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SANTO ANDRÉ
2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
SANTO ANDRÉ
2009
Sumário
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
2. OBJETIVOS.......................................................................................................................6
3. PARTE EXPERIMENTAL................................................................................................6
3.1. Materiais .....................................................................................................................6
3.2. Métodos ......................................................................................................................6
3.2.1. Testes de densidade e solubilidade em Etanol....................................................6
3.2.2. Análise do biodiesel. ..........................................................................................7
3.2.3. Qualificação de biodiesel metílico e etílico........................................................7
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................8
4.1.1. Testes de densidade e solubilidade em Etanol....................................................8
4.1.2. Análise do biodiesel. ..........................................................................................9
4.1.3. Qualificação de biodiesel metílico e etílico......................................................10
5. CONCLUSÃO..................................................................................................................11
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................11
7. ANEXOS ..........................................................................................................................13
7.1. Anexo 1 – Questões de verificação ..........................................................................13
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1. INTRODUÇÃO
O biodiesel é um combustível biodegradável obtido a partir de fontes
renováveis que surgi como uma alternativa para diminuir a importação do petróleo e
os impactos ambientais. [1]
Ele pode ser obtido por diferentes processos como o craqueamento, a
esterificação ou pela transesterificação. Esta última consiste numa reação química
de óleos vegetais ou de gorduras animais com o álcool (etanol ou metanol),
utilizando um catalisador (que pode ser um ácido, uma base ou enzima). A este tipo
de transesterificação foi dado o termo de alcoolize, tendo como produtos principais o
éster (biodiesel) e o glicerol (glicerina).[2]
A Figura 1 mostra a representação de uma reação de transesterificação de um
triglicerídeo com um álcool, obtendo-se como produtos o éster e a glicerina. Esta
reação tem três etapas:
Diversos alcoóis podem ser utilizados neste tipo de reação, sendo que o
metanol (CH3OH) e o etanol (CH3CH2OH) são os mais comuns.
O metanol é o mais usado na transesterificação devido a sua natureza física e
química (cadeia curta e polaridade). Já o etanol é mais popular, por ser renovável e
muito menos tóxico que o metanol. [1]
A rota metílica (quando o metanol é o álcool utilizado na reação) normalmente
apresenta melhor rendimento quando comparada a rota etílica (quando o etanol é o
álcool utilizado na reação). O problema do etanol é que apesar de mais barato e
menos tóxico, é mais higroscópico, ou seja tem tendência em absorver água. A água
presente no etanol interfere na reação, reduzindo a quantidade de produto, além da
probabilidade de formação de emulsão na mistura dos ésteres devido à
saponificação do óleo vegetal. [1]
A Figura 2 mostra o fluxograma do processo de formação de um biodiesel.
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D1 d c
Rf = = (1)
D2 d s
Onde:
D1 = dc = distância percorrida pelos componentes da mistura.
D2 =ds = distância percorrida pelo eluente.
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2. OBJETIVOS
O objetivo do experimento é qualificar e diferenciar amostras de biodiesel e
óleo vegetal por diversos métodos – densidade solubilidade e metanol e
cromatografia.
Também é objetivo deste experimento verificar a presença de sabão –
subproduto não desejado – nas amostras de biodiesel.
3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1. Materiais
• Biodiesel metílico.
• Biodiesel etílico.
• Etanol.
• Iodo ressublimado.
• Hexano.
• 2 béqueres.
• Proveta.
• Pipeta volumétrica.
• Placa de Petri.
• Balança semi-analítica.
3.2. Métodos
3.2.1. Testes de densidade e solubilidade em Etanol.
3.2.1.a. Parte 1 – Densidade.
Pesou-se em uma balança semi-analítica a massa de uma proveta de 10mL,
em seguida adicionou-se 3mL da “amostra desconhecida A”. Pesou-se novamente a
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proveta. Com posse dos valores das massas de cada pesagem, foi calculada a
densidade da amostra desconhecida. Tais procedimentos foram repetidos com a
“amostra desconhecida B”.
mesmo procedimento para o “Biodiesel 2”. Tal procedimento foi efetuado com o
intuito de verificar fatores como, separação das fases (água/ biodiesel), formação de
emulsão estável e formação visível de bolhas, para identificação de cada biodiesel.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1.1. Testes de densidade e solubilidade em Etanol.
Na Tabela 1 se encontram as massas e as densidades calculadas das
amostras A e B. Sendo que a massa da amostra é a diferença entre as massa do
conjunto (proveta + amostra) e da proveta isolada.
Tabela 1 – Massas e densidades das amostras A e B.
altura (cm)
Altura total 3,5
A 3,4
B 2,8
Biodiesel (ref) 3,3
Óleo vegetal (ref) 2,7
10
Biodiesel 1 Biodiesel 2
separação lenta não separou
não emulsificou emulsificou
sem bolhas muitas bolhas de sabão visíveis
O biodiesel metílico não sofre o mesmo processo por ser fabricado a partir de
metanol, este não possui a mesma afinidade que o etanol em formar compostos
emulsificados.
5. CONCLUSÃO
Conclui-se que existem diversas formas de se identificar compostos químicos,
dadas as diferentes propriedades físicas e químicas das substâncias tais como
densidade, solubilidade e outras.
Conclui-se também que os diferentes tipos de biodiesel apresentam não
apenas características físicas diferentes mas exigem cuidados específicos em seus
processos de produção, como o caso do biodiesel etílico, no qual não é interessante
a presença de sabão no produto final, que pode ocorrer caso haja água junto ao
etanol usado na fabricação.
Ressalta-se o processo de identificação por cromatografia, que permite
comparar ao mesmo tempo diversos compostos em relação ao seu comportamento
na presença do eluente.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7. ANEXOS
7.1. Anexo 1 – Questões de verificação
Respostas das Questões de Verificação do Experimento 4 – TQ
Q1:
C17H31 – COO – CH2 H H CH2 – OH
| | | |
C17H31 – COO – CH + 3 H–C–C–O–H 3 C17H31 – COO – C2H5 + CH – OH
| | | |
C17H31 – COO – CH2 H H CH2 – OH
Figura 6 – Equação de reação de óleo de soja com etanol para a formação de biodiesel e glicerina. [8] [12]
Q2:
A função de um catalisador é fornecer um mecanismo (caminho) molecular
mais rápido para a ocorrência de uma reação.
Q3:
Transesterificação é uma reação química entre um éster (RCOOR’) e um álcool
(R’’OH) da qual resulta um novo éster (RCOOR’’) e um álcool (R’OH) – R, R’ e R’’
são radicais orgânicos. A transesterificação é o processo mais utilizado atualmente
para a produção de biodiesel. O processo se inicia juntando o óleo vegetal com um
álcool (metanol, etanol, propanol, butanol) e catalisadores (que podem ser ácidos,
básicos ou enzimáticos) formando um novo éster (biodiesel) e glicerina.
A Saponificação ocorre quando um éster (RCOOR’) em solução aquosa de
base inorgânica (R’’OH) origina um sal orgânico (R’’’R’’’’) e álcool (R’’’’’OH) – R, R’,
R’’’, R’’’’ e R’’’’’ são radicais orgânicos e R’’ é um radical inorgânico. A reação de
Saponificação também é conhecida como hidrólise alcalina, através dela é que se
torna possível o feitio do sabão. Falando quimicamente, seria a mistura de um éster
(proveniente de um ácido graxo) e uma base (hidróxido de sódio, por exemplo) para
se obter sabão (sal orgânico). A equação abaixo demonstra este processo:
Éster + Base Forte Sabão + Glicerol (2)[13] C
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Q4:
Durante a “parte 1”, era de se esperar que a amostra que continha o biodiesel
possuísse maior densidade, devido a sua massa / volume em escalas moleculares
ser maior que a do óleo de soja (observe uma analogia na Figura 6) e que ele
solubilizasse em água, enquanto que o óleo não. Portanto, analisando estes dois
fenômenos em cada amostra desconhecida, chegou-se à conclusão que a “amostra
desconhecida A” é o biodiesel metílico e a “amostra desconhecida B” é o óleo de
soja.
Q5:
Na “parte 2” do experimento, os mesmos tipos de amostras desconhecidas da
“parte 1” foram postos a teste no processo de cromatografia em camada delgada
(CCD). Para tanto, uma amostra de biodiesel e outra de óleo vegetal foram também
postas na camada para servirem como padrões cromatográficos. Todas as quatro
amostras estavam diluídas em hexano e uma gota de cada foi posta uma ao lado da
outra na placa de CCD contendo sílica. Após isso, a área onde continha as gotas
das amostras foi mergulhada em fase móvel (mistura de hexano e acetato de etila)
em um béquer que foi depois tapado. Quando a fase móvel atingiu a parte superior
pré-estabelecida da placa, a placa foi retirada do béquer até que secasse e colocada
em um béquer vazio com bolinhas de iodo. Após um tempo para o iodo sublimar, a
placa foi retirada do béquer e revelada com lâmpada UV. Notaram-se quatro pontos
na placa, cada ponto pertencente a uma amostra que percorreu certa distância na
placa de CCD. A “amostra desconhecida A” percorreu 3,4 cm, a “amostra
desconhecida B” percorreu 2,8 cm, o biodiesel 3,3 cm e o óleo de soja 2,7 cm.
Notou-se que a “amostra desconhecida A” percorreu quase a mesma distância que a
do biodiesel e a “amostra desconhecida B” praticamente a mesma que a do óleo de
soja. Portanto, conclui-se novamente que a “amostra desconhecida A” é o biodiesel
metílico e a “amostra desconhecida B” é o óleo de soja.
Q6:
A cromatografia em camada fina (ou delgada) é uma técnica simples, barata e
muito importante para a separação rápida e análise quantitativa de pequenas
quantidades de material. Ela é usada para determinar a pureza do composto,
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Depois que o solvente ascendeu pela placa, esta é retirada da cuba e seca até
que esteja livre do solvente. Cada mancha corresponde a um componente separado
na mistura original. Se os componentes são substâncias coloridas, as diversas
manchas serão claramente visíveis. Contudo, é bastante comum que as manchas
sejam invisíveis porque correspondem a compostos incolores. Para a visualização
deve-se "revelar a placa". Um método bastante comum é o uso de vapores de iodo,
que reage com muitos compostos orgânicos formando complexos de cor café ou
amarela. Outros reagentes para visualização são: nitrato de prata (para derivados
halogenados), 2,4-dinitrofenilidrazina (para cetonas e aldeídos), verde de
bromocresol (para ácidos), ninhidrina (para aminoácidos), etc.
Um parâmetro frequentemente usado em cromatografia é o "índice de
retenção" de um composto (Rf). Na cromatografia de camada fina, o Rf é função do
tipo de suporte (fase fixa) empregado e do eluente. Ele é definido como a razão
entre a distância percorrida pela mancha do componente e a distância percorrida
pelo eluente. Conforme a equação (1)
Quando as condições de medida forem completamente especificadas, o valor
de Rf é constante para qualquer composto dado e correspondente a uma
propriedade física. Este valor deve apenas ser tomado como guia, já que existem
vários compostos com o mesmo Rf.
Sob uma série de condições estabelecidas para a cromatografia de camada
fina, um determinado composto percorrerá sempre uma distância fixa relativa à
distância percorrida pelo solvente. Estas condições são:
1- sistema de solvente utilizado;
2- adsorvente usado;
3- espessura da camada de adsorvente;
4- quantidade relativa de material [7].
De acordo com a Tabela 4, o índice de retenção da amostra A é 0,971, sendo
mais próximo do biodiesel que teve o índice igual a 0,942. A amostra B teve índice
de 0,8 sendo este mais próximo do óleo vegetal com índice de 0,771.
Q7:
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