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PAOLO GROSSI A ORDEM JURIDICA MEDIEVAL ‘saanucho of DENISE HOSSATO AGOSTINETTL Ruvisko rfewica 98 RICARDO MARCELO FONSECA 1 wmifmartinsfontes sho PAULO 2014 INDICE a af pubes ramet om ai com ou ‘oRDINa Grumipico MEDISVALE Introdtgo do autora edigao brasileira, xi ee anos depois de Ovidio Capitani e Paoto Grossi, xix ‘Nota ao prefico, xxv LLINTRODUGAO 5 1, O que oleitor pode esperar dest ode te Kattan raha Prd lia Ged Ae Panaji Sudo Dearne or 0 nosso campo de observa ~ 2, Sobre alguns limites 5, Para a compreensio da experiéncia juridica medieval disponibilidade cultural e modelos ‘mentais ~ 4, Uma breve exposigio sobre continuidade e descontinuidade: alguns equivocos a evtar ~ 5.0 significado de tum titulo. A constrasdo fusidica medieval como int uma ordem subjacent ~ 6, Algumas consideragBes entre nica historia 1, PRESSUPOSTOS ORDENADORES 21 ___Cithsenetusaes* 1. Um esclarecimento necessério — 2. Hist +. Histéria do dieito como histéria de exper PRIMEIRA PARTE > FUNDAGAO DE UMA EXPERIENCIA TUREDICA. A OFICINA DA PRAXIS 45 III, A ESPECIFICIDADE DA EXPERIENCIA EM FORMAGAO E JUS INSTRUMENTOS INTERPRETATIVOS 47 A especificidade da experiénciajuridica medi rmentos interpretativos - 2. A incompletude do poder politico ~ 3. A relativa indiferenga do poder politico pelo direit. A.autonomia do direito ~ 4, Pluralismo do direito medieval - 5. Sua factualidade ~ 6, Sua historicidade ~ 7.0 declinio da cultura juridica, Naturalismo e primitivismo na fundagio da nova experiéncia - 8. Sobre o primitivismo protomedieval, em particular ~ 9, Reicentrismo da nova experiéncia jurica ~ 10. Fatos normativos fundamentais: terra, sangue, duragio ~ 11. Certezas fundamentais: imperfeiglo do individuo e perfeigio da comunidade ~ 12. Certezas fundamentais: direito medieval como ordem juridica 1, FIGURAS DA EXPERIENCIA 107 1, costume como “constituiglo” ~ 2, Principe, individuos coisas ns espical do costume ~ 3. As situagies reais ~ 4. Os negécios intervivos ~ 5, Sobre 0s contratos agrérios, em particular ‘Y. PRESENGA JURIDICA DA IGREJA 135 1. Uma opgio pelo direito: a formago de um direito “canénico” ~ 2 Originariedade e originalidade do direito candnico: a imobilidade do diteito “divino’, a elasticidade do direito “humano? SEGUNDA PARTE + EDIFICAGAO DE UMA EXPERIENCIA, JURDICA. 0 LABORATORIO SAPIENCIAL 155 VI. A MATURIDADE DE UMA EXPERIENCIA JURIDICA F SUAS. TIPICIDADES EXPRESSIVAS 157 1. Batre os séculos X1e XIl: continuidade e maturidade dos tempos 2, Ossinais da continuidade:o “frinceps-iudex” ea produgio do dirito. © poder politico como “iutisdictia”- 3. Os sinais da continuidade: a “ex” como revelagio de uma ordem juridica preexistente. A consciéncia dafilsofia politica ~ 4. Os sais da conforme as particularidades do préprio grupo étnico ~ de um direito espectfica e diferenciado. Assim ~ para exemplificar com situagao italiana -, 0 romano podeta professar e usar o patrimé- ni proprio da sua tradicio juridica, as. © lombardo po- derd utilizar 0 seu; do mesmo modo, pessoas funcionalmente Ji- ‘das a grupos socialmente fortes pretenderd julgadas segundo o direito elaborado no inte talvez por juizos expressos pelos préprios grupos eq) com base nesses direitos especiais: € 0 caso, jé no primeito do medieval, do clérigo, reconhecidamente sijeito ao diteita ca- nénico como ius ecclesiae™, e mais tarde o do mercador, que seré submetido aquele direito peculiar produzido pelo coetus merca- forum, primeiro embrio do futuro “diteito comercial” ‘No segundo periodo medieval - Idade Média sapiencial - ou- ‘tra coexisténcia extremamente singular ird assinalar o acemtuado Pluralismo dessa experiéncia juridica: no mesmo territério teri vigéncia e aplicagio ~ nos modos que tentaremos explicar mais as parti- culares consolidadas pelo costume ou promulgadas em ambito local por monarcas e por cidades livres, sea o ius commune, isto 30 sistem juridico universal elaborado sobre a plata- ana e canénica par um grupo muito destemido de ju- FUNDAGAO DF UMA EXPERIENCIA jURIDICA - 67 ristas (professores, doutores, priticos), patriménio cientifico pte- sente em todas as partes, fornecendo esquemas interpretativos, invengdes técnicas, solug6es para os muitos casos n&o previstos ‘no mbito local pela miopia dos legistadores. (0 poder politico respeita essa pluralidade de tradigoes coe- ‘ando, assim, a atitude geral de substancial indife- 10 a boa parte do que ¢ juridice. Saa produgdo é seus funcionétios e seus lecer as tradigdes juridicas do autor e do citado, anotando as pro- fissies solenes de vinculo a um direito ou a outro e estudando, por conseguinte, as possiveis solucdes™ e os documentos judi- . Esse & um mundo que se constréi mais nas relagdes entre dualidades que nas individualidades singularmente consi- deradas. A individualidade s6 é levada em conta no interior da relagio, apenas como termo de uma relagio”. ‘Trata-se de uma visio do mundo sociojuridico exatamente ‘posta aquela que, do século XIV em diante, it sedimentar-se — de forma lenta, mas progressiva - como moderna, totalmente concentrada na individualidade, empenhada em livré-la o maxi- ‘mo possivel da humilhagdo das relagdes. & compreensivel que, nesse novo mundo protomoderno, se cunhasse conscientemente a ideia de direito subjetivo” e se edificasse sobre ela toda a cons- ‘trusio;e ndo é de admirar, com base em tudo o que dissemos, em ‘que medida essa mesma ideia é alheia a koiné medieval, para a perspectita deve ser interpretads eidentiada ex strata sci pol quali ono “eu una estrtta de eles, de vines ete jogueé mum er homem de um outo homens numa cnesdo eee ema por dls reste untvas a prteo por parted superior ea fielidade po parte Jo Inferior Originartament, eualsmo éaobetuda eae tec de lager mito pes reito Helntch Mites, Leech un Staatsgeal, Vi 7M. Villy, La frmazione del pensivo DiAgastin, Milo, aca Book, 1986 do sobre 0 problema e sobre as disc tualmente encontrada em K. W, Nér “Zur Frage des subjektiven Rechts in mitt chiswissenschaf in Festschrift fr Hermann Lange, Statgart, Kobthammer, 1992 pp. 193 8 FUNDAGAO DE UMA EXPERIBNCIA JURIDICA - 105 ‘qual representava um corpo estranho. £ dbvio também que deve- ‘mos ter cautela ao falar degsa koiné de direitos do homem, pois cotremos 0 risco de ceder a entusiasmos demasiado ficeis,reali- zando arriscadas acrobacias antecipatérias™, Como aqueles que, com conscinca “moderna, pretenderam acrescentartam- ‘bem essa “gla” ane muitos méritos daguee penssdor to est ier” que € Santo Toms (por exemplo, Lous Lachance, Le também id, Lhumanisme poliiqu

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