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UFRN – CCSA – DepAd – PPGA Prof: Maria Arlete e Jomária Alloufa

Disc: Teoria da Pesquisa Aluno: Carlos Eduardo Cavalcante

Texto: KUHN, T. S. A Estrutura das Revoluções Científicas.

A idéia central do livro de Kuhn é que o conhecimento científico avança através de rupturas de
um paradigma para outro e nada do que foi acumulado durante a vigência deste paradigma será
aproveitado no novo paradigma pois seriam percepções da realidade baseadas no paradigma passado
que com o novo mudam as percepções. Esta tese é contrária à de que o conhecimento é produzido
através de um processo de acumulação de informações. Para defender seu argumento Kuhn sugere uma
série de etapas, que serão o guia desta resenha, conforme figura a seguir:

Nova Fase Pré


Crise... Paradigma
...

Nova Ciência
Ciência Normal
Normal

Revolução
Científica Crise
Inicialmente o conceito de paradigma, para Kuhn, será apresentado: são realizações cientificas
universalmente conhecidas que durante algum tempo fornecem problemas e soluções modelares para
uma comunidade de praticantes de uma ciência. Durante o comentário acerca da etapa “ciência normal”
este conceito será retomado.
A primeira fase, a Pré-paradigmática é composta por uma multiplicidade de escolas de uma
determinaria área de estudos que não usam um modelo único de análise dos fenômenos com os quais
elas se ocupam. Questões como o que estudar? Como estudar? Sob que bases teóricas? Com que
métodos? são questionamentos desta fase, para Kuhn. Nota-se aqui uma aproximação com a teoria de
holismo teórico e continuísmo histórico de Duhem que afirma que as primeiras observações não podem
partir do nada e são portanto já impregnadas de conceitos teóricos construídos e que evoluíram durante a
história, uma espécie de juízo de valor do cientista.
Em seguida, quando estas escolas assumem um nível de concordância sobre que modelo, que
padrão usar para estudar seus fenômenos, passa-se à fase da Ciência Normal. Agora, os problemas de
pesquisa desta comunidade só serão aceitos como científicos se tomarem por base este paradigma. Kuhn
sugere que este elemento contenha: uma ontologia, princípios teóricos gerais e auxiliares, e exemplos de
aplicação prática.
Enquanto ele atender os objetivos desta comunidade, o cientista deve usá-lo plenamente. O
pesquisador nesta fase é um mero solucionador de problemas e não testador de paradigma. Aqui se
percebe uma breve crítica a Popper, que sugere que o cientista deve buscar falsear a teoria vigente e
desta forma o conhecimento é construído.
No momento que este paradigma começar a não responder as perguntas que se esperava
responder, os membros desta escola devem sugerir alternativas a este modelo. Estas não respostas são as
“anomalias” que são as não-solução dos “quebra – cabeças”, nome dados por Kuhn aos problemas
respondidos pela ciência normal. Este momento é a terceira etapa sugerida por Kuhn: a Crise. Para ele,
esta fase lembra a primeira, a Pré-paradigmática, com uma diferença: agora já se tem algumas bases
teóricas aceitas, diferente da primeira fase. Ainda, o paradigma em discussão continua sendo usado, até
que exista um aceito pela comunidade que substitua o anterior.
Nesta fase, Kuhn sugere o conceito de incomensurabilidade. Este conceito diz que não existe
padrão para avaliar/comparar paradigmas concorrentes. Isso ocorre por que a verdade buscada por cada
um é construída sob as bases deste paradigma, então, cada teoria teria sua verdade, o que impede uma
comparação entre paradigmas.
Finalmente na última fase, a da Revolução Científica, um novo paradigma é aceito e assume-se
uma nova ciência normal que passará por uma nova crise e assim o ciclo de criação do conhecimento ou
de busca da verdade continua.
Nesse sentido percebe-se que o autor consegue defender sua teoria de que a criação do
conhecimento não acontece por acumulo de informações e sim por rupturas súbitas de paradigmas que
muitas vezes não usam as bases de conhecimento anterior, reforçando então a tese das teorias
relativistas.

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