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a maioria dos brasileiros nega ser racista, mas no quer ver as filhas casadas com
negros. isso demonstrado em pesquisa. aqui, diferentemente dos eua, brancos
convivem com negros. mas quase sempre uma relao de hierarquia, afirmou.
no brasil, lembrou, at os sindicatos tinham medo de debater o racismo com medo de
dividir a classe operria. por isso ao brasileiro sempre foi mais difcil reconhecer a
existncia de um problema e, consequentemente, o seu enfrentamento.
de acordo com medeiros, apesar do avano do debate em torno das cotas, que levou o
pas a se debruar sobre a questo, existe hoje a impresso de que o racismo aumentou
graas internet, uma ferramenta, segundo ele, ambgua em relao ao enfrentamento
da questo racial.
a violncia contra mulheres, sobretudo mulheres negras, sempre existiu. mas agora elas
comearam a denunciar. o ideal, para o grupo dominante, que o dominado aceite a
submisso, disse. melhor que essas manifestaes de injria racial apaream do que
ficarem camufladas.
o enfrentamento, segundo o jornalista, passa por uma reunio de foras e movimentos.
todos os movimentos gay, negro e feminista tm uma bandeira em comum. quem
racista costuma ser machista e homofbico, disse. nesse sentido, afirmou, o papel dos
brancos no combate ao racismo fundamental, afirmou. malcolm x dizia que a melhor
forma de um branco combater o racismo combat-lo dentro de casa e em suas
relaes.
outra forma de enfrentamento, segundo ele, a crtica em relao aos esteretipos
reforados sobretudo pelo cinema e pela tv. as chamadas favela movies e as novelas
reforam o esteretipo do negro no brasil, disse. para ele, a teledramaturgia nacional
presta um desservio quando cria os chamados viles racistas de novela: o sujeito mau,
grosseiro, canalha, assassino e racista. segundo ele, difcil, para o espectador, se
identificar com esses personagens. o racista, lembrou, nem sempre essa pessoa
agressiva e muitos assumem postura racistas sem sequer perceber.
ainda segundo medeiros, a lei 10.639, que inclui nas escolas a histria da escravido e
dos negros, hoje uma das principais ferramentas de combate ao racismo. a ideia,
lembrou, sofre resistncia sobretudo de grupos religiosos intolerantes em relao
histria e s religies afro.
ele lembrou tambm que aes afirmativas no so apenas cotas. abrangem bolsas de
estudo, recrutamento em comunidades e fiscalizao da discriminao no ambiente
trabalho.