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Vistos.
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria
Pblica da Unio, em favor de Alexandre Ortiz, buscando o afastamento
de incidncia da majorante prevista no inciso III do art. 40 da Lei n
11.343/06, bem como a mitigao do regime prisional estabelecido.
Aponta como autoridade coatora a Quinta Turma do Superior
Tribunal de Justia, que negou provimento ao agravo regimental
interposto pela defesa no REsp n 1.293.197-AgR/MS.
Aduz, para tanto, que:
(...)
Ao dar provimento ao recurso Ministerial, a colenda turma
considerou causa de aumento de pena o fato de a Paciente ter utilizado
como meio o fato de o paciente se locomover por intermdio de veculo
de transporte pblico, com base no artigo 40, inciso III, da Lei no
11.343/06.
Em rigorosa observncia aos princpios da interveno mnima,
proporcionalidade e vedao ao excesso do legislador e julgador, para a
configurao da causa de aumento da pena, mister a inteno dolosa
de prtica de traficncia no coletivo pblico, sob pena de se prestigiar a
responsabilidade objetiva.
Trata o artigo supramencionado do delito de traficncia em locais
onde seu comercio e sabidamente mais prejudicial, por ser objetivo do
agente a comercializao do entorpecente de forma facilitada pela
maior aglomerao de pessoas, de distribuio mais gil e disseminada.
Nesses casos, a mercancia da droga e mais gravosa, como no caso
do comrcio nas imediaes das escolas, locais onde se presta servio de
tratamento de dependentes, estabelecimentos prisionais, entre outros,
que consequentemente colocariam em risco a coletividade, a sade
publica, valendo-se da fragilidade e inocncia das pessoas alcanadas,
razo pela qual justificaria a causa de aumento de pena.
Temos ento que a majorante somente deve incidir naquelas
situaes em que o agente se valeu do transporte publico com o fim
especial de atingir um maior numero de pessoas com a pratica
criminosa, objetivando alcanar o maior nmero de pessoas possveis e
dificultando a ao policial, o que no se verifica no caso.
Ou seja, o legislador previu uma finalidade especfica para a sua
caracterizao, qual seja a possibilidade de atingir um maior nmero
de pessoas, que so mais facilmente alcanveis naqueles locais cuja
aglomerao manifesta, ou que as pessoas que ali frequentam so
mais vulnerveis ao uso do entorpecente.
Tal tese e confirmada pela brilhante deciso proferida pela Juza
de Direito da Vara Criminal de Ponta Por na sentena que condenou