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O Brasil que é negado

(*)Adeildo Vila Nova

O Brasil é composto por, aproximadamente, 180 milhões de brasileiros. Deste total, quase
metade é composta por negros. Mas isso não se reflete quando falamos em acesso a bens e
serviços, a universidades entre outros. Por quase quatro séculos, os negros foram submetidos ao
trabalho escravo e tratados como mercadoria, além de serem considerados uma raça inferior.
Sem direito, sequer, de exercer a sua própria religião. Todo este contexto criou uma imagem e
alguns preconceitos contra o negro, que ele só serve para o trabalho pesado, não lhe dando
oportunidade para sua promoção e ascensão social e cultural. Além disso, negam toda a
contribuição trazida da África para a formação da nossa sociedade como nas áreas de literatura,
culinária, artes e cultura em geral.

A perpetuação desses valores morais e sociais sobre o negro durante todo o período da
escravidão, bem como a negação da sua contribuição para a formação da sociedade brasileira,
fez com que os negros sejam excluídos de várias maneiras. Através das piadas pejorativas, na
hora uma seleção para uma vaga no mercado de trabalho e dos ciclos de amizade. Estas são
algumas formas de manifestação do racismo e do preconceito. Até mesmo na educação, o negro
é pouquíssimo representado. São apenas 2,5% nas universidades, segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Esta pouca representação é resultado da grande
evasão escolar dos negros nos anos iniciais de seus estudos. Por conta da condição social em que
se encontram, já que, entre os pobres, o negro é a maioria absoluta. Além, é claro, da péssima
qualidade de ensino público brasileiro.

Portanto, torna-se urgente a aplicação efetiva das Políticas Públicas de Ações Afirmativas no
Brasil para que possamos minimizar as condições de desigualdade e exclusão, às quais os negros
estão submetidos. Sabemos que estas políticas não resolverão todas as questões, mas já é um
começo para pensar nestas situações de inferioridade social, cultural e educacional. Não
podemos mais esperar e ficar olhando passivamente para esta realidade. Temos que ter um
Brasil com oportunidades iguais para todos, brancos e negros. Onde possamos viver em harmonia
com o semelhante, não importando a cor da sua pele.

(*)Adeildo Vila Nova é diretor da Associação Cultural dos Afro-Descendentes da Baixada Santista –
AFROSAN e aluno do curso de Serviço Social do Centro Universitário Monte Serrat – UNIMONTE

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