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HOMERO SANTIAGO * *
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III
Feito esse percurso, devemos concluir
sumariamente: novos tempos verbais no foram
deduzidos porque eram desnecessrios, uma vez
que a lngua florescia, era eficaz na comunicao,
perfeita em sua natureza. No menos verdade,
entretanto, que esses novos tempos constituem
algo que, conforme as palavras espinosanas,
poderia ter surgido, mediante regras facilmente
deduzidas a partir dos fundamentos da lngua.
Pois suponhamos agora aqueles antigos
hebrastas a envidar esforos no escopo de dar
cabo da confuso verbal que o Teolgico-poltico
afirma atingir a sua lngua; quer dizer,
suponhamos por um momento que as
ambiguidades do idioma assinaladas pelo
intrprete bblico seiscentista afetassem de modo
tal os falantes da poca bblica que a sua lngua
lhes parecesse inapta ao uso. Nesse caso,
hebrastas sagazes poderiam forjar algo novo:
novas regras.
O que uma regra? Nos limites de nosso
interesse, digamos apenas que a regra apresentase como uma instituio que exibe poder
diversificador; ela institui uma diferena,
demarca um antes e um depois da lngua, e de
maneira peculiar: faz surgir algo novo que se
distingue do velho, s que, observemos, demarcase do velho agindo sobre ele, modificando-o.
Deduzidos, os novos tempos verbais, ao menos
se imitados pelos demais falantes, teriam
vivificado e se perpetuado, alterando o sistema
verbal de todo o hebraico; as novas regras teriam
dado lugar, no seio de uma lngua que, conforme
insiste o Teolgico-poltico, resiste a mudanas,
a uma novidade.8 Ao deduzir novas regras acerca
do sistema verbal de sua lngua, os hebrastas
estariam a exercer uma redeterminao sobre
aquele saber prvio do usurio. Se for assim, o
[CONTINUAO DA NOTA 7] normativity in Spinozas
Hebrew grammar, p. 365; e muito menos interpretar
tal passagem sob o ponto de vista psicologizante de
Genevive Brykman, La judit de Spinoza, p. 124: Os
equvocos do discurso seriam, ademais, a imputar aos
hebreus mas no sua lngua. E Espinosa no deixa
de evocar, com uma nuana de nostalgia rarssima nele,
uma longnqua poca em que o hebraico era uma lngua
florescente e em que nenhuma confuso que se ligasse
imperfeio da prpria lngua podia nascer.
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TTP, cap. 7, pp. 105-106, trad. pp. 214-215.
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