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Esta resolução estabelece diretrizes para o registro, armazenamento e acesso às informações resultantes da assistência farmacêutica prestada aos pacientes nos serviços de saúde. Ela determina que esses dados devem estar disponíveis no prontuário do paciente, preferencialmente em meio eletrônico, e definir requisitos de segurança, privacidade e tempo de armazenamento.
Esta resolução estabelece diretrizes para o registro, armazenamento e acesso às informações resultantes da assistência farmacêutica prestada aos pacientes nos serviços de saúde. Ela determina que esses dados devem estar disponíveis no prontuário do paciente, preferencialmente em meio eletrônico, e definir requisitos de segurança, privacidade e tempo de armazenamento.
Esta resolução estabelece diretrizes para o registro, armazenamento e acesso às informações resultantes da assistência farmacêutica prestada aos pacientes nos serviços de saúde. Ela determina que esses dados devem estar disponíveis no prontuário do paciente, preferencialmente em meio eletrônico, e definir requisitos de segurança, privacidade e tempo de armazenamento.
e o manuseio de informaes resultantes da prtica da assistncia farmacutica nos servios de sade.
O Conselho Federal de Farmcia (CFF), no uso de suas atribuies legais e
regimentais, que lhe so conferidas pela Lei 3.820, de 11 de novembro de 1.960, e Considerando que o farmacutico tem o dever de registrar de forma clara e ordenada as informaes resultantes do processo de assistncia farmacutica, compreendendo a orientao farmacutica ao paciente e equipe de sade; e que essa assistncia abrange pacientes ambulatoriais, internados, em regime de hospital-dia incluindo servios especializados, como oncologia, cuidados paliativos e medicina nuclear e, ainda, pacientes em regime de assistncia domiciliar; Considerando que no processo de anlise da prescrio e da elaborao do perfil farmacoteraputico do paciente so identificados problemas relacionados a medicamentos (PRM), reaes adversas a medicamentos (RAM), interaes medicamentosas e erros de medicao; Considerando que o pronturio um importante documento para a assistncia ao paciente, para o servio de sade que presta a assistncia, bem como para o ensino e a pesquisa, alm de documentar a atuao de cada profissional e servir como instrumento de defesa legal; Considerando a Resoluo de Diretoria Colegiada (RDC) da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa) n. 7, de 24 de fevereiro de 2.010, que dispe sobre os requisitos mnimos para o funcionamento de unidades de terapia intensiva (UTIs) e d outras providncias, na qual h previso para assistncia integral e interdisciplinar e para o registro, no pronturio do paciente, dos cuidados prestados por todos os profissionais envolvidos diretamente na assistncia, no que for pertinente; Considerando que o registro, no pronturio do paciente, de orientaes equipe de sade, resultantes do processo da assistncia farmacutica, e que a
adoo de medidas e aes recomendadas possibilita melhorias na qualidade da
assistncia sade e no gerenciamento dos riscos inerentes aos procedimentos realizados no paciente, com a reduo e minimizao da ocorrncia de resultados negativos associados medicao e a eventos adversos relacionados a procedimentos invasivos, contribuindo para a promoo do uso racional do medicamento, para a segurana e reabilitao do paciente; Considerando a importncia do registro das informaes resultantes da assistncia farmacutica para o ensino, a pesquisa e as prticas assistenciais sade, bem como para a formao de banco de dados sobre utilizao de medicamentos e produtos para a sade, como instrumento para avaliao e monitoramento da qualidade da assistncia sade, gerenciamento de riscos e, preveno ou reduo dos eventos adversos; Considerando as tecnologias disponveis para o registro, o armazenamento e a transmisso de dados referentes assistncia aos pacientes e que estes devem ser facilmente rastreveis, de forma a permitir sua pronta recuperao e disponibilidade permanentemente, independente da utilizao de meio fsico (papel) ou meio eletrnico; Considerando o Cdigo de tica da Profisso Farmacutica, aprovado pela Resoluo CFF n. 417, de 29 de setembro de 2.004 e suas atualizaes; Considerando que os dados que compem o pronturio pertencem ao paciente e deve estar permanentemente disponveis equipe interdisciplinar de sade nos ambulatrios, nas enfermarias e nos servios de emergncia, permitindo a continuidade do tratamento, a preveno de risco e agravos sade; Considerando a legislao arquivstica brasileira, que normatiza a guarda, a temporalidade e a classificao dos documentos, inclusive dos pronturios (Resoluo do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) n. 7, de 20 de maio de 1.997, a Norma Brasileira (NBR) n. 10.519, de 1 de outubro de 1.988, da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) e o Decreto n. 4.073, de 3 de janeiro de 2.002, que regulamenta a Lei n. 8.159, de 8 de janeiro de 1.991, que dispe sobre a poltica nacional de arquivos pblicos e privados, ou outro dispositivo legal que venha a substitu-los, RESOLVE: Art. 1 - Para efeito desta resoluo entende-se por: a) Pronturio do paciente - documento nico, constitudo de um conjunto de informaes, sinais e imagens registrados, gerados a partir de fatos, acontecimentos e situaes sobre a sade do paciente e a assistncia a ele prestada, de carter legal, sigiloso e cientfico, que possibilita a comunicao entre membros da equipe multiprofissional e interdisciplinar e a continuidade da assistncia prestada ao indivduo;
b) Registro farmacutico em pronturio - anotao feita pelo farmacutico,
aps a avaliao da prescrio e a elaborao do perfil farmacoteraputico do paciente, de orientaes/recomendaes equipe assistencial de sade. Desse registro constam os problemas identificados (reais ou potencias), orientao farmacoteraputica, sugestes de alterao de dose, dosagem, forma farmacutica, tcnica, via e horrios de administrao, dentre outros; c) Servio de sade - estabelecimento e/ou instituio de sade, destinado a prestar assistncia populao na promoo da sade, na recuperao e na reabilitao de pacientes. Abrange os servios destinados assistncia direta de pacientes, seja em regime ambulatorial, de internao hospitalar, de hospital-dia e, ainda, pacientes em regime de assistncia domiciliar. Art. 2 - O registro, a guarda e o manuseio de informaes resultantes da prtica da assistncia farmacutica a pacientes ambulatoriais, nos servios de sade e/ou instituies de ensino devero existir, preferencialmente em meio eletrnico, podendo tambm estar disponveis em meio fsico (papel). Art. 3 - Os dados devero ser indexados de forma a possibilitar o arquivamento organizado, facilitando a pesquisa. Pargrafo nico - O arquivo em papel ou em meio eletrnico deve, preferencialmente, ser ordenado pelo nmero do pronturio ou, na falta deste, pelo nmero do carto nacional de sade. Art. 4 - No ato do registro da assistncia prestada, o profissional deve utilizar linguagem tcnico-cientfica para a equipe de sade e coloquial para fornecer orientaes aos pacientes. Art. 5 - O profissional deve preservar a privacidade do paciente e guardar sigilo sobre as informaes obtidas, salvo quando for necessrio discutir casos clnicos com os demais membros da equipe de sade. Art. 6 - Caso seja utilizado meio eletrnico para o registro e a guarda de informaes, dever ser feita cpia de segurana dos dados, a cada 24 horas. Pargrafo nico - As cpias de segurana devero ser mantidas em local distante o suficiente para resguard-las de eventuais danos nas instalaes do sistema. Art. 7 - Independentemente do meio utilizado para o registro das informaes, este dever garantir a integridade das mesmas. Pargrafo nico - Para a substituio de documentos disponveis em meio fsico (em papel) pelo eletrnico, poder ser utilizada a microfilmagem ou a digitalizao, devendo ser mantido, neste caso, 3 (trs) cpias, para a maior segurana dos dados. Art. 8 - O prazo mnimo para o arquivamento das informaes resultantes da prtica da assistncia farmacutica de 5 (cinco) anos. Findo o prazo
estabelecido, o servio de farmcia dever constituir comisso para avaliar a
manuteno ou no do arquivo. Pargrafo nico - Caso opte pela no manuteno do arquivo, a preservao das informaes relevantes, do ponto de vista cientfico, histrico e social, dever ser garantida. Art. 9 - O acesso s informaes resultantes da prtica da assistncia farmacutica dever ser restrito. 1 - No caso de dados disponveis em meio eletrnico, o acesso deve ser feito atravs de senha para cada perfil de usurio, de acordo com sua funo no processo assistencial. 2 - Os usurios devero assinar termo de confidencialidade dos dados, ser cadastrados e possuir senhas individuais para acesso aos documentos. 3 - O manuseio dos dados dever ser realizado em rea reservada e somente por pessoas autorizadas, conforme disposto no pargrafo anterior. 4 - Devero ser realizadas auditorias sistemticas no sistema informatizado ou nos documentos em papel. Art. 10 - O pronturio o instrumento adequado para a documentao da atuao de cada profissional envolvido no atendimento sade do paciente, na instituio, e serve tambm para determinar a corresponsabilidade de cada profissional de sade envolvido na assistncia, em casos de necessidade de defesa legal. Art. 11 - Determinar ao farmacutico o registro formal de suas aes no pronturio do paciente. 1 Toda avaliao de prescrio mdica poder originar propostas de modificao de conduta mdica e/ou da equipe de enfermagem, visando a ofertar ao paciente as melhores alternativas teraputicas disponveis e previamente estabelecidas em protocolos institucionais, baseados em evidncias cientficas consistentes. 2 Prioritariamente, e sempre que possvel, o farmacutico dever discutir o caso com os profissionais diretamente envolvidos e esclarecer todos os pontos que suscitaram a necessidade de reviso de conduta, para, somente aps, documentar o processo de avaliao da prescrio em pronturio, destacando as mudanas que foram acatadas ou no e sua justificativa. Art. 12 - A assistncia prestada pelo farmacutico deve ser registrada e redigida com clareza. O registro no pronturio do paciente deve atender legislao sanitria, s normas institucionais e s regulamentaes do conselho profissional.
1 - O registro no pronturio em suporte de papel deve ser legvel e
devidamente identificado, datado, assinado, carimbado e conter o nmero de registro no Conselho Regional de Farmcia (CRF). 2 - Quando o pronturio do paciente estiver disponvel em meio eletrnico, ao registrar o procedimento recomendado, o farmacutico deve identificar-se de forma adequada, sendo obrigatria a assinatura e o respectivo nmero do CRF. O uso de assinatura digital deve estar de acordo com o Certificado Digital Padro - Infraestrutura de Chaves Pblicas (ICP - Brasil). Art. 13 - O tratamento e o destino dados ao registro farmacutico em pronturio seguem a poltica do estabelecimento ou instituio adotada para o pronturio do paciente, e deve estar de acordo com as normas estabelecidas pelos setores competentes. Art. 14 - Esta resoluo entra em vigor na data de sua publicao. Art. 15 - Revoga-se a Resoluo CFF n 476, de 28 de maio de 2008.
Jaldo de Souza Santos
Presidente CFF
Publique-se: Lrida Maria dos Santos Vieira Secretria-Geral CFF