Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
3
a educação informal. Como o sistema econômico incentiva o individualismo. É
levado a ter um determinado comportamento. Seria o arranjo econômico que
não deixa outra alternativa senão o individualismo? a sociedade e o sistema
capitalista como um todo determina o comportamento autointeressado?
Contingenciamento. Visão marxista
E ainda segundo ela “todos essa considerações indicam que esta figura que está sempre
no centro de nossas reflexões,explicitamente ou implicitamente,e ocupam lugar destacado
em nossa ciência não pertence ao universo das determinações antropológicas,mas é
historicamente contituída”.(Paulani,2005, p.84)
Deste modo, o argumento em qual toda a economia neoclássica tem base, o homem
como um ser por natureza econômico (individualista,racional e maximizador do seu bem-
estar) despenca fatalmente.
nas comunidades tribais primitivas ,existia a igualdade ,mas não o indivíduo .A busca do interesse
próprio não tinha ainda canais para se conduzir.E isto porque a propriedade não era aí privada,era
comunal,ou seja, a relação de posse era antes social do que individual.Mesmo civilizações mais
adiantadas, como as da antiguidade clássica ,na qual existia algo mais parecido com a moderna
propriedade privada , ainda aí era a comunidade o pressuposto da propriedade.Ou seja para a
criação do indivíduo moderno, o processo histórico teve de acrescentar , ao lado das dissoluções
das relações hierárquicas,também a institucionalização jurídica do direito privado de posse.
(Paulani,2005,p.85)
Conforme Paulani esse são os dois elementos que determinam o indivíduo moderno tal
como o conhecemos e garatem sua posição na história.Classifiquei-os como elementos
objetivos históricos*5 que tiveram uma importância fundamental no processo de
individualização do homem, tão qual tiveram as formas que influenciaram o homem com
um vínculo espontâneo fatos que independem da vontade e conhecimento humano
tornando o homem inconscientemente individualista, tais elementos classifiquei de fatores
subjetivos*6.No novo modo de produção em troca dos vínculos pessoais do antigo modo
de produção que levavam a limitações pessoais e de liberdade,é criado uma nova forma
de vínculo o qual torna os seres humanos submetidos , a o capitalismo a uma nova
sujeição ao domínio reificado*7 das relações de produção.O homem se torna mais
submetido a coerção das coisas.Há agora uma relação entre coisas,objetos e não mais
entre pessoas.As transações entre pessoas aparecem agora reificadas,as mercadorias
tomam formas, aparecem agora dominando o papel principal. Essa nova forma de
vinculação é o próprio processo de alienação do homem a consequência agora é
devastodora, o homem libertado de todas as amarras que o prendiam no antigo sistema
econômico é tranformado em indivíduo*8,o social não mais governa a produção,mas sim
o reificado, o material elevando o homem cada vez mais a condição de individuo que age
apenas visando seu próprio interesse. Antes o sistema criava o indivíduo dissolvendo as
barreiras agora condiciona ele a ser subjetivo,autointeresseiro ou seja individualista.
Criando vinculos que não aparecem em formas de dependência pessoal , mas vínculos
materias objetivos que assumem a forma aparente de independência,os quais condicinam
o homem-indivíduo na busca material não mais como um meio,mas como um fim em si.
O processo de individualização do ser humano é produto histórico do capitalismo.Ele
coincide com o dominio do capital sobre a produção. …”a economia mercantil, ou
seja,aquele sistema no qual a troca constituia a forma por excelência de organização da
do homem,é, também ela,parte da concreção desse espírito.Assim indivíduo e economia
mercantil,indivíduo e capitalismo estão intimamente ligados.Um não existe sem
o outro.”.. (Paulani,2005,p.82)
Por um lado sendo o objetivo último do capitalismo a riqueza materia e seu acúmulo
dela ,e por outro, a consciência do ser humano determinado pelas relações de produção,
é que o homem dominado pelo capital passa a ter a riqueza como o objetivo último da
produção,e neste processo foi o próprio sistema econômico que criou condições para a
individualização do ser humano.
Em sua inspiração incessante pela forma universal da riqueza , o capital impele o trabalho a
ultrapasar os limites de sua necessidade natural , criando os elementos materias, para o
crescimento de uma rica individualidade , multilateral na produção e no consumo desapareceu a
necessidade natural direta substituída. Por uma necessidade historicamente produzida.(Rosdoslky,
p. 352- 353)
Tendo em vista,uma produção da vida material definida ,ou seja,o capitalismo como modo
de produção consolidado,existem fatores políticos,econômicos e ideológicos que,uma vez
com sua base econômica definida ,surgem em decorrência dela fatores que contribuem
para a perpetuação e aumento do invidualismo,autointeresse e egoismo na sociedade.
o processo de alienação torna o homem estranho ao que ele próprio produz,o objeto de
seu trabalho aparece distante ao trabalhador.Ele não mais reconhece os objetos de seu
produto ,não vê os resultados de seus esforços, segundo Resende: A alienação descreve
uma situação que em decorrência da propriedade privada, da troca e da divisão do
trabalho , o indivíduo social é separado de seu produto, não sendo capaz de apropriar-se
das objetivações que ele próprio, enquanto trabalhador criou (1992,p.144).
Nestas circunstâncias o homem cria uma exteriorização de si:A alienação do trabalhador
no seu produto significa que não só o trabalhador se transforme em objeto,assuma
também uma existência externa (1993, p.163)
Nestes aspectos há uma perda de humanização do homem que pensa e age para a
produção, esse processo acontece à medida que as relações são mercantilizadas.Como
já citado antes,agora há uma relação entre objetos, não mais entre pessoas.O produto do
trabalhador aparece externo ao homem ,em consequência ele está agora apenas em
busca de suas necessidades pessoais que aparecem como objetos como
mercadorias.Assim há uma perda do interesse coletivo da solidariedade em troca do
egoísmo do interesse pessoal neste arranjo econômico acontece há sobrevalorização do
interesse individual.
O fetichismo contribui para individualização humana pelo processo que causa na
consciência humana.O homem passa a atribuir às mercadorias um caráter místico elas
assumem um papel extramundano não aparecem mais como objetos materias
necessários a manutenção da vida,mas aparecem superior a isso como se fossem
dotadas de vida.Neste contexto as mercadorias aculta as características do trabalho
humano
Agora as relações sociais aparecem […] como relações materias entre pessoas e
relações sociais entre coisas, e não relação sociais diretas entre indivíduos em seus
trabalhos. (2008 , p.95)
Contudo só com o dinheiro o caráter fetichista da mercadoria ou a reificação das relaçoes
sociais adquire uma forma bem definida todas as mercadoria passam a expressar seu
valor no mesmo equivalente , na mesma mercadoria dinheiro.Consolida-se assim
definitivamente a falsa aparência como se o objeto que representa a magnitude do valor
de outro objeto possuise sua forma equivalente independentemente dessa relação,como
uma propriedade social que decorre de sua natureza.Rosdolsky (Rosdolsky ,2001 , p.116)
Segundo Rosdolsky na sociedade de produtores de mercadorias a relação entre os
homens está sempre ligada a coisas e aparecem como coisas porque os trabalhadores
não se relacionam mais com seu trabalho como uma trabalho diretamente social,pois
perderam o controle de suas relações de produção.(2001, p.117)
Na alienação o produto humano , as mercadorias, se transformam em um objeto material
exterior ao homem e aparenta ser independente dele, no caráter fetichista da mercadoria
o homem passa a atribuir propriedades fantasmagóricas aos objetos.Neste contexto o
dinheiro como mercadoria assume o papel de mediador das relações sociais no
intercâmbio material humano,o homem se perde,o dinheiro assume o papel principal
exterior e superior ao homem, aparece como se fosse autônomo dele.Neste processo
é o dinheiro que agora domina as relações de produção cria-se assim o fundamento para
a supremacia do dinheiro e das relações monetárias , e para o reflexo invertido das
relações sociais de produção na consciência dos participantes – ou seja, para o
fetichismo da mercadoria. (2001, p.118).
O dinheiro passa a ser o meio eo fim,essa mercadoria fetichizada trás poder,status e
afirmação social.
No grundrisse: O poder de cada indivíduo exerce sobre a atividade dos outros ou sobre
as riquezas sociais, ele o possui na medida em que seja proprietário do valor de
troca,de dinheiro. Leva no bolso seu poder social e sua ligação com a sociedade. E
“quando mais a produção se organiza de maneira a que cada produtor passe a
depender do valor de troca de sua mercadoria [...]”, tanto mais cresce o poder do
dinheiro, ou seja, a relação de troca se fixa como um poder externo em relação aos
produtores e independente deles. No dinheiro, “ no valor de troca, o vínculo social
entre as pesoas se transforma em relação social entre coisas, o poder social, no poder
das coisas”. (Rosdoslki, 2001, p.118-119)
Não menos importane para formação do caráter individualista do ser humano, foi o
impacto que as religiões protestantes causaram nos valores da época pré-capitalista.O
protestantismo venho á tona em decorrência do domínio católico e os valores que a igreja
tinha associado ás suas atividades.O protestantismo não só os libertou da condenação
religiosa, como também acabou transformando em virtudes os motivos pessoais,egoístas
e aquisitivos que a igreja medieval tanto desprezava […], essa nova visão religiosa
contribuiu infinitamente para a influência crescente da nova filosofia individualista.
(Hunt, 2005, p.27,28 )
Para a igreja católica no período medieval o homem não obtinha a salvação espiritual por
sí próprio, apenas pela fé, era necessário o intermédio da igreja. Álem do mais a
população era obrigada a se confecionar e ideológicamente a igreja tinha o poder de
escomungar qualquer cidadão,esses fatos concebiam um enorme poder a o clero naquela
época.Assim impossibilitavam a ética individualista,pois o homem ainda encontrava-se
ligado fortemente a sociedade que era representada pela igreja católica.
Motivado por essas circunstâncias que limitavam a liberdade individual se deu o
aparecimento das religiões protestantes as quais pregavam que o homem poderia
encontrar a bondade por meio apenas da fé.A doutrina protestante da justificação pela fé
afirmava que os motivos eram mais importantes que os atos ou rituais. (2005, p.28)
O novo dogma da ética protestante fundamentalmente dizia que caso o homem se saísse
bem em sua passagem pela terra ele estaria agradando a Deus.Assim o lucro não mais
era pecado pelo contrário, era uma vontade de Deus, uma marca de seus favores e uma
prova de ter sido chamado.(2005 , p.28)
Com essas circuntâncias que o homem vai libertando-se dos conceitos católicos que
restringiam liberdades pessoais e vinculavam psicologicamente o homem à igreja.Com a
nova doutrina protestante os novos capitalistas tinham uma nova forma ideológica a qual
poderiam assegurar sua ânsia pelo lucro, com o espírito em paz e com seu lugar no ceu
assegurado,assim grande parte da classe média foi atraida para essa nova ética.
Contudo esse processo não ocorreu à margem das transformações econômicas,na
verdade a ética protestante com seus novos valores foi estruturalmente, uma nova forma
religiosa necessária ao desenvolvimento do capitalismo. Essa tranformação dos valores
das religiões protestantes em contradição com os antigos valores católicos,não por acaso
se deu juntamente da passagem da era feudal para a era capitalista, portanto o que
resalto é que a nova ética protestante foi uma nova visão advinda das necessidade do
novo modo de produção.
Teylorismo-fordismo e consumismo: individualismo em massa
A busca aí já não é mais pela necessidades humanas,mas por um certo padrão que é
estabelecido ao ser humano.Neste ponto de vista a procura pelas mercadorias não se dá
mais pelo desejo ou pelo que é necessário a sobrevivência humana.Se o consumo é a
medida de uma vida bem-sucedida, da felicidade e mesmo da decência humana, então
foi retirado a tampa dos desejos humanos: nenhuma quantidade de aquisições e
sensações tem probabilidade de trazer satifação como o de “manter-se ao nível dos
padrões”.(Bauman,1998, p.56)
Deste modo, nessa sociedade consumista forjada , onde só é bem sucedido quem tem
um alto padrão de consumo, o homem é induzido ,é como as alternativas se apresentam
a ele ,a adotar padrões individualistas,pois ao contrário do processo produtivo,o consumo
é uma atividade inteiramente individual “A sociedade que obtém padrões de
comportamento para uma ordem mais estável daqueles seus integrantes que se viram
expulsos ,ou estão prestes a serem expulsos, de suas posições de produtores e definidos
em vez disso , primordialmente, como consumidores desencoraja a fundamentação da
esperança em ações coletivas”.(Bauman ,1998, p.54).
Globalização e individualismo
Bibliografia:
Fundamentos de Filosofia – Seu Saber e Seu Fazer. São Paulo: Saraiva, 1995
DEMO, Pedro – Sociologia – Uma Introdução Crítica. São Paulo: Atlas, 1985