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Este documento discute aspectos da espiritualidade no Evangelho e Cartas de João segundo a interpretação de George Ladd. Ele descreve como João usa linguagem metafórica como "novo nascimento" para expressar a vida cristã e a nova orientação da vontade dos crentes em seguir a Deus. João também usa a linguagem de "estar/permanecer" para descrever a vida cristã como obediência ao amor e à tradição cristã. A ética de João é resumida no mandamento do amor.
Исходное описание:
Espiritualidade das cartas de João
Оригинальное название
Semana 3b. Temas Teologicos Da Literatura Joanina- Espiritualidade
Este documento discute aspectos da espiritualidade no Evangelho e Cartas de João segundo a interpretação de George Ladd. Ele descreve como João usa linguagem metafórica como "novo nascimento" para expressar a vida cristã e a nova orientação da vontade dos crentes em seguir a Deus. João também usa a linguagem de "estar/permanecer" para descrever a vida cristã como obediência ao amor e à tradição cristã. A ética de João é resumida no mandamento do amor.
Este documento discute aspectos da espiritualidade no Evangelho e Cartas de João segundo a interpretação de George Ladd. Ele descreve como João usa linguagem metafórica como "novo nascimento" para expressar a vida cristã e a nova orientação da vontade dos crentes em seguir a Deus. João também usa a linguagem de "estar/permanecer" para descrever a vida cristã como obediência ao amor e à tradição cristã. A ética de João é resumida no mandamento do amor.
4. Aspectos da Espiritualidade no Evangelho e Cartas de Joo
Reflita sobre a interpretao que Ladd d espiritualidade em Joo: A epstola [I Joo], como o evangelho (Jo 3,3), fala da entrada na vida crist como um novo nascimento, o ser gerado por Deus, o ter a semente de Deus implantada em seu interior (2,29; 3,9; 4,7; 5,1.4.18). Aqui Joo, como 2 Pedro 1,4, emprega a linguagem familiar aos gnsticos para expressar a verdade crist. Nota-se que essa uma linguagem metafrica difcil de interpretar em termos psicolgicos, pelo fato de que um outro modo de expressar a mesma verdade falar em ter o Filho (5,12), assim como o evangelho fala de receber a Cristo (Jo 1,11-12). Pelo novo nascimento entramos em um novo relacionamento; tornamo-nos filhos de Deus (3,1.2.10; 5,2). Paulo considera os crentes como filhos de Deus pela adoo, e no pelo novo nascimento (Rm 8,15). Contudo, por novo nascimento e implante da semente divina, Joo quer claramente dizer algo mais do que um novo relacionamento. Isto significa uma nova dinmica, um novo poder que entrou na personalidade humana, que se reflete em uma mudana de conduta. Nos tempos modernos, provavelmente, pensaramos em uma mudana de orientao da vontade humana. Ao passo que os incrdulos se contentam em seguir os caminhos do pecado e em ignorar as reivindicaes de Deus, o filho de Deus encontra uma nova orientao de sua vontade: fazer a vontade de Deus, am-lo e servi-lo, romper com o pecado e seguir a justia. Para descrever a vida crist, Joo usa uma linguagem que parece mstica. Uma de suas palavras caractersticas estar ou permanecer. Deus est [permanece] nos crentes (1Jo 4,16); Cristo est neles (3,24); a palavra de Deus est neles (2,14); a vida est neles (3,15); ao amor est neles (3,17); a verdade est neles (2Jo 2); a uno (do Esprito) est neles (2,27). Os crentes, Unida
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por sua vez, esto ou permanecem em Deus (2,24); em Cristo (2,5.6.24.27);
esto na luz (2,10); na s doutrina (2Jo 9). Em contraste, os incrdulos permanecem na morte (3,14). O significado das palavras de Joo no pertence experincia mstica, mas conduta crist, particularmente para a manifestao do amor. Aquele que diz que est nele tambm deve andar como ele andou (2,6). Aquele que ama a seu irmo est na luz (2,10). Qualquer que permanece nele no peca (3,6). Quem no ama a seu irmo permanece na morte (3,14). Aquele que guarda os seus mandamentos nele est, e ele nele (3,24). Estar em Cristo significa estar vivendo uma vida de amor, em comunho ininterrupta com os irmos cristos. Esta ou permanecer, portanto, significa obedincia lei do amor. Estar ou permanecer em Cristo significa tambm estar ou permanecer na verdadeira tradio crist o que os gnsticos no fizeram. Portanto, o que desde o princpio ouvistes permanea em vs. Se em vs permanecer o que desde o princpio ouvistes, tambm permanecereis no Filho e no Pai (2,24). As falsas doutrinas, que trazem a ruptura da comunho do povo de Deus, significam uma ruptura com Deus e com Cristo. A tica de Joo uma repetio do que se encontra no evangelho; o novo mandamento do amor (Jo 13,34). O verbo amar (agapao) ocorre pelo menos vinte e oito vezes. A totalidade da vida crist se resume em no amar ao mundo (2,15), em amar a Deus (4,21) e em expressar este amor a Deus amando os irmos cristos (4,20). Esta a mensagem ouvida desde o princpio: que devemos amar uns aos outros (3,11). Este tanto o velho como o novo mandamento (2,7-8). Este novo amor significa seguir o exemplo do amor de Cristo, a ponto de estar disposto a dar a vida pelos irmos (3,16). O amor a prova de que passamos da morte para a vida (3,14), que somos nascidos de Deus (4,7), que conhecemos a Deus (4,7) e que Deus est em ns (4,12). Esse amor no uma mera realizao humana; a resposta humana ao amor de Deus. Nisto est a caridade: no em que ns tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciao pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, tambm ns devemos amar uns aos outros (4,10-11). Ns o amamos, porque ele nos amou primeiro (4,19). E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame tambm seu irmo (4,21). (LADD, George E. Teologia do Novo Testamento. So Paulo: Hagnos,
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Teologia do Novo Testamento
2003, p. 818-819.)
5. Aspectos da Espiritualidade no livro do Apocalipse
Joo se apresenta, no Apocalipse, como irmo e companheiro. Suas credenciais no so derivadas de cargos ou posies que ele ocupava na Igreja ou em qualquer outra instituio. So as credenciais da vida em comunidade: (1) ele irmo, ou seja, um dos filhos de Deus, uma das pessoas que encontrou a verdade e a vida na mensagem do Evangelho e se submeteu ao Senhor Jesus Cristo - por isso, tornou-se membro de uma nova famlia, a Igreja, comunidade de irmos e irms - na qual os valores e as posies ocupadas no mundo perdem sua razo de ser, e todos se tornam um, porque Cristo tudo em todos! (Gl 3,26-29; Cl 3,9-11): (2) ele companheiro, co-participante, um irmo presente, que est junto com sua famlia e enfrenta junto com ela todas as lutas da vida, e experimenta junto com ela as alegrias da vida. Joo, irmo e companheiro, em Jesus! O ponto de referncia da vida de Joo Jesus. S por causa de Jesus Joo pode ser irmo e companheiro. porque participa da vida de Jesus, que Joo participa da vida dos irmos e irms; e por causa de Jesus que Joo est exilado. Joo estava em Patmos, uma ilha prxima costa da sia Menor, a provncia romana na qual ficavam as sete igrejas. Por que um homem de Deus estava exilado? Porque fora considerado um criminoso poltico, um subversivo, um agitador (cf. At 17,7). O exlio era a pena para criminosos polticos. Por que Joo foi considerado um subversivo? Porque ele pregava a palavra de Deus e dava testemunho de Jesus Cristo. No parece estranho? Por que a pregao do Evangelho seria considerada crime poltico? No a religio algo separado da poltica? No a comunidade crist uma comunidade obediente s autoridades (cf. Rm 13,1)? Pregar o Evangelho era crime poltico no tempo de Joo porque era o anncio de que h um s Senhor sobre a face da terra: Jesus Cristo. Isso era crime, pois o Imprio Romano afirmava exatamente o contrrio: h muitos deuses e as pessoas podiam crer em quantos deuses quisessem, e ador-los como bem entendessem - desde que reconhecessem que h um s Senhor na terra: o Imperador romano! (Em vrias moedas do Imprio Romano, a efgie do imperador era circundada pelos ditos: filho de Deus e Salvador!) Os cristos do tempo de Joo no se recusavam a obedecer aos governantes - com uma exceo, porm: quando a obedincia ao governante exigia algo que s se podia dar ao Senhor Jesus Cristo! Lealdade absoluta, obedincia permanente e
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constante, fidelidade e discipulado somente ao Senhor Jesus. Joo seguiu o exemplo de
Pedro e Joo (ele mesmo, ou outro Joo?) que anunciaram corajosamente diante das autoridades judaicas que os haviam prendido: E no h salvao em nenhum outro; porque abaixo do cu no existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. (At 4,12) Joo pregador do Evangelho e testemunha do Senhor Jesus. Joo, o exilado na ilha de Patmos, nosso irmo e companheiro na tribulao, no Reino e na resistncia. Tribulao, porque perseguido, condenado e exilado. Tribulao provocada pelo dio do Imprio, pela rejeio do mundo ao senhorio de Jesus Cristo. No a tribulao individualista de hoje em dia (no conseguir comprar isto ou aquilo, no receber o amor que se queria receber, no ter ...). Tribulao experimentada pela comunidade crist, proibida de dar testemunho e intimidade pelo poder do Imprio atravs da priso de seu lder. Tribulao provocada pela submisso ao reino de Deus. Somente Deus reina, somente a Ele damos nossa lealdade e somente Ele conduz nossas vidas! Nenhum imperador aceita isto: seja o imperador romano, seja o imperador dinheiro, seja o imperador consumo, seja o imperador prazer, seja o imperador poder! Diante da perseguio, da intimidao, o que faz a comunidade crist? Resiste, no se amedronta, no se acovarda. Fica firma. A palavra resistncia, tambm pode ser traduzida por pacincia ou perseverana. resistncia perseverante, e perseverana resistente. Nos tempos de Joo, a palavra era usada para se referir aos soldados que, na hora do combate, no fugiam do campo de batalha! A espiritualidade da resistncia missionria, porque a espiritualidade de quem no foge do mundo, o nosso campo de batalha, ao mesmo tempo em que no se conforma com ele. De quem no desiste de anunciar a Palavra e de dar testemunho de Jesus, no importa o custo! Em Ap 13,10 e 14,12 Joo refora o sentido missionrio e corajoso da
resistncia crist. A resistncia crist resistncia contra toda e qualquer forma de
idolatria (cf. Ap 20,4), especialmente a idolatria que no tem cara de religio - a fidelidade ao sistema econmico e poltico do mundo. Nas palavras de outro Joo (Juan Stam), irmo e companheiro nosso na Guatemala e Nicargua, Joo parece estar convicto de que a Igreja chamada a uma misso de tenacidade, resistncia e contracultura dentro do sistema corrupto que a rodeia (La misin de la iglesia en el Apocalipsis in PADILLA, C. R. (org.), Bases Bblicas de la Misin, Nueva Crecin, Buenos Aires, 1998, p. 378)
Texto Bíblico: o contexto vivenciado pelo autor, sua cosmovisão; a contextualização pelo leitor: a consequente indução à prática de ensinamentos bíblicos