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O documento analisa os aspectos criminológicos do filme Cidade de Deus à luz de teorias como a criminologia radical, estrutural-funcionalista e da associação diferencial. Aponta que o filme mostra como a exclusão social, falta de oportunidades e ausência de políticas públicas levam jovens pobres e negros a se envolverem com o crime.
O documento analisa os aspectos criminológicos do filme Cidade de Deus à luz de teorias como a criminologia radical, estrutural-funcionalista e da associação diferencial. Aponta que o filme mostra como a exclusão social, falta de oportunidades e ausência de políticas públicas levam jovens pobres e negros a se envolverem com o crime.
O documento analisa os aspectos criminológicos do filme Cidade de Deus à luz de teorias como a criminologia radical, estrutural-funcionalista e da associação diferencial. Aponta que o filme mostra como a exclusão social, falta de oportunidades e ausência de políticas públicas levam jovens pobres e negros a se envolverem com o crime.
MATRIA: CRIMINOLOGIA ALUNA: NAYARA LAS SANTANA DA SILVA
ASPECTOS CRIMINOLGICOS DO FILME CIDADE DE DEUS
No que tange os critrios relevantes no Filme Cidade de Deus, h que se falar na violncia gerada pela excluso de indivduos que habitam uma favela do Rio de Janeiro, dominada pelo trfico de drogas. Nas imagens, fcil identificar alguns das principais matrias estudadas pela criminologia, como as causas da criminalidade, as manifestaes e os efeitos da criminalidade, assim como, as suas manifestaes e seus efeitos. O filme, sob o ponto de vista das lentes do jovem Buscap, o narrador, um menino pobre, negro, muito receoso sobre a ideia de ter que se tornar um bandido. H de se observar em decorrncia de assuntos tratados no filme protagonizado pelo trio Ternura, por se tratarem de jovens, negros, com poder aquisitivo baixo, faz jus a critrios da criminologia radical, onde busca o esclarecimento do crime como formao econmico social, ou seja, os menos favorecidos, habitantes de locais perifricos, negros, estariam propcios a prtica de crimes em decorrncia da falta de recursos fornecidos pelo Governo, para o crescimento social e econmico. Na anlise dos aspectos criminolgicos do filme, pauta-se no objeto da criminologia moderna, tendo como fator principal o crime em si, caracterizada pelo trfico de drogas e os homicdios, ora narrados no filme, porm a raiz do problema, suas circunstancias, pois o filme narra a trajetria desde crianas at a idade adulta em que os jovens se envolvem no crime, protagonizando os elementos do crime como seus atores, as vtimas e acima de tudo, as crticas em cima dos critrios de controle social, um dos elementos pilares da criminologia. Podemos observar no filme, a maneira em que uma poltica criminal com efetivao, pode ser utilizada na preveno especial e certamente direta, nos crimes observados no filme, ou seja, de relevncia social. Desta forma, no filme, ho de ser ponderadas as manifestaes relativas a interveno do Estado e alguns dos efeitos gravosos para uma parcela de indivduos e suas famlias, no filme, protagonizados por meninos negros, de famlias pobres, moradores de uma favela. Como um dos objetivos da criminologia no s o crime em si, observa-se no filme que essas pessoas foram meio que esquecidos pelas polticas sociais, que possuem como intento de preveno para que no haja em decorrncia disto, apenas a reprovao mxima das normas acarretando apenas em estatsticas, dever orientar tambm a Poltica social na preveno geral e indireta das aes e omisses que, embora no previstas como crimes, merecem a reprovao mxima. A premissa do crime, ora narrada na teledramaturgia o fato social, ou seja, o
comportamento e a realidade intrinsecamente persuasiva na vida de alguns indivduos, no
filme, h em grande maioria, assim como na vida social de muitos dos delinquentes, o crime em decorrncia da realidade social e econmica em que esses indivduos vivem, sem oportunidades ou abrangncia de polticas sociais que visem preveno de tais fatos. Numa lgica de ensinamentos do professor Lombroso, se o criminoso estava exposto conduta desviada forosamente, tendo em vista uma congnita predisposio, seria injusto atribuir-lhe qualquer reprovao que fosse ligada ao desvalor de suas escolhas quanto sua conduta, isso pelo simples motivo de que no atuava por sua livre escolha, mas sim dirigido por foras naturais irresistveis a impeli-lo para os mais diversos atos criminosos. Assim sendo, jamais poderia ser exposto a apenaes morais e infamantes. No obstante, sendo as prticas criminosas componentes indissociveis de sua personalidade, estaria a sociedade legitimada a defender-se, impondo-lhe desde a priso perptua at a pena de morte. E levando-se por esta vertente e admitindo as excluses sociais narradas no filme e seguindo critrios da teoria estrutural-funcionalista, o crime produzido pela prpria estrutura social. No filme, nota-se que os envolvidos em prticas delituosas no se consideram abraados pelo Estado, perdendo assim referenciais de conseguir colocar em prtica os seus almejos. Na ausncia desses meios tidos como legais, os indivduos so, de certa forma, pressionados, a preencher o vazio, chamado tambm de anomia, para a conquista desses tais intentos sociais de alguma forma e a nica disponvel para eles, pobres, excludos, seriam por meios ilcitos, que desviam da nossa norma, da nossa conduta, j que o alcance pelas formas legais, para eles, se torna ilegtimos. Tendo como base a Teoria da Associao Diferencial, produzida por Edwin H. Sutherland. Segundo essa construo terica, a criminalidade, a exemplo de qualquer outro modelo de comportamento humano, aprendida conforme as convivncias especficas s quais o sujeito se expe em seu ambiente social e profissional. No filme, a trajetria desses indivduos observada de dois lados opostos, o lado do menino Buscap, que nasceu nas mesmas circunstancias-nos outros acometidos pela prtica de delitos, porm teve possibilidade de emprego e de convivncia com outro tipo de realidade e por outro lado, os meninos que cresceram respirando os crimes cometidos por seus irmos, amigos e familiares, ou seja, o ambiente social deles sempre foi aquele. Sutherland afirma que o processo de "associao diferencial" propicia ao sujeito, de conformidade com seu convvio, aprender e apreender as condutas desviantes respectivas. Desta forma, o meio em que os indivduos convivem teria uma parcela imperadora no sentido do cometimento dos delitos, mas que poderiam ser afastadas por polticas sociais efetivas e pelo controle social, objetivos da criminologia. O Filme um exemplo claro, e no s na fico como tambm na vida real, so colocadas as causas e consequncias do poder de polticas pblicas no sentido de prevenir e no apenas apenalizar, como faz o Direito Penal, no sentido de normatizar, condenar e excluir ainda mais esses indivduos da nossa sociedade, est mais do que provado que as
consequncias o aumento da populao carcerria pertencida por jovens, negros,
pobres, das periferias, favelas. A criminologia traz s causas e as consequncias no sentido de que de que forma poderia ser modificada as estatsticas abrangentes de prticas delituosas, no sentido re ressocializao dessas pessoas tidas como excludos da sociedade com polticas pblicas que possam dar-lhes oportunidades para que realizem os intentos sociais. No filme, de forma clara, nota-se a diferena entre um indivduo que pode ter uma oportunidade e daqueles indivduos que acharam na prtica de crimes, os seus intentos.