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Referência bibliográfica:
• Fides Reformada, Vol. III, Nº2, Julho – Dezembro 1998, pg. 149/167, por Gerard Van Groningen - O
Sábado no Antigo Testamento: Tempo para o Senhor, Tempo para Alegria nEle.
A atividade passada para nossa reflexão tomou por base dois textos importantes. Um que trata
especificamente sobre os princípios aos quais estamos sendo ensinados a cumprir, a zelar pelo cumprimento
e a promulgar e o outro texto de autoria de Gerard Van Groningen, exegeta do AT.
Diz-nos os Princípios:
Devemos reparar que ele começa com a invocação da Trindade como representantes legítimos da IPB e com
toda autoridade revestida, decretam e promulgam, para a glória de Deus que é dever de todos os homens
lembrarem-se e se prepararem para a guarda do Shabáth, o Dia do Senhor, que no caso está bem definido e
esclarecido como o DOMINGO.
Como autoridades espirituais presbiterianas constituídas têm poder e autoridade revestida para tanto decretar
quanto promulgar a observância fiel do Dia do Senhor (domingo). No entanto, o que vemos hoje em dia em
nossas igrejas?
Gerard Van Groningen, brilhantemente, nos traz uma reflexão sobre o sábado no AT como um tempo para o
Senhor, um tempo para a alegria nele. Ele fala de um tempo presente (NT), um tempo anterior (VT), um
tempo vindouro (a volta de Jesus em glória) e ainda em um tempo anterior ao próprio tempo anterior (a época
da criação).
Ele não os desassocia, pelo contrário, afirma que a revelação é progressiva onde o AT introduz verdades
básicas nas quais o NT as expande cumprindo algumas delas, mas não todas porque ainda poderá vir (ou
virá, sendo mais enfático) fatos reveladores de sua revelação que ora estão encobertos aos nossos olhos.
O seu texto e sua abordagem são de uma profundidade incrível que dá gosto mergulhar e procurar entender.
Ele dividiu seu artigo em 4 partes principais.
Na primeira, ele tratou do Descanso Sabático Apresentado em Hebreus 3 e 4 onde lembrou que somos nós
advertidos pelo autor de Hebreus para tomarmos cuidado para não incorrermos no mesmo erro de
incredulidade devida pelo povo do AT. A promessa do descanso de Deus no NT não é a garantia de entrada
nele. O autor de Hebreus, insiste GVG, afirma que o descanso de Deus é uma realidade para todos os
tempos! Ainda diz que Jesus não introduziu imediatamente o pleno descanso de Deus, pois o fará na terceira
era (ocasião de sua volta gloriosa).
Na segunda parte, faz Considerações Básicas Subjacentes e a subdivide em três outras partes:
B. Um Conceito Apropriado de Revelação – aqui devemos aderir a uma adequada abordagem exegética e
bíblico-teológica de toda a Escritura. Deve ser nosso pressuposto básico: Deus revelou de diversas formas os
elementos básicos da verdade divina, mas ainda faltam esclarecimentos.
C. Uma Abordagem em Consonância com o Caráter da Revelação - assim, vemos que, em uma determinada
circunstância, foi necessário aplicar certas proibições cerimoniais do Antigo Testamento e colocá-las lado a
lado com uma proibição moral.
Na terceira parte ele achou por bem esclarecer certos Termos e Distinções Importantes onde os termos
sábado, repouso e sete são definidos resumidamente e as respectivas distinções são apresentadas e
discutidas de modo sucinto. Nisso fez outra divisão em 4 sub-partes, explicando:
A. Três Termos Básicos – sábado, repouso e sete: “pensamos que esses três termos distintos, empregados
de diversas formas e sujeitos a várias interpretações, são usados numa relação íntima em passagens que
tratam de tempo e culto (a expressão do relacionamento do homem com Deus). Isso nos leva aos momentos
especiais que foram separados para o culto, contrição, sacrifícios, festejos e alegria.”
B. As Festas e o Sábado – “O sábado era o dia do ciclo de sete dias. Ele era preferido aos demais dias. Era o
dia de Deus e para Deus. Era um dia separado para o culto, para a alegria, contentamento e
confraternização. Deus insistia no fato de que era o "sábado do Senhor.”.
C. A Origem do Sábado – nas outras religiões e culturas nada foi encontrado que apontasse para o sábado,
mas para um dia ou dias especiais para os deuses, em atenção e dedicação a eles, o que aponta para uma
longa pré-história pra a origem do sábado. Alguns comentaristas modernos têm enfatizado que as passagens
no AT não apresentam a instituição do sábado, antes o sábado como uma instituição.
Na quarta e última parte ele aborda A CRIAÇÃO E O SÁBADO. Foi Deus quem fez o sétimo dia e nele não
fez nada, nadinha... é como o Espírito Santo nos apontando que há um dia no ciclo de 6x1 em que devemos
imitar e seguir nosso exemplo: Deus! “O homem, por sua vez, é chamado a imitar o seu Criador e prestar-lhe
culto”. Não devemos nós, os crentes, procurarmos por uma origem para o sábado, pois ele se encontra
claramente estampado nas Escrituras.
Nós devemos descansar ou “sabatear” celebrando a vitória de Deus em Cristo por meio da cessação de
nossas atividades diárias. #Soli Deo Gloria#