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a educação informal. Como o sistema econômico incentiva o individualismo. É
levado a ter um determinado comportamento. Seria o arranjo econômico que
não deixa outra alternativa senão o individualismo? a sociedade e o sistema
capitalista como um todo determina o comportamento autointeressado?
Contingenciamento. Visão marxista

Nesta seção do artigo adotarei como teoria-metodológica o materialismo


histórico,embora utilize também outras matrizes,por crer que ele seja compatível com a
estrutura do artigo e principalmente com o ponto que tratarei aqui ou seja como o sistema
economico incentiva o individualismo através da educação informal e como determina e
incentiva o comportameno autointeressado.
A educação informal pode ser definida como um método de aprendizagem contínuo e
acidental que se realiza fora do esquema formal de ensino.Tipo de educação que recebe
cada indivíduo durante toda sua vida ao adotar atitudes, aceitar valores e adquirir
conhecimentos e habilidades da vida diária e das influências do meio que o rodeia, como
a família, a vizinhança, o trabalho, os esportes, a biblioteca, os jornais, a rua, o rádio,
etc.1*
Ela também pode ser definida como aprender a lingua materna,caçar,pescar,rezar ,etc...
ou seja toda aprendizagem adquirida não formalmente,longe de currículos e disciplinas, a
o longo de uma vida.
Na educação informal o conhecimento é compartilhado em meio a interações
socioculturaes o processo de aprendizagem ocorre espontaneamente as vezes até sem
que os participates percebam.2*
Definido o conceito de educação informal a dúvida que surge é como se incorpora essa
aprendizagem informal ao longo da vida.Os valores as idéias e a consciência do homem
aparecem nos indivíduos de forma a priore e assim através dessas ideologias o indivíduo
molda e transforma a sociedade como prega o idealismo filosófico Hegeliano que atribui
ao espírito a responsabilidade última pelo desenvolvimento da história humana sendo
esse espírito o criador do pensamento humano,da ideia.”Então a ideia seria o principal
fator responsável pela determinação da realidade da sociedade”. (Fundamentos de
filosofia, 1995, p.257)
Outro modo de descobrir como o homem desenvolve valores,ideias e sua consciência em
si é postular que ele é constantemente influenciado e transformado pela meio social e
material a o qual está inserido.
Como já citado adotei a metologia materialista-histórica,em vista disso acredito que a
consciência do homem e tudo o que ele aprende a o longo da vida é reflexo do sistema
econômico no qual está inserido,sendo assim o comportamento individualista humano é
fruto desse meio social ao qual estamos inseridos e não uma característica presente
intrinsicamente no homem como pregavam os escritos clássicos e neoclássicos.
“O materialismo histórico de Marx se opõem ao idealismo na medida em que afirma que o
pensamento a consciência a as idéias se desenvolvem como reflexos da realidade
material,objetiva,produzidos no cérebro humano.Por sua vez encara o homem como um
ser histórico ,isto é,diretamente influenciado por sua época ,pelo seu meio geográfico e
social.(undamentos de filosofia,1995, p.257,258)”
“Marx em vez de supor um mundo regido por ideias,por intenções ,por vontades,por
subjetivismo,pela consciência,partiu do contrário :as posições sócio-econômicas
determinam mais que intenções”.( Demo,1985, p.74)

na produção social da sua existência, os homens estabelecem relações determinadas,


necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção, que correspondem
a um determinado grau de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais. O
conjunto destas relações de produção constitui a estrutura económica da sociedade, a
base concreta sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política e a qual
correspondem determinadas formas de consciência social. O modo de produção da
vida material condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual em
geral. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser; é o seu ser social que,
inversamente, determina a sua consciência. *3

Resumidamente o materialismo histórico demonstra com o rigor de uma ciência histórica


que é o meio econômico e material que determina e coage a consciência do homem
como disse Engels …Estava encontrando o caminho para explicar a consciência dos
homens apartir da sua existência ,em lugar de explicar a existência do homem a partir de
sua consciência. (1985,p.73)*4
deve-se ficar claro que segundo a concepção materialista da hisória não é apenas o modo
de produção que tem papel na determinação da consciẽncia do homem ,esse modo de
produção de uma sociedade pode ser definido como base ou estrura onde se
fundamentam as intituições políticas e sociais.Como os fundamentos religiosos,ideologias
póliticas,modos de vida e de pensar,códigos morais,conhecimento filosóficos e científicos
que Marx denominou de Superestruturas.Essa ideologias ou superestrutura ocupam papel
importante na determinação da consciência do homem,embora em última instância seja o
modo de produção que determine essa consciência.
“A ideologia faz os indivíduos aderir a seus papeis,suas funções e suas relações sociais”.
(Hanecker, p.96)
Outro ponto fundamental é que o homem participa ativamente deste processo ou seja
essa determinação da consciência não se apresenta inata a ele ,á medida que a realidade
transforma a consciẽncia, está última influencia e modifica a realidade.
O materialismo histórico trata o homem como um ser capaz de reagir ao mundo em que
vive.
Dentro deste contexto é que mostrarei como o sistema econômico não só incentiva como
também levou a determinação do homem ser individualista perante a sociedade.
O processo de individualização do homem é um produto histórico.Para se entender como
o sistema econômico leva o homem a individualização é necessário estudar não apenas o
mais acabado modo de produção, o sistema capitalista,mas sim todos os modos de
produção anteriores a ele, analisando-os sistematicamente e consequentemente
compreendendo as formas das superestruturas de cada modo de produção e a relação de
como o homem é condicionado pelo meio social ao qual está incerido e como reage a ele.
O modo ahistórico de estudar o sistema capitalista levou a economia política convencional
a chegar a concepções falsas da natureza humana nas suas percepções ao sistema
econômico.”Nas relações pré-capitalistas só é estabelecido vínculos entre si quando
existem condições de portadores de um caráter bem definido por exemplo no modo de
produção feudal nas relações entre senhor feudal e vassalo ,proprietários de terras de
servos”. (Rosdolsky,2002, p.347)
Existia uma forte relação de dependência pessoal nas relações sociais,assim
estabelecendo laços familiares,educacionais,tradicionais, religiosos e de diversas outras
formas, isso constituia restrições a liberdade individual e ,portanto formava uma barreira a
o pleno desenvolvimento das forças produtivas e das relações de produção do
capitalismo,pois o moderno sistema de trocas exige a total liberdade individual do homem.
“A rigides da berreiras sociais que Separava um indivíduo dos outros na sociedade
escravista ,em seguida na feudal,limitava a possibilidade de se desenvolver
sensivelmente a iniciativa pessoal e continuavam cultivando-se as tendencias
conformistas do homem ,o espírito de fidelidade a “ a caução solidária “, as tradições e à
permanência de classe”. (Pariguin,1972, p.130)
Então com essa fortes relações de dependência pessoal e de hierarquia e como suas
percepções eram demasiadamente comunitária o homem não tinha uma identidade
definida individualmente fatos os quais barravam a busca desenfreada pelo autointeresse.
Para Maria L.Paulani o motivo pelo qual o homem era impossibilitado a lutar pelo seu
próprio interesse era porque faltavam-lhe igualdade e liberdade:
Numa sociedade de castas ou estamento ,ou no mundo feudal da idade média ,(esse) problema da
(coesão social) não se coloca: ainda que existam aí conflitos , a quetão da organização da existência
material do homem está a priori resolvida por uma bem definida estrutura hierárquica ,que diferencia
os homens um dos outros a partir de sua origem e estabelece de modo explícito suas relações de
dependência pessoal e, a partir daí, seus papeis no processo produtivo.(Paulani,2005, p.84)

E ainda segundo ela “todos essa considerações indicam que esta figura que está sempre
no centro de nossas reflexões,explicitamente ou implicitamente,e ocupam lugar destacado
em nossa ciência não pertence ao universo das determinações antropológicas,mas é
historicamente contituída”.(Paulani,2005, p.84)
Deste modo, o argumento em qual toda a economia neoclássica tem base, o homem
como um ser por natureza econômico (individualista,racional e maximizador do seu bem-
estar) despenca fatalmente.

A liberdade e independência do homem constitui uma exigência para a caracterização do


homem como individualista,pois caso existam relações de subordinação e dependência
sociais hierarquizadas entre pessoas, a sociedade terá seu movimento determinado por
vínculos e obrigações coercitivas, como na idade média, que impoẽm barreiras a
transformação do homem em indivíduo e, portanto na busca pelo autointeresse ,
consequentemente impoẽm amarras ao próprio desenvolvimento do modo de produção
capitalista ...”Nas formações anteriores , o homem não era livre , e se não era livre não
podia lutar pelo seu próprio interesse ,não era, nesse sentido, indivíduo”.(Paulani,2005,
p.85)
O que tento mostrar aqui é que foi por uma necessidade de seu desenvolvimento que o
sistema capitalista determinou o homem como individualista,Primeiramente através da
dissolução das relações hierárquicas.Parafraseando Paulani “no momento em que a
história liberta o homem das amarras tradicionais e o coloca livre soberano e senhor de
si”(2005, p.85),embora essa liberdade seja apenas aparente. Esse é o primeiro passo do
homem como indivíduo, e quem dá esse passo é a própria história da formação da
sociedade moderna ,ou seja, o próprio desenvolvimento do novo modo de produção,o
capitalista, o qual derruba as antigas barreira dos antigos modos de produção que o
precediam.
Como consequência das barreiras sociais que o antigo modo de produção feudal
determinava baseado em vínculos e coerções á medida que o novo modo de produção
capitalista ia tomando forma como uma nova estrutura ia dissolvendo tais vínculos e
transformando sua base a qual se levantava uma nova superestrutura política,jurídica e
ideológica que ia se remodelando conforme a própria necessidade do capitalismo.Destes
fatos postulo que a economia política ortodoxa que classifica o homem como um ser por
natureza individualista foi um reflexo do próprio desenvolvomento capitalista ou uma
superetrutura que se levantou sobre ele,uma forma ideológica que consiste em uma
consequência do próprio sistema econômico.Ainda que essa dissolução produzisse uma
liberdade e igualdade jurídica não era suficiente para constituir o indivíduo moderno
autônomo que racionalmente calcula seus objetivos visando seu autointeresse.

nas comunidades tribais primitivas ,existia a igualdade ,mas não o indivíduo .A busca do interesse
próprio não tinha ainda canais para se conduzir.E isto porque a propriedade não era aí privada,era
comunal,ou seja, a relação de posse era antes social do que individual.Mesmo civilizações mais
adiantadas, como as da antiguidade clássica ,na qual existia algo mais parecido com a moderna
propriedade privada , ainda aí era a comunidade o pressuposto da propriedade.Ou seja para a
criação do indivíduo moderno, o processo histórico teve de acrescentar , ao lado das dissoluções
das relações hierárquicas,também a institucionalização jurídica do direito privado de posse.
(Paulani,2005,p.85)

Conforme Paulani esse são os dois elementos que determinam o indivíduo moderno tal
como o conhecemos e garatem sua posição na história.Classifiquei-os como elementos
objetivos históricos*5 que tiveram uma importância fundamental no processo de
individualização do homem, tão qual tiveram as formas que influenciaram o homem com
um vínculo espontâneo fatos que independem da vontade e conhecimento humano
tornando o homem inconscientemente individualista, tais elementos classifiquei de fatores
subjetivos*6.No novo modo de produção em troca dos vínculos pessoais do antigo modo
de produção que levavam a limitações pessoais e de liberdade,é criado uma nova forma
de vínculo o qual torna os seres humanos submetidos , a o capitalismo a uma nova
sujeição ao domínio reificado*7 das relações de produção.O homem se torna mais
submetido a coerção das coisas.Há agora uma relação entre coisas,objetos e não mais
entre pessoas.As transações entre pessoas aparecem agora reificadas,as mercadorias
tomam formas, aparecem agora dominando o papel principal. Essa nova forma de
vinculação é o próprio processo de alienação do homem a consequência agora é
devastodora, o homem libertado de todas as amarras que o prendiam no antigo sistema
econômico é tranformado em indivíduo*8,o social não mais governa a produção,mas sim
o reificado, o material elevando o homem cada vez mais a condição de individuo que age
apenas visando seu próprio interesse. Antes o sistema criava o indivíduo dissolvendo as
barreiras agora condiciona ele a ser subjetivo,autointeresseiro ou seja individualista.
Criando vinculos que não aparecem em formas de dependência pessoal , mas vínculos
materias objetivos que assumem a forma aparente de independência,os quais condicinam
o homem-indivíduo na busca material não mais como um meio,mas como um fim em si.
O processo de individualização do ser humano é produto histórico do capitalismo.Ele
coincide com o dominio do capital sobre a produção. …”a economia mercantil, ou
seja,aquele sistema no qual a troca constituia a forma por excelência de organização da
do homem,é, também ela,parte da concreção desse espírito.Assim indivíduo e economia
mercantil,indivíduo e capitalismo estão intimamente ligados.Um não existe sem
o outro.”.. (Paulani,2005,p.82)
Por um lado sendo o objetivo último do capitalismo a riqueza materia e seu acúmulo
dela ,e por outro, a consciência do ser humano determinado pelas relações de produção,
é que o homem dominado pelo capital passa a ter a riqueza como o objetivo último da
produção,e neste processo foi o próprio sistema econômico que criou condições para a
individualização do ser humano.

Em sua inspiração incessante pela forma universal da riqueza , o capital impele o trabalho a
ultrapasar os limites de sua necessidade natural , criando os elementos materias, para o
crescimento de uma rica individualidade , multilateral na produção e no consumo desapareceu a
necessidade natural direta substituída. Por uma necessidade historicamente produzida.(Rosdoslky,
p. 352- 353)

Na criação do processo de individualização do ser humano uma vez ocorrido a destruição


das limitações do antigo modo de produção e em curso o processo ao qual o homem
reifica as relações de produção tornado-se cada vez mais individualista,subjetivo e
condicionado ao sistema economico.Assim está lançado a base para a incorporação
plena na sociedade do processo de individualização.”Através do processo de
socialização cada indivíduo no curso da história sofre a incorporação a um meio social,
adaptação e assimilação de determinadas papeis e funções sociais.
Como disse Marx A história de um individuo não pode separ-se em absoluto da história
dos indivíduos que o tem precedido ou que lhes são contemporâneos , mas que se acha
determinado por essa história”.(Pariguin, 1972 ,p.127,)
A concluão a que chego é que em primeira instância foi a dissolução das barreiras que o
sistema pré-capitalista impunha ao pleno desenvolvimento do capial é que conduziu
primeiramente o homem ao individualismo ou como defini, os elementos objetivos-
histórico,e posteriormente o que capacitou e determinou o conceito de individualidade no
homem foi o a indepedência pessoal construída com base na dependência com relação
as coisas que defini como fatores subjetivos,pois levam ao subjetivismo humano
aumentando a dependência às coisas,objetos,mercadorias e dinheiro , alienando o
homem sem que ele perceba esse movimento,assim tornando-o cada vez mais
individualista.Naturalmente o processo de socialização tende a perpetuar a nova forma
humana, a individualizada.Onde o ser humano busca apenas o interesse próprio em
detrimento do coletivo.

Aqui seriam as notas de cabeçalho

* 1-definição do INEP (instituto educacional anisio teixeira)


* 2-para um maior intentimento sobre educação informal,olhe o artigo educação formal e
informal em ciência
* 3- prefácio a crítica da economia política de 1859 , citação foi retirado do livro
Sociologia uma introdução crítica.,p.73,1985
* 4-F.Engels – do socialismo utópico ao socialismo científico p.74-75,citação retirada do
livro sociologia uma introdução crítica ,p.73.1985
*5-Este conceito está definido como objetivo histórico,pois foram fenômenos que
aconteceram sem uma interferência pessoal direta,antes ,foram transformações que
ocorreram por uma necessidade do sistema econômico,o qual estava em
desenvolvimento
*6-o conceito definido como subjetivo foi adotado no sentido do ser humano se tornar
mais pessoal,voltado para dentro,confinado a si no geral se tornar mais individualista.
*7- reificado é utilizado aqui no sentido marxista o processo pelo qual se objetivam as
relações sociais,os produtos do trabalho,transformando-os em efetivamente em coisas
sociais
*8- individou é usado aqui no sentido do ser humano se tornar mais individualista,visar o
autointeresse

Tendo em vista,uma produção da vida material definida ,ou seja,o capitalismo como modo
de produção consolidado,existem fatores políticos,econômicos e ideológicos que,uma vez
com sua base econômica definida ,surgem em decorrência dela fatores que contribuem
para a perpetuação e aumento do invidualismo,autointeresse e egoismo na sociedade.

Alienação e Fetiche como contribuição da individualidade do homem

o processo de alienação torna o homem estranho ao que ele próprio produz,o objeto de
seu trabalho aparece distante ao trabalhador.Ele não mais reconhece os objetos de seu
produto ,não vê os resultados de seus esforços, segundo Resende: A alienação descreve
uma situação que em decorrência da propriedade privada, da troca e da divisão do
trabalho , o indivíduo social é separado de seu produto, não sendo capaz de apropriar-se
das objetivações que ele próprio, enquanto trabalhador criou (1992,p.144).
Nestas circunstâncias o homem cria uma exteriorização de si:A alienação do trabalhador
no seu produto significa que não só o trabalhador se transforme em objeto,assuma
também uma existência externa (1993, p.163)
Nestes aspectos há uma perda de humanização do homem que pensa e age para a
produção, esse processo acontece à medida que as relações são mercantilizadas.Como
já citado antes,agora há uma relação entre objetos, não mais entre pessoas.O produto do
trabalhador aparece externo ao homem ,em consequência ele está agora apenas em
busca de suas necessidades pessoais que aparecem como objetos como
mercadorias.Assim há uma perda do interesse coletivo da solidariedade em troca do
egoísmo do interesse pessoal neste arranjo econômico acontece há sobrevalorização do
interesse individual.
O fetichismo contribui para individualização humana pelo processo que causa na
consciência humana.O homem passa a atribuir às mercadorias um caráter místico elas
assumem um papel extramundano não aparecem mais como objetos materias
necessários a manutenção da vida,mas aparecem superior a isso como se fossem
dotadas de vida.Neste contexto as mercadorias aculta as características do trabalho
humano

A mercadoria é misteriosa simplesmente por encobrir as características sociais


do trabalho dos homens, apresentando-as como características materiais e
propriedades sociais inerentes aos produtos do trabalho; por ocultar, portanto, a
relação sociais entre os trabalhos individuais dos produtores eo trabalho total, ao
refleti-la como relação social existente , à margem deles entre os produtos de seu
próprio trabalho. Através dessa dissimulação, os produtos do trabalho se tornam
mercadorias, coisas socias, com proproedades perceptíveis e imperceptíveis aos
sentidos.Marx (Marx ,2008 p.94)

Agora as relações sociais aparecem […] como relações materias entre pessoas e
relações sociais entre coisas, e não relação sociais diretas entre indivíduos em seus
trabalhos. (2008 , p.95)
Contudo só com o dinheiro o caráter fetichista da mercadoria ou a reificação das relaçoes
sociais adquire uma forma bem definida todas as mercadoria passam a expressar seu
valor no mesmo equivalente , na mesma mercadoria dinheiro.Consolida-se assim
definitivamente a falsa aparência como se o objeto que representa a magnitude do valor
de outro objeto possuise sua forma equivalente independentemente dessa relação,como
uma propriedade social que decorre de sua natureza.Rosdolsky (Rosdolsky ,2001 , p.116)
Segundo Rosdolsky na sociedade de produtores de mercadorias a relação entre os
homens está sempre ligada a coisas e aparecem como coisas porque os trabalhadores
não se relacionam mais com seu trabalho como uma trabalho diretamente social,pois
perderam o controle de suas relações de produção.(2001, p.117)
Na alienação o produto humano , as mercadorias, se transformam em um objeto material
exterior ao homem e aparenta ser independente dele, no caráter fetichista da mercadoria
o homem passa a atribuir propriedades fantasmagóricas aos objetos.Neste contexto o
dinheiro como mercadoria assume o papel de mediador das relações sociais no
intercâmbio material humano,o homem se perde,o dinheiro assume o papel principal
exterior e superior ao homem, aparece como se fosse autônomo dele.Neste processo
é o dinheiro que agora domina as relações de produção cria-se assim o fundamento para
a supremacia do dinheiro e das relações monetárias , e para o reflexo invertido das
relações sociais de produção na consciência dos participantes – ou seja, para o
fetichismo da mercadoria. (2001, p.118).
O dinheiro passa a ser o meio eo fim,essa mercadoria fetichizada trás poder,status e
afirmação social.

No grundrisse: O poder de cada indivíduo exerce sobre a atividade dos outros ou sobre
as riquezas sociais, ele o possui na medida em que seja proprietário do valor de
troca,de dinheiro. Leva no bolso seu poder social e sua ligação com a sociedade. E
“quando mais a produção se organiza de maneira a que cada produtor passe a
depender do valor de troca de sua mercadoria [...]”, tanto mais cresce o poder do
dinheiro, ou seja, a relação de troca se fixa como um poder externo em relação aos
produtores e independente deles. No dinheiro, “ no valor de troca, o vínculo social
entre as pesoas se transforma em relação social entre coisas, o poder social, no poder
das coisas”. (Rosdoslki, 2001, p.118-119)

Assim o homem começa a pensar em termos pecuniários , invariavelmente o homem


passa a se individualizar em relação ao coletivo.

RELIGIÕES PROTESTANTES E SEU IMPULSO AO INDIVIDUALISMO

Não menos importane para formação do caráter individualista do ser humano, foi o
impacto que as religiões protestantes causaram nos valores da época pré-capitalista.O
protestantismo venho á tona em decorrência do domínio católico e os valores que a igreja
tinha associado ás suas atividades.O protestantismo não só os libertou da condenação
religiosa, como também acabou transformando em virtudes os motivos pessoais,egoístas
e aquisitivos que a igreja medieval tanto desprezava […], essa nova visão religiosa
contribuiu infinitamente para a influência crescente da nova filosofia individualista.
(Hunt, 2005, p.27,28 )
Para a igreja católica no período medieval o homem não obtinha a salvação espiritual por
sí próprio, apenas pela fé, era necessário o intermédio da igreja. Álem do mais a
população era obrigada a se confecionar e ideológicamente a igreja tinha o poder de
escomungar qualquer cidadão,esses fatos concebiam um enorme poder a o clero naquela
época.Assim impossibilitavam a ética individualista,pois o homem ainda encontrava-se
ligado fortemente a sociedade que era representada pela igreja católica.
Motivado por essas circunstâncias que limitavam a liberdade individual se deu o
aparecimento das religiões protestantes as quais pregavam que o homem poderia
encontrar a bondade por meio apenas da fé.A doutrina protestante da justificação pela fé
afirmava que os motivos eram mais importantes que os atos ou rituais. (2005, p.28)
O novo dogma da ética protestante fundamentalmente dizia que caso o homem se saísse
bem em sua passagem pela terra ele estaria agradando a Deus.Assim o lucro não mais
era pecado pelo contrário, era uma vontade de Deus, uma marca de seus favores e uma
prova de ter sido chamado.(2005 , p.28)

o valor religioso baseado no trabalho constante,sistemático e eficiente, por iniciativa


própria, como o meio mais rápido de se assegurar a salvação e de se glorificar a Deus,
tornou-se um importantíssimo instrumento de expansão econômica.*(2005, p.29)

Com essas circuntâncias que o homem vai libertando-se dos conceitos católicos que
restringiam liberdades pessoais e vinculavam psicologicamente o homem à igreja.Com a
nova doutrina protestante os novos capitalistas tinham uma nova forma ideológica a qual
poderiam assegurar sua ânsia pelo lucro, com o espírito em paz e com seu lugar no ceu
assegurado,assim grande parte da classe média foi atraida para essa nova ética.
Contudo esse processo não ocorreu à margem das transformações econômicas,na
verdade a ética protestante com seus novos valores foi estruturalmente, uma nova forma
religiosa necessária ao desenvolvimento do capitalismo. Essa tranformação dos valores
das religiões protestantes em contradição com os antigos valores católicos,não por acaso
se deu juntamente da passagem da era feudal para a era capitalista, portanto o que
resalto é que a nova ética protestante foi uma nova visão advinda das necessidade do
novo modo de produção.
Teylorismo-fordismo e consumismo: individualismo em massa

Nas inovações introduzidas pelo teylorismo propunha que a produtividade do trabalho


poderia ser aumentada sensivelmente com o aumento da fragmentação do trabalho ou
fracionando as etapas do processo produtivos e submetendo a organização das tarefas
sobre rigorosos padrões de tempo. Segundo essas circunstâncias o trabalhador exercia
tarefas cada vez mais repitidas, esse processo racionalizava os custos e diminuia o tempo
de produção,entretanto esse fatos causavam efeitos pervesos nos trabalhadores,
propiciava um afastamento exarcebado do trabalho intelectual em detrimento do trabalho
mecânico,segundo os parâmetros adotados a consequência era o aumento da alienação
do trabalhador o qual, como já estudado, leva ao aumento da individualização humana.
Essa foi a base a qual foi lançada o fordismo como meio de acumulação de uma
determinada fase do desenvolvimento capitalista.A grande diferença entre o fordismo eo
teylorismo era a visão que aquele tinha de que a produção de massa levava ao consumo
de massa,um novo sistema de reprodução da força de trabalho, uma nova estética e uma
nova psicologia, em suma, uma novo tipo de sociedade, democrática,racionalizada
modernista e populista. (Harvey, 2005 ,p.21)
Para Gransci o fordismo forjava uma nova consciência era criada “um novo tipo de
trabalhador” para ele os novos métodos de trabalho influenciavam “um novo modo
específico de viver de pensar e de sentir a vida”, questões de formas de coerções morais
de consumismo e de ação do estado, estavam vinculadas ao esforço de forjar um
tralhador “adequado a um tipo de trabalho e processo produtivo. (2005 ,p.21)
Essa nova visão fordista que manipula a consciência do trabalhador implantou uma nova
era ,a do consumismo em massa.Assim o fordismo não pode ser entendido apenas como
um novo paradigma de produção,mas como uma nova forma de organização social.
Na nova era do fordismo há uma transformação de sociedade produtora para uma
sociedade consumidora. Nessa adaptção é que o mercado toma vida própria com a
prática diária do consumo,ele aparece mais desejável,mais mistificado exerce um poder
de sedução sobre o homem com seus mecanismos cada vez mais aperfeiçoados.De um
lado são os meios de comunicação eo poder de manipulção que eles exercem na
sociedade ,do outro ,são as mais aperfeiçoadas técnicas de marketing que agem
induzindo a sociedade ao consumo “os impulsos sedutores do mercado, para serem
eficazes ,devem ser trannsmitidos em todas as direções e dirigidos indiscriminadamente
a todos aqueles que o ouvirão”.(Bauman ,1998, p.55)
A consequência é a fetichização do mercado eo aumento da sedução e poder sobre a
sociedade,por isso o mercado aparece como se fosse independente da sociedade.
Nesta nova sociedade o que é determinado que só é bom quem consome quem segue
um determinado padrão.E o padrão é o do consumo exarcebado,deve-se consumir o
máximo possível,e a cada minuto é criado um novo tipo de mercadoria.

O consumo abundante , é lhes dito e mostrado,é a marca do sucesso e a estrada que


conduz diretamente ao aplauso do público e à fama.Eles também aprendem que possuir
e consumir determinados objetos,e adotar determinados estilos de vida, é a condição
necessária para a felicidade, talvez até para a dignidade humana.(Bauman,1998, p.55)

A busca aí já não é mais pela necessidades humanas,mas por um certo padrão que é
estabelecido ao ser humano.Neste ponto de vista a procura pelas mercadorias não se dá
mais pelo desejo ou pelo que é necessário a sobrevivência humana.Se o consumo é a
medida de uma vida bem-sucedida, da felicidade e mesmo da decência humana, então
foi retirado a tampa dos desejos humanos: nenhuma quantidade de aquisições e
sensações tem probabilidade de trazer satifação como o de “manter-se ao nível dos
padrões”.(Bauman,1998, p.56)
Deste modo, nessa sociedade consumista forjada , onde só é bem sucedido quem tem
um alto padrão de consumo, o homem é induzido ,é como as alternativas se apresentam
a ele ,a adotar padrões individualistas,pois ao contrário do processo produtivo,o consumo
é uma atividade inteiramente individual “A sociedade que obtém padrões de
comportamento para uma ordem mais estável daqueles seus integrantes que se viram
expulsos ,ou estão prestes a serem expulsos, de suas posições de produtores e definidos
em vez disso , primordialmente, como consumidores desencoraja a fundamentação da
esperança em ações coletivas”.(Bauman ,1998, p.54).

Globalização e individualismo

Adotarei globalização no sentido do aprofundamento da integração social,cultural e


econômico.A sociedade concebida como um fluxo (aberta,dinâmica,móvel,internacional)*.
É o processo de mundialização,do encurtamento das distâncias ,da integração global em
detriento dos aspectos regionais e tradicionais.Com o advento dos progressos
tecnológicos dos meio de comunicação (internet,televisão) e dos meios de transportes
(avião).Há uma supressão de tempo e epaço,notícias vêm e vão instantaneamente
pessoas podem ir de um continente a outro em horas. É nessa circunstância de
superação das barreiras que eram impostas por tempo e espaço e o consequente efeito
que a superação desses fatos causam nos aspectos regionais e tradicionais que
analisamos a globalização.Com ela um determinado modo de agir e agir não mais ficam
submetido a um único espaço geográfico,mas, pelo contŕario,pode interagir dentre os
lugares mais distantes do globo.Por exemplo um novo conceito de moda inventado por
um estilista hollywoodiano pode chegar no mesmo instante a ilha mais remota do
continente asiático no outro lado do planeta.Invariavelmente é nesses aspectos que a
globalização age para o aumento do individualismo humano,pois neste processo existe
uma quebra dos fatores locais e regionais,tradicionais e comunitários que antes ligavam
a pessoa a laços comunitários, pórem com o desvencilhamento do homem a sua
comunidade, pelos efeitos da globalização ,onde perduravam sentimentos mais coletivos
vai sendo substituído por sentimentos individuais. “ Na tradição o passado estrutura o
presente através de crenças e sentimentos coletivos partilhados, e […] todo o contexto
de declínio de tradição oferece a possibilidade de maior liberdade de ação do que antes
existia”(Giddens, p.56-57)

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