Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
PEDAGÓGICA III
1
Pesquisa e Prática SOMESB
Pedagógica-III Sociedade Mantenedora de Educação Superior da Bahia S/C Ltda.
FTC - EaD
Faculdade de Tecnologia e Ciências - Ensino a Distância
Diretor Geral ♦ Waldeck Ornelas
Diretor Acadêmico ♦ Roberto Frederico Merhy
Diretor de Tecnologia ♦ Reinaldo de Oliveira Borba
Diretor Administrativo e Financeiro ♦ André Portnoi
Gerente Acadêmico ♦ Ronaldo Costa
Gerente de Ensino ♦ Jane Freire
Gerente de Suporte Tecnológico ♦ Jean Carlo Nerone
Coord. de Softwares e Sistemas ♦ Romulo Augusto Merhy
Coord. de Telecomunicações e Hardware ♦ Osmane Chaves
Coord. de Produção de Material Didático ♦ João Jacomel
♦ PRODUÇÃO ACADÊMICA ♦
Gerente de Ensino ♦ Jane Freire
Autor (a) ♦ Nildete C. dos Reis e Letícia Machado dos Santos
Supervisão ♦ Ana Paula Amorim
Coordenação de Curso ♦ Letícia Machado
♦ PRODUÇÃO TÉCNICA ♦
Revisão Final ♦ Carlos Magno
2
Sumário
Instrumentos de Pesquisa ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 58
Atividade Orientada ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 75
Glossário ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 77
Referencias Bibliográficas ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 79
3
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III
4
Apresentação da Disciplina
Caro(a) graduando(a)
Todo material didático dessa disciplina foi organizado com a finalidade de assegurar
e potencializar o seu processo de ensino e aprendizagem, por isso leia todo material
impresso e virtual, atentamente, todos os textos e realize as atividades propostas, a fim
de obter aproveitamento excelente nesse módulo disciplinar. Lembre-se que trabalhamos
com mídias complementares!.
Para tanto, por maior que sejam os desafios, não desista dos seus objetivos.
5
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III
6
A EDUCAÇÃO NA FORMAÇÃO
DE VALORES MORAIS
7
- Crítica às noções de razão e nacionalidade de que se instituíram
em sistemas que o primem e exploram;
- Questionamento dos valores universais em detrimento dos
Pesquisa e Prática valores construídos histórica e socialmente;
Pedagógica-III - Desconfiança do poder emancipatório da ciência;
- Abalo das certezas do método racional;
- Rejeição de uma consciência unitária, homogênea, centrada;
- E adoção de uma consciência parcial, fragmentada e incompleta;
- não-determinista;
- não-cartesiana;
- transformativa;
- aberta;
- integração entre ciência e humanismo;
- consideração do particular, do local, do contingente, da incerteza, da dúvida;
- dissolução da rígida divisão categórica ou classificação em categorias que
hierarquizam e subordinam.
- o atual movimento deve ser visto como lenta transformação cultural; como
uma mutação nas informações e práticas distintas da modernidade.
A PÓS-MODERNIDADE DESENVOLVE UM
PAPEL POSITIVO AO:
8
Vale destacar que o currículo constitui o elemento central do projeto político-
pedagógico, pois ele viabiliza o processo de ensino e aprendizagem. Contribuindo com
esta análise Sacristán (1999,p.61) afirma que:
Alguns estudos realizados sobre currículo a partir das décadas 1960 a 1970 destacam
a existência de vários níveis de currículo: formal, real, oculto. Esses níveis servem para fazer
a distinção de quanto o aluno aprendeu ou deixou de aprender, suas características vêm a
seguir:
CURRÍCULO FORMAL
Refere-se ao currículo estabelecido pelos sistemas de ensino, é expresso em
diretrizes curriculares, objetivos e conteúdos das áreas ou disciplina de estudo.
Este é o que traz prescritos institucionalmente os conjuntos de diretrizes como os
Parâmetros Curriculares Nacionais.
CURRÍCULO REAL
É o currículo que se materializa dentro da sala de aula com professores e alunos
a cada dia em decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino.
CURRÍCULO OCULTO
É o termo usado para denominar as influências que afetam a aprendizagem dos
alunos e o trabalho dos educadores. O currículo oculto representa tudo o que os
educandos aprendem diariamente em meio às várias práticas, atitude, componentes,
gestos, percepções, que vigoram no meio social e escolar. O currículo está oculto
porque ele não aparece no planejamento do professor.
9
É relevante destacar que os conteúdos escolares no Brasil, até então,
tinham uma forte ligação com a concepção jesuítica do período colonial em
relação à educação, ou seja, reinava absolutamente o currículo tradicional na
Pesquisa e Prática primeira metade do século XX.
Pedagógica-III
Contudo, as idéias sociológicas de Comte e Durkheim colaboraram
para acentuar o caráter enciclopédico do currículo brasileiro, uma vez que
este se tornou mais extenso na área da Geometria, Matemática e Português
nas primeiras séries e enfatizava, ainda mais, a Educação Moral e Cívica,
aliada indispensável para o caminho do progresso com ordem, próprio do positivismo da
época.
A partir da Primeira Guerra Mundial e
das grandes crises econômicas no começo do
século XX, que abalaram significativamente a
sociedade ocidental moderna a educação
passa a ser proposta como o mais poderoso
instrumento de reconstrução social e bem-
estar coletivo.
Nesse sentido, o indivíduo passa a ser
visto como resultante de múltiplas influências
do ambiente social. Questiona-se a
possibilidade do ensino realizar-se somente na
sala de aula, uma vez que o indivíduo é
formado à semelhança de seus
contemporâneos, e, consequentemente, a
amplitude de desenvolvimento possível do
indivíduo só pode ser dada pela sociedade.
Os avanços e estudos das Ciências
Humanas, principalmente em relação ao desenvolvimento psicobiológico, descrevem a
criança como um ser em constante interação social. A escola é enfatizada como parte
fundamental da comunidade e é a comunidade em si, assim como a sociedade, que deve
ser o ambiente privilegiado e o campo de trabalho da escola.
Todavia, a corrente européia norte-americana propunha que a escola primária não
tivesse como objetivo primordial as matérias de ensino, mas os processos de
desenvolvimento das crianças que deveriam ser estimuladas da melhor maneira possível. A
escola deveria ser viva e ativa, ou seja, rica em atividades comuns à vida das crianças e
realizadas em grupo, de forma socializada.
No entanto, os europeus foram mais formalistas e menos radicais: por eles, a escola
permaneceu um local separado da comunidade. Nela, organizaram os “Centros de
Interesses”, isto é, escolhiam assuntos considerados de interesse da criança, para os quais
eram propostos métodos e materiais de ensino especializado visando transformar a
escola num local belo e atraente. Buscavam também
aguçar os sentidos das crianças com exercícios
adequados e planejados previamente.
Entretanto, o Manifesto dos Pioneiros de
1932 representa um marco essencial na História
da Educação, vez que, por intermédio dele, abriu-
se uma possibilidade de se discutir a educação
numa perspectiva de Escola Pública, Gratuita e de
Boa Qualidade, bem como a promoção de
reformas educacionais.
10
Em 1920, Antonio de Sampaio Dória tentou acabar com o analfabetismo de São
Paulo. Na Bahia, estudavam-se novas perspectivas em relação ao currículo, promovidas
por Anísio Teixeira, ou seja, pela primeira vez, disciplinas escolares foram consideradas
instrumentos de determinados fins. Assim, o currículo foi entendido como o intermédio entre
a escola e a sociedade.
A reforma de Anísio Teixeira, na Bahia, representou algumas das inovações que iriam
mais tarde caracterizar a abordagem escolanovista do currículo e do ensino. Segundo
Moreira (1990, p.68) “Anísio Teixeira defende o currículo centrado na criança e vê a educação
como crescimento e, conseqüentemente, educação como vida”.
Como Dewey, Teixeira define currículo como um conjunto de atividades
em que as crianças se engajarão em sua vida escolar. Propõe também
que o planejamento curricular deve centrar-se em atividades envolvendo
projetos e problemas.
A reforma de Minas Gerais, organizada por Francisco Campo e
Maria Casassanta, redefiniu o papel da escola elementar. Enfatizou-se
que as crianças não eram adultos em miniatura, isto é, tinham seus
próprios interesses e precisavam ser respeitadas e estimuladas.
Partindo destes pressupostos o currículo na perspectiva do
Manifesto dos Pioneiros tem como finalidade desenvolver na criança
as habilidades de observar, pensar, julgar, criar, decidir e agir.
Na reforma do Distrito
Federal, a interação entre
escola e sociedade foi mais
ANÍSIO TEIXEIRA bem explorada do que nas
reformas anteriores, ou seja, a
escola primária, nessa reforma, era permanente
para fins sociais, em contato com a comunidade.
As três reformas apresentadas trouxeram um
importante rompimento com a escola tradicional.
Assim, caro educando a nossa intenção é
Brasília
mostrar para você a necessidade de estar lendo,
refletindo e buscando sedimentar conhecimentos que
devem permear a sua ação de educador critico e reflexivo.
Nos anos 70, os brasileiros foram influenciados por vários tipos de abordagens
teóricas, às vezes até contraditórias. De um lado, chegam até nós tanto as correntes
psicológicas, de cunho behaviorista, como a teoria do capital humano, de cunho
funcionalista, proposta pelo economista T. W. Schultz, de Chicago que vinha ao encontro
da preocupação, nos países desenvolvidos, com o gigantismo dos sistemas educacionais
no pós-guerra, que oneravam cada vez mais os cofres públicos.
De outro lado, apareceram na mesma época estudos críticos norte-americanos
e europeus sobre o problema da desigualdade de oportunidades entre os indivíduos
provenientes de diferentes classes sociais, ou seja, com distribuição desigual do
conhecimento e com o controle social da transmissão cultural.
11
A superação do caráter técnico-prescritivo só ocorreu no fim da década
de 60 e início dos anos 70, com uma abordagem mais critica das questões
curriculares, denominada Libertadora, cujo precursor era Paulo Freire.
Para Paulo Freire, citado por Moreira(1990) , a educação deveria
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III conscientizar os oprimidos acerca da realidade social, capacitando-os a refletir
sobre sua vida, suas responsabilidades e o papel que desempenham diante
das injustiças sociais. Para que isso ocorra, propõe superar o currículo
tradicional, abstrato, teórico e dissociado do cotidiano.
A partir da década de 80, abordagens etnográficas,
sociointeracionistas, interpretativas, que professam grande
desconfiança, e até certo desprezo pelas análises
macrossociológicas, fazem-se cada vez mais presentes,
estimulando o aparecimento de vários estudos sobre o conteúdo
escolar e o funcionamento interno das escolas, proporcionando,
assim, uma leitura crítica e transformadora do currículo.
Como podemos perceber, o discurso e a construção
curricular no Brasil não se deu sob uma única ideologia, mas
com influência de tendências, objetivos e interesses diferentes.
Com esse resumo histórico, pode-se perceber a importância
PAULO FREIRE (1921-1997) de não se desvincular o currículo da constituição histórica e social.
Um currículo não surge do nada, mas de uma necessidade social e principalmente
econômica.
Para entendermos melhor as ideologias e concepções em relação ao currículo,
recorremos ao texto de McNeil (2001 a,b.c.d). Nesse texto o autor classifica o currículo em
quatro abordagens distintas, que foram sendo construídas ao longo do tempo, tendo como
parâmetro todos os aspectos já citados.
ABORDAGENS CURRICULARES
1- Currículo Acadêmico
2- Currículo Humanístico
12
propiciar experiências gratificantes, de modo a desenvolver sua consciência para a
libertação e auto-realização. A educação é um meio de liberação, cujos processos,
conduzidos pelos próprios alunos, estão relacionados aos ideais de crescimento, integridade
e autonomia.
A auto-realização constitui o cerne do currículo humanístico. Para consegui-la, o
educando deverá vivenciar situações que lhe possibilitem descobrir e realizar sua
individualidade, agindo, experimentando, errando, avaliando, reordenando e expressando.
Tais situações ajudam os educandos a integrar emoções, pensamentos e ações.
3- Currículo Tecnológico
Sob a perspectiva tecnológica, ainda segundo McNeil (2001 d), a educação consiste
na transmissão de conhecimentos, comportamentos éticos, práticas sociais e habilidades
que propiciem o controle social.
O comportamento e o aprendizado são moldados pelo externo. Ou seja, ao professor,
detentor do conhecimento, cabe planejar, programar e controlar o processo educativo; ao
aluno, agente passivo, compete absorver a eficiência técnica, atingindo os objetivos
propostos.
O currículo tecnológico, concebido fundamentalmente no método, tem, como função,
identificar meios eficientes, programas e materiais com a finalidade de alcançar resultados
predeterminados.
É expresso de variadas formas: levantamento de necessidades, plano escolar sob o
enfoque sistêmico, instrução programada, seqüências instrucionais, ensino prescritivo
individualmente e avaliação por desempenho.
O desenvolvimento do sistema ensino-aprendizagem, segundo hierarquia de tarefas,
constitui o eixo do planejamento do ensino, proposto em termos de uma linguagem objetiva,
esquematizadora e concisa.
13
O reconstrucionista acredita na capacidade do homem de conduzir seu
próprio destino na direção desejada, e na formação de uma sociedade mais
justa e equânime. Esse compromisso com ideais de libertação e
transformação social lhe atribui certas dificuldades em uma sociedade
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III hegemônica e dominadora.
Por sua vez, o planejamento ajuda a alcançar a eficiência do currículo. Isto é, elaboram-
se planos, implanta-se um processo de planejamento a fim de que seja bem feito aquilo que
se faz dentro dos limites previstos para aquela execução.
O planejamento visa também à eficácia. Neste sentido, o planejamento deve alcançar
não só que se façam bem às coisas que realmente importa fazer, porque são socialmente
desejáveis (chamamos isso de eficácia). A eficácia é atingida quando se escolhem entre
muitas ações possíveis aquelas que, executadas, levam à consecução de um fim
previamente estabelecido e condizente com aquilo que se crê.
Além destas finalidades do planejamento, podemos ressaltar uma das grandes
funções que dá ao planejamento um status obrigatório em todas as atividades humanas: é
a compreensão do processo de planejamento como um processo educativo.
É evidente que esta finalidade só é alcançada quando o processo de planejamento
é concebido como uma prática que sublinhe a participação, a democracia, a libertação.
Então, o planejamento é uma tarefa vital, união entre vida e técnica para o bem estar do
homem e da sociedade.
14
O educando é participante no processo de criação, planejamento, execução e
avaliação do conhecimento de forma investigativa.
A avaliação é um recurso com função de assegurar a reflexão crítica, essencial para
a transformação contínua da experiência. Não é baseada em notas, mas em metas, tem um
papel construtivo. É mais uma etapa do diálogo da integração que desenvolve saberes
intelectuais e sociais.
O currículo pós-moderno está fundamentado em uma nova relação da teoria e da
prática. São reflexões articuladas num momento histórico, nas variáveis, nos
questionamentos e não nas explicações gerais, uniformes. Não é mais a afirmação do que
é, mas a consideração do que pode ser. O alvo é a construção de um mundo provável.
Nesse novo paradigma tudo é “relacional”. O currículo enfatiza e desenvolve o
questionamento de um indivíduo único e privilegiado da história: homem, branco, europeu,
adulto, cristão, ocidental.
O homem pós-moderno é resultante das múltiplas culturas, por isso é multicultural. O
homem cria cultura à medida que reflete seu contexto de vida e dá respostas aos desafios
do mundo atual, cultivando e criando-a no ato de se relacionar, de criticar e de traduzir suas
ações criadoras. É nesse movimento que encontramos a chave para a produção de
conhecimento e da educação, pois o indivíduo se torna promovido e não ajustado à
sociedade, passando a ser atraído por um mundo real onde ele é co-responsável e co-
participante em forma de co-administração.
- Autoconhecimento;
- Aprendizagem de habilidades básicas;
- Bom nível de relacionamento interpessoal;
- Competência para solucionar problemas;
- Visão de contexto;
- Ação inteligente.
SEGUNDO CALFEE (apud COLL, 2002) Uma pessoa educada é a que assimilou, que interiorizou,
em suma, que aprendeu o conjunto de conceitos, explicações, habilidades, práticas e valores que caracterizem
uma cultura determinada, sendo capaz de interagir de modo adaptado com o ambiente físico e social.
15
O currículo, educadores e educandos se mantêm abertos ao mundo/
sociedade a qual estão inseridos.
Pesquisa e Prática
ETAPAS DO PLANEJAMENTO CURRICULAR
Pedagógica-III
O planejamento consiste numa atividade de previsão da ação a ser
realizada, implicando definição de necessidades a atender, objetivos a atingir
dentro das possibilidades, procedimentos e recursos a serem empregados,
tempo de execução e formas de avaliação.
O processo e o exercício de planejar referem-se a uma antecipação da prática, de
modo a prever e programar as ações e os resultados desejados, constituindo-se numa
atividade necessária à tomada de decisões.
As instituições e organizações sociais precisam formular objetivos, ter um plano de
ação, meios de sua execução e critérios de avaliação da qualidade do trabalho que realizam.
Sem planejamento, a gestão corre ao sabor das circunstâncias, as ações são improvisadas,
os resultados não são avaliados.
O planejamento se concretiza em planos projetos, tanto da escola e do currículo quanto
do ensino. Um plano ou um projeto é um esboço, num esquema que representa uma idéia,
um objetivo, uma meta, uma seqüência de ações que irão orientar a prática.
A ação de planejar subordina-se à natureza da atividade realizada. No planejamento
escolar, o que se planeja são as atividades de ensino e de aprendizagem, fortemente
determinadas por uma intencionalidade educativa envolvendo objetivos, valores, atitudes,
conteúdos, modos de agir dos educadores que atuam na escola. Um planejamento eficaz,
ele precisa ser coletivo, ou seja, incluir a participação de todos os envolvidos dentro de
suas funções e atribuições.
Uma importante característica do planejamento é o caráter processual. O ato de
planejar não se reduz à elaboração dos planos de trabalho, mas a uma atividade permanente
de reflexão e ação.
O planejamento é um processo contínuo de conhecimento e análise da realidade
escolar em suas condições concretas, de busca de alternativas para a solução de problemas
e de tomada de decisões, possibilitando a revisão.es, possibilitando a revis de decisvas
para a soluçnente de reflexas por uma intencionalidade educativa envolvendo objetivos, v
Faz-se necessário ressaltar que o planejamento educacional pode ser caracterizado
como:
O caráter de processo indica que um plano prévio é um roteiro para a prática, ele
antecipa mentalmente a prática, prevê os passos a seguir, mas não pode determinar
rigidamente os resultados, pois estes vão se delineando no desenvolvimento do trabalho,
implicando em permanente ação, reflexão e deliberação dos educadores sobre a prática
em curso. Planejando e registrando o trabalho, os educadores podem curar uma memória
que contribua não só para a sua prática em particular, mas para a possibilidade de troca de
experiências com outros parceiros que também se encontram em sala de aula.
A partir do registro do planejamento das ações futuras e de seus resultados é que
poderemos criar a possibilidade de troca e de diálogo com outras experiências. Ao planejar
16
não só antecipamos as ações, mas também criamos permanência para a nossa prática/
palavra como educadores/autores. Apropriando-se do hábito de registro e sistematização
de seu trabalho, o educador pode sair do anonimato e colocar a sua experiência acumulada
a serviço da construção de uma pedagogia partilhada por um grupo maior de pessoas.
Esse registro/memória de nossas ações é uma das formas do nosso trabalho.
No decorrer da História, podemos constatar que o homem, através do seu
pensamento (reflexão), desenvolve níveis cada vez mais aprimorados de discernimento,
compreensão e julgamento da realidade, o que lhe favorece uma conduta comprometida
com novas situações de vida. Sendo assim, pelo planejamento, o homem organiza e
disciplina a ação, tornando-a mais responsável, partindo sempre por ações mais complexas,
produtivas e eficazes.
Dessa forma, o objetivo deste texto é explicitar o significado do planejamento em
relação às implicações no contexto de sala de aula, pois as idéias que envolvem o
planejamento são amplamente discutidas nos dias atuais, mas um dos complicadores para
o exercício da prática de planejar parece ser a compreensão de conceitos e o uso coerente
deles. Para tanto, segue uma seqüência de definições.
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
SEGUNDO GANDIN (1993, p.18-19)
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
- Planejar é transformar a realidade numa direção escolhida;
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
- Planejar é organizar a própria ação (de grupo, sobretudo);
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
- Planejar é implantar um processo de intervenção na realidade;
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
- Planejar é agir racionalmente;
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
- Planejar é dar clareza e precisão à própria ação (de grupo, sobretudo);
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
- Planejar é explicitar os fundamentos de ação do grupo;
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
- Planejar é pôr em ação um conjunto de técnicas para racionalizar a ação;
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
- Planejar é realizar um conjunto de ações, propostas para aproximar uma realidade
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
de um ideal;
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
- Planejar é realizar o que é importante (essencial) e, além disso, sobreviver [...].
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
17
Portanto, planejar é uma atividade que está dentro da educação, visto
que esta tem como características básicas: evitar a
improvisação, prever o futuro, estabelecer
caminhos que possam nortear mais
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III apropriadamente a execução da ação
educativa, prever o acompanhamento e a
avaliação da própria ação, pois planejar
e avaliar andam juntas.
Em se tratando de planejamento, não podemos
nos esquecer do planejamento curricular, pois é através
dele que reiniciamos o “processo de tomada de
decisões, sobre a dinâmica da ação escolar”. E a previsão
sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno
(VASCONCELOS, 1995, p.56). Portanto, essa modalidade
de planejar constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a
preocupação é com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve
oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares.
Sendo assim, o planejamento de ensino é o processo de decisão sobre atuação
concreta dos educadores, no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo as ações
e situações, em constantes interações entre educador e educando e entre os próprios
estudantes (PADILHA, 2000, p.33). Na opinião de Sant’Anna et al (1995, p.19), esse nível
de planejamento trata do “processo de tomada de decisões bem informadas que visem à
racionalização das atividades do professor e do aluno, na situação de aprendizagem”.
Para refletir...
Contribuindo com a reflexão Libânio (1991, p.221)
afirma que:
[...] o planejamento escolar é o planejamento global
da escola, envolvendo o processo de reflexão, de decisões
sobre a organização, o funcionamento e a proposta
pedagógica da instituição. É um processo de racionalização,
organização e coordenação da ação docente, articulando a
atividade escolar e a problemática do contexto social.
18
avaliação (momento de reflexão de todo o processo)
recursos (materiais físicos e humanos dos quais vamos precisar)
19
CONDIÇÕES PARA ÊXITO
2. Envolvimento da equipe – Quanto mais o projeto representa um desafio para a equipe envolvida,
sejam as equipes de alunos, ou mesmo de educadores responsáveis pelo seu desenvolvimento, maior é a
probabilidade de que venha a ter sucesso. Projetos bem-sucedidos criam nas equipes e nas pessoas
participantes uma sensação de propriedade: “Este é nosso projeto, o problema que temos de resolver”.
3. Planejamento – Projetos bem–sucedidos são muito bem planejados. Uma vez que estabelecidos
os planos, no entanto, a equipe tem grande liberdade para executá-los. A probabilidade de o projeto ter
sucesso aumenta se, durante sua implementação, houver um cronograma bem elaborado de providências e
resultados, a partir do qual os participantes possam controlar o bom andamento dos trabalhos em direção ao
objetivo estabelecido.
Outro fator que contribui para o sucesso de um projeto é procurar prever futuros
problemas em sua implantação e se preparar com antecedência para resolvê-los, caso
eles realmente aconteçam. Alguns projetos necessitam de recursos financeiros para sua
implementação: nesse caso, é preciso haver um bom planejamento de custos, levando em
conta quanto vai gastar e de onde saíra o dinheiro. A existência de um coordenador é também
uma providência necessária para que um projeto seja bem implementado e atinja o objetivo
definido.
São inúmeras as atividades humanas nas quais, atualmente, a idéia de projeto está
colocada como uma nova forma de organizar e realizar as atividades profissionais.
Profissionais dotados de maior autonomia para tomar decisões, valorização do trabalho
em grupo, desenvolvimento de vínculos de solidariedade e aprendizado constante são
algumas das características incentivadas pela realização de projetos de trabalho. Em equipe
que trabalha com vista a realizar um projeto, são importantes a solidariedade e o cuidado
com a contribuição de cada um. A questão não é “quem manda em quem”, mas se o projeto
está se tornando realidade.
Portanto, Projeto é uma atividade organizada, que tem por objetivo resolver um
problema, ou resolver uma seqüência de ações articuladas e com o propósito de atingir
alguns objetivos bem definidos. Vejamos, então, a forma da elaboração de projeto de
trabalho, destacando os seguintes procedimentos, apresentados abaixo.
20
CONTEÚDOS
Tudo aquilo que o professor considerou necessário trabalhar com seus alunos para
alcançar o objetivo previsto, deve atender às necessidades atuais de nossa sociedade
com a finalidade de informar e desenvolver capacidades que possam transformar-se e
adaptar-se às novas realidades deve está adequado ao nível de desenvolvimento do aluno,
deve levar em conta os aspectos epistemológicos da disciplina, a possibilidade de
articulação entre os conteúdos, evitando sobreposição e rupturas nele está contido não só
os conceitos e fatos, mas também valores, normas, atitudes e procedimentos.
O conteúdo deverá ser dividido em:
fatos – informações necessárias para a construção de um conceito sobre o tema a ser estudado.
conceitos – tudo aquilo que nos permite organizar a realidade, envolvendo a construção ativa
das capacidades para operar com símbolos, idéias, imagens e representações, pressupõe o conhecimento
dos fatos que estão envolvidos na construção do conceito, a aprendizagem do conceito ocorre por níveis de
compreensão, o que si dá de forma gradual, necessitando de diferentes situações de aprendizagem que
abordem um mesmo conceito, é graças à diversidade das atividades realizadas que os alunos notam as
regularidades e produzem generalizações.
Exemplo: para compreender o que vem a ser um texto narrativo é necessário que o aluno
tenha contato com esse texto, use-o para contar o que desejar, conheça seu vocabulário, seus
recursos lingüísticos, sua estrutura textual, sua função social. Esse processo se dá por meio de
aproximações cada vez mais abrangentes, até chegar aos conceitos mais gerais. Aqueles que
estão por trás dos conceitos específicos dão o nome de princípios. Em matemática temos o princípio
de igualdade, em ciências o da reprodução.
PROCEDIMENTOS
na conta, para saber armá-la é necessário colocar um número sobre o outro respeitando
o alinhamento das ordens, passar um traço abaixo dos números separando as parcelas do resultado
para então iniciar a operação, a soma deverá ser iniciada pelas unidades.
21
SITUAÇÃO COMUNICATIVA
Situação onde aquilo que foi apreendido vai ser mostrado à sociedade.
Pesquisa e Prática Como – quem – para quem – quando – o quê.
Pedagógica-III
RECURSOS
AVALIAÇÃO
Avaliação do aluno
Avaliação do projeto
Bloco de intervenções
Canteiro (quando necessário)
22
O papel dos educadores, nesse contexto da pedagogia de projetos, é acompanhar
a elaboração e a implementação dos projetos, procurando verificar, em cada um, quais
competências e habilidades importantes o educando apresenta, ou poderia apresentar,
desenvolvendo ao longo da elaboração, da implementação e da avaliação dos projetos de
aprendizagem em que se envolvem.
Para refletir...
“O ser humano é, naturalmente, um ser
da invenção no mundo à razão de que faz a
História. Nela, por isso mesmo, deve deixar suas
marcas de sujeito não pegadas de objeto.”
Paulo Freire, 1997, p.119
23
PROCESSOS EDUCATIVOS E DESENVOLVIMENTO DE UM
PROJETO
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III
24
Por sua vez, ao planejarmos os procedimentos da pedagogia de projetos, devemos
ter como parâmetros as seguintes etapas:
25
“um novo momento de reflexão definirá esta última etapa, inclui novas ações
dos estudantes e professores, agora sobre a realidade” (BERBEL, 1998, p.8).
Pesquisa e Prática Neste contexto, para que todo o processo de elaboração do projeto
Pedagógica-III
possa atingir determinado objetivo, é imprescindível pensar e repensar na
avaliação, pois a avaliação é parte essencial na composição do planejamento.
Se o educador não tiver claro como irá avaliar seu educando, acabará fazendo
apenas a verificação de conteúdos apreendidos, ou da sua aprendizagem.
Nesta perspectiva, vale destacar decisões relativas ao planejamento de atividades,
partindo do modelo curricular _ construtivista e aberto_ que é proposto na atual reforma do
Sistema Educativo. Este deixa ao educador a liberdade, o privilégio e a responsabilidade
de planejar as atividades concretas que proporá a seus alunos. Então, naturalmente, não
seremos nós que roubaremos seu profissionalismo.
Para isso, você deve tomar uma série de decisões, como, por exemplo:
26
1. Se for possível, escolha uma atividade que permita aos alunos
trabalhar com materiais reais: jornais, revistas, livros, cartazes, etc;
2. Escolha a atividade que oportunize o aluno a refletir mais.
Lembre-se que o que motiva mais os estudantes é resolver um problema/
desafio;
3. Escolha a atividade que seja mais aberta, que permita que cada
um responda de forma diferente, conforme suas possibilidades;
4. Escolha a atividade mais complexa e não a mais simples. Não
subestime as possibilidades de seus estudantes;
5. Escolha a atividade que possam ser feitas entre dois ou três
alunos. Lembre que o trabalho conjunto ajuda na aprendizagem;
6. Escolha a atividade que tenha sentido e projeção fora da aula:
que trabalhem para alguém do exterior e para algo útil fora da aula.
1) Plano de Curso
2) Plano de Unidade
3) Plano de Aula
As primeiras atividades de cada dia de aula são constituídas pelas rotinas de classe,
palestra inicial/introdução e planejamento cooperativo de trabalho a ser desenvolvido com
os educandos.
As rotinas envolvem: a freqüência e a avaliação da freqüência da turma com os
educandos; organização da sala, criando um ambiente adequado ao trabalho do dia.
A palestra inicial/introdução é importante, para dar aos educandos a oportunidade
de se expressar livremente e dirigir seus interesses para as atividades previstas pelo
professor, sentindo a necessidade de desenvolvê-las. Através desse momento, o educador
fez coincidir os objetivos dos educandos com seus próprios objetivos.
27
O PLANEJAMENTO COOPERATIVO CONSISTE EM:
28
29
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III
30
31
TRABALHANDO COM PROJETO DE INTERVENÇÃO E AS
POSSÍVEIS ETAPAS
Passos :
1. Definição do Tema
Os temas podem ser desde os mais abrangentes ou gerais, até os mais específicos
ou circunscritos a determinados fenômenos.
Os temas podem ser tratados de forma a considerar conteúdos da área de História
e Geografia e necessariamente serão utilizados conhecimentos das áreas de Língua
Portuguesa e Matemática.
2. Escolha do Problema
3. Tratamento do Problema
4. Objetivos
5. Fechamento do Projeto
32
- Organizar apresentações ao público interno e externo à classe.
Dependendo do tema e do ciclo que realizou o projeto, as apresentações
podem incluir elaboração de folhetos, jornal, cartazes, dramatizações,
maquetes, exposições orais e seminários ou exposição de experimentos.
Projeto: Água
Objetivo: Verificar a importância da água para a sobrevivência
do planeta.
O aluno deverá descobrir:
. Se existe água nos seres vivos;
. Características diferentes da água;
. Propriedades da água;
. Sua importância para a vida;
. Sua importância para o meio ambiente.
(Esses objetivos poderão ser ampliados de acordo o
direcionamento do professor).
Etapa 1
O elemento mais importante para a sobrevivência dos seres vivos é a água. Vegetais
ou animais submetidos a ambientes quentes e secos, sem água, morrem. Mas por quê?
33
Faça o teste:
Pesquisa e Prática Coloque uma porção de pedrinhas (cascalho) e algumas folhas de
Pedagógica-III alface sobre uma mesa e observe-as. Qual delas parece ter maior quantidade
de água?
Obs: Poderão ser encontrados dados diferentes de acordo com as condições de temperatura
e de unidade, mas os alunos deverão concluir que os seres vivos certamente são constituídos de
quantidade muito maior de água do que os seres não vivos.
Outra forma de testar a presença de água nos seres vivos é realizar o aquecimento,
em tubos de ensaio, de amostras de vegetais como alface, tomate, melancia etc, e de
seres brutos como pedrinhas. Os alunos verificarão que nos vegetais a quantidade de água
liberada em forma de vapor é muito maior.
Etapa 2
Por que a água é tão importante para os seres vivos?
O estudo de uma das propriedades da água vai ajudá-lo a aprofundar essa
investigação, Peça aos alunos que providenciem com os colegas os seguintes materiais:
Três copos americanos, um conta-gotas, uma colher (chá), detergente, água, álcool,
óleo de cozinha, anilina, um canudo de refresco, sal e açúcar.
b) Lave os copos usando detergente e enxágüe bem. Ponha água em dois copos até
a metade. Coloque uma colher (chá) rasa de sal no primeiro copo e uma rasa de
açúcar no segundo. Misture e observe.
Aconteceu com o sal e o açúcar o mesmo que ocorreu com o corante? Por quê?
OBS.: A água dissolve muitas substâncias. A essa propriedade é dado o nome de solubilidade.
Embora a água seja chamada de solvente universal, ela não é capaz de dissolver todas as substâncias.
34
Etapa 3
Um das características da água é que pode ser encontrada na natureza em diferentes
estados físicos.
Etapa 4
Quando você precisa de água, basta abrir uma torneira e lá está ela. Pronta para ser
consumida!
Você já pensou em quais os caminhos essa água percorre para chegar à sua casa?
Por quantos processos ela passa para chegar limpa à sua casa?
Faça uma pesquisa e descubra todo o caminho que a água percorre até chegar às
torneiras das casas.
Interdisciplinaridade:
35
Pesquisa e Prática
Etapa 5
Pedagógica-III A poluição é um dos grandes problemas do nosso planeta. Faça uma
pesquisa sobre poluição dos rios, lagos e do solo.
Poluição do solo
Poluição da água
Consiga três ramos de uma planta aquática chamada elódea. Separe três copos,
um com água, um com detergente e água e outro com vinagre e água.
Dentro de cada copo mergulhe um ramo de elódea. Observe durante uma semana.
Interdisciplinaridade
36
Etapa 6
O professor apresenta, nessa etapa, um esquema do corpo humano, mostrando como
os nutrientes e o gás oxigênio são distribuídos por todo o corpo para garantir o crescimento
e a manutenção da vida, mas várias substâncias tóxicas são produzidas e precisam ser
mantidas.
a) Observe a figura e leia com atenção a função de cada órgão e escreva o caminho que a
água pode fazer por meio desses órgãos, para que eles exerçam cada um das funções;
c) Explique sobre a eliminação de água pelo organismo, por exemplo, urina e transpiração.
Etapa 7
Após realizar todas as etapas do Projeto, os alunos devem tirar suas conclusões
sobre a importância da água para a sobrevivência dos seres vivos e do planeta, e colocá-
las no papel.
Para refletir...
“O aluno aprende quando se torna sujeito
da sua aprendizagem, quando a escola faz parte
do seu projeto de vida.”
Moacir Gadotti
37
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL( 3º E 4º CICLOS) DE CIÊNCIAS
NATURAIS
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III Os Parâmetros Curriculares Nacionais
surge como proposta inicial nos anos de 95 e 96,
depois de discussão entre docentes de
universidades, técnicos de secretarias de
educação, especialistas e educadores, além de encontros
organizados pelas delegacias do MEC.
38
visto que o conhecimento humano é muito importante, porém há também outras questões
urgentes a serem desenvolvidas na escola.
39
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais, a opção do termo “área” deu-
se em função de que, no ensino fundamental, um tratamento disciplinar,
entendido como preponderantemente lógico e formal, distancia-se das
possibilidades de aprendizagem da grande maioria dos alunos. Além disso,
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III parte-se de abordagens mais amplas em direção às mais específicas e
particulares. O tratamento dos conteúdos deve integrar conhecimentos de
diferentes disciplinas, que contribuem para a construção de instrumentos de
compreensão e intervenção na realidade em que vivem os alunos.
<http://portal.mec.gov.br/seb/index.php?option=content&task=view&id=264&Itemid=25>
40
trabalho, série, o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, sua idade, sua identidade cultural
e social, conceitos, procedimentos e atitudes que devem permear o ensino de Ciências,
fazendo com que o processo ensino e aprendizagem ocorram de forma significativa.
Você acabou de estudar no tema anterior como planejar sua ação educativa. Agora
verifique uma possibilidade de se trabalhar projeto utilizando os eixos temáticos
especificados nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental. Observe
que aqui já apresentamos uma outra forma de se sistematizar um projeto de ensino. O
mesmo foi desenvolvido e aplicado no ano de 2003.
RECORTE TEMÁTICO:
“São grandes os desafios a enfrentar quando se procura direcionar as ações para a melhoria
de condições de vida no mundo. Um deles é relativo a mudança de atitudes na intenção com o
patrimônio básico para a vida humana: o meio ambiente”. (PCN’s)
41
JUSTIFICATIVA:
OBJETIVOS GERAIS:
EMPREENDIMENTO:
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Conceituais:
42
Comparar as características das substâncias orgânicas e
inorgânicas;
Descrever as funções químicas orgânicas e inorgânicas
relevantes para o problema;
Explicar transformações químicas que ocorrem na natureza e
em laboratório (reações e equações químicas);
Identificar a produção de bens de consumo a partir de processos
químicos;
Relacionar os conhecimentos de química às características e
aplicabilidade do petróleo e seus derivados;
Descrever os processos de extração e processamento do petróleo;
Reconhecer o funcionamento de uma indústria petroquímica;
Diferenciar os rejeitos produzidos pelas indústrias do Pólo
Petroquímico de Camaçari;
Interpretar as conseqüências do acúmulo de rejeitos no ar, na
água e no solo para comunidades e ecossistemas;
Conhecer as medidas de preservação adotadas pelas empresas
do Pólo Petroquímico;
Relacionar o impacto ambiental a questões sociais como
emprego, consumo e saúde;
Caracterizar o desenvolvimento sustentável.
Procedimentais:
Atitudinais:
43
BLOCO DE CONTEÚDOS:
INTERVENÇÕES DIDÁTICAS:
44
Na quarta intervenção a ênfase é a avaliação do impacto sócio-ambiental propriamente
dita através de discussões sobre os rejeitos produzidos pelo Pólo, seu tratamento e suas
conseqüências ecológicas inclusive na saúde humana. A última intervenção trata da execução
do empreendimento proposto.
SEQÜÊNCIA DIDÁTICA:
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO:
Nota 1:
Nota 2:
45
OBS.: A seqüência didática pode sofrer alterações a depender das necessidades
dos alunos, assim como a proposta de avaliação e atividades desenvolvidas para o projeto,
pois tudo será debatido com os alunos previamente, assim como os critérios adotados
durante as avaliações do bimestre.
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III
“Ensinar exige respeito à autonomia do ser educando, além de bom
senso. ... Saber que devo respeito à autonomia, à dignidade e à identidade
do educando e, na prática, procurar a coerência com este saber, me leva
inapelavelmente à criação de algumas virtudes ou qualidades sem as quais
aquele saber vira inautêntico, palavreado vazio e inoperante”.
(FREIRE, Paulo. – Pedagogia da autonomia)
“Os objetivos de Ciências Naturais no ensino fundamental são concebidos para que
o aluno desenvolva competências que lhe permitam compreender o mundo e atuar como
indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica.
(...). O ensino de Ciências Naturais deverá então se organizar de forma que, ao final do
ensino fundamental, os alunos tenham desenvolvido as seguintes capacidades:
46
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE CONTEÚDOS DE CIÊNCIAS NATURAIS
Esses critérios, utilizados nas seleções dos conteúdos dos eixos temáticos, também
serão úteis para o professor organizador de currículos e planos de ensino, ao decidir sobre
que perspectivas, enfoques e assuntos trabalhar em sala de aula.”
(PCN do Ensino Fundamental de Ciências Naturais, 1998, p. 35)
47
@
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III
8 Escolha uma das abordagens citadas por McNeil 14 Qual o papel do educador no contexto da
e produza um texto crítico e reflexivo sobre a pedagogia de projetos?
abordagem escolhida. _______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
48
______________________________________________________________________________________________________________________________
19 “Planejar o ensino é prever os objetivos a
_______________________________________________________________ alcançar”. E você, o que pensa desta frase. Expresse
aqui suas reflexões.
_______________________________________________________________
15 Você se lembra do quadro apresentado, durante _ _____________________________________________________________________________________________________________________________
a leitura/estudo deste módulo quanto ao planejamento. _
_____________________________________________________________________________________________________________________________
A proposta é que você sistematize a aprendizagem _______________________________________________________________
sobre o tema Etapas do Planejamento Curricular.
Para tanto, preencha cada um dos itens abaixo,
buscando responder de forma objetiva ao 20 CASTRO (1977; p.16), afirma também que o
questionamento apresentado em parênteses. planejamento é uma “tentativa de antecipar e ordenar
decisões que deverão ser tomadas, visando atingir
a) CABEÇALHO (identificação de um estabelecimento de ensino
fictício), turma (do 3º ao 4º ciclos), professor(a), disciplina algum conjunto de objetivos especificados”. Leia,
(preferencialmente Ciências Naturais), duração (15 a 30 dias) análise e registre sua opinião sobre o mesmo (mínimo
e tema (relacionado com o tema transversal do curso de Biologia, de dez linhas).
neste período – A educação na formação de valores morais).
_______________________________________________________________
b) OBJETIVO(S) (o que pretendemos alcançar) ______________________________________________________________________________________________________________________________
c) CONTEÚDO(S) (da área de conhecimento escolhida)
______________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
d) METODOLOGIA (o que faremos para alcançar os objetivos)
16 Caro(a) graduando(a), agora que já está Certa vez os animais resolveram preparar seus
filhos para enfrentar as dificuldades do mundo e, para
isso, organizaram uma escola. Adotaram um currículo
conhecedor dos caminhos de elaboração dos Planos prático, que constava de natação, corrida, escalagem e
de Curso, Unidade e de Aula, elabore os três tipos vôo.
para uma turma do 3º ciclo do Ensino Fundamental, Para o ensino, todos os alunos deveriam cursar
todas as matérias ao mesmo tempo: regime seriado.
disciplina Ciências, II Unidade, explorando o tema –
O pato, exímio em natação (melhor mesmo que
A química e a física do ar. Pense, reflita e capriche. seu professor), conseguiu notas regulares em vôo,
Sucesso!!! mas era aluno fraco em corrida e escalagem. Para
compensar esta fraqueza, ficava retido na escola o dia
todo, fazendo exercícios extras. De tanto treinar a
17 Elabore um projeto que tenha o seguinte enfoque: corrida, ficou com os pés terrivelmente esfolados e,
por isso, não conseguia mais nadar como antes.
Entretanto, como o sistema de promoção era a média
O estudo das plantas. Para tanto, o aluno deverá
aritmética das notas das várias disciplinas, ele conseguiu
compreender: ser um aluno sofrível e ninguém se preocupou com o
caso, exceto, naturalmente, o pobre pato.
- diferentes tecnologias de cultivo das plantas O coelho era o melhor aluno no curso de
corrida, mas sofreu tremendamente, e acabou nervoso,
- como as plantas se nutrem.
de tanto tentar a natação.
- do que as plantas se nutrem. O esquilo subia árvores admiravelmente,
- qual a importância da luz para as plantas. conseguindo belas notas no curso de escalagem. Mas
foi frustrado no do vôo, pois o professor o obrigava a
voar de baixo para cima e ele insistia em usar os seus
18 Você já deve ter observado que: “A elaboração métodos, isto é, em subir na árvore e voar de lá para o
chão. Em natação ele teve que se esforçar tanto que
acabou por passar com a nota mínima em escalagem,
do currículo é um trabalho cooperativo que envolve
saindo-se mediocremente em corrida.
todos os que participam da escola”. Sendo assim, A águia foi uma criança problema severamente
expresse suas reflexões. castigado desde o princípio do curso, porque usava
_______________________________________________________________ métodos exclusivos dela para atravessar o rio ou subir
nas árvores, o que era proibido, pois eles não estavam
______________________________________________________________________________________________________________________________ previstos no programa.
______________________________________________________________________________________________________________________________ No fim do ano, uma enguia anormal, que tinha
nadadeiras, conseguiu a melhor média em todos os
_______________________________________________________________ cursos, e foi a oradora de turma.
Os ratos e cães de caça não entraram na escola,
porque a administração recusou-se a incluir duas
49
matérias que eles julgavam
importantes: “como escavar tocas” e
“como escolher esconderijos”.
26 Sobre os PCN de Ciências Naturais, você o
Acabaram por abrir uma considera um norteador para as suas atividades
escola particular, junto com as
docentes futuras? Justifique sua resposta.
marmotas, e desde o princípio
Pesquisa e Prática obtiveram grande sucesso. _______________________________________________________________
Pedagógica-III
______________________________________________________________________________________________________________________________
· Faça uma crítica do texto acima, ______________________________________________________________________________________________________________________________
estabelecendo relações entre o
conhecimento de currículo estudado
_ ______________________________________________________________
e o currículo apresentado no texto.
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
27
Utilize as orientações para um trabalho com
eixo temático e realize um plano de aula com as
______________________________________________________________________________________________________________________________ seguintes especificações:
_______________________________________________________________
· Voltado para a 7ª série;
50
PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA
”Art. 67 – os sistemas de
ensino promoverão e valorização dos
profissionais da educação,
assegurando-lhes, inclusive nos
termos dos estatutos e dos planos de
carreira do magistério público”.
Inciso I – Aperfeiçoamento
profissional continuado, inclusive
com licenciamento periódico
remunerado para esse fim.
Inciso V – Período reservado
a estudos, planejamento e avaliação,
incluído na carga de trabalho.
51
Apesar das intenções da legislação, ainda não se notam transformações
significativas nos cursos de formação inicial de professores. Segundo vários
estudos, a formação de professores no Brasil tem sido:
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III · Muito mecanicista em relação ao conhecimento e à
forma de apropriação deste por parte dos professores;
· Dicotômica quanto à relação teoria e prática;
· Pouco preocupada em desenvolver as capacidades e
habilidades reflexão, autonomia e cooperação, entre outras)
necessárias para a formação do professor-cidadão e
consequentemente para a formação do aluno-cidadão;
· Um processo que desconsidera os contextos (regiões,
necessidades, etc), onde e para quem se realiza.
52
Assim, garantir formação em serviço é contribuir para a formação de profissionais-
cidadãos que, coletivamente, sejam comprometidos e capazes de ajudar a escola e cumprir
sua função social. Tarefa indispensável para a construção de uma sociedade fundada na
justiça e na democracia.
O papel dos professores define-se, fundamentalmente, pelas necessidades sociais
a que o sistema educacional deve ser a resposta. Em muitos países, mas em especial no
Brasil, a função social do professor parece ser evidente: um profissional capaz de contribuir
para que a escola leve todos os estudantes a aprenderem.
Isto implica conceber o professor como um sujeito capaz de produzir conhecimentos
sobre sua própria profissão e capaz de construir competências que justifiquem sua profissão
perante a sociedade. Para isso a profissionalização deve ser acompanhada de uma
autonomia crescente. Neste contexto:
53
AO ALUNO CABE OPINAR E DEFINIR QUESTÕES RELACIONADAS AO TIPO DE PROJETO
QUE DESEJA DESENVOLVER E AS RAZÕES QUE TEM PARA REALIZÁ-LO. DEVE,
Pesquisa e Prática TAMBÉM, DEFINIR VÁRIAS AÇÕES JUNTAMENTE COM O PROFESSOR, TAIS COMO:
Pedagógica-III
· PROPOR, DISCUTIR E DECIDIR AS ATIVIDADES E A MANEIRA DE REALIZÁ-LAS;
· ORGANIZAR O TEMPO E ESPAÇO PARA EXECUÇÃO DAS MESMAS;
· DETERMINAR AS DIFERENTES ETAPAS DO PROJETO;
· ENVOLVER-SE NA EXECUÇÃO DE TODAS AS SUAS FASES OU PASSOS;
54
NESTA PERSPECTIVA, UMA PROPOSTA E UMA REFLEXÃO A RESPEITO DE COMO DEVERIA SER A POSTURA
DO EDUCADOR, FACILITADOR DO PROCESSO DE APRENDER DO OUTRO, PODE SER:
55
eles, destaca-se a própria objetividade da formação do conhecimento, com a
qual se confronta. Ou seja, o sujeito cognitivo passa a ser entendido não apenas
como um sujeito racional, mas também como um sujeito psicológico, social,
político, isto é, relacional, haja vista que é fruto do processo entre subjetividade
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III e objetividade.
Ou seja, o homem é um ser social e faz parte das relações sociais.
Sendo assim, a escola tem que ser um lugar de criação, de produção de
saber, pois, como outras instituições, não serve apenas para reproduzir o
modelo de pensamento que perpassa toda a sociedade, mas também para produzir
transformações. Assim, o Professor “necessita superar a visão restrita do mundo e
compreender a complexa realidade, ao mesmo tempo resgatar a centralidade do homem
na realidade e na produção de conhecimento, de modo a permitir, ao mesmo tempo, uma
melhor compreensão da realidade e do homem como um ser determinante e determinado”
(LUCK, 1995.p.60).
Faz-se necessário ressaltar que um dos grandes desafios do professor no século
XXI é a consciência do saber-fazer em sala de aula, pois, segundo Menezes, o professor
necessita “compreender seu papel e de seu aluno, sabendo situar no plano social geral
do conteúdo específico de cada curso. Isso é parte importante do processo pedagógico,
da qual o professor raramente está consciente, porque ele está diante de um desafio para
o qual não está preparado. É preciso prepará-lo”. (MENEZES, 1987, p.119).
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
E COMO PREPARÁ-LO? MUITAS VEZES NOS PERGUNTAMOS: FARÁ
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
SENTIDO CONTINUAR A INSCREVER O AGIR EDUCATIVO NO REGISTRO
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
EPISTEMOLÓGICO QUE AUTORIZOU A PROCURA DESENFREADA DE
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
CERTEZAS EM EDUCAÇÃO? TERÁ CHEGADO O MOMENTO DE FAZER LUTO
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
DAS CERTEZAS EM EDUCAÇÃO?
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567
56
O educador se define e exprime nesses termos procura responder ao desafio de
encontrar formas de ação que sejam expressão de aspirações verdadeiramente educativas.
A sua atenção está concentrada na realização efetiva de certos valores educativos nas
transações com os educandos. Para o professor consciente, a sua identidade como
profissional resume-se aos esforços despendidos na concretização dessa tarefa. Quando
o papel do professor é especificado nos termos de intelectual crítico, o
entendimento da prática profissional reveste-se com outros significados. Agora,
nesse contexto de incertezas, a função do educador não é,
propriamente, promover e desenvolver uma ação com sentido
moral, mas levar a cabo uma ação com significado social,
político e reflexivo.
Assim, neste início de milênio caracterizado pelas
incertezas, os grandes desafios da formação do professor
estão no plano ético-político, teórico-epistemológico e da
ação prática do educador.
No plano ético-político é imprescindível que o
professor seja formado numa perspectiva unilateral e dentro de
uma concepção de que as pessoas vêm em primeiro lugar. A
tarefa é afirmar os valores de efetiva igualdade, qualidade para
todos, solidariedade e da necessária ampliação da esfera pública democrática em
contraposição à liberdade e qualidade para poucos, reguladas pelo mercado, e das
perspectivas do individualismo e do privativismo.
No que se refere ao plano teórico-epistemológico, é imprescindível que a formação
do educador vá além da formação técnica e científica. Ou seja,
que esteja atrelada a uma perspectiva de projeto social
democrático e solidário.
Sem uma base teórica e epistemológica, a formação
se reduz ao adestramento. Atrofia a possibilidade de
analisar as relações sociais e os processos de poder
e dominação; e não capacita à percepção de que
os processos de produção do conhecimento
científico e de ensino-aprendizagem se
desenvolvem a partir de determinações e
mediações do plano histórico, social e cultural.
No plano dos processos de ensino, o educador pode – mediante capacitação
teórica e epistemológica – apreender os saberes presentes no senso comum do aluno (e
que foram construídos a partir de suas práticas sociais, lúdicas e culturais mais amplas). O
educador poderá organizar r e programar, técnica e didaticamente, os diferentes conteúdos
e praticas de ensino.
Quanto ao plano da ação prática, o desafio central do
educador é potenciar essa experiência da ação cotidiana, para que
ela não se reduza à repetição mecânica, ao ativismo pedagógico
ou ao voluntarismo político.
A formação e profissionalização do educador
na perspectiva da práxis têm, pois, com
precondições a efetivação de um processo
educativo centrado em um projeto explícito e
consciente com base nas dimensões ética, política,
teórica e epistemológica anteriormente relacionadas.
57
Para refletir...
“Mudança – a verdadeira mudança nasce de
Pesquisa e Prática dentro para fora. Nasce da poda das folhas de
Pedagógica-III atitudes e comportamentos com técnicas éticas de
conserto rápido de personalidade. Nasce do
golpear-se a raiz, a estrutura do nosso pensamento,
os paradigmas fundamentais e essenciais que
definem o nosso caráter e criam as lentes através
das quais enxergamos o mundo”.
Stephen Covey
INSTRUMENTOS DE PESQUISA
Este conteúdo pretende aprofundar o tema, com o objetivo de levar você a uma
reflexão teórica e prática, de forma clara quanto à necessidade de um bom preparo do
pesquisador para escolher com eficiência os
instrumentos adequados para coleta de dados
e análise dos mesmos. Portanto, enfatizaremos
as pesquisas qualitativas e quantitativas, são
normas diferentes de se obter novos
conhecimentos, uma vez que possuem uma
sistemática bem diferenciada nos
procedimentos que devem ser utilizados. A
escolha de uma delas dependerá da natureza
do problema que se pretende estudar.
(OLIVEIRA, 1997; VIANNA, 2001).
Até a metade do século XX,
predominavam investigações que buscavam
explicar os fatos educacionais por meio dos
números, sob a égide da estatística: demanda de alunos matriculados, aprovados, retidos,
médias obtidas e demais elementos passíveis de mensuração. Esse tipo de pesquisa é
denominado pesquisa quantitativa. (RICHARDSON et al., 1999).
O número fornece parâmetros para analisar e classificar sistemas educacionais,
todavia nem sempre dá respostas sobre a lógica do seu processo interno. Sabe-se que, a
vida está em constante movimento, todos os seres estão em processo contínuo (e complexo)
de interações, que a estatística, por si só, não é capaz de captar. Além disso, a pesquisa
quantitativa é estática como uma “fotografia”, uma vez que mostra com precisão a freqüência,
duração e intensidade de fatos concretos observados, num momento determinado. (ANDRÉ,
2001; LÜDKE; ANDRÉ, 1986; RICHARDSON et al., 1999).
Esse tipo de pesquisa requer uma amostra ampla, exigindo um grupo de controle e
um grupo experimental, para que se possam estabelecer comparações entre resultados
obtidos. Os dados podem ser coletados a partir de questionário ou formulários. As
entrevistas, todavia, apresentarão aspectos diferenciados para o pesquisador das
entrevistas que são realizadas a fim de coletar dados para pesquisas qualitativas, visto que
sua relação com os sujeitos da pesquisa será, na maioria das situações, distante, circunscrita
e de curta duração, segundo Vianna (2001, p.122).
Os procedimentos para elaborar o instrumento de pesquisa e realizar uma entrevista
por esse tipo de pesquisa são os mesmos empregados para uma pesquisa qualitativa, os
quais serão evidenciados na pesquisa qualitativa.
58
A PESQUISA QUALITATIVA CARACTERIZA-SE PELA “TENTATIVA DE
UMA COMPREENSÃO DETALHADA DOS SIGNIFICADOS E CARACTERÍSTICAS
SITUACIONAIS APRESENTADAS PELOS ENTREVISTADOS”, DIFERINDO DA
QUANTITATIVA, POIS NÃO EMPREGA ANÁLISES ESTATÍSTICAS COMO BASE
PARA IDENTIFICAR UM PROBLEMA, PORQUE SEM OBJETIVO “NÃO É
NUMERAR OU MEDIR UNIDADES OU CATEGORIAS HOMOGÊNEAS”.
(RICHARDSON ET AL., 1999, P.90).
Segundo Ludke e André (1986) existem cinco características básicas que envolvem
a pesquisa qualitativa e que foram definidas por Bogdan e Biklen em 1982 e as quais serão
mencionadas aqui.
A relação direta do pesquisador com o ambiente onde está ocorrendo o
fenômeno – significa que o pesquisador deve descrever todos os aspectos que são
inerentes e, portanto, são relevantes ao tema proposto, pode-se afirmar que esta seria
outra característica da pesquisa qualitativa, que também foi deslocada por Bogdan e Biklen
apud Ludke e André (1986).
Outro aspecto que chama atenção nas pesquisas qualitativas é a grande
preocupação com o processo que está sendo investigado, este é mais enfatizado
pelos pesquisadores do que os resultados que serão colocados. Assim, se o tema estudado
é a indisciplina escolar, o pesquisador deverá vivenciar todo o cotidiano escolar para que
possa visualizar em quais condições ela se manifesta (LUDKE, ANDRÉ, 1986).
Contudo, observa-se que o processo indutivo tem se mostrado como uma tendência
na análise dos dados das pesquisas qualitativas (BOGDAN; BIKLEN, apud LÜDKE; ANDRÉ,
1986). Isso porque os pesquisadores não partem somente de hipóteses pré-estabelecidas,
geralmente seu foco de interesse é bastante amplo no início da pesquisa, entretanto vai
sendo delimitado em seu decorrer, o que exige experiências do pesquisador para realizá-
la.
Outro aspecto que vem sendo destacado é que “o significado que as pessoas
dão às coisas e a sua vida são focos de atenção especial pelo pesquisador” ao
desenvolver uma pesquisa qualitativa, de acordo com Bogdan e Biklen citados por Lüdke e
André (1986, p.12).
E isso deve ser encarado de uma forma bastante racional pelo pesquisador,
procurando maneiras adequadas para confirmar ou não a perspectiva dos participantes
(LÜDKE; ANDRÉ, 1986).
É conveniente ressaltar que os dois instrumentos têm vantagens e desvantagens e
que também devem ser avaliados todos os aspectos positivos e negativos de cada um
antes de se decidir, levando em consideração que, pelo fato de o questionário ser enviado
à população de estudo pelo correio, por exemplo, e ser respondido sem a sua presença,
você poderá economizar seu tempo, todavia Lakatos e Marcondes (2001) afirmam que o
número de questionários que retornam é em torno de 25% do que foi enviado, o número de
respostas em branco é alto, pode haver dificuldade de compreensão das perguntas; uma
questão pode influenciar a resposta de outra pelo fato de o entrevistado ter acesso a todas
59
as questões simultaneamente, o questionário pode não ser respondido pela
pessoa que foi escolhida para compor a sua população de estudo etc.
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III
Além dos cuidados que foram mencionados, o pesquisador deve seguir algumas
regras básicas para elaborar qualquer um dos instrumentos, para que não incorra em erros
– de acordo com alguns autores (LAKATOS; MARCONI, 2001; MARCONI; LAKATOS, 1990;
OLIVEIRA, 1997; RICHARDSON et al., 1999) – e essas regras estão descritas na seqüência
abaixo:
60
seguinte maneira: Indique a categoria que melhor apresenta a renda líquida
total de sua família;
6- Evitar a formulação de duas perguntas em um exemplo: os alunos
considerados superdotados deveriam ser colocados em grupos separados dos
outros alunos e em escolas especiais? O entrevistado pode concordar com a
separação em grupos separados para que haja uma atenção especial aos
superdotados, porém não concorda com escolas especiais;
7- Evitar questões negativas, pois elas podem conduzir a respostas
erradas;
8- A extensão do instrumento deve ser limitada, para que a entrevista
não se torne muito cansativa para o entrevistado. Portanto, sugere-se que o
número de questões empregadas no instrumento seja adequado para que a
entrevista não ultrapasse meia hora;
9- Devem-se ordenar as perguntas em uma seqüência dinâmica, para
facilitar a interação entre o entrevistador e o entrevistado. As primeiras
perguntas devem ser feitas para esclarecer os itens sociodemográficos como
idade, sexo, estado civil, etc. Em seguida incluir perguntas genéricas, mas
que já conduzam ao problema que está sendo estudado. Depois disso podem
ser incluídas questões mais complexas sobre o assunto e finalizar com perguntas
mais fáceis;
10- Deve-se submeter o instrumento a um pré-teste com a finalidade de
verificar se as questões estão adequadas aos objetivos propostos; se são de
fácil compreensão pela futura população de estudo e se o vocabulário está
adequado. Esse pré-teste deve ser feito com pessoas que não farão parte de
sua população de estudo, todavia devem ter as características semelhantes ao
grupo.
:: OBSERVAÇÃO
61
diante de sua população de estudo. Esse roteiro se baseará na situação-
problema da sua pesquisa, contudo, você deverá estar atento a todos os
Pesquisa e Prática critérios que são estabelecidos por uma pesquisa qualitativa, especialmente,
Pedagógica-III como já discutido, ao que não é o objeto de estudo, porém pode ser relevante
à pesquisa.
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1- OBSERVADOR NÃO-PARTICIPANTE
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
Não se revela nem identifica sua intenção para o grupo que será o
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
objeto de estudo, portanto atua como um expectador atendo (RICHARDSON
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
et al. 1999). Ele permanece anônimo ou escondido na sua condição de
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
observador. Por exemplo, como matricular-se em um determinado curso que
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
se deseja avaliar para conhecer o sistema por dentro, entretanto dão ênfase à
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
falta de ética que isso implica e também ao fato de que se observa somente
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
pela ética do aluno.
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
OBSERVADOR PARTICIPANTE
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
Não é apenas um espectador do fato que está sendo estudado, ele
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
deverá revelar-se e revelar também sua intenção, no entanto não deve interferir
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
no ambiente que está sendo objeto de investigação. Nesse caso, há a
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
desvantagem de o grupo modificar sua conduta em razão da presença do
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
observador. Mesmo contra sua vontade, ele pode inibir manifestações que
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
poderiam ser de grande valia para o estudo (VIANNA, 2001).
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
OBSERVADOR PARTICIPANTE E ATIVO
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
Revela sua intenção e sua forma de participante com o grupo, e isso
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
se dá em comum acordo. A intervenção do observador pode conduzir o grupo
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
a produzir resultantes ou manifestações que interessam tanto ao grupo quanto
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
ao observador. Segundo Thidlent (1997, p.21) há um caráter participativo e de
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
intervenção com o objetivo de “produzir novas informações, estruturar
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
conhecimentos e delinear ações”. O uso desse tipo de observação se justifica
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
todas as vezes que “houver problemas sociais que mereçam investigação e
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
formulação de ações coletivas, com objetivos de consciência e
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
comprometimento na busca de solução” (THIOLLENT, 1997, p.29).
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345
:: ENTREVISTA
A entrevista é uma técnica de grande valia na coleta de dados, pois estabelece uma
interação entre entrevistado e entrevistador, permitindo a este se aprofundar na conversação
para coletar maior número de informações ou de esclarecimentos. A entrevista pode ser
fundamentalmente de dois tipos: padronizada ou estruturada e despadronizada ou não
estruturada (LAKATOS; MARCONDES, 2001).
62
Padronizada ou estruturada
Quando opta por uma entrevista despadronizada, o pesquisador é livre para fazer as
perguntas que considerarem pertinentes e adequadas durante o decorrer da entrevista,
embora elaborar um roteiro com perguntas abertas sobre aspectos que não podem ser
deixados de mencionar durante a entrevista pode auxiliar e favorecer o pesquisador.
Esse tipo de entrevista favorece a coleta de dados porque permite aproveitamento
das falas do entrevistado. Nesse caso, é importante que o entrevistador tenha tempo para
efetuar as anotações rapidamente. O ideal é o uso de um gravador para não correr o risco
de esquecer ou não ter tempo suficiente para anotar aspectos imprescindíveis para o
esclarecimento do problema, porém, para o seu uso, é necessário que haja o consentimento
do entrevistado.
Para realizar uma entrevista, o instrumento utilizado é o formulário, uma vez que o
pesquisador está diante do entrevistado coletando seus dados. É fundamental que - sejam
seguidas algumas regras para elaborá-lo e alguns critérios também devem ser respeitados
63
durante a entrevista, para não comprometer a coleta de dados e,
consequentemente, o resultado da pesquisa.
:: ABORDAGEM ETNOGRÁFICA
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III 1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
A ETNOGRAFIA É O ESTUDO DA CULTURA DE UM POVO, DE
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
UM GRUPO, DE UMA COMUNIDADE, DE UMA TRIBO, DO MEIO ONDE
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
AS PESSOAS VIVEM O SEU DIA-A-DIA, CUJO COMPORTAMENTO
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
MUITAS VEZES TEM MAIS SIGNIFICADO QUE OS FATOS QUE OS
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
ORIGINARAM (LUDKE; ANDRÉ, 1986).
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123
64
discreto, não tratando levianamente de assuntos confidenciais. Os autores ensinam ainda
que o pesquisador deva, desde os contatos iniciais, procurar ser aceito pela população de
estudo, deve decidir o grau de envolvimento que terá nas atividades, além de tomar cuidado
em não ter identificação com nenhum grupo particular.
Sendo assim, o pesquisador precisa de um bom conteúdo teórico para distinguir,
entre a variedade de fenômenos que se apresentam aqueles que realmente são os mais
importantes, ou os que mais se identificam com o objeto de estudo, delimitando seu campo
de ação e não se tornar extenso demais, de modo que a seqüência do trabalho fuja ao seu
controle. E saber que, de acordo com o enfoque qualitativo, ele possui grande liberdade
para realizar seu estudo, desde que se enquadre dentro da perspectiva teórica e
metodológica, cujos limites são fixados pelas exigências de um trabalho científico (LUDKE;
ANDRÉ, 1986).
65
A pesquisa etnográfica evidencia a coleta de dados com supremacia.
Pesquisa e Prática
Dessa forma, a coleta de dados é denominada de trabalho de campo, já que
Pedagógica-III é o momento em que o pesquisador vai buscar seus dados junto à sua
população. E a etapa fundamental da pesquisa, pois se não for feita com
critérios, usando de muita seriedade, a pesquisa terá sido em vão.
POR ISSO, SEGUEM ALGUNS CONSELHOS GERAIS QUE LHE SERÃO ÚTEIS PARA REALIZAR
ESSA ETAPA:
2- Você deverá estar bastante seguro sobre quais dados deverá coletar.
Não vá para o local de estudo se ainda estiver com alguma dúvida sobre o que
deve fazer ou o que observar. Releia o material bibliográfico selecionado, seu
projeto de pesquisa e, principalmente, converse com seu orientador.
66
Procedimentos para a coleta de dados utilizando a técnica de entrevista:
:: ESTUDO DE CASO
67
modificações que possam resolver o problema que está ocorrendo, de acordo
com Lüdke apud André (2001).
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III Condições para realizar um estudo de caso:
Sem dúvida, muitos âmbitos da sociedade têm essa possibilidade, a começar pelos
grandes meios de comunicação, capazes de criar modas e modos de vida e pensamento.
Mas, possivelmente, a obrigação estrita (não diluída no que chamamos “sociedade e
“socialização”) seja dos pais e educadores (os professores-educadores, para distingui-los
de outros que também possam desempenhar esse papel, em seus diferentes âmbitos).
68
O educador tem, nesse sentido, um papel irrenunciável. Papel que não se deve
confundir com o pessoal e próximo dos pais, ou o terapêutico do psicólogo, mas que deve
ficar no terreno da reflexão crítica que busca o nível da universalização, dos princípios, do
juízo moral e da autonomia.
Todas as teorias éticas têm seu lugar, cada uma deu mais relevância a um aspecto
ou outro do moral. Algumas dão prioridade ao conceito chave de felicidade, outras ao de
dever, etc. Nós, - segundo Adela Cortina em Ética aplicada y democracia radical, cap. 13 -
, ao falarmos de educação moral, lançaremos mão de quatro perspectivas diferentes que
têm algo a dizer a respeito e que convém tê-las em conta:
69
Nesse nível, tudo o que se faça no terreno da auto-estima é pouco, sem
esquecer que o estímulo da auto-estima é acompanhado pela hetero-estima.
É importante não esquecer que entre um altruísmo mal entendido, que exige
do indivíduo o esquecimento de si mesmo, e um egoísmo exacerbado, que
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III leva ao desprezo dos demais, encontra-se o saudável meio termo de uma
auto-estima em que o indivíduo se sente de moral elevado.
A TAREF
TAREF
AREFAA EDUCA TIVA CONSTI
EDUCATIVA TUI A
CONSTITUI
PEDRA D E T
DE OQUE D
TOQUE A AL
DA TURA MORAL D
ALTURA E
DE
UMA SOCI ED
SOCIED AD
EDAD E.
ADE.
O sistema educacional deve oferecer aos estudantes razões para “esperar”. E isso
se consegue em parte permitindo que tenham a experiência do em que consiste viver num
contexto de respeito mútuo, de diálogo disciplinado, de indagação cooperativa, livre de
arbitrariedades e manipulações. Não nos esqueçamos de que o moral requer como o
esporte, treinamento, porque o estar em forma não se improvisa;
b) moral é busca da felicidade, ponderação prudente do que convém a uma
pessoa, não apenas num dado momento de sua biografia, mas no conjunto de sua vida.
(Visão aristotélica, utilitanista da moral. Moral como dimensão dos projetos de vida
boa). Entende-se por moral aquele âmbito humano que nos conduz à felicidade.
Este é o quarto nível da educação moral, que supõe que a educação deve se preocupar
em capacitar as crianças para distinguir entre normas comunitárias, convencionais, e
princípios universalistas, que nos permitem criticar até mesmo as normas comunitárias,
porque se trata de princípios que se referem a todo ser humano enquanto tal.
Assim, nosso legado moral, supõe que o reconhecimento de que todos os homens
são igualmente valiosos, não pode se perder, como seres humanos, da mesma maneira
que somos obrigados a transmitir os avanços técnico-científicos, também somos obrigados
a deixar em herança, por meio da educação, pelo menos três legados:
- pensa tomar sua decisão com “boa vontade”, isto é, com a vontade de
satisfazer interesses universalizáveis e só se deixar convencer pela força do
melhor argumento;
71
os quais seria impossível descobrir tais interesses universalizáveis que nos
permitem decidir sobre o que é justo ou injusto. Valores são condições de
possibilidade de um diálogo construtivo, pilares capazes de sustentar o edifício
de uma sociedade autenticamente democrática.
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III
@
[ ]
1 Que estilo quer adotar no ensino das Ciências 6 Quais são as características do professor reflexivo?
Agora é hora de
TRABALHAR
4 Como você organizará o ambiente e materiais que 9 Elabore um texto relacionando a frase descrita
vai utilizar na sala de aula (metodologia)? abaixo à postura de um educador transformador: “O
_______________________________________________________________ ambiente é um sistema vivo, em transformação”.
______________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
5 O que significa um novo olhar em relação à 10
Os PCN sugerem situações didáticas para o
educação?
_______________________________________________________________ desenvolvimento das aulas de Ciências Naturais.
______________________________________________________________________________________________________________________________ Quais são essas situações? Como você avalia essas
situações didáticas propostas?
______________________________________________________________________________________________________________________________
72
_______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
16 Elabore um projeto de pesquisa qualitativa
(estudo de caso ou etnográfico, conforme estudos
11 Identifique as diferenças complementares entre realizados no módulo), sendo que na pesquisa deverá
as seguintes pesquisas qualitativas: estudo de caso haver: tema, situação-problema, objetivos propostos,
e etnografia. Será necessário constar, no mínimo, metodologia (que tipo de pesquisa e instrumentos
cinco diferenças, que não poderão ser repetidas. utilizados na pesquisa), dados.
Como diferenças, poderão ser consideradas vantagens _______________________________________________________________
e/ou desvantagens da pesquisa. ______________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________
17
Elabore um projeto de pesquisa quantitativa
73
Atividade
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III Orientada
Caro (a) graduando (a),
Etapa 1
Roteiro de análise dos PCN – Equipe (VALOR = 3,0)
OBS.: A equipe deverá apresentar seu roteiro preenchido, após pesquisa, para
o tutor dentro do prazo estabelecido por nossa equipe pedagógica de PPP III.
Etapa 2
Análise documental dos planejamentos docentes – Equipe (VALOR
= 3,0)
Esta etapa deverá ser realizada com a mesma equipe da etapa anterior
e consiste em uma visita a uma instituição de ensino fundamental (5ª a 8ª série),
74
particular ou pública e durante o AC verificar a existência dos planos de curso, unidade e
aula do professor que ministra aula na disciplina Ciências. Nesta etapa o graduando deverá
seguir procedimentos e desenvolver atitudes como solicitar cópias dos referidos documentos
para posterior análise de acordo com as orientações de nossa equipe pedagógica de PPP
III.
Etapa 3
Elaboração de um Pré-Projeto de intervenção – Equipe (VALOR = 4,0)
Desejamos discernimento,
iniciativa, participação e bom
senso!
Um forte abraço,
75
Pesquisa e Prática
Glossário
Pedagógica-III
76
apenas o conteúdo das áreas de conhecimento da escola, mas a própria
dinâmica da ação escolar, integrando todos os elementos que interagem para
a consecução de seus fins e objetivos.
77
Referências
Pesquisa e Prática
Bibliográficas
Pedagógica-III
ABRANOVICH, Fanny. O professor não duvide! Dúvida? São Paulo: Gente, 1998.
BARBOSA, M. Ação educativa perante o fim das certezas: oportunidade para mudar de
registro epiistemológico? Ver. Portuguesa de Educação, Minho, v. 10, n. 2, p. 45-58, 1998.
BERBEL, Neusi Aparecida (Org.). Questões de ensino na Universidade. Conversas com quem
gosta de aprender para ensinar. Londrina: Ed. UEL, 1998.
BIZZO, Nélio. Ciência fácil ou difícil. São Paulo: ATICA, 2000, http://www.brazcubas.br/
professores/alice/download/texto Is 3.docAcesso em: 31maio2004.
BRASIL. Sendo. Lei nº 9.394, de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Brasília, 2001.
CEDES. Educação Continuada. Cadernos Cedes, nº 36. Campinas, S.P. Cedes, Papirus,
1995.
CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática. Campinas/São Paulo, Papirus,
1994.
ENRICONE, Délcia et al. Valores do processo educativo. Porto Alegre: Sagra, 1992.
GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. São Paulo: Loyola, 1993.
GARCIA, Carlos Marcelo. A formação de professores: novas perspectivas baseadas na
investigação sobre o pensamento do professor, in: NÓVOA, A. Os professores e a sua formação
e Lisboa, Dom Quixote, 1992, pp.51-76.
78
LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.A. Metodologia de trabalho científico: procedimentos básicos,
pesquisa bibliográfica projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 4 ed. Ver. E
ampl. São Paulo: Atlas, 2001.
LUDKE, M.; ANDRÉ, M.E. D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo:
EPU, 1986.
__________; SILVA, T.T. da. (Org.). Currículo, Cultura e Sociedade. 2 ed. São Paulo: Cortez,
1997.
RICHARDSON, R.J. et al. Pesquisa Social. 3 ed. Ver. E ampl. São Paulo: Atlas,; 1999.
RUIZ, Á. J. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo: Atlas, 1996.
SANT’ANNA, F.M. et al. Planejamento de ensino e avaliação. II. Ed. Porto Alegre: Sagra/DC
Luzzatto, 1995.
TORRES, Rosa M. Tendências na Formação Docente nos anos 90. In: Novas políticas
educacionais: críticas e perspectivas. São Paulo: PUC-SP, 1998.
VASCONCELOS, Celso dos S. Para onde vai o professor? Resgate de professor como sujeito
de transformação. 2ª ed. São Paulo. Libertad, 1996.
ZABALA, Antoni (Org.) Como trabalhar os conteúdos procedimentais em sala de aula. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1999.
79
Anotações
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III
80
Anotações
81
Anotações
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III
82
Anotações
83
Pesquisa e Prática
Pedagógica-III
FTC - EaD
Faculdade de Tecnologia e Ciências - Educação a Distância
Democratizando a Educação.
www.ftc.br/ead
84