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CONSIDERAES FINAIS
Vimos que a educao por si s, no pode garantir oportunidades de ascenso
social se a economia no as gera. As bases econmicas e materiais da sociedade
capitalista iro determinar a diviso de classes, a desigualdade e a prpria
educao. Coube-nos, neste breve artigo, a tarefa de esclarecer a relao histrica
entre educao e cidadania no Brasil. Buscamos, nesse sentido, demonstrar que a
educao tem l sua importncia, todavia, no possui o alegado poder de
transformao da sociedade.
Na verdade a nfase na educao para as massas vem desde Adam Smith (1983,
p.217). O economista poltico defendia a educao como necessria manuteno
da ordem social que estava posta.Vejamos:
Quanto mais instrudo for o povo, tanto menos estar sujeito s iluses do
entusiasmo e da superstio que, entre naes ignorantes, muitas vezes do origem
s mais temveis desordens. Alm disso, um povo instrudo e inteligente sempre
mais decente e ordeiro do que um povo ignorante e obtuso.
A educao exigida como requisito cidadania representa a negao da
racionalidade prpria da classe trabalhadora. A elite dominante quer impor seu
ideal de educao. Trata-se de uma formao sem a qual o homem no teria
direito aos bens produzidos pela sociedade. o alegado. Em verdade, a classe
trabalhadora j possui o direito igualdade de acesso aos bens materiais e culturais
que a esto. Assim, a educao representa no o meio de acesso aos referidos
bens, mas, pelo contrrio, o entrave que justifica e racionaliza sua excluso.
Referncias
ARROYO, Miguel et ali. Educao e cidadania: quem educa o cidado, So Paulo:
Cortez, 2003.
BOTTOMORE, Tom. Dicionrio do pensamento marxista, Rio de Janeiro: Zahar,
2001.
CHAU, Marilena. Primeira filosofia, So Paulo: Brasiliense, 1985.