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Houve golpe, mas essa histria no comea em 64

Acho muito arriscado querer vestir de 1964 este ano de 2016.


Pode parecer facilitar entender o que est acontecendo, mas "acho" que traveste e
engana muito mais que ajuda a entender a complexidade envolvida. Duvido muito q
ue seja fcil escapar da romantizao de uma poca nos dita como de luta. E como os jove
ns gostamos de lutar!
Os heris esto a pra que muitos no precisemos executar seus feitos. Deliciamo-nos com
suas histria de glria e dor. Idolatramos heris nas camisetas e em copos descartveis
pra gozar uma satisfao momentnea, a vida continua a salvo.
Quem hoje, se jovem fossemos nos 60, pegaria em armas pondo em risco a prpria vid
a? Se nem naquela poca no passou da vanguarda, ou seu plural, duvido muito que hoj
e haveria um exrcito, como muitas vezes parecemos nas conversas de botequim, disp
onvel alm da fantasia e do delrio.
Passada a ressaca, o retorno melanclico da realidade: sempre sero poucos a colocar
seus corpos a sangrar por um bem coletivo.
Enquanto isso, "outros" jovens mesmo sem querem tem seus corpos dilacerados por
sua cor, raa, etnia, classe!
Quem ser o heri que vai questionar a ordem da justia e inventar a Justia?
Nesse sentido, "acho" que h um medo dos mais velhos na repetio, trauma da Histria, q
uem sabe, que insiste em repetir lutas entre os que demarcaram a terra com sangu
e alheio e dos escravizados a trabalhar a terra demarcada. Ao mesmo tempo os mai
s jovens temos sede de justia, mas qual justia?
As injustias so injustas com alguma referncia

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