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PERI
I O CARMELITA
O carmelita acompanhado pelo selvagem partiu: vagou pela floresta e pelo campo
em todas as direções; alguma coisa procurava. Ele avistou depois de duas horas a touça
de cardos junto da qual se passou a última cena que narramos; examinou-a por todos os
lados e sorriu de satisfeito. Trepando à árvore, e escorregando pelo cipó, entraram ele e o
selvagem na área que já conhecemos; o sol tinha nascido há pouco.
No dia seguinte, por volta de duas horas da tarde, saiu deste lagar um só homem;
não era ele o frade nem o selvagem. Era um aventureiro destemido e audaz, em cuja
fisionomia se reconheciam ainda os traços do carmelita Fr. Ângelo di Luca.
Este aventureiro chamou-se Loredano.
Deixava naquele lugar e sepultado no seio da terra um terrível segredo; isto é, um
rolo de pergaminho, um burel de frade e um cadáver.
Cinco meses passados, o vigário da ordem participava ao geral em Roma que o
irmão Fr. Ângelo di Luca morrera como santo e mártir no zelo de sua fé apostólica.