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As Elites, a Mídia e os Banqueiros contra os Aposentados

Brasileiros
Carlos Antonio Fragoso Guimarães

Pois é... Palavras como bem-estar social, Previdência Social, qualidade de vida...
Palavras que não combinam com lucro exacerbado, exploração, previdência privada,
neoliberalismo, capitalismo...

Então, nada mais justo que a máquina publicitária tentar modelar a mentalidade
e a realidade e criar a mentira de que aposentados pelo sistema de Previdência Social
dão prejuízos... E o neoliberal "sociólogo" FHC, títere dos interesses de Washington e
de bancos e outros setores do capitalismo selvagem, decidiu sair da teoria de chamar os
aposentados de "vagabundos" para a prática de tratá-los como tais criando o tal Fator
Previdenciário com o intuito de nivelá-los a todos por baixo, forçando a população a
correr para os planos de previdência privada dos Bancos, uma verdadeira mina de ouro,
enquanto tira o dinheiro do Social para salvar ou agradar os vampiros do bem público

Com a palavra o jornalista Carlos Chagas, em trecho de artigo publicado em 13


de junho de 2010 no blog do jornal Tribuna da Imprensa do Rio de Janeiro:

O segredo da popularidade do presidente Lula talvez repouse em suas


contradições. De um lado, volta-se desde a posse para as questões sociais, o que é uma
qualidade sua, beneficiando os menos favorecidos com inúmeras iniciativas. De outro,
satisfaz os interesses das elites, não raro agindo contra os direitos sociais, o que é um
grave ponto negativo.

Tome-se o anunciado veto à lei que extinguiu o famigerado fator previdenciário,


uma entre montes de ações do governo Fernando Henrique contrárias ao trabalhador.
Pelo fator previdenciário vigente desde os tempos do sociólogo, o cidadão vê todos os
anos reduzidos os reajustes de sua aposentadoria, até que dentro de alguns anos todos
os inativos estarão todos recebendo apenas o salário mínimo.

Nada mais natural de que o Congresso, mesmo com doze anos de atraso, viesse
a corrigir a flagrante injustiça. Deputados e senadores fizeram o seu papel. Pois vem
agora o presidente Lula e veta o dispositivo, sob o argumento de que desse jeito a
Previdência Social irá à falência.

Não é verdade o que a equipe econômica e as elites contaram ao presidente. A


Previdência Social não vai quebrar, pelo simples fato de que sua receita aumenta a
olhos vistos, através da bem executada política do governo de criar empregos. E
mesmo que suas contas ficassem no vermelho, bastaria lembrar do sistema de vasos
comunicantes que a gente aprendia nas aulas de Ciências, séculos atrás. Se falta
dinheiro de um lado, sobra de outro, com esses intermináveis impostos que a gente
paga. A começar pelo trabalhador, precisamente a eterna vítima das elites e da equipe
econômica.

É pena que Lula dê mais ouvidos aos banqueiros e à Mídia da elite atrelada ao
banqueiros que aos trabalhadores e antigos trabalhadores brasileiros... Mais uma vez, a
Globo, a Bandeirantes, os "investidores" e os vampiros de sempre comemoram em
sugar o sangue, suor e lágrimas do povo brasileiro...

Nas palavras do sociólogo Léo Lince em artigo para o Correio da Cidadania:

Rádios, revistas, televisões e, principalmente, os jornalões de circulação


nacional cerram fileiras em torno de uma campanha feroz. Editoriais, articulistas
adestrados, economistas de banco, matérias e pesquisas ideologicamente orientadas,
sempre batendo na mesma tecla. ‘Não pode, é febre de gastança’. ‘Projeto
demagógico, poderoso fator de desequilíbrio’. ‘Ruinoso para a contabilidade pública,
uma hemorragia de gastos’. ‘Populismo anacrônico, fora de contexto, tumultua a
gestão fiscal’. São alguns dos petardos da guerra ideológica contra os aposentados.

Querem o veto ao reajuste dos aposentados e apresentam tal decisão como


resultante de um suposto "clamor técnico". Mentira. Não há "clamor técnico" algum,
nem sangria desatada. A diferença entre a proposta original do Executivo e o que
resultou da votação no Parlamento, como despesa orçamentária, equivale a R$ 1,1
bilhão anual. Quantia bem menor do que os R$ 13,8 bilhões anuais resultantes do
aumento de 0.75% na taxa Selic, decretado na mesma época pelo Banco Central. E não
se ouviu falar em "clamor técnico" ou "poderoso fator de desequilíbrio".

Em 2009, os juros e amortizações da dívida pública consumiram 36% do


orçamento federal. Um absurdo. Nenhum jornal, no entanto, os chamou de estorvo.
Um sumidouro de recursos que não merece campanha na mídia grande e nem parece
preocupar os titulares da República. Os que se declaram estarrecidos com o aumento
de 7,7% dos aposentados não se incomodam o mais mínimo com os inacreditáveis R$
2,2 trilhões da dívida pública.
Dilma Rousseff, candidata oficial do sistema, forneceu explicações muito
esclarecedoras sobre a aceleração vertiginosa do endividamento. Em entrevista recente
na rádio CBN, ela afirmou que a dívida cresceu porque, na crise, o governo teve que
liberar US$ 100 bilhões do compulsório para os banqueiros. Cresceu também porque o
governo teve que injetar US$ 180 bilhões no BNDES para que se pudessem garantir
empréstimos e patrocinar fusões e incorporações de grandes empresas em dificuldades.
Além de, para tranqüilizar os investidores estrangeiros, bancar reservas internacionais
da ordem de US$ 250 bilhões. Tudo muito claro.

A campanha cerrada contra o reajuste dos aposentados, neste quadro, faz


sentido. Ela é uma contrapartida lógica do vergonhoso tributo ao grande capital, que
trata com naturalidade a dívida monstruosa. São elementos de uma ideologia
dominante que faz do Brasil o que ele é hoje: inferno dos aposentados e paraíso dos
rentistas.

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