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por
concepo
so
abordadas
nos
poemas:
aborto,
Ele impelido pela lngua e pela sua experincia, associadas sua memria
discursiva, a fatos que s fazem sentido por se inscreverem em formaes
discursivas que representam situaes criadas em determinadas circinstncias
ideolgicas (ORLANDI, 2001). O sentido determinado pelas posies ideolgicas
colocadas em jogo no processo scio-histrico em que as palavras so produzidas.
Ao produzir seu discurso, o indivduo no expressa a sua conscincia livre de
interferncias. Ao contrrio, aquilo que ele discursiviza resultado de conjuntos
discursivos que lhe so anteriores, que foram por ele interiorizados em funo da
exposio scio-histrica a que todos os sujeitos esto submetidos, a partir da qual
so constitudas suas representaes discursivas sobre o mundo. Sobre isso,
Orlandi (2001) apresenta algumas contribuies da anlise do discurso para a
reflexo sobre a lngua e sua interpretao:
Problematizar as maneiras de ler, levar o sujeito falante ou o leitor a se colocarem
questes sobre o que produzem e o que ouvem nas diferentes manifestaes da
linguagem. Perceber que no podemos no estar sujeitos linguagem, a seus
equvocos, sua opacidade. Saber que no h neutralidade nem mesmo no uso
mais aparentemente cotidiano dos signos. A entrada no simblico irremedivel e
permanente: estamos comprometidos com os sentidos e o poltico. No temos
como no interpretar. (ORLANDI, 2001, p. 09)
Freitas aborda uma questo similar no poema uma mulher sbria (p. 13):
uma mulher sbria
uma mulher limpa
uma mulher bria
uma mulher suja
dos animais deste mundo
com unhas ou sem unhas
da mulher bria e suja
que tudo se aproveita
as orelhas o focinho
a barriga os joelhos
at o rabo em parafuso
os mindinhos os artelhos
feminina,
preconceito,
independncia
financeira,