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VILA VELHA-ES
2010
JOSÉ MARCELO MACIEL DOS SANTOS
VILA VELHA-ES
2010
JOSÉ MARCELO MACIEL DOS SANTOS
___________________________________
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VILA VELHA-ES
2010
A minha família.
AGRADECIMENTO
A todos os participantes da pesquisa, sem os
quais a realização deste trabalho não seria
possível.
"Se você tem uma maçã e eu tenho uma
maçã, e nós trocamos as maçãs, então você
e eu ainda teremos uma maçã. Mas se você
tem uma ideia e eu tenho uma ideia, e nós
trocamos essas ideias, então cada um de
nós terá duas ideias. (George Bernard
Shaw)"
RESUMO
É inegável a importância do computador na vida moderna. A quem diga que sem ele
não se vive. Pelo computador é possível fazer de tudo: trabalhar e estudar, comprar
e vender, rever amigos e fazer novas amizades, fazer amor e sexo ou terminar tudo
por causa dele, fazer justiça, ou ainda, cometer crimes com ele. O que muitos não
sabem é que o que dá vida ao computador é o sistema operacional, um programa
responsável pela interação de outros programas do computador com tudo a ele
conectado: monitor, teclado, mouse, impressora, portas USB, leitoras, CD/DVD Rom,
em fim, uma infinidade de equipamentos. Nas duas últimas décadas, um sistema
operacional, o Microsoft Windows, domina incontestavelmente o mercado. No
entanto, desde o início da década passada, o sistema operacional GNU/Linux,
surgido alguns anos antes, é apontado como uma ameaça a este reinado. Este
trabalho procura investigar se esta ameaça se concretizará, tomando a liderança do
Windows ou pelo menos conquistando parcela significativa do mercado ou será
apenas nisso: uma ameaça apenas.
LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS
INTRODUÇÃO ...................................................................................... 12
CONCLUSÃO ....................................................................................... 74
ANEXOS ............................................................................................... 78
12
INTRODUÇÃO
1 Sistema operacional: software que possibilita a comunicação entre outros softwares e o hardware
do computador.
2
O IDG Now é um sítio na internet que oferece notícias sobre as áreas de internet, computação
corporativa, computação pessoal, mercado, carreira, redes e telecomunicações.
13
CAPÍTULO 1 – O COMPUTADOR
1.1.1 – Hardware
Conforme exposto por Machado e Maia (1992), a parte do computador onde são
armazenadas instruções e dados é a memória principal. Ainda de acordo com estes
autores, a memória principal é classificada conforme sua volatilidade3 em volátil e
não volátil. Memória volátil é aquela que pode ser lida ou gravada enquanto que na
não volátil o acesso é apenas para leitura.
Por fim, dispositivos de entrada e saída são aqueles que permitem a comunicação
do computador com o mundo exterior. É através deles que ocorre a interação
homem/máquina (MACHADO e MAIA, 1995, p.9). São exemplos de dispositivos de
entrada e saída: monitor, teclado, mouse, caneta óptica, impressora.
1.1.2 - Software
3 Volatilidade refere-se a capacidade de preservar o seu conteúdo mesmo sem uma fonte de
alimentação. Dizer que uma memória é volátil significa dizer que ela perde seu conteúdo quando
o sistema é desligado (Deitel et al, 2005, p.58).
16
4 Compilador programa que converte programas em linguagem de alto nível, inteligível para o ser
humano, para linguagem de máquina (Deitel et al, 2005, p.48)
5 Linker é o utilitário que integra os vários módulos referidos por um programa em uma única
unidade executável (Deitel et al, 2005, p.53)
6 Depurador é o utilitário que permite ao usuário controlar toda a execução de um programa a fim de
detectar erros na sua estrutura (Machado e Maia, 1992, p.15).
7 Loader é o utilitário responsável por colocar fisicamente na memória um programa para execução
(Machado e Maia, 1992, p.14).
17
Foi dito anteriormente que um computador sem software, ou seja, apenas com o
hardware, é inútil. Porém, não é todo e qualquer software que vai tornar o
equipamento em algo útil. O software que dá vida ao computador é o sistema
operacional. Guesser (2006, p.34) afirma que:
11 Criptografia é o ato de codificar dados em informações aparentemente sem sentido, para que
pessoas não consigam ter acesso às informações que foram cifradas. Há varia usos para a
criptografia em nosso dia-a-dia: proteger documentos secretos, transmitir informações
confidenciais pela internet ou por uma rede local, etc. (TORRES)
21
Foi nessa década que foi criada a World Wide Web que ocasionou acelerada
popularidade da computação distribuída. Segundo Deitel et al (2005, p.11)
Com a criação da World Wide Web e as conexões de internet cada vez mais
velozes, a computação distribuída tornou-se trivial nos computadores
pessoais. Usuários poderiam requisitar dados armazenados em lugares
remotos ou requisitar a execução de programas em processadores
distantes. Grandes organizações podiam usar multiprocessadores
distribuídos (redes de computadores contendo mais de um processador)
para aumentar a escala de recursos e melhorar a eficiência [...]
Foi nos anos 1990 que a Microsoft dominou o mercado com o seu sistema
operacional Windows.
Ainda sobre a evolução dos sistemas operacionais no século XXI, Deitel et al (2005,
p.13) destacam:
Multiprocessadores e arquiteturas de rede estão criando numerosas
oportunidades de pesquisa e desenvolvimento de novas técnicas de projeto
de hardware e software. Linguagens de programação seqüencial que
especificam uma computação por vez agora são complementadas por
linguagens de programação concorrente como a Java, que habilitam a
especificação de computações paralelas. […] Um número cada vez maior
de sistemas exibe paralelismo maciço, ou seja, possuem grandes
quantidades de processadores de modo que muitas partes independentes
das computações podem ser executadas em paralelo. Esse é o conceito de
computação drasticamente diferente da computação seqüencial dos últimos
60 anos.
24
3.1.1 – História
Em 1985 a Microsoft lançou o Windows 1.0 (fig. 1), com suporte a interface gráfica
25
12 Um programa executado em memória real tem acesso a toda memória principal, inclusive a parte
que armazenava o sistema operacional.
26
No início da década de 1990, foi lançado o Windows 3.0, logo seguido pela versão
3.1(fig 3). Deitel et al descrevem as inovações desta versão (2005, p. 665).
A versão do Windows lançada em 1995, não traz o número da versão e sim o ano de
lançamento. O Windows 95 (fig 4) introduziu o botão iniciar, que a partir daí esteve
presente em todas as versões que o sucederam (CALORE, 2008).
Três anos depois é lançado o Windows 98 (fig. 5), que segundo Calore (2008) era
mais um upgrade de estabilidade que um novo sistema operacional. O marco desta
versão foi a integração do navegador Internet Explorer ao sistema operacional,
responsável mais tarde por vários processos antitruste contra a empresa.
29
Voltado para o mercado corporativo foi lançado em 2000 o Windows 2000. Esta foi a
primeira versão do Windows a oferecer atualizações automáticas pela Internet,
segundo informa Calore (2008). Outras inovações desta versão, de acordo com
Deitel et al (2005, p.665), era a possibilidade de configurar contas de usuários e
computadores remotamente. Ainda segundo Deitel et al, esta foi a última versão do
Windows voltada exclusivamente para empresas. Na figura abaixo (fig 6) tem-se a
linha do tempo de lançamento das versões Windows para o mercado de consumo e
corporativo no qual é possível verificar os “caminhos” percorridos até se
encontrarem no Windows XP.
30
problemática. Muito instável, o Windows ME foi lançado pouco antes do Windows XP e teve pouco
suporte. A interface inexplicavelmente ficava pior a cada programa instalado, mas a GUI era um
avanço em relação a versão 98 e antecipava o potencial do XP.
32
O Windows XP foi sucedido pelo Windows é o Vista (fig 8) lançado em 2007. Joyce e
Moon (2007, p.7) afirmam que o Vista foi projetado para trabalhar para o usuário e
não para o usuário trabalhar para o Vista. Joyce & Moom (2007, p.24) fazem uma
breve apresentação dos recursos inovadores e deslumbrantes do Vista, porém
salientam que o sistema só faz aquilo que o hardware do computador suportar, ou
seja, ainda que o usuário compre, ou consiga por outros meios, a versão mais
completa do Windows (Windows Vista Ultimate17), nem todos os recursos que o
software possibilita estarão disponíveis se a configuração do hardware não suportar
tal recurso. Por enquanto a única solução para isso é um upgrade das configurações
de hardware do equipamento.
17 O Windows vista é comercializado nas seguintes versões: Home basic, Home Premium, Business,
Enterprise e Ultimate.
18 Tradução livre do autor: Lançado com grande estardalhaço em janeiro de 2007, o Vista trouxe uma
nova GUI com animações agradáveis e transparências. Mas teve críticas não muito boas da
imprensa especializada e as vendas caíram devido a demora dos fabricantes de hardware e
software em produzir equipamentos/programas compatíveis. Muitos consumidores que compraram
PC com Vista pré-instalado fizeram downgrade para o velho XP devido aos problemas de
compatibilidade
33
O Windows 7 traz uma interface gráfica melhorada, a barra de tarefas foi re-
estilizada, e acessórios tradicionais do sistema, como o Notepad e Paint, que até o
Vista tinha a mesma interface da versão 3.x, foram modernizados. Uma novidade da
versão é o suporte a telas touch screen.
34
3.2 – GNU/LINUX
Embora o sistema seja mais conhecido como simplesmente Linux, existe no mundo
do software livre uma batalha sobre como o sistema deveria ser chamado. Campos
(2008) ressalta que a questão tem sido objeto de intensos debates há anos, sem que
um posicionamento geral e definitivo seja alcançado.
19
A Free Software Foundation afirma que a denominação correta do sistema é
GNU/Linux. Richard Stallman, fundador da Free Software Foundation e do projeto
GNU, faz a seguinte defesa a respeito deste nome.
Já Linus Torvalds21, segundo Campos (2008), acredita que o nome “GNU LINUX”
seria apropriado a uma distribuição Linux criada e mantida pelo projeto GNU.
19
Free Software Foundation é uma entidade sem fins lucrativos cuja missão é promover liberdade
para os usuários de computador e defender os direitos dos usuários de software livre.
20
Tradução livre do autor.
21
Criador do Linux
36
Nós já temos uma marca, Linux. Ela é facilmente reconhecida, a maioria dos
admistradores de sistema sabe o que é o Linux, muitas companhias
conhecem suas vantagens e um número crescente de usuários estão usando
uma distribuição deste sistema ao qual chamam de Linux. É fácil de falar,
comparado com GNU/Linux ou mesmo GNU. (...) Neste momento, Linux é o
22
nome de facto de todo o sistema, e deve ser aceito .
O projeto para desenvolver o sistema GNU, chamado Projeto GNU, foi concebido
22
Tradução livre do autor.
23 Upward-compatible refere-se ao hardware ou software que seja compatível com futuras versões
do produto. Quando se diz que um produto é upward-compatible está se declarando a intenção de
que as futuras versões dele serão desenvolvidas para serem compatíveis com versão atual. Fonte:
<http://www.yourdictionary.com/computer/forward-compatible>
37
em 1983 como uma forma de, segundo seus fundadores, trazer de volta o espírito de
cooperação dos primórdios da computação. Anteriormente a maioria dos programas
era livre, softwares livres eram distribuídos pelas companhias e os programadores
tinham liberdade para cooperarem uns com os outros alterando e modificando os
programas. Por volta de 1980, a maioria dos programas já era proprietária o que
acabou por proibir à cooperação entre os programadores, pois os proprietários dos
direitos autorais do software não forneciam acesso ao código fonte e proibia sua
alteração por terceiros.
Pelo fato do Linux original conter blobs25, os entusiastas do software livre mantêm
uma versão modificada do Linux apenas com programas livres.
24 Unix-like: o termo é utilizado para descrever sistemas operacionais que tem muitas características
do Unix original. Um sistema Unix-like possui as seguintes características: i) é derivado direto do
código original Unix; ii) inclui programas com comportamento e funcão similar ao Unix original,
mas com código fonte diferente; iii) possui todas ou a maioria dos recursos e melhorias
implementadas no Unix pela University of Califórnia at Berkeley. Fonte: <http://www.linfo.org/unix-
like.html>
25 Blobs são códigos proprietários presentes dentro do código do kernel do Linux. A função principal
deste blobs é permitir o funcionamento de hardware, a exemplo de placas de vídeo e de redes
wireless. Em outras palavras, o fabricante de determinado hardware oferece suporte (firmware) a
ele no Linux, mas libera o acesso ao código fonte do Linux. Fonte:
<http://blogs.techrepublic.com.com/opensource/?p=304>
38
De acordo com Teixeira (2008) o nome Linux surgiu da mistura de Linus + Unix.
Linus é o nome do criador do Linux e Unix é o nome de um sistema operacional do
qual o Linux se originou. Portanto, não se pode falar da história do Linux sem antes
falar sobre a origem do Unix.
Por fim, os autores comentam que à medida que a popularidade do Unix crescia, ele
foi transportado para operação em vários computadores e em com vários sistemas
de computação.
De acordo com Welsh e Kaufman (1997), essa primeira versão do Linux só tinha
noções básicas da fonte do kernel e pressupunham que o usuário teria uma
máquina Minix para compilá-la e executá-la.
26 Minix: sistema operacional criado pelo professor Andrew S. Tanembaum, da Vrije Universiteit, de
Amsterdã,
40
alternativa viável ao sistema operacional licenciado Unix (DEITEL et al, 2005, p.206).
A versão 2.2 do Linux, liberada em 1999, já contava com suporte a USB, CD-RW e
gerenciamento avançado de energia, visando ao mercado de computadores de
mesa.
Dois anos mais tarde foi liberada a versão 2.4. Para suportar hardwares mais novos
bem como dar maior suporte aos já existentes vários subsistemas do kernel foram
modificados e alguns deles completamente re-escritos (DEITEL ET AL, 2005).
A versão atual do Linux é a 2.6, que tem como foco a escalabilidade 27, a
conformidade aos padrões e as modificações de subsistemas do kernel para
melhorar o desempenho.
28 Oficialmente o K da sigla KDE não significa nada, sendo apenas a letra que precede o L de Linux.
42
3.2.4.1 – KDE
De acordo com Alecrim (2006), o KDE pode ser considerado um ambiente gráfico,
pois tem recursos que permite a visualização de imagens, vídeos, animações, entre
outros, bem como a interação com o computador através de mouse, teclado e outros
periféricos. Alecrim (2006) também o considera um gerenciador de janelas, ou seja,
o KDE também é uma ferramenta que determina o tamanho e formato de janelas,
botões, ícones, etc. Por fim, o autor também o considera um ambiente de desktop,
ou ambiente de mesa, pois oferece aplicativos muito úteis como editor de texto
Kword (parte do Koffice, uma suite de escritórios que equivaleria ao MS-Office para
Windows), o navegador de internet Konqueror, leitor de PDF e outros utilitários.
Por meio dela é possível acessar mais de uma área de trabalho no sistema,
alterando entre elas através de botões na barra do KDE.
A versão 1.0 do KDE (fig. 10) foi lançada em 12 de julho de 1998 e já contava com
barra de tarefas, um gerenciador de arquivos e vários aplicativos. Dois anos mais
tarde foi lançada a versão 2.0, totalmente re-escrita e tinha como principalmente
novidade o Konqueror um gerenciador de arquivos e navegador Web.
Entre as novidades da versão 3.0 do KDE, lançada em 2002, estavam efeitos novos
na interface, um centro de Controle muito mais amigável ao usuário e homogêneo.
Em janeiro de 2008, foi lançada a versão 4.0 do KDE. Segundo Morimoto (2008np):
Atualmente o KDE 4, está na versão 4.3 (fig. 12), lançada em 04 de agosto de 2009,
muito mais estável que 4.0, e com correção de milhares de falhas. Segundo Oliveira
45
(2009) dois conceitos marcam a versão 4.3 do KDE correções e velocidade. Para o
autor esta versão poderá marcar o início de um KDE mais usável e livre de algumas
falhas que no início impediram que alguns utilizadores da versão 3.x do KDE
iniciassem a sua migração.
3.2.4.2 – O Gnome
Tal qual o KDE, o Gnome é um das duas interfaces gráficas mais utilizadas no
GN/Linux. Perguntar em grupo de discussão de usuários GNU/Linux qual das duas
interfaces é a melhor, geralmente acaba em empate, ou pelo menos ninguém se
declara perdedor, após cada um ressaltar as qualidades de sua interface preferida e
os defeitos da outra. Os mais sensatos, no entanto, sabem que das duas a melhor é
que melhor se adéqua as necessidades do usuário, e ponto final.
46
Alecrim (2006) destaca que além de trabalhar com todos os recursos gráficos, o
Gnome também oferece um ambiente de desktop completo, isto é, disponibiliza
aplicativos para diversas finalidades (como jogos, editores de texto, planilhas,
gerenciados de arquivos, manipuladores de imagens, ferramentas para redes, etc),
controla recursos do computador, entre outros recursos.
A versão 1.0 do Gnome (fig. 13) foi lançada em 1999. O Lançamento ocorreu
durante a Linux World Expo, em San José, Califórnia.
Em junho de 2002, foi lançada a versão 2.0 do Gnome. Icaza apud Ney (2002np)
comenta sobre a versão:
O projeto GNOME 2.0 é o ponto mais alto de um grande esforço que teve o
duplo objetivo de melhorar dramaticamente a produtividade do
desenvolvedor e aprimorar significativamente a experiência do usuário. O
resultado é um ambiente desktop novo, elegante e multi-plataforma para os
usuários individuais, corporativos e de governos em todo o mundo.
Data de setembro de 2009, a última versão do Gnome, a 2.28 (fig. 14). Na página do
projeto, é dito o foco do GNOME nos usuários e na usabilidade continua na versão
2.26, com suas centenas de erros corrigidos e melhorias implementadas
3.2.5 – Distribuições
De acordo com Morimoto (2008), no começo instalar o Linux era uma tarefa ingrata.
Tudo que existia era o código fonte do Kernel que precisava ser compilado e
combinado com outros utilitários e bibliotecas para que se tivesse um sistema
operacional funcional. Até que, conforme conta o autor, chegaram à conclusão que
seria mais fácil distribuir versões já compiladas do sistema que pudesse ser
instalada diretamente. Assim surgiram as primeiras distribuições Linux. Segundo
Deitel Et Al, essas distribuições incluíam o núcleo, aplicações e interfaces de
usuários, assim como ferramentas e acessórios.
3.3 – MAC OS X
29
Pogue (2003) ressalta que a pronúncia correta do “X” em Mac OS X é "dez".
50
De acordo com a Free Software Foundation, software livre é aquele que o usuário
pode executar, copiar, distribuir, estudar, modificar e melhorar. Dentro da filosofia de
software livre elaborada pela fundação, o usuário de software livre tem direito a
quatro liberdades fundamentais:
Software Livre e Software gratuito não são, de acordo com a filosofia de software
livre da Free Software Foundation, a mesma coisa. A filosofia software livre não
proíbe a cobrança de taxas pela utilização ou venda de cópias de software
considerado livre pela Free Software Foundation.
O termo free é inglês significa também grátis, o que facilita a confusão e faz com que
muitos pensam que software livre é sinônimo de software grátis. O termo livre (free),
de acordo com a Fundação, deve ser entendido como a liberdade para utilizar,
modificar e redistribuir e não de preço.
De acordo com Silveira & Cássio (2003, p.45), o princípio básico da GPL é:
Além da GPL existem outras licenças de software livre, mais ou menos liberais. De
acordo Moreira (2006np), os tipos mais utilizados, além da GPL, são:
Da mesma forma que o software livre, o software proprietário também pode ser
obtido gratuitamente ou comprado. Um software proprietário distribuído
gratuitamente é comumente chamado de freeware.
54
5.1 – APRESENTAÇÃO
do segundo trimestre de 2009, de acordo com o seu sítio na internet, era 103.458,
executados estagiários e terceirizados. Desse total, mais de 60% trabalham no
atendimento ao público.
A fim de evitar pré-conceitos, tais como pensar que a pesquisa seria sobre a
dualidade/superioridade/disputa entre os dois sistemas operacionais, o questionário
foi intitulado apenas “Linux e Windows”.
5.2 – RESULTADOS
A análise dos dados, inclusive gráficos, foi feita exclusivamente com base nos
questionários completamente respondidos.
Quanto a faixa etária, 30% dos entrevistados tinham até 25 anos, 51% tinham entre
26 e 35 anos, 14% tinham entre 36 e 45 anos e apenas 6% tinham mais de 45 anos.
Duas questões eram sobre o local de residência dos entrevistados, uma procurava
saber em que região geográfica brasileira, de acordo com a divisão adotada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o entrevistado morava e outra se
morava em capital/região metropolitana ou cidade do interior. Houve predominância
dos residentes nas regiões Sul e Sudeste, 29% e 41% respectivamente, e dos
residentes em cidades do interior 59%.
A maior parte dos entrevistados, 56%, tem curso superior completo, 38% tinham
curso superior incompleto e/ou em andamento e menos de um por cento tinha
apenas o ensino fundamental.
Apesar de que para a maioria dos entrevistados, não ter havido diferença na
produtividade entre as configurações das estações de trabalho antes e após a
migração, se pudesse, apenas 8% dos colaboradores não faria alguma alteração na
configuração. A habilitação de portas USB33 seria a principal alteração a ser feita
pela maioria dos entrevistados.
Navegar na internet foi marcado por 80% dos entrevistados, como o motivo principal
63
Outra pergunta quis investigar qual o principal motivo para utilização da internet
(também no sistema de ranking do mais ao menos freqüente). O ranking34 final foi o
seguinte: ler notícias, ler e enviar e-mail, participar de sites de relacionamento, bater
papo/chat, jogar on-line, outros.
34 Por motivo ignorado a ferramenta de pesquisa registrou nesta questão apenas as respostas de
193 entrevistados, portanto o percentual calculado foi feito com base neste número.
65
até três motivos pelo qual não substituíam o MS Office Word (pago) pelo BrOffice
Writer (gratuito). A principal razão, marcada por 70% dos entrevistados, foi estar
habituada com os comandos, funções e botões do MS Office Word. O que não deixa
de ser interessante, pois a interface, inclusive botões é muito semelhante à versão
anterior do MS Office, que muito provavelmente, já foi utilizada ou ainda é utilizada
pelos entrevistados. A segunda razão para não migração de aplicativo, indicada por
33% dos sujeitos da pesquisa, foi a de que o BrOffice Writer não possui todos os
recursos/funções esperados pelo usuário.
A pergunta seguinte mostrou que 68% dos entrevistados nunca utilizaram ou não
utilizam o SO GNU/Linux em seu computador pessoal. Mostrando também, que um
número considerável, 32%, pelo menos já utilizou o SO em casa.
O contato com GNU/Linux no ambiente de trabalho, fez com que apenas 4% dos
entrevistados instalassem o SO em sua máquina. Aproximadamente um quarto dos
entrevistados afirmou que ao conhecer o SO tiveram certeza de que nunca vão
utilizá-lo em seu computador pessoal35. No entanto a grande maioria, 72%, mostrou
intenção de instalar o sistema no futuro.
35 A avaliação negativa do sistema pode ser em parte explicada pelo fato de que vários recursos do
sistema comumente utilizados nos computadores pessoais, foram, devido as politicas de
segurança de informação da empresa, desabilitados nas estações de trabalho com GNU/Linux. O
que pode ter induzido, algumas pessoas a pensarem que o sistema não oferece esses recursos.
66
Por fim a última pergunta relacionada ao GNU/Linux quis saber quais os pontos
negativos do SO. Foi apresentada uma lista com seis itens, sendo possível marcar
mais de um. Os principais pontos, ambos indicados por 50% dos entrevistados são o
fato de existirem poucos aplicativos desenvolvidos para o Linux e não possuir os
programas mais utilizados. Analisando estas respostas com as das questões sobre
os aplicativos mais utilizados e sobre os principais motivos para utilização do
computador, percebe-se certa incongruência entre as respostas. Qual a necessidade
de se ter vários aplicativos se para os principais usos do computador já existem,
para o SO GNU/LINUX, aplicativos cujo desempenho, também de acordo com a
pesquisa, é equivalente aos disponíveis para o MS Windows? Numa outra análise,
pode-se inferir que na verdade os entrevistados não conhecem todos os recursos
disponíveis no SO GNU/Linux. Os outros itens da questão: aspecto gráfico,
dificuldade de encontrar assistência técnica/suporte, não existir antivírus disponíveis
no mercado, foram marcados por 41%, 25% e 4% dos entrevistados.
67
Não foi possível encontrar publicações impressas com estudo sobre a adoção do
GNU/Linux por usuários domésticos. São raras também publicações on-line a
respeito do tema. Por outro lado, é fácil encontrar estudos sobre a adoção deste SO
por usuários corporativos. Krill (2007) menciona estudo da The 451 Group36 e da
Evans Data37 que constatou que softwares de código livre estão causando impacto
em empresas de software comercial e continuam a ganhar adoção mundialmente.
36
The 451 Group é uma companhia, com escritórios nos Estados Unidos e Europa, especializada em
análise e pesquisa de tendências de Tecnologia da Informação.
37 Evans Data Corporation é uma companhia especializada em pesquisa de mercado, inteligência de
Mercado e planejamento estratégico na industria de desenvolvimento de software.
38 A IDC (International Data Corporation) presta consultoria no endereçamento de questões
estratégicas relativas à oferta e ao uso de soluções tecnológicas.
70
Com relação a adoção do sistema por usuários domésticos, dois artigos disponíveis
on-line corroboram com o resultado da pesquisa feita para a realização deste
trabalho.
O primeiro, escrito por Pedro Marques para o sítio IDG Now39 com o título Linux No
Desktop Porque Esse Casamento Não Vingou, cita como motivos para não adoção
do SO: familiaridade do usuário com a interface, menus e comandos do Windows e
ausência de alguns aplicativos presentes no Windows.
39
O IDG Now é um sítio na internet que oferece notícias sobre as áreas de internet, computação
corporativa, computação pessoal, mercado, carreira, redes e telecomunicações.
40
A idéia central por trás do Cloud Computing é fornecer serviços através da Internet, permitindo que
você acesse arquivos, documentos, e-mail, rode aplicativos e assim por diante, a partir de
qualquer PC conectado à web. Dois bons exemplos introdutórios seriam o Gmail e o Google Docs,
dois serviços onde os dados são armazenados nos datacenters do Google e você simplesmente
acessa as informações utilizando o navegador, seja através do próprio PC, ou de um smartphone
ou qualquer outro dispositivo conectado. Disponível em <http://www.gdhpress.com.br/blog/
entendendo-cloud-computing/>. Acesso em: 27 fev. 2010.
71
41
Uma cópia do estudo pode ser obtida em <ftp://ftp.cemfi.es/pdf/papers/seminar/Casadesus.pdf>.
72
Para entender porque, note que há dois tipos de piratas: aqueles que não
comprariam o Windows, principalmente porque é muito caro, e aqueles que já
compraram o Windows original anteriormente, mas agora optam por comprar
cópia pirata. Os primeiros ajudam a aumentar a base instalada do Windows
sem afetar as vendas. Como conseqüência, este grupo aumenta o valor (não
confundir com preço) do Windows. E graças a estes piratas, a Microsoft pode
cobrar mais caro no futuro (porque o sistema tem mais valor).
Consequentemente, a base instalada do Linux não cresce tanto quanto
cresceria se não houvesse estes piratas. O segundo tipo de pirata (aqueles
que na ausência de pirataria compraria o Windows) reduz as vendas e lucro
do Windows. Dessa forma, se a proporção dos piratas do primeiro tipo for
suficientemente grande, o lucro da Microsoft aumentará com a pirataria.
(CASADESUS-MASANELL e PANKAJ GHEMAWAT apud SILVERTHORNE,
2005np).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS
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2010.
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<http://idgnow.uol.com.br/computacao_pessoal/2009/02/01/linux-no-desktop-
76
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Disponível em < http://www.paradigma.com.br/leiamais/leiamais0010/view>. Acesso
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http://pplware.sapo.pt/informacao/kde-4-3-caizen-lancado/ >. Acesso em 17 set.
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TEIXEIRA, Jarbas. Linux Sem Segredos. São Paulo: Digerati Books, 2008.
ANEXOS
Questionário de pesquisa
Informações pessoais
1) Qual sua faixa etária?
a) até 25 anos de idade
b) de 26 a 35 anos de idade
c) de 36 a 45 anos de idade
d) de 46 a 55 anos de idade
e) mais de 55 anos de idade
3) Sexo?
a) Masculino
b) Feminino
Informações profissionais
6) Quanto tempo de empresa você tem?
a) até 05 anos
b) entre 06 e 10 anos
c) entre 11 e 15 anos
d) entre 16 e 20 anos
e) entre 21 e 25 anos
f) mais de 26 anos
8) Para desempenhar sua função você utiliza o computador por quanto tempo?
a) até duas horas/dia
b) entre 03 e 04 horas/dia
c) entre 05 e 06 horas/dia
d) mais de 06 horas/dia
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9) Na empresa, quais aplicativos você utiliza com mais frequência? (marque todas)
a) aplicativos da empresa
b) processador de texto (word/writer)
c) planilha eletrônica (excel/calc)
d) Navegador/browser (Internet Explorer/Firefox)
e) outros
10) Você trabalhava na empresa antes da migração dos terminais para o Sistema Operacional
(SO) Linux?
a) sim
b) não
12) Exclusivamente para desempenho das suas atividades que dependem do computador, a
configuração atual de sua estação de trabalho é ?
a) inferior ao Windows (oferece menos recursos/funcionalidades)
b) superior ao Windows (oferece mais recursos/funcionalidades)
c) funcionalidades/recursos são equivalentes
d) Não tenho condições de avaliar
13) Exclusivamente para desempenho de suas atividades que dependem de aplicativo do tipo
processador de texto, você considera que :
a) O aplicativo BrOffice/Writer é inferior (possui menos recursos) ao Microsoft Office Word
b) O aplicativo BrOffice/Writer é superior (possui mais recursos) ao Microsoft Office Word
c) Os recursos/funcionalidades são equivalentes
d) Não tenho condições de avaliar e/ou nunca utilizei o aplicativo
14) Exclusivamente para desempenho de suas atividades que dependem de aplicativo do tipo
navegador/browser de internet, você considera que:
a) O Firefox é inferior (possui menos recursos) que o Internet Explorer
b) O Firefox é superior (possui mais recursos) que o Internet Explorer
c) os Recursos/funcionalidades são equivalentes
d) Não tenho condições de avaliar
15) Se você pudesse alterar a configuração atual de sua estação de trabalho, você ...
a) Instalaria mensageiro instantâneo (tipo MSN)
b) Instalaria um player de música/video (ex. Windows Media Player, WinAmp, VLC, etc)
c) habilitaria a porta USB para permitir a utilização de pen-drive e/ou dispositivos assemelhados
d) Não efetuaria nenhuma das alterações acima e nenhuma outra
e) Não efetuaria nenhuma das alterações acima, porém efetuaria outras
22) Supondo que você utiliza (ou que utilizasse) principalmente o MSOffice Word, que é pago,
marques as razões pelo qual você não o substitui pelo BrOffice Writer, que é gratuito?
a) Está habituado com os comandos, funções e botões do Word
b) O Writer não possui todos os recursos/funções que eu realmente necessito
c) Não acredito na qualidade de software gratuito
d) O Word já vem instalado e não sei instalar programas
e) Outros motivos
24) Antes da migração dos sistemas da empresa para o Sistema Operacional Linux, você já tinha
tido contato com este sistema operacional?
a) Sim
b) não
25) Você utiliza ou já utilizou o sistema operacional em seu computador pessoal (residencia)?
a) sim
b) não
28) Falando hipoteticamente, entre instalar o Linux e instalar uma cópia não original do Windows,
você...
a) Instalaria a cópia não original do Windows
b) Instalaria o Linux
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