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A Folha de São Paulo publicou, em 27 de março de 2010, notícia segundo a qual a Confederação
Nacional de Agricultura (CNA), realizara pesquisa acerca do cumprimento das normas trabalhistas nos
estabelecimentos rurais. Durante a pesquisa, visitaram-se mil e vinte fazendas. A própria CNA
divulgou que menos de 1% dos estabelecimentos rurais investigados respeitam as leis trabalhistas.
Já os trabalhadores que tem vínculo com a estrutura do Estado Brasileiro (União, Estados e
Municípios) e distribuídos dentro dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário tem leis especificas
que os regem. A normatização geral se encontra na Constituição Federal, a qual os classifica não
como trabalhadores, mas sim como Servidores Públicos. Cumpre destacar, mesmo assim, que sob o
manto da legalidade o Estado emprega no Brasil milhares de trabalhadores com Carteira assinada, ou
seja, são os que trabalham nas chamadas empresas mistas. Na verdade essas não são mais do que
empresas privadas sob controle acionário do Estado. Muitos investidores privados se associam a essas
iniciativas do Estado, daí o nome Empresa Mista. De modo geral estes trabalhadores percebem
salários maiores que a média de mercado e tem qualificação geralmente igual aos grandes empresas
da iniciativa privada. Nesse rol citamos a título de simples exemplo a Petrobras, Banco do Brasil e a
Caixa Econômica Federal, sempre lembrando que Estados e muitos Municípios (Prefeituras) também
possuem empresas mistas sob seu controle, contratando conseqüentemente trabalhadores por essa
via.
O Estado, por meio de seus condutores, criou ao longo do tempo, inúmeras e injustificáveis diferenças
entre os servidores públicos. Duas situações básicas são nitidamente verificáveis. Enormes diferenças
de salários e existindo também diferentes cargas horárias a serem cumpridas, ou seja, quanto menos
ganha, maior e a jornada de trabalho. O resultado disso é que uns percebem valores inclusive acima
do pago ao Presidente da Republica e a grande massa valores ínfimos. É regra nesse particular, que
os Servidores da maioria das Prefeituras do Brasil tenham em média seus vencimentos limitados ao
salário mínimo.
Não bastassem esses anacronismos o Estado brasileiro possivelmente seja o maior empregador de
mão-de-obra terceirizada, respaldando com isso a precarização do trabalho. Merece serem lembrados
também os trabalhadores contratados diretamente pelo Estado – com carteira assinada - sob a
denominação de “Empregado Publico”. Essa mazela 100% legal assegura ao Estado que estes
trabalhadores tenham jornadas maiores com salários menores e nenhuma perspectiva de ascensão
funcional no serviço público. Nesse compito estão Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de
Endemia.
O Estado brasileiro além de altamente ineficiente, autoritário e burocrático carece diferentemente das
estruturas estatais dos países desenvolvidos de uma estatocracia e de uma meritocracia. As decisões
do Estado estão confiadas às políticas de governo – os cargos de direção da Republica são político
partidários e não técnicos - enquanto que a condução do Estado deveria ser permanente, portanto
estar em mãos de servidores públicos de carreira, o que asseguraria no mínimo o seguimento nos
projetos. A maioria dos Servidores Públicos no Brasil não tem Plano de Carreira, com isso campeando
as anomalias – vantagens para uns, desprezo para com a maioria - e incerteza absoluta na
recomposição dos “salários” frente à inflação. O desinteresse no exercício da função é acentuado, pois
não existe perspectiva de valorização funcional.