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A escola e a família
Sociologia
João Paulo Ferreira
15-05-2010
Índice
Introdução: .....................................................................................................................3
A tese: ............................................................................................................................4
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Introdução:
3
A tese:
4
proporcionou a todos os indivíduos a possibilidade de obter novos conteúdos
curriculares, mas também, novos meios que propiciam a continuidade de serem
socializados sem ser pelos pais. Encontra-se esta nova socialização nos seus pares,
amigos ou somente colegas que influenciam em muito a socialização de um indivíduo,
o pessoal empregado na escola, desde professores – que mostram uma nova figura de
autoridade à qual se deve respeito, além dos conteúdos intelectuais que transmitem,
que são também muito importantes na socialização da pessoa – aos funcionários – que
também acabam por educar, de certa forma, os alunos. Quero com isto mostrar que a
escola não é só um local que se aprende a Matemática, o Português, mas também um
meio onde as gerações futuras aprendem a lidar com outras pessoas, ambientes,
situações com as quais em casa não lidam, daí considerar a escola um complemento da
socialização primária, não apenas o início da socialização secundária.
A meu ver, toda a educação feita em casa deve ser complementada com a educação
feita no meio escolar, pois apesar de em casa aprendermos normas básicas como as
regras de boa educação, identificação das autoridades familiares – como a figura
materna e paterna – a escola complementa proporcionando às novas gerações a
possibilidade de lidar com indivíduos da mesma faixa etária, outro tipo de autoridades,
que influenciam muito, quase tanto, como os pais, a criança que se prepara para
enfrentar o mundo.
Deve-se ter em conta ainda o facto, já referido, de existirem crianças que não tem a
possibilidade de ter uma devida socialização primária no seu meio familiar. Para estas
crianças já existem meios que tentam propiciar que esta socialização seja melhorada,
nomeadamente através da Assistência Social, que reencaminha crianças mal tratadas,
ou em pobres condições, para instituições de reeducação como o orfanato, que apesar
de, na teoria, ser a melhor hipótese que estas crianças têm de se reintegrar na
sociedade, na prática, estas em muitos casos não funciona devidamente, pois as
crianças não recebem o tipo de educação que precisam (em defesa destas instituições,
devemos ter em conta que o trabalho que lhes é incumbido, não é, de todo, fácil). Dito
isto, creio que estas devem ser cada vez melhor preparadas, com pessoal melhor
formado em todos os campos, pois nestas instituições, até um simples funcionário de
limpeza pode contribuir para melhor educar os jovens.
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Se todos os jovens forem educados devidamente, seja em famílias tipo – o clássico
modelo do pai, a mãe e os filhos – em famílias monoparentais, homossexuais,
qualquer tipo de família no fundo, levará a um desenvolvimento não só dos indivíduos,
mas de toda a sociedade, pois com as gerações mais novas a serem propriamente
educados, para uma participação correcta e activa na sociedade onde se inserem, tem
a possibilidade de contribuir para a evolução constante da sociedade, rumo à
sociedade perfeita, teórica e utopicamente, a anarquia (a anarquia é na sua teoria, a
sociedade perfeita, pois demonstra uma evolução tal de uma sociedade que a
existência de uma autoridade governamental torna-se desnecessária).
Ao contrário de no tempo do salazarismo, a escola de hoje promove o livre arbítrio,
a opinião individual, a capacidade de formar cidadãos cada vez activos, e não tem o
papel de moldar as mentes mais novas para ideologias políticas.
Dito isto, concluo com a ideia que me levou a fazer este trabalho: a educação
familiar não subsiste sem a escola, a escola de nada serve sem o ensino familiar. A
importância dos dois é enorme, se um é mais importante que o outro, deixo a cada um
decidir, mas que são ambos necessários para o desenvolvimento pleno do ser humano,
para mim é mais que óbvio, e assim, considero estas duas instituições – escola e a
família – meios de socialização primária sem os quais não se formam da melhor
maneira a criança, e mais importante, não se propicia o desenvolvimento da
sociedade.