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Hoje, é essa mesma Senhora que nos convoca para uma nova cruzada pela paz
no mundo e, em especial, por esta Terra de Santa Maria. É Nossa Senhora quem nos
pede que de novo empunhemos o terço, que é arma poderosa, e restauremos assim o
esplendor de Portugal.
Para esta guerra de paz e de amor, para esta luta do bem contra o mal,
contamos não só com a força de Deus e dos seus Santos Anjos, mas também com a
poderosa intercessão daquele que, nos campos de Aljubarrota, Atoleiros e Valverde,
venceu os inimigos de Deus e da pátria: São Nuno de Santa Maria!
Em primeiro lugar, parece que Nossa Senhora falhou no alvo que pretendia
atingir. Se a sua vinda estava relacionada com a conversão da Rússia e o fim da guerra
que se travava no centro da Europa, era nas distantes estepes russas ou em terras de
França que deveria ter aparecido, e nunca em Portugal, que embora potência
beligerante, estava muito arredado dos cenários da guerra e no extremo continental
oposto à que viria a ser a grande nação soviética.
Porquê esta oração? Decerto porque é uma prática a todos acessível, mas
porque também nessas longínquas paragens constava que, no outro extremo do
continente europeu, em Fátima, Maria tinha prometido a sua maternal protecção ao
povo russo. Num campo de concentração, numa caserna do exército, numa escola
pública, num hospital do Estado, numa repartição oficial, certamente não se poderia
celebrar comunitariamente a fé, mas até nesses lugares, oficialmente interditos a Deus,
se rezava pessoalmente o terço de Nossa Senhora. E quantos milhões de terços se não
terão rezado nesse país por esta intenção?! Foram essas contas, desgranadas com filial
confiança, que abriram as portas da esperança e que reinventaram o amor na renovada
expressão da nossa fé!
Este projecto, nascido à sombra do pendão de São Nuno Álvares Pereira e por
ocasião da sua solene canonização, a 26 de Abril de 2009, é um convite lançado a toda a
Igreja para que, na magnífica multiplicidade das suas Instituições e dos seus
Movimentos, se una na reza diária do Santo Rosário e, mensalmente, na recitação
comunitária do terço de Nossa Senhora, na primeira quinta-feira de cada mês. É
intenção prioritária dessa oração pessoal e comunitária a defesa da fé em Portugal,
prometida por Nossa Senhora aos três pastorinhos na aparição de 13 de Julho de 1917,
sem prejuízo de outras razões pelas quais os cristãos que assumem este compromisso
queiram também rezar.
Foi a Jacinta que, numa visão particular, contemplou o Santo Padre «numa casa
muito grande, de joelhos diante de uma mesa, com as mãos na cara, a chorar. Fora da
casa, estava muita gente: e uns atiravam-lhe pedras, outros rogavam-lhe pragas e
diziam-lhe muitas palavras feias. Coitadinho do Santo Padre! Temos de rezar muito por
ele!».
Esta profética visão é hoje uma triste realidade, pois a amabilíssima pessoa do
Papa Bento XVI é publicamente enxovalhada e objecto dos mais soezes e injustos
ataques. Do mesmo modo como a bem-aventurada Jacinta reagiu, em 1917, com ainda
mais orações e heróicos sacrifícios pelo Romano Pontífice, respondamos a esta
campanha mundial com uma mais intensa prece pelo «doce Cristo na terra», como
gostava de dizer Santa Catarina de Sena, numa cada vez mais inquebrantável adesão a
Sua Santidade e ao seu magistério. Sejamos dignos de ostentar, também nestes
conturbados tempos, o grandioso título de nação fidelíssima, outrora concedido pela Sé
Apostólica ao nosso país e aos seus reis.
Reza pois, todos os dias, o terço do Santo Rosário, porque Nossa Senhora é
1) Virgem prudentíssima
2) Virgem venerável,
3) Virgem louvável,
4) Virgem poderosa,
5) Virgem clemente,
6) Virgem fiel,
7) Espelho de justiça,
8) Sede da sabedoria
Que cada Glória seja um cântico de louvor à Santíssima Trindade! Que cada
Pai-Nosso seja um acto de fé, de esperança e de caridade! Que cada Avé-Maria seja um
acto de entrega pessoal a Cristo e à sua Igreja!
Que cada oração seja, em suma, um tiro certeiro contra o mal e uma rosa de
amor posta, com devoção, aos pés de Nossa Senhora, nossa Mãe e Rainha de Portugal.