os dois primeiros para Gás natural
alimentação de veículos ferroviários e rodoviários de apoio à 1%

actividade e os últimos para actividades de conservação, Electricidade Gasóleo


80% 17%
por exemplo soldadura e de aquecimento de instalações,
respectivamente. Gasolina
2%

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De uma forma indirecta, a REFER consome energia eléctrica que após transformação nas suas
subestações fornece aos operados, CP e Fertágus, para tracção. No ano de 2005 a energia de tracção
foi cerca de 337GWh representando um aumento de 9% e 5% face aos anos de 2003 e 2004,
respectivamente. Este aumento deve-se essencialmente à disponibilização de uma maior extensão de
rede electrificada (a rede em exploração electrificada entre 2003 e 2005 aumentou cerca de 300km ou
seja 20%). Ao proporcionar uma rede electrificada progressivamente maior a REFER está a contribuir
positivamente para o aumento da eficiência energética do modo ferroviário. Um serviço de
média/longa distância eléctrico representa cerca de 25% do consumo energético do serviço
semelhante a diesel, i.e., 3kgep/km e 12kgep/km, respectivamente.

Água
Consumo de á gua - Abastecimento público
A água, recurso natural de elevado valor, é
utilizada nas diversas frentes de obra e 3 00 0 00

estaleiros, nas estações e nas operações de


)
3

2 50 0 00
Consumo de água (m

limpeza. 2 00 0 00

150 0 00

A principal fonte de abastecimento são os


100 0 00

sistemas de abastecimento público, embora se


50 0 00

recorra igualmente, em determinados casos, a 2 00 3 2 00 4 2 00 5

furos ou poços existentes nas imediações das


instalações da REFER.

Biodiversidade
A instalação da infra-estrutura ferroviária, por questões de segurança da circulação, obedece a
requisitos técnicos, tais como valores máximos admissíveis de raio de curvatura e inclinação, que
associadas à orografia do território condicionam, muitas vezes, a flexibilidade de inserção dos traçados.
Tal facto faz com que a avaliação do impacte ambiental das diversas intervenções realizadas pela
REFER assuma elevada relevância, designadamente quando interfere com áreas sensíveis, muitas vezes
não evitáveis. Áreas sensíveis ocupadas

A percentagem da Rede Ferroviária Nacional 10

total e com tráfego que atravessa áreas 8


Ocupação de áreas

7
sensíveis (%)

sensíveis é cerca de 19% e 8%, 6

respectivamente. 4

0
Á reas Prot eg id as Red e Nat ura 2 0 00

c/ tráfe go s / tráfe go

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Rede Natura e Áreas Protegidas

A afectação sobre as áreas sensíveis traduz-se,


essencialmente e de uma forma geral, na remoção do
coberto vegetal e na impermeabilização da área da
plataforma ferroviária ou na interferência sobre a fauna.

Impacte Ambiental

Com vista à avaliação de potenciais efeitos negativos sobre o ambiente, nomeadamente no que
concerne à afectação de áreas sensíveis, todos os projectos da REFER (sejam de investimento, alteração,
modificação, ampliação, que envolvam a ocupação de novos espaços) são submetidos a uma análise
ambiental. De acordo com o tipo de projecto, a avaliação ambiental poderá ocorrer no âmbito do que
habitualmente se designa como um processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA, ao abrigo do D.L.
n.º 69/2000 de 3 de Maio) ou apenas a nível interno.

Como suporte, desenvolvem-se Estudos de Impacte Ambiental (EIA, que se destinam à AIA) ou de
Incidências Ambientais (EIncA) que, entre outros, avaliam a afectação de áreas sensíveis e outras
condicionantes do ordenamento do território, promovendo, quando necessário, a indicação de formas de
minimização.

Nos anos 2003 a 2005 foram desencadeados 7


Ano AIA Pós-avaliação
processos de AIA (ou pós avaliação). No ano de
2003 1 1
2005 foram igualmente desenvolvidos EIncA para
projectos de supressão de passagens de nível, 2004 1 1

remodelação de 2 estações e de um ramal 2005 2 1


ferroviário.

A Empresa procura reduzir esta interferência adoptando um conjunto de medidas de minimização.

Entre 2004 e 2005 procedeu-se à adequação do projecto ferroviária da ligação ao porto de Aveiro pela
substituição de grande parte do traçado originalmente concebido em aterro por viaduto, passando
também pela afinação do processo construtivo (Adopção de pilares/estacas executadas ao abrigo de
um encamisamento perdido em aço e execução de plataformas auto-lançadas).

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Viaduto

Ligação ferroviária ao porto de Aveiro


Atravessamento de área sensível em viaduto (45% traçado) Simulação: Enquadramento da ponte
ferroviária com a existente no IP5

Em 2005, para o projecto da Variante de


Alcácer, desenvolveu-se um estudo de
recuperação de zonas húmidas como medida
compensatória do atravessamento do estuário
do Sado, a qual será materializada com a
recuperação de salinas abandonadas.

A obra de execução da ponte e viadutos conta


com a interrupção no período de nidificação
Atravessamento do rio Sado
das aves. Potencial área de compensação nas margens

O projecto de renovação do troço Casa Branca Évora, da linha de Évora, aprovado em 2005, foi alvo de
integração paisagística com incidência sobre as extensões de via a desactivar, decorrentes da correcção
de traçado.

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Variante 1

Linha de Évora: Projecto de renovação do troço Casa Branca Évora


Projecto de integração paisagística do troço a desactivar

Gestão ambiental em obra

A REFER desenvolveu em 2004 os requisitos


ambientais a constar nos Programas de
A REFER em 2005 assegurou o
Concurso e Cadernos de Encargos tipo para
acompanhamento ambiental de vários
Empreitadas, com o principal objectivo de
empreendimentos designadamente da obra de
garantir o controlo dos impactes ambientais
reabilitação do túnel do Rossio.
negativos em obra através do desenvolvimento
de um Sistema de Gestão Ambiental segundo a
norma ISO 14001 estabelecendo-se a ligação
entre os resultados das Declarações de Impacte
Ambiental (DIA’s) em caso de AIA ou as medidas
de minimização resultantes dos Estudos de
Incidências Ambientais.
Túnel do Rossio - Recolha de amostras
Avaliação do destino para o balastro a remover da obra
Gestão ambiental na exploração

Também na fase de exploração são implementadas medidas com vista à compatibilização da infra-
estrutura ferroviária com o meio ambiente.

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Dissuasores da avifauna Relocalização de ninhos

Como forma de avaliação da eficácia das medidas de minimização implementadas em 2005


recolheram-se os antecedentes dos processos de Avaliação de Impacte ambiental e elaborou-se um
plano geral de monitorização para a fase de exploração traduzindo-se na necessidade de monitorizar
cerca de 368km da rede.

Gestão ambiental na fase de desactivação

Como forma de reabilitar os corredores


ferroviários actualmente sem tráfego, cerca de
700 km, a REFER tem em desenvolvimento um
projecto de implementação de rotas de passeio
não motorizado, de lazer, de desporto e de
contacto com a Natureza (Ecopistas), nos troços
mais aptos àquelas funções. No ano de 2004 foi
inaugurada a ecopista do rio Minho (no corredor
do antigo Ramal de Monção, com 17km). Em
2005 foi inaugurada a ecopista 25 de Abril (no
início do corredor do antigo Ramal de Mora,
com 13km). Encontram-se ainda
concessionadas às autarquias cerca de 160km.

Emissões, efluentes e resíduos


Emissões

A actividade da REFER gera directamente um conjunto de emissões potencialmente poluentes embora


com pouca expressão do qual se destacam:

• gases de combustão decorrentes essencialmente da utilização de combustíveis em veículos e


em acções modernização/conservação;

• partículas resultantes de acções de modernização/conservação e movimentação de terras;

• poluentes atmosféricos resultantes, nomeadamente, da produção de electricidade para


abastecimento a variados fins, como sejam as instalações de Baixa Tensão.

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A circulação ferroviária contribui igualmente para a emissão de gases de combustão e partículas, quer se
trate a nível local (material diesel) quer a nível remoto (nas centrais que constituem o Sistema
Electroprodutor Nacional). Com a electrificação progressiva da Rede Ferroviária Nacional a REFER
promove condições para a redução da emissão de poluentes atmosféricos. Note-se também que a
electrificação beneficia do facto de contribuírem para o sistema electroprodutor, uma grande diversidade
de fontes algumas das quais renováveis, sendo que a circulação ferroviária é o único modo de transporte
terrestre que beneficia significativamente deste facto, o que a par da sua eficiência energética o coloca
no topo das prioridades em termos da estruturação de um sistema de transportes sustentável do ponto de
vista ambiental.

De modo a avaliar o ganho ambiental, em termos de emissão de poluentes atmosféricos proveniente da


progressiva electrificação da Rede, procedeu-se a uma simplificação, considerando um cenário
optimista, em que toda a extensão da rede electrificada seria apenas utilizada por composições
eléctricas em detrimento das diesel.

Ganho ambiental A quantificação dos valores de poluentes


11,0 emitidos foi estimada com recurso a factores de
10,5
emissão para gases com efeito de estufa.
(kgeCO 2 /veículo)
Ganho ambiental

10,0

9,5
Do exercício realizado pode concluir-se que a
9,0 electrificação da Rede contribui positivamente
8,5 para a redução das emissões atmosféricas e
8,0
20 03 20 04 20 05
consequentemente para a melhoria do
desempenho ambiental do subsistema
Para o efeito utilizaram-se os consumos de duas ferroviário.
composições tipo, de transporte de passageiros
de médio e longo curso, eléctrica e diesel.

Efluentes

A actividade da REFER produz essencialmente Efluentes domésticos

efluentes domésticos. Os efluentes gerados 70 00 0

directamente pela REFER seguem para sistemas 6750 0

públicos de saneamento, ou em alguns casos 6500 0


Efluentes (m3)

para sistemas locais de funcionamento isolado. 62 50 0

60 00 0
De modo a estimar a quantidade produzida de
5750 0

efluentes domésticos considerou-se um valor


5500 0
200 3 200 4 20 05
típico (57L/d.t).

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As actividades de conservação/manutenção não geram, por si só, efluentes significativos, cujas principais
contribuições provêem de lavagens (de edifícios e equipamentos, destacando-se por exemplo os
isoladores cerâmicos).

Na actividade de investimento são produzidos efluentes líquidos, que são por norma tratados pelos
adjudicatários das obras, através da instalação de sistemas de tratamento compactos, quer para os
efluentes domésticos, quer para os resultantes das actividades de construção.

Resíduos

No ano de 2003 a REFER elaborou o seu Plano de Gestão de Resíduos (PGR) que integra a estratégia da
empresa tendo em vista o objectivo de anular a disseminação de resíduos e de implementar uma lógica
de gestão. Constituiu-se também o arranque para a caracterização e identificação dos resíduos
produzidos pela Empresa.

Este Plano, em fase de implementação, contribuirá para a sensibilização dos Órgãos da REFER e para a
criação de um sistema de gestão de resíduos, que possibilite o tratamento dos passivos ambientais
existentes, seguindo quatro grandes linhas:

• Aprofundar o conhecimento sobre os resíduos através da sua caracterização e estudo do seu


potencial de valorização;

• Desenvolver a rede de recolha e encaminhamento;

• Qualificar operadores para a área de gestão de resíduos;

• Definir regras de organização e desenvolver procedimentos.

Um primeiro passo tendo em conta a caracterização foi dado no Entroncamento, com a identificação
dos resíduos aí armazenados, bem como dos processos de valorização associados.

Este trabalho foi complementado com a arrumação da área do Complexo Logístico e consequente
triagem e separação dos resíduos por lotes, de forma a facilitar a sua gestão posterior.

Esta primeira avaliação permitiu concluir que o principal quantitativo se devia às travessas de madeira
retiradas da via (partidas, apodrecidas, de alguma forma deterioradas, ou como consequência de
processos de investimento), que face à decisão do Instituto dos Resíduos seria um resíduo perigoso.

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Durante o ano de 2004 foi realizada uma campanha de recolha de amostras e consequentes ensaios
analíticos, trabalho conduzido pelo Centro para a Valorização de Resíduos – Universidade do Minho (CVR)
que culminou com a desclassificação da perigosidade do resíduo, o que abriu as portas à sua gestão,
em território Nacional, como um resíduo com potencial para a valorização material ou energética.

Como resultado das acções de pesquisa desenvolvidas durante 2004, foram realizadas no ano de 2005
várias acções de valorização e encaminhamento de resíduos.

Separação da fracção cerâmica da metálica,


nos isoladores cerâmicos (cerca de 30% do peso
do isolador corresponde ao ferro) com vista à sua
valorização individual; a primeira, para
Topos metálicos
integração no fabrico de cimentos e a segunda
para reciclagem (valorização material).

Fragmentação das travessas de madeira, com


vista à redução do seu volume.

Libertação da fracção metálica existente nas Fracção cerâmica

travessas de betão bi-bloco com vista à sua


valorização, bem como dos inertes resultantes.

Implementação da recolha dos consumíveis


informáticos através de um protocolo firmado
com a Fundação AMI – Assistência Média
Internacional.

Recolha selectiva de papel e cartão


provenientes da actividade administrativa, para
posterior valorização.

Tendo a REFER tradição em matéria de normalização técnica, desenvolveu-se um novo procedimento


para a integração da gestão de materiais usados, com a gestão de resíduos e foi desenvolvida uma
norma conjunta entre as Direcções de Aprovisionamentos e Logística e a Direcção de Ambiente - Norma
AL/AM-01/05 - que estabelece os critérios a adoptar na gestão dos materiais usados e resíduos produzidos
pela REFER.

A agilização da aplicação da Norma será apoiada por uma aplicação informática -eResiduos- já em fase
de implementação, que centralizará a informação e permitirá gerir dados de uma forma mais precisa
nesta área.

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Fornecedores
Tendo em conta o universo de resíduos da REFER, em 2004 foram lançados dois processos de
Qualificação de Operadores para a Gestão de Resíduos, a nível europeu, um destinado a identificar
operadores de resíduos não perigosos e um segundo para operadores de resíduos perigosos, dispondo
actualmente a REFER de uma lista de 11 e 5 operadores, respectivamente. A empresa recorre a estes
operadores para as consultas e concursos que elabora, conseguindo obter as melhores condições
técnico-económicas.

Em 2005, os Termos de Referência dos Sistemas de Qualificação de Fornecedores de Materiais para a


REFER passaram a incluir requisitos ambientais, de forma a valorizar e a contribuir para a selecção de
Empresas com práticas de gestão ambiental no fabrico dos seus produtos. Os sistemas de Qualificação
de Fornecedores lançados em 2005, relativamente a Carril e AMV’s já integraram a componente
ambiental, tendo sido concluído em 2005 o processo de qualificação de fornecedores de carril.

Ruído
O ruído ferroviário é alvo, por vezes, de Ano 2003 2004 2005
reclamações de residentes na envolvente da Nº de reclamações 11 5 29

infra-estrutura.

As acções perturbadoras do ambiente sonoro na actividade ferroviária agrupam-se em duas grandes


classes designadamente, construção/conservação e exploração.

Acções de Construção e Conservação geradoras de ruído

• Ataque mecânico pesado;

• Regularização do balastro;

• Estabilização dinâmica;

• Desguarnecimento mecânico;

• Corte de carril com moto-serra;

• Produção de energia eléctrica com grupo gerador motorizado;

• Aperto de fixações com Tirefonadora mecânica;

• Corte de travessas de madeira com moto-serra;

• Descarga de balastro com comboio balastreiro;

• Regulação de Barra Longa Soldada (BLS);

• Carga de terras com comboio de serviço;

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• Operação de esmerilagem preventiva do carril;

• Operação de esmerilagem manual do carril.

Nestes casos a REFER solicita, junto da Câmara Municipal respectiva, uma Licença Especial de Ruído nos
termos do número 2 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 292/2000, de 14 de Novembro, acompanhada pelo
Despacho da Secretaria de Estado dos Transportes, que concede à REFER a isenção do cumprimento dos
limites legais previstos no referido diploma legal. Estuda-se presentemente a possibilidade de utilizar,
sempre que técnico-economicamente viável, barreiras acústicas temporárias.

Actividades da exploração ferroviária geradoras de ruído

Ruído de Rolamento - proveniente da interacção roda-carril, causado pelas


imperfeições nestas duas superfícies de contacto;

Ruído de Tracção - proveniente dos motores e componentes de tracção;


Ruído de
Circulação Ruído dos Equipamentos Auxiliares - proveniente dos equipamentos de
climatização e frenagem, entre outros;

O ruído aerodinâmico da passagem das composições;

O ruído da interacção do pantógrafo com a catenária.

O ruído dos sinais sonoros emitidos pelos comboios;

Sinalização e O ruído avisador das passagens de nível;


avisos sonoros
O ruído da informação sonora transmitida nas estações.

Com vista à minimização do ruído na fase de exploração a REFER, EP está empenhada em cumprir o
estipulado na Directiva n.º 2002/49/CE, de 25 de Junho, relativa à avaliação e gestão do ruído ambiente.
Para este fim serão desenvolvidos mapas de ruído para os grandes eixos ferroviários.

Com vista à elaboração dos mapas de ruído, no


ano de 2005 identificaram-se:

• Os grandes eixos ferroviários (GEF) situados em território nacional (nº de marchas >
30 000/ano): Linha de Cintura, Linha de Sintra, Linha de Cascais; Linha do Norte; Linha do
Minho entre Porto S. Bento e Lousado; Linha do Douro entre Ermesinde e Penafiel; Linha do Sul
entre Ponte 25 de Abril e Setúbal; Ramal da Lousã entre Coimbra-B e Coimbra-Cidade;

• Definiu-se um indicador, o IAP (Índice de Afectação Potencial), que se determina multiplicando


a densidade populacional pelo número anual de marchas registado no troço junto ao local
em avaliação;

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• Determinou-se o IAP para todas as subsecções estatísticas intersectadas por um buffer de


50 m.

Grandes Eixos Ferroviários no grande Porto (GEF 60k – Mapa de Densidade Populacional junto à Linha de Sintra
vermelho; GEF 30k – laranja; outros –verde)

Exemplo da representação do IAP junto à Linha de Cintura.

Índice de afectação potencial máximo em cada GEF

Linha do Douro

Linha do M inho

Linha do Sul

Linha do Nort e

Linha de Cascais

Linha de Cint ura

Linha d e Sint ra

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

IA P máx

Os projectos de modernização têm aplicado até à data, soluções tradicionais de redução de ruído como,
barreiras acústicas e utilização de material resiliente ao nível da via ou da plataforma da via. Actualmente
estuda-se a utilização de soluções alternativas, com uma melhor relação custo/eficácia e que permitam
reduzir o número de pessoas sujeitas a níveis elevados de ruído. Importa referir que a modernização do
armamento de via, é o primeiro passo, essencial, para se estruturar a minimização dos efeitos do ruído.
Destacam-se as seguintes medidas passíveis de ser aplicadas:

• Barreiras Acústicas (tradicionais)

• Barreiras Acústicas (inclinadas ou curvas)

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• Barreiras Acústicas (entre vias)

• Revestimentos Absorventes

• Lajes Flutuantes

• Mantas de Balastro

• Sola de Travessa

• Palmilhas Resilientes

• Sola de Carril

• Travessas resilientes

• Esmerilagem Acústica

• Instalação de Absorvedores de Ruído no Carril

• Carril Embebido

• Sistemas de fixação de carril tipo elástico

• Restrições de Horário de Circulação

• Restrições de Velocidade de Circulação (Afrouxamento)

• Restrição do Tipo de Material Circulante

• Aplicação de um sistema de Bonus/Malus aos Operadores

Barreiras acústicas tradicionais

De notar que a própria electrificação da Rede promove uma diminuição significativa do ruído emitido
pela circulação ferroviária, pois permite a utilização de material de tracção menos ruidoso. Observa-se
que 23% da electrificação existente ocorreu nos últimos 3 anos.

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Electrificação da rede ferroviária nacional

Não 2003
37% 3%
<2003
Sim 77% 2004
63% 15%

2005
5%

Medidas de minimização implementadas pela REFER à data de 31 de Dezembro de 2005.

Em
Medidas de
Instaladas projecto/em
minimização
construção

1 700 km (60% da
Via com barra rede com tráfego)
longa soldada -
(BLS) 725 km em GEF (71%
dos GEF)

54 km 71 km
Barreiras acústicas
44 km em GEF 64 km em GEF

54 600 m2
Manta de balastro -
48 254 m2 em GEF

Via tratada com


palmilhas 6 km -
resilientes

Via tratada com


1 km
solas de travessa

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Valorização das acções de carácter ambiental

Seguidamente apresentam-se alguns valores de custos associados a acções, da REFER, de carácter


ambiental.

Área Acção Ano Custo (€)

2004 13 168 000


Barreiras acústicas instaladas
2005 16 528 867

2004 39 098 000


Barreiras acústicas em projecto/construção
Ruído 2005 34 539 000

2004 40 000
Protocolo estabelecido com o centro de Análise e Processamento
de Sinais do Instituto Superior Técnico
2005 20 000

Cartografia digital da linha de Cascais 2005 18 658

2004 736 107


Gestão de resíduos
2005 306 209

Análises de resíduos para determinação da admissibilidade em 2004 3 432


aterro
2005 3 937

Análises de resíduos de travessas de madeira para avaliação da


2005 4 800
sua perigosidade

Resíduos Avaliação de novas formas de valorização dos resíduos de


2005 7 720
travessas de madeira

Implementação do sistema de recolha selectiva de resíduos de


2005 2 857
papel/cartão

Desenvolvimento da aplicação informática e-Residuos 2005 89 878

Protocolo com o Centro para a Valorização de Resíduos (CVR) da


2005 1 000
Universidade do Minho

Aquisição de unidades de participação do CVR 2005 5 000

Avaliação de
Estudos de impacte ambiental e relatórios de conformidade
impacte 2005 170 010
ambiental do projecto de execução
ambiental

Património 2004 20 000


Protocolo estabelecido com a Universidade de Évora
2005 20 000

Prospecção arqueológica no túnel do Rossio 2005 3763

Biodiversida 2003 4 081


de
Assessoria 2004 4 609

2005 700

2003 19 596
Instalação de dissuasores e plataformas para ninhos de cegonhas
2004 144 888

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Relatório de Sustentabilidade 2005
Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.

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Autonomia financeira – indicador que CH4 – Metano

apresenta o peso do capital próprio, CK – abreviatura de comboio-quilómetro,

relativamente ao Activo Líquido unidade de prestação de exploração

Balastro – material de granulometria ferroviária, correspondente ao deslocamento

seleccionada destinado a suportar e encastrar de 1 comboio na distância de 1 Km. O seu

as travessas, a distribuir as cargas transmitidas custo depende das características quer da

pelas travessas à plataforma, a conferir linha quer do comboio em causa

elasticidade à via e a facilitar a drenagem. CO2 – Dióxido de carbono

Quanto à sua natureza pode ser saibro de “Contratualização Global” (Outsourcing) –

grão grosso, brita de rocha calcária e brita de contratação de especialistas externos à

rocha dura, dividindo-se quanto às dimensões empresa para a realização de algumas

em normal (de 25 a 50 mm) e fino (de 16 e funções da empresa, proporcionando um

31.5 mm) que se destina a ser utilizado no desempenho mais eficaz e com custos

nivelamento inferiores

Barreira acústica – painel disposto em série ao CONVEL – abreviatura de Controle Automático

longo da via-férrea e de ambos os lados, em de Velocidade. Sistema de protecção de

zonas onde se torne necessário proteger o comboios que, através de circuitos

meio ambiente da agressividade sonora das ressonantes indutivos colocados na via e de

circulações equipamentos de bordo correspondentes,

BLS – abreviatura de Barra Longa Soldada: verifica de modo pontual se as velocidades

carril soldado, com um comprimento são cumpridas, se as frenagens são

indefinido, em que exista uma zona central, efectuadas e se os sinais de paragem são

de extensão variável com o tipo de fixação às respeitados. Em caso de anomalia, o sistema

travessas, em que as tensões internas atingem desencadeia a aplicação automática dos

o seu valor máximo e os movimentos estão freios, auxiliando assim os maquinistas no

impedidos exercício das suas funções, impedindo que a

Cadeia de valor – modelo de gestão que velocidade dos comboios ultrapasse certos

permite determinar o valor, que cada valores impostos pelas condições de

elemento ou segmento da cadeia acrescenta segurança

ao produto, que vai evoluindo através dessa Core business – negócio principal de uma

mesma cadeia empresa

CAE – Código de Actividade Empresarial dB(A) – decibel malha ponderada A

Capital estatutário – montante de capital


fixado nos estatutos da empresa

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Deservagem – tratamento preventivo, Intercidades – designação da família de

realizado periodicamente com recurso a comboios de passageiros que ligam

equipamento adequado para eliminar a regularmente duas cidades

vegetação daninha que prolifera no balastro e Isolador – dispositivo isolador de material

nos passeios da via cerâmico, intercalado na "catenária" para

Domínio Público Ferroviário – Bens de domínio separar a zona em tensão e que apresenta

público afectos ao funcionamento e à uma resistência à rotura, por tracção, de 9

exploração do serviço público ferroviário toneladas

Ecopista – rota de passeio não motorizado kgep – quilograma equivalente de petróleo

para lazer e contacto com a natureza, kgeqCO2 – quilograma equivalente de dióxido

resultante do aproveitamento de corredores de carbono

ferroviários desactivados Linhas electrificadas - Infra-estrutura de

Família de comboios - designação dada ao transporte ferroviário cujas vias estão

grupo de comboios com o mesmo itinerário equipadas por forma a permitir a tracção

de circulação, ou seja com idênticos tempos eléctrica, incluindo instalações de sinalização

de trajecto e CONVEL e de telecomunicações

FBCF – Formação Bruta de Capital Fixo, que Longo curso – forma corrente e abreviada de

significa o valor dos bens duradouros designar os comboios de longo curso que

adquiridos em cada ano, visando o aumento transportam passageiros em distâncias

da capacidade produtiva do país superiores a um dado patamar, normalmente

Fundos comunitários – Instrumentos financeiros fixado entre 50 e 100 km

de apoio comunitáro Manta de balastro - tapete de borracha ou de

INE – Instituto Nacional de Estatística material sintético colocada entre o balastro e

Infra-estrutura ferroviária – conjunto de todas a plataforma da via, para baixar o nível de

as instalações fixas respeitantes às vias ruído propagado através da estrutura da via

principais e de serviço e às estações Marcha – comboio em vazio efectuado por

necessárias à circulação ferroviária, incluindo razões de gestão do material, ou outras

edifícios afectos ao serviço das infra-estruturas, Mercadorias – composições essencialmente

bem como o conjunto dos elementos utilizadas para o tráfego de mercadorias

referidos na parte A do Anexo I Regulamento N2O – Óxido de azoto

nº1108/70 /CE. DLnº270/2003 de 28 de


Outubro

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Norma ISO 14001- Norma orientadora na Plano de Gestão de Resíduos – Documento


implementação e certificação de sistemas de desenvolvido pela Direcção de Ambiente com
gestão ambiental a colaboração da Direcção de
Notação de rating – classificação de Aprovisionamentos e Logística, Direcção de
entidades, em função do seu risco de crédito Conservação e Manutenção e Direcção Geral
Notch – níveis de diferença entre notações de de Engenharia, que após a avaliação da
rating situação de referência equacionou as linhas
NP EN ISO 9001:2000 – Norma orientadora na de acção, orientações e objectivos
implementação de sistemas de gestão da estratégicos para o desenvolvimento do
qualidade sistema de gestão de resíduos da REFER.
NUT – Nomenclatura das Unidades Territoriais PN – abreviatura de Passagem Nivelada ou
para fins Estatísticos Passagem de Nível: travessia de nível do
“Pacote Ferroviário I” – conjunto de Directivas caminho-de-ferro com uma estrada nacional
Comunitárias que define as condições de ou municipal.
prestação dos serviços de transporte ferroviário Rádio solo-comboio c/ transmissão de dados
e de gestão da infra-estrutura ferroviária, – Sistema de comunicações para controlo e
promovendo a coerência na concessão de comando de circulação, com fonia e
licenças a empresas ferroviárias, no acesso à transmissão de dados ligados ao CONVEL,
infra-estrutura ferroviária e na emissão de estabelecido entre o maquinista e o terreno ou
certificados de segurança vice-versa.
PCB’s – Bifenilos policlorados. Rádio solo-comboio s/ transmissão de dados -
Pendular – comboio de Pendulação, também Sistema de comunicações em fonia, para
designado por "comboio basculante", ou controlo e comando de circulação,
simplesmente "pendular", cuja tecnologia estabelecido entre o maquinista e o terreno ou
permite a prática de velocidades superiores às vice-versa.
do material convencional, nas curvas e sem “rail pad” - placa de borracha ou de material
perda de segurança, ao mesmo tempo que sintético colocada entre o chapim e a patilha
proporciona um maior conforto ao passageiro do carril, para baixar o nível de ruído
PIB – Produto Interno Bruto, que significa o valor propagado através do ar e da estrutura da via
da produção dos bens e serviços produzidos Rede complementar – a rede complementar
no país, durante um ano da rede ferroviária nacional, compreende as
PIDDAC – Programa de Investimentos e linhas e ramais de interesse público não
Despesas de Desenvolvimento da incluídas na rede principal. DLnº10/90 de 17
Administração Central de Março

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Rede principal – a rede principal ferroviária é Suburbanos – forma corrente e abreviada de

composta pelas linhas vocacionadas para a designar os comboios suburbanos que visam

prestação de serviços de transportes de satisfazer as necessidades de deslocação

passageiros, nacionais e internacionais, de dentro de um município ou de uma região

longo curso, grande velocidade e elevada metropolitana de transportes. DLnº10/90 de 17

qualidade e pelas linhas basicamente de Março

destinadas ao transporte de grandes volumes Taxa de uso – montante a pagar por um

de tráfego de passageiros deslocando-se operador ferroviário pela utilização de uma

diariamente entre os locais de residência e os linha ou de um troço de linha

locais de trabalho. DL nº10/90 de 17 de Março Travessa – elemento situado transversalmente

Regionais – forma corrente e abreviada de à via que faz a ligação entre o carril e o

designar os comboios regionais destinados a balastro. A roda actua sobre o carril,

dar resposta às necessidades dos passageiros transmitindo-lhes tensões elevadas, a travessa

no interior de uma dada região, recebe essas tensões e transmite-as,

designadamente de uma região autónoma. degradadas, à camada de balastro de tal

DL nº10/90 de 17 de Março e nº270/2003 de forma que elas sejam compatíveis com a sua

28 de Outubro capacidade de resistência e de deformação.

Serviço Público – serviço de interesse público, As travessas desempenham a função de

orientado para as necessidades da garantir, em conjunto com as fixações, a

população e não para o lucro distância entre os carris (bitola da via)

Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – O Travessa bibloco – travessa constituída por dois

Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é uma blocos de betão armado (não pré-esforçado),

parte integrante do sistema global de gestão com mesas de assentamento para os carris, e

da organização, que inclui a estrutura ligados por um perfil metálico (madre) que

funcional, as actividades de planeamento, garante a bitola da via

responsabilidades, práticas, procedimentos, Travessa de madeira para VL – travessa de

processos e recursos, para desenvolver, madeira para via larga (em que a distância

concretizar, rever e manter a Política de entre as faces interiores da cabeça dos carris

Ambiente. é de 1,668 metros) e com uma largura de 260


cm

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Travessa de via estreita – travessa de madeira Via múltipla – Infra-estrutura de transporte


para via métrica (em que a distância entre as ferroviário cujo perfil transversal de plena via
faces interiores da cabeça dos carris é de 1 apresenta mais do que duas vias em que,
m), também denominada via estreita, e cuja normalmente, há um só sentido de circulação
largura é de 240 cm para cada via
Travessa monobloco – travessa de via de uma Via única – infra-estrutura de transporte
só peça, fabricada em betão pré-esforçado. ferroviário cujo perfil transversal apresenta uma
A compressão aplicada no pré-esforço é só via que pode ser percorrida nos dois
suficientemente elevada para que a travessa sentidos
nunca sofra tracções por virtude das cargas a Volume de negócios – Quantia liquida das
que é suposto vir a ser submetida. Tem um vendas e prestações de serviços abrangendo
peso 50% superior ao da travessa bibloco as indemnizações compensatórias
“undersleeper pads” - placa de borracha ou respeitantes as actividades normais das
de material sintético colocada por baixo das entidades consequentemente após as
travessas, para baixar o nível de ruído reduções em vendas e não incluindo nem o
propagado através do ar e da estrutura da via imposto sobre o valor acrescentado nem
VAB – Valor Acrescentado Bruto, que outros impostos directamente relacionados
corresponde ao valor da produção de uma com as vendas e prestações de serviços.
empresa, sector industrial ou país, menos o
valor dos consumos intermédios; a soma dos
VAB corresponde ao PIB
Via dupla – infra-estrutura de transporte
ferroviário cujo perfil transversal apresenta duas
vias em que, normalmente, há um só sentido
de circulação para cada via
Via estreita – via em que a bitola, distância
entre as faces interiores da cabeça dos carris,
é de 1 metro. É por isso também denominada
Via Métrica
Via larga – a via dita larga ou normal é a que
tem uma bitola de 1668 mm, a praticada na
Península Ibérica. A via larga europeia tem
uma bitola de 1435 mm

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