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refrigerante e das batatas, sendo por fim cobrado pelo conjunto num preo nico.
Em ambos casos estamos em face de condicionamento ilegal por parte do prestador
que consubstancia uma prtica abusiva prevista e prevenida na al. a) do n. 1 do art.
29 da LDC.
questionvel se a compra de um telemvel que s reconhea o carto SIM da
operadora de telefonia mvel que efectuou a venda do mesmo constitui ou no uma
venda casada. Contudo, somos de opinio que neste caso em especfico no
estamos em face de nenhuma venda casa e nem de prtica abusiva por parte do
prestador, desde logo porque no se condiciona a aquisio do telemvel compra
do carto SIM ou vice-versa, embora o primeiro no possa ser integralmente
utilizado sem o segundo. Achamos porm, que h aqui uma prtica restritiva da
concorrncia e no propriamente violao de Direitos dos Consumidores, desde
que o consumidor seja devidamente informado no acto de compra.
Agora, situao diversa e bastante questionvel a dos contratos de telefonia
mvel praticados c na Prola do ndico uma vez que o consumidor fica durante
certo interregno de tempo, a pagar no s pelo crdito telefnico como tambm
pelo telemvel que foi casado ao crdito e embutido no contrato. Nestes casos,
julgamos que se est em presena de uma venda casada oculta, visto que no se
oferece ao consumidor a opo de pagar somente pelo crdito que lhe concedido
sem que com isso tenha de pagar igualmente (ainda que a longo prazo) pelo
telemvel.
4. A questo do fornecimento de bens e servios no solicitados pelo
consumidor
O fornecimento de bens e servios no solicitados pelo consumidor ocorre quando,
na inrcia do consumidor, o prestador por acto prprio e exclusivo, fornece os seus
prstimos ao consumidor. At aqui nenhum problema de fundo de coloca. O
problema surge justamente quando prestador aparece a cobrar pelos servios por si
prestados sem requisio prvia por parte do consumidor.
Nestes casos em especfico, o consumo e ou aproveitamento dos bens fornecidos
pelo prestador no corporiza uma situao de aceitao tcita no sentido avanado
pelo n. 1 do art. 217 do Cdigo Civil, uma vez que o facto de o consumidor ter
aproveitado do bem prestado sem sua solicitao, no constitui um sinal de que o