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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Departamento Acadêmico de Química e Biologia

Profa. Lucia Regina R. Martins

 OBJETIVO:
 caracterizar aspectos estruturais e funcionais gerais de organelas envolvidas
com a síntese e endereçamento de macromoléculas na célula eucariótica.

Célula Eucariótica:
• processo evolutivo levou à incorporação de membranas que definiram compartimentos
com composição química e funções específicas;
• Organelas celulares: organizam os processos bioquímicos intracelulares; são constituídas
por moléculas complexas em constante renovação → síntese e degradação
• síntese de macromoléculas é contínua: proteínas, lipídios, carboidratos, ác. nucleicos

 tópicos:
 ribossomos
 retículo endoplasmático
 complexo de Golgi

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 Ribossomos – estrutura e biogênese
 são partículas (corpúsculos) constituídos por RNA ribossômico (rRNA) associado à proteínas
• tipos (procariotos e eucariotos): através do coeficiente de sedimentação Svedberg (S)
constituídos de duas subunidades: características estruturais e funcionais distintas

 Ribossomos – estrutura e biogênese

• as subunidades associam-se reversivelmente entre si e com o filamento de RNA mensageiro:


polirribossomos (local de síntese proteica; livre no citossol ou associado à membrana do RER)
• células com intensa síntese proteica: citoplasma fortemente basófilo

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 Ribossomo em funcionamento:
 subunidades associam-se ao filamento de mRNA
 captação moléculas de aminoacil- tRNA, de acordo com a combinação códon – anticódon;
 formação de ligação peptídica (peptidil transferase)
 saída de tRNA

códon: trinca de nucleotídeos no mRNA


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anticódon: trinca de nucleotídeos no tRNA

 Ribossomo em funcionamento:

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 Ribossomos – biogênese
 RNA ribossômico (rRNA): síntese no nucléolo
 DNA ribossômico: contém genes codificadores de rRNA (na cromatina: Regiões
Organizadoras do Nucléolo – NORs); várias cópias no mesmo genoma, localizadas em
sequências intercaladas por espaçadores (segmentos de DNA não transcritos – NTS)
 muitas proteínas (estrutura nucleolar, componentes de subunidades ribossômicas,
enzimas transcricionais e pós-transcricionais)
rDNA

nucléolo: rRNAs (28S, 18S, 5,8S)


núcleo: rRNA 5S

associação a proteínas
(síntese no citoplasma)

Subunidades
(maior e menor)

Exportação para citoplasma


(poros da membrana nuclear) 7

 Ribossomos –biogênese
• No nucléolo:
 rDNA → transcrição (RNApol I) → rRNA precursor → clivagem (snoRNAs) → rRNAs
• rRNA 5S: transcrição fora do nucléolo (RNApol III) → migração p/ nucléolo → associação
para formar subunidade maior (60S)

rRNA 18S: subunidade menor (40S)


rRNA 5 S; 5,8S e 28S: subunidade maior (60S) 8
 Retículo Endoplasmático

 presente em todas as céls. eucarióticas;


 rede de membranas que delimitam cavidades que se intercomunicam
 estende-se a partir do envoltório nuclear
 percorre extensões variáveis do citoplasma

 Tipos (M.E.): Retículo Endoplasmático Rugoso ou Granular (RER)


Retículo Endoplasmático Liso ou Agranular (REL)

 Funções em comum:

 armazenamento de substâncias sintetizadas em


suas membranas (conteúdo das cisternas depende do
tipo de retículo e função celular)
 suporte mecânico ao citossol (com o citoesqueleto)

 Retículo Endoplasmático: estrutura geral


 Estrutura da membrana:
 lipoproteica (30% lipídios, 70% proteínas)
 espessura menor: cadeia hidrocarbônica dos fosfolipídios
 assimétrica (RER): fosfatidil(colina, serina, etanolamina) → citossol
esfingomielina, fosfatidilinositol → interior das cisternas
glicolipídios e colesterol
 Proteínas (~30 tipos):
• glicoproteínas
• várias enzimas: hidrolases (ex.: glicose-6-fosfatase → gliconeogênese)
síntese de fosfolipídios
transferases (ex.: glicosiltransferases → adição de oligossacarídeos)
• cadeias transportadoras de elétrons: citocromo b5 e P450
• RER: proteínas associadas aos ribossomos e translocação de cadeias polipeptídicas.

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 Retículo Endoplasmático Rugoso (RER)
 membranas formam cisternas achatadas;
 ribossomos da face citossólica → polirribossomos*
 funções: síntese, armazenamento e processamento de proteínas p/ membrana e secreções
 M.O.: corantes básicos evidenciam a presença de RER (ergastoplasma); neurônios =
corpúsculo de Nissl*

 Classificação Celular quanto ao local de síntese e destino das proteínas:


1. Síntese em polirribossomos livre no citossol, sem armazenamento no RER
- proteínas do citossol ou transportadas para núcleo/mitocôndrias/peroxissomos
- ex.: eritroblastos, céls. embrionárias, céls. tumorais
2. Síntese para interior de cisternas do RER, com exportação direta
- complexo de Golgi desenvolvido, ausência de grânulos de secreção
- ex.: fibroblastos (secreção de MEC) e plasmócitos (imunoglobulinas)

3. Síntese para cisternas do RER, com armazenamento em organelas ou grânulos:


- conteúdo liberado apenas sob estímulo específico
- ex.: eosinófilos, neutrófilos, monócitos, macrófagos

4. Síntese e acúmulo de proteínas em vesículas de secreção


- rapidamente exportadas por exocitose
- ex.: células exócrinas do pâncreas e caliciformes do intestino (enzimas digestivas)11

 Retículo Endoplasmático Rugoso (RER)

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citoplasma de pericário: corpúsculos de Nissl
 Classificação Celular quanto ao local de síntese e destino das proteínas:

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 Síntese de Proteínas no Retículo Endoplasmático Rugoso


 Proteínas “marcadas” para síntese no RER→ presença de sequência sinal: primeiro
segmento polipeptídicos traduzido em ribossomo citossólico (~20 aa)
 Partícula Reconhecedora do Sinal (PRS): formada por cadeia de RNA (7S) e proteínas,
associa-se à sequência sinal e interrompe a tradução.
 reconhecimento da PRS por receptor na membrana do RER
 subunidade maior do ribossomo liga-se ao complexo proteico (translocon: abre-se) →
dissociação da PRS
 translocon insere a cadeia polipeptídica através da membrana e a tradução continua...

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 Síntese de Proteínas no Retículo Endoplasmático Rugoso

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 Síntese de Proteínas no Retículo Endoplasmático Rugoso

Complexo Sec 61 (central, associação ao ribossomo)


TRAM (translocador de cadeia associado à membrana)
Translocon: TRAP (proteína associada ao translocon)
Peptidase sinal
Complexo OST (oligossacaril-transferase)

... À medida que a cadeia polipeptídica cresce:


 sequência sinal é retirada (hidrólise: peptidase sinal*)
 complexo OST: glicosilação da cadeia polipeptídica**
 associação com chaperonas Hsp70 (calnexina, calreticulina, dissulfeto-isomerase, BiP) →
enovelamento proteico (conformação ativa) e “controle de qualidade”
 proteínas de secreção: são liberadas no interior do RER

• proteínas de membrana não são liberadas para o interior da cisterna: permanece inserida
na membrana do RER (participação da sequência de parada de transferência) → abertura
do translocon e difusão lateral da cadeia polipeptídica)***
• formam vesículas e são transportadas para as membranas-alvo: plasmática, Golgi,
lisossomos
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 Síntese de Proteínas no Retículo Endoplasmático Rugoso

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 Síntese de Proteínas no Retículo Endoplasmático Rugoso

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 Síntese de Proteínas no Retículo Endoplasmático Rugoso
GLICOSILAÇÃO DA CADEIA POLIPEPTÍDICA
 oligossacarídeo da membrana do RER, ligado ao dolicol fosfato
14 resíduos de açúcar: 2 N-acetilglicosamina, 3 glicose, 9 manose
 transferência para grupo amino (NH2) do aminoácido asparagina (“N-ligados”)

Sequência da transferência:
dolicol fosfato

Complexo OST
(oligossacaril-transferase)

Proteína em formação

hidrólise: 2 glicoses (glicosidases I e II)


1 manose (manosidase)
associada à ligação de chaperonas e
dobramento proteico
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 Destino das proteínas sintetizadas no RER:


• exportação para complexo de Golgi: formação de vesículas em região isenta de
polirribossomos (retículo endoplasmático transicional)
• fusão das vesículas → compartimento intermediário RE-Golgi
• transporte vesicular: proteínas motoras percorrem microtúbulos do citossol
• fusão com membrana da região cis do complexo de Golgi

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 Retículo Endoplasmático Liso (REL)
 membranas formam vesículas ou túbulos contorcidos
 continuidade com RER
 não apresenta ribossomos
 funções: síntese de lipídios, destoxificação, degradação do glicogênio,
regulação de Ca2+ intracelular

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 Retículo Endoplasmático Liso (REL) e a síntese de lipídios de membrana:

 Lipídios de membrana: - fosfolipídios


- glicolipídios
- colesterol

 Síntese de fosfolipídios: mediada por enzimas → proteínas integrais da membrana do


REL, com sítio ativo na face citossólica
 precursores: duas moléculas de ácidos graxos (transferidos para a membrana por
proteínas específicas) e glicerol-3-fosfato
 Etapas:
1. Ativação dos ácidos graxos: ligação à CoA (transferase CoA)
2. Adição de dois acil-CoA à molécula de glicerol-3-fosfato (acil-transferase) e
formação de ácido fosfatídico → fosfatase → diacilglicerol
3. Enzimas transferases catalisam a adição de grupos polares (colina, inositol e serina)
→ formação de fosfatidilcolina, fosfatidilinositol e fosfatidilserina

 participação da mitocôndria: (transferência ida e volta; proximidade de organelas)


• fosfatidiletanolamina: descarboxilação da fosfatidilserina na mitocôndria 22
 Retículo Endoplasmático Liso (REL) e a síntese de lipídios de membrana:

Síntese de fosfolipídios

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 Retículo Endoplasmático Liso (REL) e a síntese de lipídios de membrana:

• síntese de fosfolipídeos ocorre no folheto externo:

 crescimento “desigual”: mecanismo de transferência rápido para compor


homogeneamente a bicamada
 ação de proteínas translocadoras de lipídeos*: escramblases (scrambler = embaralhar)
• mecanismo inespecífico → equilíbrio de fosfolipídios na membrana do RE.

 na membrana plasmática: flipases (específicas, mantém fosfatidilserina e


fosfatidiletanolamina no folheto interno por mecanismo ativo)
 perda de atividade das flipases → exposição de fosfatidilserina (sinaliza apoptose por
fagocitose)

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 Retículo Endoplasmático Liso (REL) e a síntese de lipídios de membrana:

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 Retículo Endoplasmático Liso (REL) e a síntese de lipídios de membrana:

Exportação de fosfolipídios:
 para complexo de Golgi, lisossomos e membrana plasmática → vesículas transportadoras
 para mitocôndrias, plastos e peroxissomos: mecanismo de transporte mediado por
proteínas transportadoras

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 Retículo Endoplasmático Liso (REL) e a síntese de lipídios de membrana:
 Lipídios de membrana: - fosfolipídios
- glicolipídios
- colesterol
esfingomielina e glicolipídios: síntese de precursor (ceramida) no REL e modificação no Golgi
 colesterol: síntese envolve cadeia transportadora de elétrons: citocromo P450 e b5;
hormônios esteroidais: continuidade por enzimas da membrana mitocondrial interna

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Síntese da esfingosina e ceramida no REL:

Modificações da ceramida:
Complexo de Golgi

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 Retículo Endoplasmático Liso (REL) :

 Outras funções:

 Desintoxicação do organismo: citocromo P450 e NADPH-redutase; reduz toxicidade e


facilita excreção de xenobióticos (medicamentos, corantes, conservantes, etc.)

Metabolismo do glicogênio (glicogenólise): (hepatócitos e células renais)


 participação da enzima glicose-6-fosfatase (transmembrana com sítio ativo na face
luminal): retira grupo fosfato e libera glicose na corrente sanguínea (manutenção da
glicemia).
retorno ao
glicogênio citossol glicose-6-fosfato REL glicose
citossol

Regulação de cálcio no citossol:


canais de liberação e bomba de Ca2+

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Complexo de Golgi
 localização variável com o tipo e a função celular
 normalmente próximo ao núcleo e RE
 em céls secretoras: entre o núcleo e vesículas secretoras

 estrutura membranosa (cisternas), formando sacos achatados e empilhados


 adquire em geral forma curva

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célula caliciforme
Complexo de Golgi
 face cis: próximo ao RE e núcleo; face trans (oposta e normalmente côncava)
 vesículas associadas (transportadoras)
 conjunto de pilhas de cisternas + vesículas associadas = dictiossomo

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Complexo de Golgi
 vesículas que brotam do RE formam o compartimento intermediário RE-Golgi
 movimento de vesículas: associado a microtúbulos e proteínas motoras
 proteínas sintetizadas no RE serão modificadas ao longo das cisternas do Golgi
 após processamento: formação de vesículas na face trans (secreção, membrana
plasmática e lisossomos)

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Complexo de Golgi
 proteínas das cisternas têm composição variável
 enzimas: glicosil-transferases, sulfotransferases, fosfotransferases (cisternas cis, média e trans)
Modificação estrutural de proteínas: garante variedade estrutural e funcional
• glicosilação:
- oligossacarídeos N-ligados (sintetizados no RER): ricos em manose ou complexos
(galactose e ácido siálico); enzima: oligossacarídeo-transferase
- oligossacarídeos O-ligados: adicionados a resíduos de serina e treonina

 proteínas destinadas aos lisossomos: fosforilação de resíduo de manose (manose-6-fosfato)


nas cisternas cis → reconhecimento nas cisternas trans e direcionamento para organela.
 síntese de esfingomielina e glicolipídios da membrana plasmática: adição de fosforilcolina ou
resíduos de açúcares à ceramida 33

Complexo de Golgi

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Complexo de Golgi
 Via de secreção e/ou incorporação de proteínas e lipídios à membrana plasmática:
• empacotamento em vesículas → brotamento na face trans → transporte para membrana
• via de fluxo contínuo (não-regulado), ex.: produção de colágeno por fibloblastos
• via regulada: secreção de macromoléculas específicas, em resposta a sinais
extracelulares, ex.: hormônios em céls. endócrinas, neurotransmissores em neurônios,
enzimas digestivas em céls. acinosas do pâncreas

• para constituir lisossomos: proteínas marcadas com manose-6-fosfato são


reconhecidas por receptores interno na rede trans do Golgi.

Vesículas são recobertas


externamente:
• clatrinas + adaptinas
• protetínas de cobertura: COP
I e COP II
• SNAREs (reconhecimento da
membrana-alvo e fusão) 35

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