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Páscoa: “O dia que não tem mais fim”

Cristo ressuscitou! Aleluia!


Sim, verdadeiramente ressuscitou!
Muito cedo, “quando ainda era noite”, Maria Madalena vai ao sepulcro e lá observa que
a pedra foi retirada do sepulcro, diz a narrativa do evangelista João, capítulo 20,1ss. O
irromper de um novo dia acontece quando ainda é noite. A ressurreição de Cristo
antecipa o “novo dia”, e cumpre a profecia de Isaías: “Eis que faço novas todas as
coisas”. “Este é o dia que ele fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!” (Sl
117/118). Compreendemos melhor assim a Luz do Círio que clareou as trevas, como
símbolo da presença de Cristo Ressuscitado que irrompe da morte, vence-a, e vem
iluminar cada homem. Ainda “naquela noite, diferente de todas as outras”, o dia já
começava para nós cristãos, mas também para todos os homens que acolhem a Cristo.
Sim, “demos graças a Deus” porque maravilhas ele fez aos nossos olhos. Quanta
alegria quando o ressoar dos sinos no Canto do Glória, como um longo e interminável
“Aleluia”, chegou aos nossos ouvidos! Muito mais do que um “canto”, verdadeiramente
um transbordar da verdadeira alegria que brota de dentro de nós, exatamente porque
também nossas trevas e sepulcros foram visitados por Cristo Ressuscitado. É Páscoa do
Senhor! Conhecemos agora o nosso destino, Cristo; e comprovamos que o amor vence
sempre. Assim disse o Arcebispo de Fortaleza, Dom José Antonio: “A história da
humanidade não tem como destino final a morte e o pecado, mas a graça de Deus. A
vitória já é a última palavra de Deus. Temos agora uma notícia, uma boa nova, que
nenhuma outra realidade tem, Cristo Ressuscitou! Sim, nós temos uma novidade para o
mundo e para cada homem. Temos um Pai que nos ama, não somos órfãos. Este Pai
nos foi revelado pelo Filho. Este Pai não abandonou o Filho na mansão dos mortos. Não
somos agora solitários, temos um irmão e Senhor, e nele temos todos os irmãos de fé.
Somos Cristãos. Temos a paz, a perfeita realização que o mundo não conhece”. E
concluiu Dom José Antonio: “De fato, confirma-nos a Palavra: nenhum povo recebeu
tanto carinho. Portanto, realiza-se em nós hoje e na Igreja, a certeza de que somos
amados, a certeza de fé de que Cristo está vivo no meio de nós”.
E agora? O que fazer com esta notícia? Guardar para nós? É esta experiência de amor,
salvação e ressurreição, quando acontecida de fato, possível de permanecer em nós
sem que em nada transborde nas nossas vidas? Acredito que não. “Quem encontrou a
Cristo, tem de anunciá-lo, diz o Papa Bento XVI”. E como isso é possível?
Primeiramente e principalmente através do testemunho da nossa vida. Dizia-nos
maravilhosamente, Moysés Azevedo, Fundador da Comunidade Católica Shalom:
“Primeiramente alimentemos o Cristo Ressuscitado em nós através do desejo por uma
vida verdadeiramente reta e da decisão pela santidade. É indispensável para uma vida
de santidade, que vem de Cristo, a oração e o sacramento da penitência. Depois, seja
essa experiência força de atração para os outros. Quando o mundo contemplar em nós
a força de Cristo Ressuscitado, então as pessoas serão atraídas para ele”.
Agora temos que ir aos outros! A Ressurreição não se chega aos outros pelo simples
recontar dos fatos históricos, mas em conduzir cada um à fé. É preciso testemunhar
com a vida e com as palvras: “Tanto eu quanto eles, o que proclamamos e o que
acreditastes” (cf. I Cor 15,11). “Ele ressuscitou, não está aqui; vejam o lugar em que
puseram” (cf. Mc 16,6). “O que vimos com nossos olhos, o que contemplamos e nossas
mãos apalparam… isto vos anunciamos: a vida se manifestou!” (cf. I Jo 1,1-4). Portanto,
é preciso contar aos outros que a nossa noite não é permanente. “Os que não têm fé,
os que vivem sem Cristo, – diz Moysés Azevedo – este vivem ‘um dia que parece só
escurecer, um dia que termina na noite’. Mas para aqueles que se deixam iluminar pela
luz do Cristo Ressuscitado, para estes o dia não tem mais fim, um dia que não tem
mais ocaso. Tudo o que está destruído, é então reconstruído”.
Nós que trazemos a vida nova de Cristo, alcançados pela sua presença ressuscitada
enquanto caminhávamos para Emaús nas nossas desilusões e fracassos, e escutando-o
tivemos o coração aquecido e nossos olhos abertos quando nos partiu o Pão vivo (cf. Lc
24,13ss), temos agora que repassar tal experiência. Somos agora novas criaturas.
Portanto, corramos aos outros com esta única novidade que pode transformar e encher
de sentido uma vida, por mais destruída que esteja. Cristo é a plena felicidade do
homem. “Fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração não é feliz enquanto não
repousa em Ti” (Santo Agostinho, Confissões, I, 1).
Digamos ao outro, como uma surpresa pela qual o seu coração já anseia, que a
tenebrosa noite da alma precisa conhecer o “dia que não tem mais fim”. Cristo
Ressuscitado! Eis a verdadeira Páscoa! “Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus
irmãos” (cf. Mt 28, 8-14).
AntonioMarcos
Consagrado na Comunidade de Vida Shalom

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