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de
abastados
comerciantes,
herdando
toda
fortuna,
era um pirata, o que era estranho, pois ele caava piratas, mas
respeitava-os.
Eu gostava de uma histria em particular: o mistrio do navio
sombrio, era assim o titulo de minha histria. Senhor Chapman
contava que ainda com 20 anos, ou seja, h pelo menos uns 10 anos
antes de eu nascer ele viu um navio, de velas muito negras que
pareciam feitas de sedas refletindo a luz da lua, escondendo-se no
manto da noite sem estrelas; ele deslizava manso sobre as guas,
cortando lentamente o mar; no castelo da proa, viu uma figura
pequena, parecida ao de uma moa; uma pirata mulher! At parece,
todos sabem que mulher a bordo traz azar. De qualquer maneira, l
estava o navio, em meio nevoa; a silhueta olhava fixamente para o
mar, pelo menos parecia fazer isso. Uma segunda silhueta aproximouse, um homem gordo e agigantado carregava a espada em riste, mas
a moa no parecia perceber. Ele ia decep-la ali mesmo, a garota
no se movia, continuava a contemplar o mar. Enquanto o golpe
descia em sua direo, o mar tremeu e as guas calmas espiaram. O
movimento foi extremamente rpido. Ela continuava parada, no alto
do castelo da proa, mas j no observava o mar, via apenas a cabea
do homem rolar convs afora.
canto
da
biblioteca,
aos
prantos,
assistia
cena
de
parar o golpe com a sua espada, mas no teve foras suficientes para
contra-atacar.
- No deixarei que machuque minha famlia. Falou com a voz
sumida
- No deixar?
A cena era estranha, aquele homem parecia deliciar-se com a
situao, no parecia querer as jias que estavam no cofre, seu
prazer estava na luta, em cada golpe desferido, em cada dor que isso
causava em sua vtima.
mximo possvel a vida de meu pai, era isso que ele queria, torturar.
Mais um golpe! Era o fim, mas o fim demora a chegar quando voc o
deseja mais que tudo.
- No deixar? Disse novamente, saboreando cada palavra e
abrindo um sorriso largo.
- Quantas vezes tenho de dizer? Quer matar? Faa-o! Mas
rpido! No temos a noite toda falou uma terceira voz, um sussurro
manso, pausado, baixo, frio e incrivelmente entediado.
A voz vinha de uma silhueta que no dava para distinguir
direito, era pequena, do tamanho de algum entre 16 e 18 anos. Pelo
que me lembro, a voz era nova, mas tinha o tom cansado, tanto que
poderia pertencer a uma pessoa fatigada pelo tempo.
A silhueta ao terminar a frase desferiu dois golpes ao mesmo
tempo, duas katanas, uma em cada mo, dois corpos, finalmente o
dia amanhecia.