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(1)
No provoque as pessoas de bom corao. No seja tolo de
irar aqueles que tm um corao fortemente inclinado
mansido porque essas, mais do que todas as outras pessoas,
tm adormecidas em seu ntimo um punhado de bestas ferozes
que, sinceramente, melhor que fiquem adormecidas. Por
isso, repito: no as provoque. No mesmo. No queira ver a
transfigurao dessas almas adocicadas feito favos de mel
em terrveis clices de amargo fel.
(2)
No fique indagando sobre tudo o que est ocorrendo e muito
menos sobre o que todos esto fazendo aqui e acol. Isso,
alm de ser um trambolho inconveniente, tambm um veneno
para nossa inteligncia porque quem quer saber de tudo, a
respeito de tudo e de todos a tempo todo, acaba sabendo
nada, sobre nada, em tempo algum. Queiramos ou no, tal
disposio
desordenar
indiscreta
a nossa
tem
alma.
um
poder
por isso
avassalador
que, entre
para
outras
coisas,
Santa
Madre
Igreja
condena
veementemente
(3)
Nos sofrimentos humanos, o mais agonizante, saber que boa
parte
dos
males
que
nos
afligem
so
frutos
de
nossas
em
nossos
alaridos
dolorosos
por
seremos
to
(4)
A
misericrdia
possibilidade
empregada
com
uma
humana
em
malcia
ddiva
nosso
para
divina
semeada
enquanto
corao;
porm,
quando
dissimular
uma
altivez
(5)
Somente almas tediosas procuram a tal da felicidade nas
miudezas do mundo; somente elas fazem dessa v procura a
(6)
A
lenincia da
justia e
opinio
para
com
os
grados,
tem
uma
fora
a simpatia
criminosos,
corruptora
dos formadores
sejam
eles
to
grande
midos
quando
de
ou
o
(7)
Lembremos sempre do bvio ululante. Lembremos sempre que a
canalhada jura de ps juntos que eles so bons-moos, de
que todo meliante afirma, veementemente, sem fazer figas,
que ele uma alma inocente e injustiada. Isso to
bvio, to bvio, que s vezes esquecemos, da mesma forma
que no nos lembramos que todo justo, antes de qualquer
coisa, considera-se um msero pecador e que todo cidado
ntegro reconhece-se como sendo um improlfico devedor de
seus pares.