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TEMPO PASCAL. SEXTA SEMANA.

QUARTA-FEIRA

85. OS FRUTOS NO APOSTOLADO


– Anunciar na sua integridade a doutrina de Jesus Cristo. O exemplo de São Paulo e dos
primeiros cristãos.

– Semear sempre; é Deus que dá os frutos. Constância no apostolado.

– O lugar privilegiado da mulher na evangelização da família.

I. A LEITURA DA MISSA revela-nos o espírito apostólico de São Paulo no


meio de um mundo pagão. Em Atenas, no Areópago, o Apóstolo prega a
essência da fé cristã tendo em conta a mentalidade e a ignorância dos
ouvintes, mas sem omitir as verdades fundamentais. Sabia muito bem que a
doutrina que expunha chocaria frontalmente com as convicções dos
atenienses, mas não a adapta, deformando-a, para torná-la mais
“compreensível”.

Com efeito, ao ouvirem falar da ressurreição dos mortos, uns não o


levaram a sério e outros disseram, enquanto abandonavam o recinto: A
respeito disso, ouvir-te-emos em outra ocasião1. São Paulo deixou a cidade e
foi para Corinto, mas, muito tempo depois, ainda recordará o episódio do
Areópago, “diante de uns atenienses que eram amigos de novos sermões,
mas não faziam caso das palavras que ouviam nem se preocupavam com o
seu conteúdo: só lhes interessava ter alguma coisa nova que comentar”2.

Os Apóstolos pregaram o Evangelho na sua integridade, e assim o tem


feito também a Igreja ao longo dos séculos. “São Paulo ensinou todas as
verdades e todos os preceitos de Cristo, mesmo os mais severos, sem calar
nem mitigar nada. Falou da humildade, da abnegação, da castidade, do
desprezo das coisas humanas, da obediência, do perdão aos inimigos e de
outros assuntos semelhantes. E não teve receio algum em declarar que entre
Deus e Belial é forçoso escolher aquele a quem se quer obedecer, e que não
é possível ter os dois por mestres; que um julgamento temível nos aguarda
depois da morte; que não é lícito mercandejar com Deus; que só se pode
esperar a vida eterna se se cumpre toda a lei, e que o fogo eterno espera os
que desobedecem a essa lei fazendo concessões às suas cobiças. Jamais o
Pregador da verdade teve a ideia de se abster de tratar destes temas sob o
pretexto de que, dada a corrupção da época, podiam parecer demasiado
duros àqueles a quem se dirigia”3. E nós devemos agir da mesma maneira.

Quem anuncia a doutrina de Cristo deve acostumar-se a ser impopular em


muitas ocasiões, a ir contra a corrente, sem ocultar os aspectos dessa
doutrina que se revelem mais exigentes: sentido da mortificação, honradez e
honestidade nos negócios e na actividade profissional, generosidade no
número de filhos, castidade e pureza na vida conjugal e fora dela, valor da
virgindade e do celibato por amor a Cristo... Porque não temos outras receitas
para curar este mundo doente: “Porventura um médico receita remédios
inúteis ao seu paciente porque este tem horror àquilo que o poderia curar?”4

Isto não quer dizer que não devamos esforçar-nos por ser sempre
oportunos, tornando amável e atraente a doutrina do Senhor, porque não
atrairemos ninguém à fé sendo destemperados ou intempestivos, mas usando
de afecto, bondade e paciência.

II. DEUS FAZ FRUTIFICAR a nossa oração e o nosso esforço de forma


muitas vezes inesperada: Os meus eleitos não trabalharão em vão5,
prometeu-nos Ele. E na antífona da Comunhão lemos hoje as consoladoras
palavras do Senhor: Fui eu que vos escolhi e vos constituí para que vades e
deis fruto, e o vosso fruto permaneça6.

A missão apostólica é umas vezes sementeira, sem frutos visíveis, e outras


colheita, talvez daquilo que os outros semearam com a sua palavra, com a
sua dor oculta no leito de um hospital ou num trabalho escondido e sem
brilho. Em ambos os casos, o Senhor quer que se alegrem juntos o semeador
e aquele que ceifa7.

Se os frutos tardam em chegar ou nos assalta a tentação de medir o valor


dos nossos esforços pelos resultados imediatos, devemos lembrar-nos de que
haverá ocasiões em que não veremos as espigas maduras; outros as
colherão. O Senhor pede-nos que semeemos sem descanso e que
experimentemos a alegria do lavrador, confiantes em que a semente lançada
ao sulco um dia brotará. Assim evitaremos o desânimo, que é muitas vezes
sinal de falta de rectidão de intenção, de não estarmos trabalhando para o
Senhor, mas para afirmar o nosso eu. Aquilo que não pudermos acabar será
terminado por outros.

Não pretendamos também arrancar o fruto antes de estar maduro. “Não


estraguemos a flor abrindo-a com os nossos dedos. A flor abrir-se-á e o fruto
amadurecerá na estação e na hora que só Deus conhece. A nós cabe-nos
plantar, regar... e esperar”8. A constância e a paciência são virtudes
essenciais em toda a tarefa apostólica; ambas são manifestações da virtude
da fortaleza.

O homem paciente parece-se com o semeador, que conta com o ritmo


próprio da natureza e sabe executar cada operação no tempo oportuno: arar,
semear, regar, adubar, colher: uma série de tarefas prévias, antes de ver a
farinha pronta para o pão que alimentará toda a família. O impaciente quereria
comer sem semear. Se abandonássemos a luta pela nossa santidade e pela
dos outros por não vermos resultado nenhum, estaríamos manifestando uma
visão muito humana da nossa tarefa apostólica, que contrastaria abertamente
com a figura paciente de Jesus. Ele sabe esperar dias, semanas, meses e
anos antes da conversão do pecador. As almas necessitam de um tempo que
nós não sabemos calcular. Façamos bem a sementeira e depois sejamos
pacientes; peçamos a Deus a fortaleza de ser constantes.

III. DA PREGAÇÃO DE SÃO PAULO durante o tempo que passou em


Atenas surgiu a primeira comunidade cristã daquela cidade: Alguns homens
aderiram a ele e creram: entre eles, Dionísio o Areopagita, uma mulher
chamada Dámaris e, com eles, ainda outros9. Foram a primeira semente
plantada pelo Espírito Santo, da qual surgiriam depois muitos homens e
mulheres fiéis a Cristo.

A mulher convertida é mencionada pelo nome: Dámaris. É uma das


numerosas mulheres que aparecem no livro do Actos dos Apóstolos, como
manifestação clara de que a pregação do Evangelho era universal. Os
Apóstolos seguiram em tudo o exemplo do Senhor, que, apesar dos
preconceitos da época, anunciou a boa nova do Reino tanto aos homens
como às mulheres10. São Lucas também nos refere que a evangelização do
continente se iniciou por uma mãe de família, Lídia, que logo a seguir iniciou a
tarefa apostólica pela sua própria família, conseguindo que todos os da sua
casa recebessem o batismo11. Entre os samaritanos, quem primeiro recebeu
a mensagem de Cristo foi uma mulher, e foi ela a primeira que a difundiu na
sua cidade12.

O Evangelho mostra-nos como as mulheres seguiam e serviam o Senhor,


como estiveram ao pé da Cruz e foram as primeiras a perceber que o
sepulcro estava vazio. Não encontramos nelas o menor sinal de hipocrisia no
trato com o Senhor, nem injúrias ou deserções.

São Paulo teve uma profunda visão do papel que a mulher cristã viria a
desempenhar como mãe, esposa e irmã na propagação do cristianismo.
Podemos observá-lo pelo tratamento que lhes concede na sua pregação e
nas suas cartas. Algumas delas são especialmente mencionadas com
agradecimento, pela ajuda sacrificada que lhe prestaram na sua tarefa
evangelizadora.

Na nossa época, como em todas, a mulher desempenha um papel


extraordinário no apostolado e na preservação da fé. “A mulher está
destinada a levar à família, à sociedade civil, à Igreja, algo de característico,
que lhe é próprio e que só ela pode dar: a sua delicada ternura, a sua
generosidade incansável, o seu amor pelo concreto, a sua agudeza de
engenho, a sua capacidade de intuição, a sua piedade profunda e simples, a
sua tenacidade...”13

Se essas qualidades de que Deus dotou a personalidade da mulher forem


desenvolvidas e actualizadas, “a sua vida e o seu trabalho serão realmente
construtivos e fecundos, cheios de sentido, quer passe o dia dedicada ao
marido e aos filhos, quer, tendo renunciado ao casamento por alguma razão
nobre, se entregue plenamente a outras tarefas. Cada uma no seu próprio
caminho, sendo fiel à sua vocação humana e divina, pode realizar e realiza de
fato a plenitude da personalidade feminina. Não esqueçamos que Santa
Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens, é não apenas modelo, mas também
prova do valor transcendente que pode ser alcançado por uma vida
aparentemente sem relevo”14. Pedimos à Virgem pelos frutos deste trabalho
da mulher na família, na sociedade, na Igreja, e que haja sempre entre elas
abundantes vocações de entrega a Deus.

(1) At 17, 32; (2) São João Crisóstomo, Homilias sobre os Actos dos Apóstolos, 39; (3) Bento
XV, Enc. Humanum genus; (4) ib.; (5) Is 65, 23; (6) Jo 15, 16-19; (7) cfr. Jo 4, 36; (8) G.
Chevrot, Jesus e a Samaritana; (9) Act 17, 34; (10) cfr. Sagrada Bíblia, Actos dos Apóstolos;
(11) cfr. Act 16, 14; (12) cfr. Jo 4, 1 e segs.; (13) São Josemaría Escrivá, Questões actuais do
cristianismo, n. 87; (14) ib.

(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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