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Universidade de Caxias do Sul


NUCAN - Núcleo de Canela
Direito Penal IV
Profa. Paula Gil Larruscahim
e-mail: plarrus@terra.com.br
04.08.2005

Importante
Lembrar:

Glossário básico para Direito Penal IV:

1. Bem jurídico tutelado pela norma: são valores ideais da ordem social nos quais
descansam a segurança, o bem estar e a dignidade da coletividade1.
2. Objeto material do delito: é concreto e representa a manifestação material do
interesse jurídico.
EX: furto: bem jurídico tutelado: patrimônio
Objeto material: pode ser a bolsa, carteira, carro...
Bem jurídico e objeto material são complementares
3. Sujeitos da ação:
a. Sujeito Ativo: é quem pratica o fato descrito como crime na norma penal
incriminadora
b. Sujeito Passivo: é o titular do bem jurídico atingido pela conduta criminosa.
Podem ser:
 O ser humano. Ex.: crimes contra a pessoa
 O Estado. Ex.: crimes contra a Administração Pública, contra a
Incolumidade Pública, contra a fé pública...
 A coletividade. Ex.: crimes contra a saúde pública
 Pessoa Jurídica. Ex.: crimes contra o patrimônio
4. Tipo objetivo: representa a exteriorização da vontade num fato externo. É composto
por um núcleo, representado por um verbo do ( ação ou omissão) e por elementos
secundários, tais como objeto da ação, resultado, nexo causal, autor, etc.
5. Tipo subjetivo: abrange todos os aspectos subjetivos do tipo de conduta proibida,
que, concretamente, produzem o tipo objetivo. O tipo subjetivo é constituído de um

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JESCHECK, Heinz-Heinrich. Tratado de Derecho Penal, p. 234
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elemento geral – o dolo – e às vezes de elementos especiais – intenções e tendências
– que são elementos acidentais.
6. Consumação e tentativa: consuma-se o crime quando o resultado está totalmente
realizado; já na tentativa ocorre a realização incompleta do tipo penal por
circunstâncias alheias a vontade do agente.
7. Classificação doutrinária dos crimes:
a. Crimes doloso, culposo e preterdoloso: doloso quando o agente quis o
resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; culposo quando o agente deu causa
ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia; preterdoloso quando o
agente quer um minus e produz um majus, ou dolo no antecedente e culpa no
subseqüente.
b. Crimes comissivo, omissivo e comissivo-omissivo: comissivo consiste na
realização positiva de um resultado tipicamente ilícito. Ex: art. 250 (incêndio);
omissivo próprio consiste no deixar de realizar determinada conduta que tem
obrigação jurídica de fazê-lo. Ex: art. 269 (omissão de notificação de doença);
omissivo impróprio ou comissivo por omissão: a omissão é o meio através do
qual o agente produz o resultado. Ex.:a mãe que deixa de amamentar o filho
causando a morte do mesmo, responde por homicídio.
c. Crimes instantâneo e permanente: instantâneo é o que se esgota com a
ocorrência do resultado. Ex: lesão corporal; permanente é aquele cuja
consumação se alonga no tempo, dependente d atividade do agente que cessará
quando ele quiser. Ex: cárcere privado, seqüestro.
d. Crimes de dano e de perigo: crime de dano é aquele para cuja consumação é
necessária a superveniência da lesão efetiva ao bem jurídico; crime de perigo é o
que se consuma com a simples criação do perigo ao bem jurídico protegido, sem
produzir um dano efetivo. Nesses casos, o perigo pode ser concreto ou abstrato;
concreto é que precisa ser comprovado, deve ser demonstrada a situação de
risco ocorrida ao bem juridicamente tutelado. Ex: incêndio art. 250; já o perigo
abstrato é uma presunção, não precisa ser provado. Ex: art. 309 CTB
e. Crimes material, formal: nos crimes materiais ou de resultado é necessário a
produção de um resultado efetivo. Ex: homicídio; nos crimes formais não é
necessário ocorrer a consumação. Basta a ação. Ex: falsa identidade art. 307;
f. Crimes unisubjetivos e plurisubjetivos: unisubjetivo é o crime que pode ser
praticado pelo agente individualmente; crime plurisubjetivo é o crime de
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concurso necessário, é aquele que para consumação exige, no mínimo, duas
pessoas. Ex: art. 288, quadrilha ou bando.
g. Crimes unisubsistente e plurisubsistente: unisubsistente constitui-se me
um ato único, o processo executivo não admite fracionamento (iter criminis:
ideação, preparação, execução e consumação). Geralmente os crimes
formais são unisubsistentes. Ex: moeda falsa art. 289; já os crimes
plurisubsistentes admitem o fracionamento em sua execução em vários
momentos, como é geralmente os casos dos crimes materiais. Ex: art. 313-A:
inserção de dados falsos em sistema de informações.
h. Crimes comum, próprio e de mão própria: comum é o crime que pode ser
praticado por qualquer pessoa. Ex: lesão corporal, estelionato, moeda falsa...;
crime próprio ou especial é aquele que exige uma condição especial do agente,
essa condição pode ser jurídica (acionista), profissional ( comerciante, médico),
natural ( gestante, mãe) parentesco (descendente), etc; já o crime de mão
própria é aquele que só pode ser praticado pessoalmente pelo agente. Ex:
prevaricação, falso testemunho, etc.
i. Crimes de ação única e de ação múltipla: ação única é quando há apenas
uma modalidade de conduta, expressa no verbo do tipo. Ex: matar,
subtrair...Crimes de ação múltipla ou conteúdo variado são aqueles cujo tipo
penal contém várias modalidades de condutas. Ex: art. 12 Lei 6368/76.

Referências Bibliográficas utilizadas para este resumo:

BITTENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Vols. I e IV. São


Paulo:Saraiva, 2004.
BUSATO, Paulo César e HUAPAYA, Sandro Montes. Introdução ao Direito
penal: Fundamentos para um sistema penal democrático. Rio de Janeiro: lumen
Júris, 2003.
Código Penal Brasileiro.

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