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Foram vários os factores que permitiram esta evolução durante a segunda metade
do século XX e no princípio do novo século:
Esta análise poder-nos-á levar a concluir que o nosso país afinal se encontra
em franco crescimento populacional, contrariando as tendências demográficas dos
países desenvolvidos, tal facto não é verdade, este aumento deve-se em grande
parte à imigração.
A taxa de natalidade, em 2007, apresentava os valores mais altos nas duas Regiões Autónomas e na
Grande Lisboa, na Península de Setúbal e no Algarve. Os valores mais baixos ocorriam em regiões do
Interior: Alto Trás-os-Montes, Douro, Serra da Estrela, Beira Interior Norte e Sul, Cova da Beira,
Pinhal Interior Norte e Sul, Alto Alentejo, Alentejo Litoral e Central.
• Nas comunidades rurais ainda se regista a tendência para um maior número de filhos, pois estes são,
em geral, uma ajuda na actividade agrícola e um amparo para os pais na velhice.
• Nas famílias mais tradicionais e com maior disponibilidade económica é comum um número elevado
de filhos.
• Nos meios mais promíscuos e degradados, onde se desconhece qualquer prática de planeamento
familiar, ocorre, normalmente, um grande número de nascimentos.
• Investimento na educação dos filhos, curso superior e os estudos pós-graduação, por vezes fora de
casa.
• Stress da vida urbana acrescido do aumento dos tempos de deslocação entre casa-emprego.
A taxa de mortalidade, em 2007, apresentava os valores mais altos nas mesmas regiões onde a taxa
de natalidade era mais baixa. Os valores mais baixos pertenciam à Península de Setúbal e às regiões
do Norte Litoral: Cávado, Ave, Grande Porto, Tâmega e Entre Douro e Vouga.
• Melhoria dos hábitos de higiene pessoal e das condições de trabalho (redução de horas de trabalho e
melhores condições de segurança).
• O stress da vida urbana associado a hábitos alimentares incorrectos, a alimentos cada vez menos
naturais e ao consumo de álcool, tabaco e outras drogas representam uma quota-parte crescente da
A taxa de crescimento natural apresentava valores positivos apenas em 11 NUTS 111, destacando-se
pela negativa a maioria das regiões do Interior, mais despovoadas e com população mais envelhecida
e, por isso, com taxa de natalidade mais baixa e taxa de mortalidade mais alta.
A redução da taxa de mortalidade infantil ficou a dever-se à melhoria generalizada das condições de
vida em Portugal, sobretudo, na assistência médica durante a gravidez e o parto e no primeiro ano
de vida. Outro factor importante foi a difusão de informação sobre os cuidados a dispensar às
crianças.
As migrações caracterizam, desde há muito, o espaço português, embora tenham variado as razões e
as origens, os destinos e a intensidade dos fluxos migratórios.
A nível interno, o êxodo rural foi muito acentuado nas décadas de 60 e 70 e contribuiu
decisivamente para a actual desigualdade na repartição espacial da população. Actualmente, o êxodo
rural ainda persiste, mas direccionado, sobretudo, para as cidades de média dimensão.
A nível externo, a emigração teve a sua maior expressão na década de 60 e início de 70, sobretudo
em direcção aos países da Europa Ocidental, principalmente França e Alemanha, devido ao fraco
desenvolvimento das actividades económicas no nosso País, à falta de emprego, ao regime político
de ditadura e à guerra colonial, que levou muitos jovens a emigrar para fugirem ao serviço militar.
Durante os anos 80, continuou a tendência decrescente da emigração, verificando-se também que
esta passou a ser predominantemente temporária - por um período inferior a um ano. Na década
seguinte, a emigração aumentou novamente, mantendo-se, no entanto, em valores baixos até à
actualidade.
Em meados dos anos 90, o saldo migratório voltou a ter valores positivos, facto que se deveu ao
aumento da imigração. A integração na União Europeia, o crescimento económico e a
internacionalização da economia portuguesa tornaram Portugal um país atractivo.
CRESCIMENTO EFECTIVO